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18 setembro, 2012

(8 - Viagem de trem pela Europa - GENEBRA, Suíça)


Observação:

Esta postagem, de 29.07.2008,
está fora de lugar...

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Do you want to read this text in English?


Although it is not a perfect translation - sometimes with many mistakes, sometimes very funny! - it can give you an idea of the subject: 








Lugares visitados conforme o mapa acima.

(tente aumentá-lo clicando sobre ele e seguindo a direção das setas)


Bremem, Berlim, Nuremberg (Alemanha), Salzburgo (Áustria), Budapeste (Hungria), Zurique, Vevey, Genebra (Suíca), Haarlem (Holanda), Celes, Bergen-Belsen, Bremerhaven, Hamburgo, Puttgarden (Alemanha), Copenhagen (Dinamarca), Halmstad, Goteburgo (Suécia), Bergen, Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia ) e de volta a Helsinki (Finlândia), onde vivo.



De trem pela Europa 8 - Genebra (Suíça)



A cidade de Genebra, da palavra Geneva, de origem céltica, difere conforme o idioma: Genève, francês, Geneva, inglês, Genf, alemão, Ginevra, italiano, Genevra, rumeno, Genebra, português e espanhol etc. É a segunda cidade maior da Suíça. Importante, sedia os quartéis-generais das Nações Unidas e da Organização Mundial do Comércio (OMC) na Europa e o quartel internacional da Cruz Vermelha.



A cidade respirava futebol, modo brasileiro de falar, pois, na verdade, sediando mais de 200 organizações internacionais muitos outros assuntos são tratados ali, bem mais importantes do que futebol. A foto, primeiro lugar de um concurso de fotografia ligado ao Campeonato Europeu de Futebol, realizado na Áustria e na Suíça, é de Terry Durrenmatt.


Situada à beira do Lago Léman, a cidade faz fronteira com a França. A bola de futebol gigante tanto está no nível da água quanto sobe até o topo do famoso jato, construído em 1891. Foi em 2007 considerada a segunda cidade com a mais alta qualidade de vida do mundo, logo após Zurique.


Mais de 43,8% da sua população de 175 mil habitantes é de estrangeiros. Esqueço-me dos dados no momento, mas é significativa a presença de portugueses em Genebra. Quando lá estive, aconteceu o jogo Suíça-Portugal, com vitória da Suíça. Mas reinou a calma e a aceitação após o jogo, pois, afinal, para os portugueses a Suíça é também o seu país.


Genebra sedia importantes organizações governamentais e não-governamentais e a matriz de companhias nacionais e multinacionais como a JT International, Caterpillar, DuPont, Hewlett-Packard, Procter & Gamble etc. É o lugar onde a Convenção de Genebra foi assinada, cujo alvo foi estabelecer o tratamento aos não-combatentes e prisioneiros de guerra.


Diante do relógio de flores, símbolo da indústria relojoeira de Genebra, de longa tradição: Rolex, Omega, Raymond weil, Franck Muller, Baume et Mercier etc.


A histórica Cathédrale St-Pierre (Catedral de São Pedro). Embora Genebra seja considerada protestante, há no momento mais católicos-romanos (39.5%) do que protestantes (17.4%). 22% dos habitantes não possuem religião, o restante sendo compartilhado com muçulmanos (4.4%), judeus (1.1%) e minorias religiosas. E naquela tarde um cearense batista (foto) mostrava para um gaúcho salvacionista a imponente catedral, berço da reforma protestante na Suíça.


A nave da catedral, com sua arquitetura que mistura estilos romanos e góticos, teve a primeira fase de sua construção em 1160. Foi remodelada no tempo da Reforma. No interior austero dessa construção, Jean Calvin pregou a reforma da igreja.

Postais adquiridos na catedral que mostram, à direita, Ulrich Zwinglio (1484-1531), reformador de Zurique (1525), e à esquerda, João Calvino, nascido na França (1509-1564), mas que reformou a igreja em Genebra em 1536.


A cadeira de Calvino em um canto da catedral (para proteção, só uma cordinha)


Não sei a razão, mas achei a cadeira de Calvino parecida com ele...!


Ao lado da catedral, o Muro dos Reformadores (escultor Paul Landowski): Guilherme Farel, João Calvino, Teodoro de Beza e John Know com o traje dito "La Robe de Genève", de doutor ou de ministro do Evangelho.


Fui muito bem hospedado no Centre Espoir (Centro da Esperança), uma obra social modelo, de uma organização fantástica, limpeza, beleza e um tratamento cristão dedicado à clientela, mais de 100 pessoas com problemas mentais leves, autismo e de outras naturezas; em comum o fato de poderem viver por si em seus quartos particulares, entrar e sair da instituição quando quiserem, mesmo durante a noite, tendo porém de respeitar aos regulamentos da casa e receber tratamento como condição de permanência. O Armee du Salut- Die Heilsarmee (Exército de Salvação) é muito conhecido, muito respeitado e muito ajudado na Suíça.


Ao planejar minha viagem, entrei em contato pela Internet com o administrador do Centre Espoir, Monsieur Jean Marc, para obter hospedagem em um dos studios daquela instituição. Sua secretária, em seu nome, respondeu-me afirmativamente e trocamos alguns e-mails não somente sobre minha ida a Genebra. Desde o primeiro contato chamou-me a atenção seus dois sobrenomes... brasileiros, sendo ela suíça!
 Chegando e recebendo o caloroso bienvenu de Brigitte, conduziu-me ao studio no moderno edifício, onde fui hospedado "como um rei", como se diz no Brasil. Após instalar-me no lugar, Brigitte viu-me sair e perguntou aonde eu ia. "A um supermercado", respondi (pois no studio havia uma cozinha). Aí disse-me que na hospedagem (gratuita!) todas as refeições estavam incluidas, café-da-manhã, almoço e janta! Que comida farta, deliciosa e de boa qualidade recebi no enorme refeitório da instituição! Mais tarde, apresentou-me seu marido cearense, Nilson, e fizemos boa amizade. Obrigado, Brigitte, e estenda a minha gratidão também ao Jean-Marc e à sua eficiente equipe!

No domingo pela manhã fui à reunião em nossa igreja, situada bem no centro da cidade. Foi a ocasião de rever um brasileiro - filho de colegas oficiais, pai suíço e mãe inglesa, com os quais trabalhamos durante muitos anos no Brasil - e sua esposa portuguesa. E que surpresa, pois a última vez que os vi eram crianças (ele no Brasil e ela em nossa escola dominical em Lisboa), e agora diante de mim estavam os Majores Andrew e Luiza Hofer, oficiais (pastores) do importante Corpo de Genebra do Armee du Salut!



Quando ingressei no Exército de Salvação, em 1962, o avô de Andrew, o suíço Ernest Hofer, era o líder de nossa obra no Estado do Rio Grande do Sul e assinou um cartão que guardo até hoje dentro de minha primeira Bíblia.


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Muitos oficiais missionários, suíços-alemães e suíços-franceses, trabalharam no Brasil, e continuam trabalhando, tendo em comum a dedicação e o amor ao nosso povo. Um deles, fui comunicado enquanto eu viajava pela Europa, faleceu em São Paulo com a idade de 100 anos, o devotado à causa dos pobres, Jacob Stalder, um homem forte, trabalhador incansável, simpático e bem-humorado. Dele me recordo também pela sua mão firme ao cumprimentar ou ao segurar o seu instrumento de sopro, delicada no entanto ao fazer belos enfeites de madeira com a serrinha, ao tocar sua concertina ou ao folhear sua Bíblia em português e trazer abençoadas mensagens para os cansados e oprimidos em nossas reuniões ao ar livre.

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Franke é uma indústria suíça - hoje espalhada pelo mundo, inclusive pelo Brasil - especializada em pias, tinas, tanques, produtos sanitários além de variados outros em aço inoxidável. Ao entrar em um banheiro deparei com uma torneira com o meu nome, e na Finlândia consegui uma sacola da firma. Hoje com a minha foto ela decora meu escritório.

C'est fini. Merci!

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Proxima postagem:



De trem pela Europa 9 - Harlem (Holanda)



Visita ao Museu Corrie ten Boom, uma holandesa que escondeu judeus em sua casa, foi descoberta e enviada com sua família para o campo de concentração.

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