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22 setembro, 2012

V. Iate Britânia, que vi no Rio, hoje museu em EDIMBURGO.

Quinta parte

Corria o ano de 1968 e eu dirigia nossa obra em Campos-RJ. 
Um dia voluntariei-me ao então chefe divisional, Major Manoel Luiz Mello, para, quando houvesse necessidade, servir de intérprete a salvacionistas internacionais que visitassem o Rio de Janeiro. (Uma boa oportunidade de viajar para a Cidade Maravilhosa, onde vivia uma saudosa tia-avó que me hospedava, unindo assim o útil ao agradável.)



Naquele ano visitou o Rio de Janeiro a Rainha Elizabeth II. Foi a vez do magricelo da foto receber o telefonema do chefe convocando-o para servir de cicerone a dois salvacionistas grandões que faziam parte da banda do Real Iate Britânia.


Quando os levei para visitar a Brig. Oliver, uma missionária inglesa das pioneiras no Brasil. Na foto, a filha Yvette e sua família.



Lembro-me de ver o Iate Britânia ancorado no Botafoto e iluminado à noite, mas não vi a rainha, só em revistas da época e neste selo que cuidei de adquirir. Anneli, porém, a viu acenar para a multidão em um dos aniversários  reais na década de 60, quando vivia em Londres.


Os dois músicos a quem mostrei o Rio de Janeiro - e com quem visitei uma antiga oficial pioneira inglesa do ES no Brasil, em Niterói - no Natal seguinte enviaram-me um cartão de Natal do iate, hoje uma relíquia.


Quarenta e quatro anos se passaram desde que tive aquela experiência tão interessante! Quando planejei a viagem a Edimburgo incluí na visita o agora museu do Real Iate Britânia, ancorado em Leigh, para onde me dirigi simplesmente tomando um ônibus de linha, uma facilidade!


Estranhamente, a entrada para o museu fica no segundo andar de um shopping center, o Ocean Terminal.



Comprado o bilhete de entrada, antes mesmo de o adentrarmos, já iniciamos a ver fotos históricas do iate, onde a rainha recebeu muitos visitantes internacionais como Eisenhower, Gandhi, Reagan, Mandela etc.



Sem entender bem, passa-se por esta cabine de comando...


Uniformes dos membros da banda real, quem sabe usados pelos dois salvacionistas. Como nunca os vi in duty, não me lembro dos instrumentos que, disseram-me, tocavam. Soube, há alguns anos, que o loiro da foto continua tocando seu instrumento no Corpo do Salvation Army que frequenta.


E no corredor fotos importantes ligadas ao Britânia.


Foi onde passaram a lua-de-mel o príncipe Charles e Diana, também a princesa Margareth e o marido.


Príncipes William e Harry certamente curtiram o iate.


"A princesa Diana quebra o protocolo real ao correr ao encontro de seus filhos a bordo do Britânia, em Toronto, 1991."


Geracões da família real a bordo - pela data, foto do ano em que o Britânia foi vendido e passou a museu em Leigh, o que fez a rainha derramar lágrimas diante das memórias que tinha do iate, inaugurado no mesmo ano em que foi coroada, 1953.


E de uma grande janela, terminada a mostra de fotos, enxergamos o iate. Uma reforma ocorreu no convés onde a rainha acenava à chegada em algum porto... "a bem das saias reais", contam.


Seguindo as setas e de posse de fones de ouvido - escolhi o canal em português - o visitante percorre cada canto do iate.


A cabine de comando merece uma foto com certeza...


Em uma vitrine no convés, o Rolls Royce usado pela rainha inícialmente ao desembarcar nos diversos portos. Mais tarde, utilizou carros providenciados pelos governos dos respectivos países que visitava.


Ser fotografado aqui é tradition. Uma funcionária do museu...


... é responsável por esta tarefa, cabendo ao visitante só posar e sorrir.


O lugar, com vistas para o mar, onde a rainha gostava de relaxar e ter o seu breakfast.


O quarto da rainha com cama de solteiro... Talvez perguntem como eu aos meus botões: e onde dormia o Duque de Edimburgo, seu marido?



Em um canto, o rei Jorge, pai da rainha. Gostei da homenagem!


E ao lado um adorno de grande beleza.


A sala de jantar dos oficiais do iate.


E a sala de jantar da rainha e das personalidades que recebia a bordo.


Muito luxo! 


O escritório da rainha. Teria servido o sofá azul para uma siesta no meio do trabalho?


A sala principal do iate, como todo o mobiliário, da década de 50.


O piano de cauda que tanto foi usado para entretenimento da família real e dos seus convidados.


As lanchas que eram utilizadas para transportar a realeza e seus convidados...


... junto ao iate, fazem parte do acervo do museu.


A bandeira do Royal Yacht Britannia tremula na proa do navio-museu...

... enquanto que as bandeiras do Reino Unido e da Escócia na popa.


Em 2009 foi adicionado ao museu um Tea Room para que o visitante tome um típico chá inglês com bolo. Dispensei, mas me lembrei de que o chamado pelos gaúchos queque (há no Aurélio a palavra) deriva-se da palavra inglesa cake=bolo. Em vez do chá, preferi comprar uma caneca para a minha já abarrotada estante de souvenirs (para a Anneli trouxe uma caixa de chá preto escocês).


Bule, xícara, prato e guardanapos comemorativos aos 60 anos de reinado da rainha.



Valeu a expectativa, valeu visitar o Britânia! Recomendo a quem visitar a imperdível Edimburgo!


Voltando, no primeiro andar do ônibus, a Lady Di, cuja foto ainda se vê em muitos lugares...


... sempre lembrada, também como sinônimo de elegância.


A rainha e o Duque de Edimburgo em fotos de duas épocas.
Foto :Facebook, Criacão Criativos

"Paulo, tu que és fã da realeza"...
 já me disseram isso, o que me fez pensar: "Não sou inglês, então por que seria fã da realeza?"
Tento explicar as razões sentimentais por trás do que parece ser "fã da realeza britânica". A realeza desde que me "entendo por gente" foi motivo de conversas de meu saudoso pai, notícia na revista "Cruzeiro" e em outras, em tempos quando nem havia TV no Brasil, sem faltar com o respeito, assim como a Coca Cola, outro antigo brand. Aqui está um admirador, sim - também um às vezes crítico - que gostaria que a rainha Elizabeth, que passou por "anos tenebrosos" na década de 90, conforme suas próprias palavras, agora na sua idade fosse poupada de novos problemas que sua família tem dado ou "aprontado" ultimamente. Isso, sim!


Quando passei por Long Beach, no ano de 1981, meu colega mostrou-me o  hoje hotel "Queen Mary" que, li, para atrair hóspedes inventaram que há noites em que "aparecem fantasmas"...

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L i n k s

Minhas quatro viagens a Londres:


Na postagem abaixo, você verá as jóias que o presidente Getúlio Vargas presenteou à rainha quando foi coroada, selos antigos do Reino Unido, as nupcias reais etc




E de certa forma, dentro do contexto de serem ingleses:

O Exército de Salvação e oTitanic


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Próxima e última postagem da série:

Edimburgo... Curiosidades... Miscelânea... Final

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6 comentários:

  1. Adorei o Iate que sofisticação heim!
    Muito bacana meu amigo!
    Que feliz coincidência ter visto o Iate na Cidade Maravilhosa!

    Gosto muito da Rainha também,mesmo com toda crítica que a realeza recebe.Eu vejo como parte da História.
    Um abraço!

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  2. DE UMA GRANDE AMIGA:

    Não entendo por que os varios amigos que visitam o Blog do Paulo não deixam um comentário. Se notarmos a quantidade de visitas feitas em relação aos comentários, verão de quanto é a diferença.
    Não custa colocar lá 2 ou 3 linhas, não se trata de fazer uma analise do que foi postado, mas sim um incentivo e agradecimento pelo banho de cultura que recebemos desse nosso amigo ... de forma gratuita... além do reconhecimento pelo esforço e trabalho para juntar tanto material de pesquisa e narrar cada foto com histórias que só enriquece nosso conhecimento. Desculpem-me ... FALEI!

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  3. DE UMA LINDA PRIMA:

    Você me fez lembrar que vi a rainha no Hotel Nacional em Brasília... puxa, há 44 anos?

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  4. Quanta energia nesses bem vividos 68 anos, hein! Cada vez menos consigo te ver nessa idade, pra mim és sempre jovem. E isso é muito sincero. Tens sido até hoje uma inspiração de vida aqui pro amigo.
    Sempre uma nova viagem, uma bela foto, uma nova idéia, ...que resultam em tão belas e inspiradas postagens.
    Abraco,
    Francisco

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  5. Caro amigo Franke; através de teus"clique", fui enriquecido e minha curiosidade foi satisfeita. Obrigado!

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  6. Muito luxo, mas muita história também!
    Parabéns pelo relato muito bem estruturado e escrito.
    Forte abraço
    Keny

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