No culto especial do Dia das Mães, recebíamos à porta da igreja uma pequena flor para colocar na lapela. Se nossa mãe ainda era viva, uma flor vermelha, do contrário, uma flor branca. Desde aquele triste dia do mês de março de 1992, se o hábito tivesse sido mantido, eu teria passado a usar uma flor branca...
Esta postagem é para não deixarmos passar em branco a lembrança de nossa mãe se ela já não está mais entre nós, e para homenageá-la se ainda temos a felicidade de sua companhia.
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Lembro-me de certa vez - no saudoso tempo do lar doce lar dos meus pais - quando meu pai nos deu para ler um texto dias antes do Dia das Mães.
Lembro-me de certa vez - no saudoso tempo do lar doce lar dos meus pais - quando meu pai nos deu para ler um texto dias antes do Dia das Mães.
Trata-se do texto abaixo, de Ramón Angel Jara, bispo do Chile e canônico argentino, que mais tarde encontrei dentro da Bíblia de minha mãe, a qual herdei quando faleceu e que se encontra na minha estante ao lado da Bíblia de meu pai, tesouros inestimáveis.
"HÁ uma mulher que tem algo de Deus pela imensidade de seu amor, e
muito de anjo pela incansável solicitude de seu cuidado; uma mulher
que sendo jovem tem a madureza de uma anciã e que na velhice
trabalha com o vigor da juventude; uma mulher que se é ignorante
resolve os segredos da vida com mais acerto do que um sábio, e se é instruída adapta-se à simplicidade das crianças; uma mulher que sendo
pobre se satisfaz com a felicidade daqueles que ama, e que sendo rica
daria com prazer seu tesouro para não sofrer em seu coração a ferida da
ingratidão; uma mulher que sendo vigorosa estremece ao vagido de um
pequenino, e que sendo fraca reveste-se, às vezes, da bravura de um
leão; uma mulher que enquanto vive não a sabemos estimar porque
junto dela todas as dores se esquecem, mas que depois de morta daríamos tudo o que somos e quanto possuímos para vê-la de novo um só
instante, para receber dela um só abraço,
para ouvir um só acento de
seus lábios.
O nome dessa mulher - se não quereis que eu inunde de lágrimas este
álbum - não mo exijas, por que já a vi passar em meu caminho. Quando crescerem os vossos filhos lede-lhes esta página.
E eles, cobrindo de beijos a vossa fronte, vos dirão que um humilde
peregrino, em paga de suntuosa hospitalidade recebida, deixou aqui
para vós outros e para eles um esboço do retrato de sua mãe."
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Link:
Poema "Minha mãe", de Casemiro de Abreu:
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Postagem para breve:
"Hämeenlinna - onde vivemos - na primavera"
Olá amigo,
ResponderExcluirQue postagem difícil! Mesmo para aqueles que têm suas mamas ainda consigo.
Pois sabemos que cedo ou tarde, elas descansam e nos, sentimos saudade!
Ramón Angel Jará, que maneira simples e direta em descrever o sentimento de mãe!
E Casimiro? Sensibilidade e amor.
Presenciei os olhos de minha mãe se fecharem por duas vezes e ainda não sei explicar o sentimento. Apenas rezo e agradeço o tanto que me foi passado em moral, preceitos e força. Não sei até onde ela quer ir, imagino muito, pois é guerreira, mas espero estar sempre por perto, aprendendo mais e mais. Agradecendo o fato de tê-la como minha mãe!
Amigo Paulo, que seu Anjo Senhora esteja feliz de ver seus ensinamentos frutificando nas gerações que Ela iniciou.
Um feliz Dia das Mães para todos, mesmo na saudade por que ela se faz em Luz!
Abraços amigo!
Maria Inebriada
"... depois de morta daríamos tudo o que somos e quanto possuímos para vê-la de novo um só
ResponderExcluirinstante, para receber dela um só abraço,
para ouvir um só acento de
seus lábios"
Apenas os que já não as tem, podem avaliar ésta frase!
Obrigada amigo, impossível conter as lagrimas!
Impossível não emocionar-se... Secando lágrimas o aplauso por tamanha beleza descrita nesta postagem. Emoção, Emoção & Emoção precisamos dela e de criaturas que a tornem possível nos dias atuais... O Ser Mãe (as que honram tal divindade), sem dúvida, traduzem o AMOR que muito buscamos...
ResponderExcluirEmocionada, me despeço...
Karen Franke
Ebeneser disse:
ResponderExcluirAh! Franke! Seu blog é subversivo... acaba de me consumir duas horas! Toda vez que o leio, esqueço do tempo e não sinto vontade alguma de sair!
Abraço
Linda postagem me emocionei muito esse assunto mexe muito comigo amigo!
ResponderExcluirAs saudades são grandes né???
De todos nós que já perdemos nossas mães...sem mais a dizer!
Me emocionei aqui em pleno ambiente de trabalho.
ResponderExcluirLindo demais!!
Luciana (Recife/PE0
Bom dia Paulo!
ResponderExcluirMuito emocionante esses textos que li hoje - 10 de maio de 2020 - Dia das Mães!
Para mim que tive a minha saudosa mãe exercendo o papel de pai e mãe, torna-se bastante complicado e mesmo depois de muito tempo que ela partiu para a glória e eu caminhando para os 74 anos de vida; sinto muito a sua ausência aqui comigo.
Porque nunca tive a presença do meu saudoso pai comigo, porque ele faleceu em São Paulo, um mês antes do meu nascimento...
Abraços!