Paulo Franke

06 março, 2021

ReveR - Israel- Ashdod, En Gedi e Mar Morto

 

ISRAEL - Ashdod, En Gedi e Mar Morto




Não me lembro de quando decidi passar minhas férias de inverno - em plena primavera! - em Israel, mas o empurrão veio através da oferta de passagem barata da companhia aérea airBaltic, da Letônia (Helsinki-Riga-Tel Aviv-Riga-Helsinki por somente € 272.00!!). E assim, no dia 8 de abril de 2010, empreendi minha terceira viagem à Terra Santa. A primeira havia sido quando viveramos nos Estados Unidos, em 1986, ocasião em que participei de uma turnê bíblica de salvacionistas americanos, e a segunda no ano passado, quando fui ao extremo-sul israelense, Eilat, com um dia de visita a Jerusalém.



O mapa assinala meu roteiro: Tel-Aviv, onde desembarquei no aeroporto Ben Gurion; Ashdod, também às margens do Mar Mediterrâneo; En Gedi, às margens do Mar Morto; Tibérias, a principal cidade do Mar da Galiléia, finalizando com mais dias em Jerusalém, antes de embarcar de volta no Ben Gurion.



Ashdod é a bíblica Azoto, próxima a Gaza, onde o discípulo Filipe foi levado pelo Espírito Santo e evangelizou o etíope que viera a Jerusalém adorar a Deus
(Atos 8:6-40).



Fui hospedado por amigos que lá moram, ela judia-gaúcha.




E aqui registro o meu agradecimento por terem-me convidado e acolhido em sua casa de forma tão calorosa.




Levando-me a passear para mostrar sua linda e moderna cidade, passamos por um local perto da praia onde pessoas dançam ao som de músicas judaicas e israelenses. E ai pintou a dúvida: participo ou não?...




Mas logo ensaiei uns passos e, como era dança livre (e judaica!), lá estava eu no meio dos dançarinos israelenses.




Fácil movimentar-se, mas difícil acompanhar a coreografia, e aí estou eu, todo errado.


Então começou a roda dos pares... hora de abandonar a dança e continuar o passeio.



No terraço do edifício onde moram, próximo á belíssima praia, uma paisagem de encher os olhos, ainda mais tendo ao fundo o azul do mar.




Ashdod, importante cidade portuária, possui modernos prédios por todos os lados para onde se olhe. Há milhares de judeus-russos ali vivendo, não necessariamente religiosos (há cerca de um milhão de judeus-russos em Israel).




Zelando pelo bem-estar fisico da população, há diversos aparelhos de ginástica ao longo da praia, não somente os que podem ser vistos na foto acima.


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Sem ver o mar por um bom tempo, fiquei por horas contemplando-o até quando se aproximava o pôr-do-sol, inclusive fazendo minhas orações naquele fim de Shabat ... E a propósito, registro neste momento palavras sábias e poéticas para edificação do leitor:



O coração do homem é como o rio: ora turvo, ora límpido; ora saltando despenhadeiros em fúria...



... ora se espraiando calmo, à carícia dos campos floridos...



... mas sempre em busca do mar.

( R.Mendes)



SENHOR, vim-me arrastando pelo chão árido, buscando a Ti, sem nenhuma confiança, com meu copo vazio, para suplicar uma gotazinha de refrigério...


Mas se eu tivesse sabido melhor o que Tu és, teria vindo, a correr, com um cântaro!

(N. Splegellberger)


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E de Ashdod tomei um ônibus para Jerusalém, só para trocá-lo na rodoviária e "descer" para o Deserto do Neguev, precisamente a um lugar que há muito queria conhecer: o Parque Nacional do En Gedi.



Descendo de Jerusalém, não demora muito as montanhas desérticas
podem ser vistas.



Algo que impressiona no caminho são as plantacões de palmeiras ou mesmo de árvores frutíferas, cumprimento de profecias bíblicas (claro que o matinho da foto não é o caso, mas sim a alta tecnologia israelense).



E em dado momento na rodovia há uma placa anunciando que estamos simplesmente no nível do mar, e a partir dali enfrentando um longo declive até o Mar Morto, a 400 metros abaixo do nível do mar, nas regiões mais inferiores da Terra.



Depois de pouco mais de duas horas de viagem, En Gedi: chegamos!



E bem perto da parada do ônibus, que continuava sua viagem para Eilat, o hostel - para todas as idades - onde ficaria duas noites, reservado antecipadamente através da Internet.



O hostel fica ao pé do Parque de En Gedi.




Foi decididamente o melhor e mais bonito hostel (albergue) de todos onde fiquei hospedado.
.


Ficar ali, mesmo se não tivesse feito nenhum passeio, já teria valido a pena.



Cara de satisfação... a maior parte do tempo da jornada.



En Gedi, que traduzindo significa "poço do bode selvagem", é um oásis no meio do Deserto do Neguev, com paisagens magníficas.



Do hostel caminhei até o parque cuja entrada fica atrás dessas palmeiras. Salomão, em Cantares 1:14, exalta a beleza do lugar: Como um racimo de flores de hena nas vinhas de En-Gedi...


Momento para uma foto de cabras selvagens, as donas do local.



Logo ao ingressar no parque o visitante ouve barulho como de chuva de granizo... são as cabras andando no topo da montanha e deixando cair pedrinhas no vale. Na foto infelizmente não dá para distinguir os animais no alto.



A Bíblia registra que Davi fez de En Gedi um lugar de refúgio contra Saul que o perseguia (1 Samuel 23:29). E o cap. 24 menciona que Davi neste lugar usou de misericórdia e poupou a vida de Saul.



Sempre subindo, a um certo ponto avista-se ao longe o Mar Morto.




Ao longo da subida, há diversas fontes de águas, uma das maiores atrações para os turistas diante da elevada temperatura desértica.



Muitos judeus ortodoxos juntam-se aos turistas de todo o mundo em En Gedi. Enquanto os turistas apressam-se a banhar-se nas lindas fontes, os judeus ortodoxos no máximo aliviam a sua indumentária pesada e escura e ficam de mangas de camisa.




No caminho, muitas pontezinhas sobre as águas...



... que vêm de uma altura de 300 pés.


Decidido a aproveitar a oportunidade única e banhar-me naquelas belas cachoeiras - que me lembravam de outras tantas brasileiras - parece que muita gente teve a mesma idéia...



Assim, desci um pouco e encontrei esta, particular, que me proporcionou refrescantes momentos, também espirituais. Com efeito, grandes cousas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres. Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe
(Salmo 126:3-4).



No caminho da volta, momento de fotografar a fauna de En Gedi.




O bichinho deixa-se fotografar no seu habitat sem se assustar.



No dia seguinte, quis repetir a dose de mais de 20 anos atrás: tomar um banho no incrível Mar Morto, no Antigo Testamento chamado de Mar Salgado, sem mencão no Novo Testamento.




Muitos lêem jornais ao boiarem, como que sentados, nas águas pesadas de sal e minerais do mar. Por alguns momentos fiz o mesmo, tranquilamente, sem afundar (nem querendo se pode!), até que um pingo da água salgadíssima entrou no meu olho e tal foi a ardência que sai apressadamente e fui tomar um banho em água normal no chuveiro ali perto.




E voltando fotografei o famoso Mar Morto da sacada do hostel.




Outras fotos magníficas do mar podem ser vistas no link anunciado abaixo.


Enquanto oceanos contêm 4% de salinidade, o Mar Morto 26%. Montes de sal é o que vemos no postal. Peculiaridades do mar merecem uma pesquisa no Google.


Sol + sal = sede. Rótulo da famosa água mineral Ein Gedi.




Ocaso em Israel: Mar da Galiléia, Mar Morto, Deserto do Neguev, Jerusalém e Mar Vermelho.
Animais de Israel: peixes no Mar Vermelho, cabras montesas, poupa, jumentos selvagens, camelo.



Subi a Masada, próxima a En Gedi, na primeira vez em que estive em Israel. Atualmente existe um impressionante show de som e luzes, que não pude visitar. O show de luzes e som de Masada é único no seu estilo e vividamente descreve a vida, a luta e o heroísmo do povo que ali viveu há 1.900 anos.









Na manhã seguinte, tomei o ônibus a Jerusalém para, chegando à já conhecida rodoviária, seguir para Tibérias, no Mar da Galiléia

(p r ó x i m a . p o s t a g e m).


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