Paulo Franke

01 março, 2014

5. LISBOA - voltando depois de 38 anos / FINAL da VIAGEM.

- Quarta e última parte -

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 Por que Lisboa?

Porque ao ir na agência de viagens de minha cidade  de repente soube que a passagem mais em conta para o Brasil no momento fazia escala na capital portuguesa, que não visitava desde 1978, quando lá trabalhamos. Boa notícia!


Convites de amigos que lá deixei não faltaram, mas eu respondia-lhes que no meio tempo eu havia ido às ilhas dos Açores e à Madeira, portanto em território português, o que não lhes convencia plenamente, pois queriam que eu voltasse a Lisboa.


Assim, desde a compra da passagem curti a expectativa de, na volta, permanecer durante doze horas em Lisboa - antes de tomar o voo para a Finlândia - a fim de rever a cidade e principalmente os amigos, amizades a maioria resgatadas pelo Facebook.


Assim, no avião da Air Portugal novamente acompanhei nos monitores individuais a rota São Paulo-Lisboa, fotografando o momento da saída do território nacional, rumo à Europa.
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 No aeroporto de Lisboa esperavam-me os amigos Alberto e José António (Zetó), sem um reconhecer o outro, pois, afinal, há décadas que não se viam. Tanto um quanto o outro no meio tempo foram ao Brasil, assim eu os encontrara.  Alberto e sua simpática esposa estavam em férias em Lisboa, pois acabam de ter despedida do Brasil (chefes em Curitiba), e logo assumirão um departamento na sede do Ejercito de Salvación em Santiago, Chile (um convite a que, tendo conhecido Buenos Aires e Montevidéu, conheça também Santiago... who knows?)


A meu pedido, José António levou-me ao local onde morei com a Anneli e as "meninas" no distante 1978, no bairro da Picheleira, agora servido pelo metrô.


Assim como outras, a nova estação do metrô Olaias, perto de Picheleira, é lindíssima, talvez uma das mais bonitas que já tenho visto.


Uma pequena caminhada pelo bairro e logo estávamos na Rua Capitão Roby, diante do Corpo da Picheleira, o primeiro a ser aberto em Lisboa no início dos anos 70, pelos caros Maria e Carl Eliasen (ver livro abaixo). Visitei a igreja em setembro de 1973, antes de me casar, sem imaginar que em 1978 seríamos - mas por pouco tempo - os seus dirigentes.


Foi descer a Rua da Picheleira e chegar ao edifício onde vivemos, naquele tempo sem as coberturas nas sacadas.


Mas a porta de entrada permanece a mesma. Algumas recordações... principalmente as boas que têm a ver com alguns jovens salvacionistas daquele tempo, que encontraria mais tarde no aeroporto.



Pelo aeroporto e pelo metrô vê-se que Lisboa foi modernizada, bem diferente do tempo quando lá vivemos, mas meu interesse, nas poucas horas de que dispunha - e ainda mais com chuva - era rever alguns lugares históricos...


... como o majestoso Mosteiro dos Jerónimos


... também o Monumento aos Descobridores (Padrão dos Descobridores)...


Que vale buscar na Wikipédia...


O monumento original foi encomendado pelo regime de António de Oliveira Salazar ao arquitecto Cottinelli Telmo (1897-1948) e ao escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), para a Exposição do Mundo Português (1940), e desmontado em 1958.
O atual monumento é uma réplica, foi erguido em betão com esculturas em pedra de lioz, erguendo-se a 50 metros de altura. Foi inaugurado em1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique, o Navegador.



E ali, Pedro Álvares Cabral, naturalmente!


O outro lado do monumento.



Este para mim é novo, pois foi inaugurado em 1991.


Mesmo com chuva a Torre de Belém alia beleza com imponência. Veja abaixo minha foto diante dela, com as filhinhas. Novamente, com agradecimentos à Wikipedia:

O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna).
Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete maravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.


E ali perto marcamos um encontro...


... tanto para conversar como para eu conhecer o popular e belo lugar onde saboreamos os imperdíveis pastéis de nata ou pastéis de Belém, de dar água na boca só de ver por foto.



Grande momento com amigos neste restaurante coberto de azulejos azuis e que se tornou tão popular que parece até um "labirinto de castelo de azulejos azuis" de tantas dependências ... e com todas as mesas ocupadas!



Alberto e Maria José, amigos para toda a vida!
 Ela conheci quando passei por Lisboa em 1973, indo para o Brasil voltando do curso do  ICO em Londres; ele quando foi nosso soldado no Corpo da Picheleira, em 1978. Alberto estava "na tropa" naquele ano, mas indo almoçar na sua casa, sempre dava uma chegadinha na nossa casa para um rápido bate-papo. 



Com José António (Zetó), amigo desde que o conheci, em uma reunião ao ar livre do navio Doulos (OM), em Lisboa, naquele ano. Visitou-nos em Jacutinga-MG em 1989. Companheiro de oração e do movimento de avivamento desde Lisboa. Nunca me esqueço de uma vigília em um castelo desativado com ele e outros irmãos.


As que pareciam longas horas de escala se evaporaram, assim corremos para o aeroporto para o combinado emcontro com os "jovens do meu tempo"...



... Maria Tereza e João, Isabel e Luiz, Nuno e Liliane; grande alegria, mas também privilégio para mim, pois apesar de tantos anos nunca os esqueci.


Mais tarde, uniram-se a nós os "amigos ahora chilenos"! Um comentário que fiz entre as muitas conversas e lembranças, é que quando vivi em Portugal não sabia da ligação tão estreita, através da minha genealogia, com os portugueses, tanto por parte de mãe quanto de minha avó paterna (do avô paterno, Franke, com alemães). 
Nossa união maior, no entanto, continua sendo a espiritual, por causa do Senhor Jesus!


Despedindo-nos - quem sabe com um "até logo!" ou "até outra vez!", com mais tempo, se Deus permitir - apressei-me a ir ao meu portão de embarque para Helsinki...


... ainda com olhos para a modernidade e imensidão que se tornou o aeroporto de Lisboa!



Lisboa a Helsinki, mais 04h00 de voo...



Foto que tirei da Ponte 25 de Abril ao sobrevoar Lisboa na ida.

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The  last  but  not  the  least


Naquela tarde de janeiro de 1978, quando nos despedimos dos parentes e embarcamos pela TAP no aeroporto de Viracopos, em Campinas (nunca mais eu havia viajado por esta companhia aérea!).



O gaúcho de ponche com as filhinhas na Torre de Belém, inverno de 1978.


Verão de 1978... Anneli diante do navio Doulos em visita a Lisboa, posando com algumas crianças da nossa escola dominical, as quais levamos para assistir a uma reunião infantil a bordo do navio evangelístico da Operação Mobilização..




Livro do pioneiro da obra em Portugal, que tenho na minha estante.

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Final


Sentindo-me fisicamente "desmontado" como um velho calhambeque no final da viagem (foto tirada em Punta del Este)...












... mas emocional e espiritualmente animado como se tivesse sido o vencedor de "bronze", como foi o time de Ice Hockey nas Olimpíadas de inverno de Sochi-2014, cuja final cheguei a assistir em Helsinki.

Bronze-ado com o calor do Brasil, sem dúvida, mas também feliz:

- por voltar pra casa são e salvo (cheguei à Finlândia às 04h00 da madrugada, com tempo de dormir nos bancos do aeroporto de Helsinki (Vantaa), meu estilo, até às 07h20, quando haveria o primeiro ônibus para a nossa cidade, Hämeenlinna, a 95km).

- por ter tido a oportunidade de mais uma vez ter ido ao Brasil visitar a pátria amada mais os parentes e muitos amigos.

Na chegada a Hämeenlinna, com uma mala muito pesada, tomei um taxi para casa - agora mais longe - taxi decorado com o time finlandês de Ice Hockey; cansado, não o fotografei, mas o procurei diversas vezes e não mais vi o taxi no ponto, prova de que não vivemos em um lugar tão pequeno assim! Aliás, amamos esta cidade, daí a termos escolhido para morar como aposentados (Anneli aposenta-se em maio de 2014). A montagem um dia será trocada quando conseguir uma foto do taxi, se não retirarem a decoração do "bronze" no Ice Hockey.

E b e n e z e r!


Promessa parcialmente cumprida: não troquei a foto, mas consegui fotografar o táxi mencionado, enfim!
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L i n k

Aristides de Sousa Mendes, o "Schindler português", que salvou judeus do Holocausto:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristides_de_Sousa_Mendes

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5 Comments:

  • Que bom q vc deu um pulo em Lisboa! Q estranho q eu tenho uma lembranca do corpo de Pichileira e da entrada do predio onde moravamos. É bom rever velhos amigos! Enfim, vc comeu os pastéis de Belém!!! Mto bom, ne?
    Deborah

    By Anonymous Anônimo, at sábado, março 01, 2014 5:53:00 PM  

  • Excelente postagem.

    P.S. Gostaria de registar que gostei do detalhe da bandeira do Brasil na sua mala/bagagem.

    Sds,

    Anderson

    By Blogger Anderson, at segunda-feira, março 03, 2014 2:32:00 PM  

  • Adorei esta postagem meu amigo, sonho um dia conhecer Lisboa, que deve ser linda demais não é mesmo?
    Um abraço!

    By Anonymous evelize volpi, at segunda-feira, março 03, 2014 11:54:00 PM  

  • A alegria foi mesmo de todos nós, da minha parte e do meu marido foi um recordar, que nos fez andar para trás no tempo, muito bom mesmo!!! Poucas pessoas têm esse privilégio de rever amigos de longa data, e que nos marcaram tanto! Agradeço a Deus esta oportunidade.
    Isabel Grangeia Ferro
    Lisboa

    By Blogger paulofranke, at quarta-feira, março 05, 2014 5:53:00 PM  

  • Final das férias ou melhor, uma pausa e um até breve!
    Devem ter sido dias cansativos, mas muito proveitosos.
    Até a próxima amigo .. e que, comece pelo RJ!
    Obrigada por nos ter levado consigo!

    By Blogger Yara, at sexta-feira, março 07, 2014 5:07:00 PM  

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