Paulo Franke

01 julho, 2019

Visita à magnífica ARMÊNIA - 1a parte (Início)

A grande motivação de conhecer a Armênia veio principalmente da amizade com um casal armênio, amizade antiga mas que foi restaurada quando da última vez em que estive no Brasil. Estivemos na bela cerimônia do seu casamento na Igreja Armênia. 

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Onde fica a Armênia?



Yerevan, sua capital, de onde se enxerga o tremendo monte Ararat, situado na fronteira com a Turquia mas cuja vista da capital Yerevan é tremenda!

Monte Ararat... soa familiar?


Sim, é tradicionalmente considerado o lugar onde a arca de Noé pousou depois do dilúvio. 
Leia em sua Bíblia a narrativa em Gênesis 6 a 9.




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Há 11 milhões de armênios no mundo,
8 milhões fora da Armênia
e 3 milhões no país.

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 No Brasil a colônia armênia concentra-se em São Paulo. Deve ser expressiva, uma vez que até uma estação de metrô leva o nome do país, certamente onde residem muitos armênios.



Com certeza existem destacáveis armênios no Brasil, mas citando somente um cito Aracy Balabanian, famosa artista (leia mais sobre ela no Google.com).

Observação: todos os sobrenomes armênios levam a terminação IAN.

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Aos interessados em história...

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano e o Império Russo ocuparam o Cáucasodurante a "Campanha Persa", o novo governo turco começou a olhar para os arménios com dúvidas e suspeitas. Isso era conveniente com o fato do Império Russo ter em seu exército um contingente de voluntários arménios. Em 24 de abril de 1915, cerca de 600 intelectuais arménios foram presos e exterminados a mando de autoridades otomanas, e, com a lei Tehcir (29 de maio de 1915), uma grande parcela da população arménia que vivia na Anatólia começou a ser deportada e privada de seus bens, em um processo que levou a morte de cerca de 1,5 milhão de arménios.
Este evento aqui iniciado ficaria conhecido como genocídio arménio. Havia uma resistência arménia na região, desenvolvida contra a atividade otomana. Os eventos de 1915 a 1923 são considerados pelos arménios e pela maioria dos historiadores ocidentais como um assassinato em massa patrocinado pelo estado, ou genocídio.
Entretanto, como a Turquia, herdeira direta do Império Otomano e que insiste na negação do genocídio arménio, é uma forte aliada ocidental na Ásia Menor e Oriente Médio, tanto os governos dos Estados Unidos como da Grã-Bretanha são lacónicos na categorização do massacre dos arménios como genocídio.
Autoridades turcas afirmam que as mortes são provenientes de uma guerra civil, acompanhada das doenças e fome que assolaram o Império Otomano no início do século XX, com baixas tanto para arménios quanto para turcos. As estimativas de mortos variam entre 650 mil e 1,5 milhão, sendo esta última cifra a mais aceita pelos historiadores ocidentais e mesmo por alguns intelectuais dissidentes turcos, como Orhan PamukNobel de Literatura em 2006 e Taner Akcam, professor da Universidade de Minnesota.
A Arménia tem feito campanhas para o reconhecimento do genocídio no mundo por trinta anos. Esses eventos são tradicionalmente realizados no dia 24 de abril, data que marca o início do genocídio arménio.
Embora o exército russo tenha obtido mais ganhos do que o exército otomano durante a Primeira Guerra Mundial, esta vantagem fora perdida com o advento da Revolução Russa de 1917. Neste momento, a Rússia controlava a Arménia orientalGeórgia e Azerbaijão, criando uma ligação com a República Democrática da Transcaucásia em 28 de maio. (Wikipedia)

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Finalizando esta primeira parte, confesso que já não sou tão forte como antes, portanto não visitei o Museu do Genocídio. Muitos armênios com quem conversei também não o visitaram por ser "muito pesado"...

http://consuladodaarmenia.com/armenia/genocidio/




Diversas tentativas a Turquia tem feito para se unir à União Européia...
o genocídio armênio é uma das razões por que lhe é negada.

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Próxima postagem...

a viagem Helsinki-Kiev-Yerevan.

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