QUINTA-FEIRA - Uma de minhas viagens pelo mundo... Nuremberg, Alemanha
De trem pela Europa 4 - Nuremberg (Alemanha)
Eu poderia ter estendido a minha estada em Salzburgo, cidade beleza-pura, e visto outras atrações não só as ligadas ao filme The sound of Music (A Noviça Rebelde), mas quis chegar a Nuremberg no dia em que havia combinado com meu colega administrador da obra social do Die Heilsarmée (Exército de Salvação), o qual aguardava a minha chegada. Assim, da Áustria voltei para a Alemanha.
O lindo prédio da Haus Rothstein onde o Exército de Salvação em Nuremberg abriga quase 100 homens necessitados e dá-lhes não só abrigo, mas também tratamento aos alcoolistas, aos drogados, aos psicologicamente enfermos, além de assistência espiritual, uma obra impressionante! O bairro tem uma grande comunidade turca, que por pouco não me faz pensar que estava na Turquia. E havia bandeiras turcas por todo o lado devido ao já mencionado anteriormente Campeonato Europeu de Futebol.
Em um prédio anexo há apartamentos para hospedar famílias em caráter emergencial. Como não estava totalmente ocupado no momento, deram-me acomodaço em um desses apartamentos, completamente montados e, na geladeira, refrigerantes, sucos diversos e água mineral, à vontade. O café da manhã, muito farto, eu tomava junto com a clientela simpática da instituição, muitos admirados que eu com o rosto que tenho descendo de alemães!!
E em frente do prédio mais um Supermercado da rede alemã Norma, nome de minha saudosa irmã mais velha.
Na manhã seguinte, com grande expectativa saí a explorar a famosa e histórica Nuremberg. A cidade destaca-se pelos seus muros milenares. Naturalmente foi inteiramente bombardeada na Segunda Guerra Mundial, mas em parte reconstruída de acordo com o estilo original. Dentro dos muros, no entanto, estilos antigos e também modernos de prédios se encontram lado a lado.
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Janelas comuns e uma janela tipo medieval. Em Nuremberg diferentes estilos convivem muito bem.
A casa de seu filho mais famoso, o arquiteto e pintor Albert Duhrer.
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No domingo, em uma bonita capela, participei do culto com os homens da instituição e fui convidado a falar, idem almoçar com os colegas oficiais. Após, uma siesta...
Refeito, fui visitar o histórico Palácio da Justiça de Nuremberg onde aconteceu o tribunal para julgar tanto juízes do Terceiro Reich (conforme o filme O Julgamento de Nuremberg) quanto criminosos de guerra nazistas.
Esperei por mais de uma hora para ingressar na próxima tour. Enquanto isso conversei com uma senhora de idade e nacionalidade alemã que vive desde o final da guerra nos Estados Unidos. Parece que ela sentia necessidade de falar - tempo havia! - e declarar que nunca ficara sabendo das atrocidades que aconteceram em seu país, somente quando foram reveladas ao mundo. Contou do choque que levou ao saber, anos depois, a respeito do que lhe havia sido ocultado.
Para provar que visitei o local do julgamento de Nuremberg (pareco um tanto assustado...)
O local onde se sentaram os juizes nazistas (percebam a moldura de mármore da porta, a mesma diante da qual estou na foto anterior).
O local ainda é usado como tribunal. A cruz foi colocada bem depois do término da guerra.
Encontrado na Argentina no ano 1961, o carrasco Adolph Eichmann, responsável pela morte de 6 milhões de judeus, foi julgado em Israel em 1962, executado e seu corpo cremado. Lembro-me de acompanhar o episódio pelos jornais da época. Assisti também ao filme sobre sua captura por agentes israelenses.
Caso encerrado? Ao sair, pensei nas oportunas palavras de Jesus sobre o inferno: "... ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 24:51). E pensei na cruz ao alto da sala, símbolo do amor redentor de Jesus Cristo e de Seu perdão, oferecido a todo o pecador arrependido. Aguarde ler a experiência de uma mulher cristã que foi para o campo de concentração por esconder judeus e, encontrando um dos guardas do campo após a guerra, perdoou-o pelo mal que lhe fizera (visita ao Museu Corrie ten Booom em Haarlem, Holanda).
No outro dia, uma longa caminhada até o local das paradas e rallies de Hitler. Indo para lá, encontro a rua Anne Frank.
Como escreveu o poeta português E. de Queiroz, "O homem constrói monumentos, mas só ruínas semeia, para morada dos ventos."
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O DVD que de Nuremberg encomendei ao meu filho no Brasil. Como On the Beach (A Hora Final), um filme do diretor Stanley Kramer.
L I N K S
http://paulofranke.blogspot.com/2016/06/nurembergmelbournestanley-kramer-e-eu.html
Na minha última viagem a Berlim, a visita ao túmulo da grande estrela alemã, Marlene Dietrich, que se opôs veementemente ao nazismo. Idem, os destrocos que se tornou Berlim depois da guerra transformaram-se em montanhas na plana cidade.
http://paulofranke.blogspot.com/2020/11/
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