SEXTA - Minhas raízes na Alemanha - nas cidades de M. Lutero
Minhas raízes na Alemanha (Lutherstadt)
A experiência da busca às raízes ao meu sobrenome FRANKE foi parar em jornais e revistas, em alemão, sueco e finlandês!
Inicialmente, Berlim, visitada pela primeira vez.
(Fotos e texto transportados para a postagem "Primeira visita a Berlim/ Os 20 anos da queda do Muro de Berlim" - novembro 2009)
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E agora, ao relato de minha busca bem-sucedida às raízes de minha família pelo lado paterno:
Tendo como "bússola" o livro "O Biênio 1824/25 da Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul (Província de São Pedro)", da autoria de Carlos H. Hunsche e adquirido no Museu da Imigração Alemã, em São Leopoldo-RS, empreendi essa viagem-sonho à Alemanha, em busca de minhas raízes, no verão europeu de 2000.
De Helsinki, onde chegáramos no verão anterior, viajei com um ferryboat pelo Mar Báltico, chegando a Rostock 24 horas depois. Um ônibus nos conduziu até o centro de Berlim, e lá procurei o hostel do Exército de Salvação (Die Heilsarmee) onde fui muito recebido: quarto particular, por uma semana, inteiramente grátis (amo essa família a qual pertenco, o The Salvation Army, em 119 países o mesmo!).
Um trem conduziu-me, então, a Eisleben, na ex-Alemanha Oriental, cidade onde nasceu e morreu o reformador Martinho Lutero. Maior do que a expectativa de conhecer esse histórico lugar que pertence à UNESCO - e na volta Wittenberg - era a de visitar Hettstedt, a somente 20km dali, cidade onde nasceu meu ancestral Johann Carl Friedrich Franke, filho de Johann Adolph Franke e de Johanna Dorothea Riemann, de acordo com as precisas informações do livro de Hunsche. No final do livro há uma lista dos imigrantes chegados à colônia de São Leopoldo em 1824/25, entre essas famílias a de Johann Adolph, esposa e seus 5 filhos (veja link no final).
Hettstedt é uma típica cidade germânica pequena (foto) da ex-Alemanha Oriental, e no curto caminho para lá avista-se montanhas de cobre, conferindo o fato de que o pai de Martinho Lutero fora mineiro. Chegando, dirigi-me aos Arquivos da Prefeitura para ouvir do bondoso arquivista, após sua busca, que meus ancestrais não constavam na relação dos antigos habitantes da cidade, que começaram a ser catalogados a partir de abril de 1825. Fim das minhas buscas? Não! O livro, com detalhadas informações, registra que minha família havia viajado no transatlântico Georg Friedrich, que partira de Hamburgo, em. fevereiro de 1825, portanto não poderia mesmo constar no tal arquivo!
Então, da janela da prefeitura, olhei para a torre da velha igreja luterana. O comunismo fora banido da Alemanha, as milhares de torres de igreja não! Ali residia a minha esperança, pensei. O pastor deu-me sinceras boas-vindas após ter-me apresentado, e em poucos minutos eu estava folheando o grosso e bem preservado livro de batismos da época, com suas folhas amareladas na consistência de cartolina. Em dado momento, precisei pegar o lenço, pois lágrimas vieram-me aos olhos ao encontrar o que tanto procurava: o nome de meu ancestral, Johann Karl Friedrich Franke, nomes dos seus pais e padrinhos e data do batizado. Aquele bebê era o avô de meu avô, meu trisavô, que emigrara para o Brasil com apenas 17 anos. Que grande aventura para um rapaz daquela idade! Mais tarde soube que morrera no campo de batalha no RS, com quarenta e poucos anos, tendo tido uma numerosa família com sua esposa, Margareta Jung.
Minha veia jornalística fez com que sugerisse ao pastor chamar um repórter do jornal local para relatar aquela inusitada história. Ele concordou e momentos depois chegaram uma jornalista e um fotógrafo de Eisleben para me entrevistar. Duas semanas depois, recebia na minha casa em Helsinki o jornal Mitteldeutsche Zeitung (de 20 de julhode 2000) com a publicação da história e fotos "daquele brasileiro" que descendia de uma corajosa família de Hettstedt que atravessou, como muitas outras, o Atlântico em busca de uma vida melhor no Brasil, fugindo das guerras napoleônicas.
Identifico-me com o pai de meu trisavô, e o admiro, tendo eu próprio já feito semelhante aventura, de ir com minha família para Portugal, USA e Finlândia, como ele, confiando que temos um "Castelo Forte" (Ein Feste Burg), que guarda e dirige os nossos passos.
A igreja luterana de St. Jakob
O livro de batismos
O amigável pastor Pfarrer ao lado da bia batismal centenária. Terá sido nesta pia que meus ancestrais foram batizados?
Encenando uma pregação no mesmo púlpito onde meus ancestrais certamente ouviram sermões reais!
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Fotos da vizinha Eisleben, visitada na ocasião...
Estátua de Lutero em Eisleben. Ao fundo, a igreja onde ele pregou pela última vez.
Troquei a fita sueca do meu por uma em alemão.
A casa onde nasceu o reformador Martinho Lutero.
A casa onde morreu, depois de pregar seu último sermão.
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... e fotos de Wittenberg, outra importante Lutherstad ligada à Reforma.
Na Porta das Teses.
As teses
A histórica Stadtkirche St. Marien, ao fundo.
A Igreja do Castelo (Schlosskirche), no topo de cuja torre (na parte branca igual a um anel) está inscrito Ein Fest Burg (Castelo Forte), visível na foto abaixo.
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O hino da Reforma na escrita original de Martinho Lutero
Do Hinário Evangélico:
Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo, com seu poder defende os Seu em todo o transe agudo. Com fúria pertinaz persegue Satanás, com ânimo cruel, astuto e mui rebel, igual não há na terra.
A força do homem nada faz, sozinho está perdido; mas nosso Deus socorro traz em Seu filho escolhido. Sabeis quem é? Jesus, o que venceu na cruz, Senhor dos altos céus; e, sendo o próprio Deus, triunfa na batalha.
Se nos quisessem devorar demônios não contados, não poderiam dominar nem ver-nos assustados. O príncipe do mal, com seu plano infernal, já condenado está; vencido cairá por uma só palavra.
De Deus o verbo ficará, sabemos com certeza, e nada nos perturbará com Cristo por defesa. Se temos de perder família, bens, prazer, se tudo se acabar e a morte nos chegar, com Ele reinaremos!Letra e música - Martin Luther, 1546
Tradutor: Jacob Eduardo von Hafe
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Abaixo, a atual São Leopoldo-RS, cidade que recebeu em 1824 os primeiros imigrantes alemães.
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L i n k s
Aos descendentes de Carlos e Adolphina (Ebling) Franke
Viajando de trem pela Europa:
Visita aos museus de Bremerhaven e Hamburgo -
de onde partiram os emigrantes alemães para o Brasil.
Com informações sobre o Museu da Colonização em São Leopoldo, inclusive com foto da página da família Franke, na lista dos passageiros do livro referido nesta postagem:
http://paulofranke.blogspot.com/2008/08/de-trem-pela-europa-11-bremerhaven-e.html
posted by paulofranke at 17:25
14 Comments:
Caro Paulo - conhecer o passado, é valorizar o presente ee merecer o futuro...Me emocionei contigo ao ler o texto e lamento não ter muitas informações sobre meus antepassados. Um dia quem sabe, iniciarei essa busca. Um tríplice e fraterno abraço. Mario Motta - Florianópolis/SC
By Anônimo, at sexta-feira, outubro 13, 2006 6:25:00 AM
Caro Paulo - conhecer o passado, é valorizar o presente ee merecer o futuro...Me emocionei contigo ao ler o texto e lamento não ter muitas informações sobre meus antepassados. Um dia quem sabe, iniciarei essa busca. Um tríplice e fraterno abraço. Mario Motta - Florianópolis/SC
Sexta-feira, Outubro 13, 2006 6:25:36 AM
By Mário Motta, at sexta-feira, outubro 13, 2006 6:27:00 AM
Olá, Primo,
É muito bom poder ver na foto acima o livro com o registro do nosso ancestral Franke. Imagino qual não foi o aperto no coração que você deve ter sentido na ocasião. Com o forte aBRaço do
Vitor Rolf Laubé
By Vitor, at quarta-feira, novembro 22, 2006 12:50:00 AM
Paulo, estou fazendo o levantamento da família do meu pai e está sendo muito gratificante. Também sou descendente de alemães.No consulado disseram que não é facil conseguir a cidadania alemã, no meu caso e de meus filhos porque nossa descendência é feminina:meus bisavós maternos eram alemães, minha avó nasceu no Brasil.Achei interessante seu empenho e desempenho.Parabéns.
By Anônimo, at quarta-feira, março 28, 2007 4:22:00 PM
Ola Paulo, inacreditavel sua viagem a busca dos antepassados, estou na mesma rota, e muito ancioso com a esperanca em grandes descobertas:) grande abraco. F Kummer.
By Anônimo, at sexta-feira, novembro 23, 2007 2:50:00 PM
Caro Paulo!
Quem me dera um dia poder fazer essa busca também.Estou engatinhando na família de meu pai(KEHRWALD) pois pouca coisa eu sei.
Grande abraço
Necca-Passo Fundo/RS
By Necca, at quinta-feira, fevereiro 28, 2008 12:06:00 AM
Parabéns amigo...
Tbém pesquiso sobre meus ancestrais que vieram da Alemanha p/ Rio Negro/Pr, em 1828/29.
Procuro o lugar de origem de Henrique Granemann...tudo é muito dificil...pesquiso e nada encontro.
Abçss amigo....
MAGranemann
By Maria, at domingo, agosto 31, 2008 1:36:00 AM
oi franke,procuro minhas,raizes
não é na alemanha mas sim na espanha
pois sou descendente de francisco,
alonso portela foi meu avo sem eu,
e meu querido e falecido pai te-lo,
conhecido,se alguem conhecer algum
descendente na espanha na galicia,
entre em contato comigo,ou avise
pelo meu querido amigo e prpaulo franke.
obrigada margareth rportela pinheiro.
By margareth, at terça-feira, novembro 11, 2008 5:49:00 PM
eu margareth,sou do brasil cidade
cruzeiro est.sp.
procuro descendentes na galícia,espanha,descendentes de francisco alonso portela.
mais uma vez obrigada que o senhor jesus cristo ilumine este comentário,
e que alguém me de alguma boa notícia.
obrigada margareth.
By margareth, at terça-feira, novembro 11, 2008 6:00:00 PM
Paulo, procuro informações sobre meu bisavô João Franke, meu avô Edmund Franke e minha tia Helma Franke. Sou Wagner Von Heimburg, filho de Arsido Von Heimburg e Alzira Franke ela nascida em Neu Wittenberg (panambi)
wagner@megapel.com (e-mail e msn)
By Anônimo, at domingo, maio 08, 2011 5:46:00 PM
olá Paulo é muito bom saber d minhas raizes Franke(lado materno)pois pouco consegui descorir c/meu avô Alfredo Franke só sei q vieram d Passo fundo em 1933,q seus pais eram Leopoldo Franke e Maria Vantcher e o avo dele (do Alfredo) era Joao Franke morto no término d uma revolta no RS em 1893 + ou -. tenho um retrato desse joao Franke .meu vô diz q era Joao mas sera q nao se escreve Johann como os outros é q meu vozinho esta bem idoso e nao se lembra direito, ele disse q sou a 6 geraçao no brasil.eu.Kesia-mae.Anilda-vô.Alfredo-bisavô.Leopoldo-trisavô?.Joao Franke.o pai desse Joao veio da alemanha mas nao sabemos o nome.hoje meu vô reside em Tres Passos RS
By KESIA, at terça-feira, maio 17, 2011 4:04:00 AM
Paulo, vou tentar fazer um comentário novamente, assim acabo aprendendo ! Achei Hettstedt muito bonita, deve ser um espetáculo passear por ali.
Abraços, Gerson.
By gersonbarum.blog, at quinta-feira, maio 03, 2012 6:40:00 PM
Estou animado para ir melhorando a minha árvore Barum; no Brasil, após meu bisavó Antonio, foi fácil pois as irmãs do meu pai me ajudaram com o início. No lado da minha mãe a árvore é curta, pois os avós vieram de Lodz, Polonia. Então são menos gerações... Já estou até providenciando nas informações das árvores de meus dois netos e de um possível terceiro... Fui mordido pelo mosquito da genealogia! Graças a ti! Abraços,
By gersonbarum.blog, at quinta-feira, maio 03, 2012 6:46:00 PM
sr.Paulo, procuro informações da minha irmã Helma Franke, nascida em 09/04/1930 em Neu Wittenberg distrito de Cruz Alta-RS, filha de Edimundo Franke e Matilde Scharmmel Franke, irmã de Alzira Franke. Ela mudou-se para Campo Limpo-São Paulo e última notícia que tive dela foi que ela estava em Coioerê-PR trabalhando num depósito de sacos brancos.Peço que qualquer informação que tiver a respeito dela entrar em contato pelo e-mail: monica_gomes1@hotmail.com
By Anônimo, at quinta-feira, junho 07, 2012 4:21:00 PM
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