Paulo Franke

07 outubro, 2022

(28) Para cinéfilos... filmes... moVIes...


A hora final (On the beach)

Sinopse

Após uma guerra nuclear, apenas os habitantes da Austrália e os homens do submarino americano Sawfish escaparam da destruição e da radiação. O capitão Dwight Towers leva o Sawfish em uma missão para conferir se a nuvem radioativa que se aproxima enfraqueceu, mas ele retorna com a informação de que a nuvem é letal. Agora, cada um deles enfrenta a situação sinistra à sua maneira.






Stanley com Gregory Peck, Ava Gardner e Fred Astaire, parte do elenco de "A Hora Final".

Curioso é o fato de que Judy Garland, no filme anterior, e Fred Astaire, neste, morreram no mesmo dia na vida real, em diferentes datas, e nestes dois filmes fizeram papéis que exclui canto e dança, a especialidade de cada um durante décadas.



Aparecer o Exército de Salvacão nas cenas finais do filme e o quanto me tocou, a ponto de considerar um dos passos que me trouxe para Deus e para esta organizacão-igreja, isso é pra lá de positivo e um "início feliz"... e já se vão 60 anos em que estou nesta obra maravilhosa (atualmente aposentado)!

Eis as cenas que tanto me impactaram no filme:


O povo desesperançado aproxima-se da reunião ao ar livre do Exército de Salvação (The Salvation Army).


Salvacionistas reais participaram do filme de Stanley Kramer... tocando seus instrumentos... (um hino, "Avante, avante, ó crentes, soldados de Jesus!", que eu conhecia bem.)


... ou pregando a mensagem "Ainda há tempo... irmão" (There is still time... brother)



Em 1982 tive o privilégio de fazer um curso editorial em Melbourne, sul da Austrália. Hoje viaja-se do Brasil até lá através do Chile, mas naquele tempo a única rota era por Los Angeles-CA. Um dia os colegas do departamento souberam do meu link com a Austrália através do filme que lhes era bem conhecido. Não deu outra: o fotógrafo do departamento editorial veio até minha mesa, pediu que eu pegasse o meu quépe e o acompanhasse. Obedeci prontamente sem saber aonde me levava...

Levou-me a poucos quarteirões dali, ao exato local onde as locações finais do famoso filme foram tomadas em 1959. Resumindo... tirou-me diversas fotos e no número seguinte do The War Cry australiano eu era a capa, contando a história que os que leram até aqui já sabem.




Voltando ao Brasil e assumindo o departamento editorial, em 1982, não hesitei em publicar também meu testemunho com este novo capítulo na minha história de fé.

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No verão europeu de 1973, antes de nos casarmos, fui o delegado do Brasil no Colégio Internacional para Oficiais (International College for Officers) em Londres (irreconhecível, estou no meio na fila de trás).
O diretor do Colégio naquele ano, o inglês Comissário Albert Mingay, está na primeira fila ao lado de sua esposa. Também na primeira fila aparecem o então General sueco Erik Wickberg e a General australiana Eva Burrows, naquele tempo vice-diretora do ICO.




Albert Mingay foi o Chefe Territorial do Sul da Austrália no tempo em que o filme "A horal final" (On the beach) foi filmado, exatamente em Melbourne, onde ficava a sede do The Salvation Army.
Certo dia Mingay recebeu no seu escritório o diretor Stanley Kramer, que sondava a possibilidade de usar salvacionistas e músicos genuínos nas cenas finais de "A hora Final". Mingay aprovou. Tendo sido convidado para assistir ao ensaio dessas cenas, lá estava com seus soldados. Então ele fez uma sugestão ao diretor... colocar sobre o grupo de salvacionistas uma faixa com os dizeres "Ainda há tempo... irmão", o que surtiria um efeito impactante à cena final. Stanley Kramer aprovou e a faixa foi preparada e afixada sobre os salvacionistas.

Durante o curso em Londres, a cada noite um delegado contava sua história, de como se convertera e de como se tornara salvacionista. Chegando a minha vez, contei a história que relato aqui. Assim que voltei ao meu lugar, o Comissário Albert Mingay levantou-se e contou o episódio da visita do diretor Stanley Kramer ao seu escritório.
E a faixa "Ainda há tempo... irmão", que tanto tocara naquela tarde de domingo ao jovem sem direção quanto ao caminho a seguir (eu), emocionou o diretor do Colégio e a todos os presentes. Quando Deus quer falar-nos ele utiliza um filme, um diretor de cinema, uma faixa e quem e o que quiser.
Aconteceu comigo!

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Hans Christian Andersen


Sinopse

SinopseHans Christian, sapateiro em uma pequena cidade da Dinamarca, gosta de contar histórias fantásticas para crianças. Ele vai para Copenhague, atrás de fama e fortuna, como escritor, e apaixona-se pela bela bailarina Doro. Mas Doro é casada, o que ele não sabia, assim ele volta para sua terra natal, agora já famoso.



Hans Christian Andersen e o ator Danny Kaye

Dezembro 2008 - DVD encomendado dos States no Brasil e entregue na Finlândia!
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A casa onde nasceu Hans Christian Andersen, em 2 de abril de 1805.

A casa onde cresceu.

Em 2001 decidi incluir Odense, na Dinamarca, no meu roteiro de viagem de minha primeira InterRail. Pura nostalgia que virou protesto... Andando pelas ruas da cidade velha, logo encontrei a casa onde Hans Christian Andersen viveu até os seus 14 anos. Hans, que nasceu em 1805 e morreu em 1875, foi um famoso autor e poeta dinamarquês. Seus contos, principalmente dedicados às criancas, foram traduzidos para 150 línguas.




Aos meus 10 anos o "conheci", através da brilhante interpretacão de Danny Kaye, no filme "Hans Christian Andersen". O filme contava a história do famoso dinamarquês, e quando o ator se sentava para contar suas histórias às criancas, essas histórias "viravam" lindos desenhos animados para deslumbramento dos nossos olhos (bem mais tarde assisti ao mesmo filme e fiquei triste por terem cortado as partes em desenho animado que davam um toque especial ao filme!). Bem pequeno, eu já cantava "Wonderful, wonderful Copenhagen", o tema musical do filme. Assim,conheci as principais histórias de Andersen não através de livros infantis, mas dos telões imensos dos cinemas da década de 50: As roupas novas do rei, O rouxinol do imperador, Polegarina, O soldadinho de chumbo, O patinho feio, A menina dos fósforos e A sereiazinha.


Visitar Odense inclui a visita à casa onde cresceu e também ao moderno museu HCA. E ali vimos pertences de Andersen, as botas que ele mesmo confeccionou, pois era sapateiro, além de outros objetos. E em um dado momento a guia do museu, fazendo-nos parar diante de sua cama, comentou o seguinte: "Quando o ator comediante Danny Kaye visitou o museu, de brincadeira deitou-se rapidamente naquela cama, o que foi considerado um gaffe que repercutiu negativamente por todo o país com altas críticas pelo absurdo de seu gesto". Então, foi a minha vez de defender Danny Kaye: "Saiba que se eu estou aqui, e se milhares de outras pessoas - principalmente americanos - visitaram ou visitam este museu não tem sido tanto pelo fato de terem lido os livros de Andersen, não tão populares naquele tempo quanto o famoso filme na interpretacão de Danny Kaye, pelo menos para mim". Foi um momento de embaraco, sem desfazer o grande autor de histórias infantis, que repercutem mesmo atualmente - também por desenhos animados de Walt Disney - mas de fazer justica ao seu grande intérprete. Esta foi a minha "historieta", ligada à Odense, cidade natal de Hans Christian Andersen.

Continuando, enfoco o grande ator e intérprete de Hans no cinema, Danny Kaye, nascido em 18 de janeiro de 1913, cujo nome real era David Daniel Kaminski, filho de um casal judeu-ucraniano, sendo o pai um alfaiate. Nasceu no Brooklyn, NY, e aos 13 anos deixou a escola e fugiu para a Flórida para cantar nas ruas por dinheiro. Seu debut na Brodway aconteceu no ano 1939. Estrelou muitos filmes no cinema e mais tarde também na televisão. Seu famoso filme "Hans Christian Andersen" foi produzido em 1952 (veja links aos YouTubes do filme). O que talvez a maioria não saiba é que Danny Kaye, que morreu em 3 de marco de 1987, era um grande filantropo, que ajudava pessoalmente a muitos colegas atores que ficaram na miséria e que distribuía grandes somas de dinheiro a institucões assistenciais. No ano 2000 a UNESCO conferiu a ele o título de "cidadão mundial". Além de ator e cantor, era um excelente intérprete de jazz e tocava clarinete com maestria, quase somente para amigos. Um achado, enviado por uma amiga, é o dueto que fez com Louis Armstrong (veja link).


Como eram "por dentro" os filmes de Cinemin e já ficávamos satisfeitos!


Na turnê por Copenhagen, em 2001, fazia parte fotografar a sereiazinha de Andersen.

A sereizinha minúscula, mas a estátua de Hans gigante! Em 2008, na minha segunda InterRail, passei por Copenhagen e aproveitei para tirar uma foto na estátua do autor, orgulho dos dinamarqueses.

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L i n k 

Música-tema do filme

"Wonderful. wonderful, Copenhagen!"




Biografia


Danny Kaye - 1011-1987

Filho de um alfaiate de origem ucraniana-judia, iniciou sua carreira artística no circuito judeu de hotéis de férias, nas proximidades de Nova Iorque.

Em 1941 se casou com a pianista e compositora Sylvia Fine, autora das primeiras canções e esquetes que o tornaram famoso como humorista na Broadway.

Estreou em Hollywood em 1944 no filme " Sonhando de Olhos Abertos". Por mais de uma década foi considerado um dos melhores comediantes do cinema americano.



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