(25) Para cinéfilos ... filmes... moVIes
TITANIC
Desde que comprei o DvD, esta é a segunda vez que assisto ao filme TITANIC, de James Cameron, um tema que não afunda, mas que está sempre na superfície ou no interesse... Imagino meu saudoso e formoso pai (foto abaixo) asistindo a um filme magistral como este... ele que nasceu um ano depois do naufrágio e que sempre nos contava à viva voz o que sabia a respeito.
Tubarão 1975 (Jaws)
Sinopse
Um tubarão branco começa uma onda de mortes na costeira cidade de Amity, justamente quando o local se prepara para a temporada de verão.Um dos lançamentos mais aguardados em DVD. Tubarão permanece entre os filmes de maior bilheteria na História do cinema ! Tubarão foi o primeiro dos colossais sucessos de Steven Spielberg.
Trailer
"Tubarão" - Trailer Oficial Legendado (Universal Pictures Portugal) - YouTube
E mencionando cinema, na sequência desta postagem trataremos da Ilha do Diabo, por onde passou o célebre "Papillon", interpretado no filme do mesmo nome, de 1973, por Steve McQueen, tendo como ator coadjuvante Dustin Hoffman (foto).
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Livro da União Cultural Editora Ltda., quem sabe encontrado nos sebos.
Em 1962, às vésperas de ingressar no Exército de Salvação, li um livro da biblioteca pessoal de meu pai com o título "A Conquista da Ilha do Diabo", do original francês Conquêtes en Terre de Bagne, da autoria de Charles Péan, procurando inteirar-me a respeito dessa organização a nível mundial - pois só a conhecia de minha cidade, das visitas que meu pai fazia ao orfanato local para mostrar filmes do cinema mudo aos meninos (postagem com o título "Encontro com Victoria Chaplin, filha de Charles Chaplin").
Um livro que trata de leis penais da época na França, do trabalho desenvolvido pelo Armée du Salut entre os condenados, muitas estatísticas de repatriados, havia, porém, trechos muito humanos e emocionantes que tocaram fundo o meu coração, crescendo a convicção de que ao ingressar nesse Exército eu estava dando um passo certíssimo, passo do qual nunca me arrependi.
Charles Péan - 1901-1991
Em 1928, o jovem salvacionista Charles Péan (em foto dos anos 70) foi enviado ao presídio de Caiena, na Guiana Francesa, com uma missão específica vinda direta dos líderes internacionais do Exército de Salvação, que incluía:
- obra de salvação para os condenados,
- criação de uma colonia para os liberados,
- sendo possível, reconstituição de lares, permitindo às mulheres irem ter com os maridos se o liberado não puder voltar,
- o repatriamento dos que terminaram a pena.
O livro de sua autoria, escrito na década de 50, mostra que a sua missão, com a ajuda de Deus, foi cabalmente cumprida e, no ano de 1939, 3000 liberados voltaram à França graças ao trabalho árduo dos componentes do Exército de Salvação e sua "insistência santa" junto às autoridades penais tanto na França quanto na própria Guiana.
Difícil é fazer um resumo do livro, que trata também de estatísticas precisas, mas destaco três episódios emocionantes que mostram o calibre de fé e dedicação dos que lá trabalharam.
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Ele havia matado o seu próprio filho ainda bebê...
"Uma noite, o liberado Lacour está ajudando a capitã. Ele gosta do Exército de Salvação e sempre que pode vai ajudar os oficiais. É um homem de boa família e, com sua boa educação, uma companhia agradável para os oficiais. Entretanto, cometeu um crime horrível. Como é que um homem tão educado, tão sensível, pode afogar o filho que teve de uma criada da casa de sua família? Será que ele se arrependeu desse ato abominável?
Nessa noite, ele servia refrescos, enquanto a capitã distribuia os jogos, livros e discos aos cinquenta liberados que se achavam na sala. O bebê da capitã estava perto, deitado no carrinho. Abre-se a porta do restaurante e chamam:
- Capitã, o capitão está chamando a senhora lá em cima.
- Já vou, diz ela. Depois de breve hesitação, pede a Lacour: - Tome conta de meu filhinho!
Quando voltou depois de alguns minutos, encontrou-o ajoelhado diante da criança, com o rosto coberto de lágrimas.
- Que miserável sou eu! - diz ele soluçando, e a capitã procura consolá-lo.
Vendo a criança adormecida, ele compreende o seu pecado. No sorriso da mãe antevê o perdão de Deus.
Tirar da alma do presidiário o terrível castigo é a verdadeira solução.
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Entre os prisioneiros leprosos...
O capitão e eu atravessamos uma sala do hospital de St-Denis, ocupada por leprosos. É tal o mau cheiro que sentimos náuseas e o calor torna a atmosfera irrespirável.
- Major Péan, grita um homem levantando-se no catre.
Que angústia no seu olhar! Mas a aparência é de saúde.
Reconheço-o como um dos liberados cujo nome consta na lista do próximo embarque.
- Você aqui?
- Veja o que me acontece...
E ele rompe em soluços. No exame médico exigido para o repatriamento, o médico constatou o mal.
- Há quatorze anos venho esperando pelo dia da partida! E minha mulher e minha filha estão à minha espera...
Ele cai sobre a cama, soluçando, com o coração despedaçado.
Volto-me para o capitão, que fica imóvel, sem proferir uma palavra. Há dores que exigem o silêncio. Mas nós compreendemos - temos que ficar com esses quando os outros tiverem partido.
Depois de ajudar uns a recomeçar a vida, temos de ajudar outros a morrer.
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Péan entre um grupo de liberados.
Naquela sexta-feira santa...
Sir Alexander Paterson, um eminente reformador social, escreveu a seguinte história a uma revista londrina:
"Quando desembarquei em Caiena, na sexta-feira santa de 1937, pareceu-me que tudo nessa terra falava da desolacão do Getsêmane e do Calvário e que nada me oferecia uma promessa de redenção, uma esperança de ressurreição...
Passando pela rua principal na manhã do domingo da Páscoa, encontrei o salvacionista Charles Palpant, residente na colônia em um pequeno sítio no flanco da colina, onde cultiva flores e legumes com o auxílio de alguns forçados libertados, dos mais jovens da Colônia Penal que ele agrupara ao seu redor.
Causou-me ele profunda impressão, pois era, de todas as pessoas que ali encontrei, o mais correto no vestuário e o mais modesto nas maneiras. Passamos o dia em sua casa; desculpou-se ele pela simplicidade do acolhimento. Repartiu comigo tudo o que tinha: um pedaço de bolo e uma garrafa de limonada. Foi uma comunhão pascal que jamais esquecerei, comunhão que dispensou ritos e cerimônias pelos quais habitualmente traduzimos nossa fé cristã.
Milhares de criminosos tiveram de ir a Caiena para descobrir o que era o inferno. Eu, porém, tive de ir a Caiena para melhor compreender Quem era Jesus Cristo."
Link - Procure "Charles Péan - Ilha do Diabo" no Google e encontrará informação a respeito; se em francês - "Charles Péan - Conquêtes en Terre de Bagne" - mais material ainda.
The public enemy
- The Public Enemy (1931) (UK title: Enemies of the Public) A Salvation Army band is shown marching in 1909 Chicago in the opening sequence.
Public Enemy (Wellman, 1931) - Opening Scene - YouTube
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