ReveR - 3a-feira 07.02.23 - Viagens II - "Eu pisei lá!"
Cada terremoto me faz lembrar o do Mexico em 1985...
-----------------------
O Terremoto no México
Quando trabalhamos em New Jersey (Corpo de Perth Amboy nas fotos) fui requisitado a ir ao México e fazer parte da equipe americana do Território Leste que falava espanhol e que atuou diante do terremoto, ocorrido em setembro de 1985, na exata hora em que o relógio abaixo parou... conforme minha experiência abaixo:
Sentado entre os escombros, o homem olhava as máquinas retirarem o entulho que restava de um edifício que fora uma maternidade. Em seu olhar perdido havia tristeza e desalento imensos.
Como aquele homem, milhares de outras pessoas aguardavam o resgate de seus mortos após o grande terremoto que, em setembro de 1985, ceifou a vida de mais de vinte mil pessoas na cidade do México e arredores.
Vivíamos nos Estados Unidos naquela época, portanto fui convocado, por falar o idioma espanhol, para fazer parte de uma das muitas equipes de socorro que o Salvation Army enviara ao país vizinho.
Sentindo que a missão que me levara àquele país consistia em mais do que oferecer ajuda material nas cantinas móveis localizadas em diversos pontos da capital mexicana, eu saía às vezes a procurar os sofredores que não vinham a nós. Eles estavam praticamente acampados, por dias a fio, aguardando o reconhecimento de seu ente querido vítima da tragédia que desfigurou a bela cidade. Eram ruínas ao redor e ruínas nos corações.
Chamando-me a atenção aquele homem solitário, aproximei-me e tentei trazer-lhe palavras de consolo em nome de Jesus.
- "O que responderei a eles, como explicarei?" - repetia.
- "O que quer dizer com isso, amigo?" - perguntei-lhe.
- "Meus filhos perguntam-me a todo o momento quando a mãe deles voltará para casa com nosso novo irmãozinho" - respondeu-me apontando para o grande hospital completamente destruído.
Naquele momento, faltando-me palavras diante da extensão e profundidade do sofrimento humano, limitei-me ao simples gesto de colocar o meu braço sobre os seus ombros e fazer uma oração em espanhol em seu favor.
Ele permanceu sentado e eu me retirei. Mais tarde, um colega presenteou-me com a foto que tirara, sem que eu percebesse, no momento em que conversava com aquele pai desesperado. Naturalmente, não sei o que respondeu aos seus filhos, mas vendo a foto lembro-me dele, na certeza de que Deus lhe deu palavras certas para falar aos seus filhinhos em casa. Nem sempre podemos testemunhar de vitórias aparentes e retumbantes em nosso trabalho para o Mestre, mas Ele mesmo nos encoraja a prosseguir, sendo fiéis também nos pequenos gestos feitos em Seu nome.
Precisei voltar à cantina móvel para continuar o humilde trabalho, importantíssimo também no contexto de servir... "Pan? Café con leche? Águal mineral? Quizas un cobertor?"...
"... tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber" (Mateus 25:35). Sim, senti a presença viva de Jesus naquele lugar!
Meditação do meu livro "Edificação Diária"
Vivíamos nos Estados Unidos naquela época, portanto fui convocado, por falar o idioma espanhol, para fazer parte de uma das muitas equipes de socorro que o Salvation Army enviara ao país vizinho.
Sentindo que a missão que me levara àquele país consistia em mais do que oferecer ajuda material nas cantinas móveis localizadas em diversos pontos da capital mexicana, eu saía às vezes a procurar os sofredores que não vinham a nós. Eles estavam praticamente acampados, por dias a fio, aguardando o reconhecimento de seu ente querido vítima da tragédia que desfigurou a bela cidade. Eram ruínas ao redor e ruínas nos corações.
Chamando-me a atenção aquele homem solitário, aproximei-me e tentei trazer-lhe palavras de consolo em nome de Jesus.
- "O que responderei a eles, como explicarei?" - repetia.
- "O que quer dizer com isso, amigo?" - perguntei-lhe.
- "Meus filhos perguntam-me a todo o momento quando a mãe deles voltará para casa com nosso novo irmãozinho" - respondeu-me apontando para o grande hospital completamente destruído.
Naquele momento, faltando-me palavras diante da extensão e profundidade do sofrimento humano, limitei-me ao simples gesto de colocar o meu braço sobre os seus ombros e fazer uma oração em espanhol em seu favor.
Ele permanceu sentado e eu me retirei. Mais tarde, um colega presenteou-me com a foto que tirara, sem que eu percebesse, no momento em que conversava com aquele pai desesperado. Naturalmente, não sei o que respondeu aos seus filhos, mas vendo a foto lembro-me dele, na certeza de que Deus lhe deu palavras certas para falar aos seus filhinhos em casa. Nem sempre podemos testemunhar de vitórias aparentes e retumbantes em nosso trabalho para o Mestre, mas Ele mesmo nos encoraja a prosseguir, sendo fiéis também nos pequenos gestos feitos em Seu nome.
Precisei voltar à cantina móvel para continuar o humilde trabalho, importantíssimo também no contexto de servir... "Pan? Café con leche? Águal mineral? Quizas un cobertor?"...
"... tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber" (Mateus 25:35). Sim, senti a presença viva de Jesus naquele lugar!
Meditação do meu livro "Edificação Diária"
A maternidade à nossa frente e médicos que lá trabalhavam, certamente aliviados por não terem estado de plantão quando por ocasião do terremoto.
A foto é de faz-de-conta, pois os telefones não estavam em funcionamento, mas a ligação com Deus é indispensável ao fazermos esse tipo de trabalho. Só Ele para nos dar misericórdia, palavra que literalmente significa "ver a miséria alheia com o coracão".
¤ ¤ ¤ ¤ ¤
ReveR de amanhã:
Assuntos variados - De tudo um pouco.
¤ ¤ ¤ ¤ ¤
Se você achou relevante esta postagem, recomende-a!
¤ ¤ ¤ ¤ ¤
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home