Paulo Franke: A propósito do Festival de CANNES ..."O Pagador de Promessa"- Ganhador da "Palma de Ouro"

Alguém comentou que nas fotos que tirei quando passei por Mônaco , na última InterRail que fiz , estou parecendo diretor de cinema, o que me provocou riso...

Mas, a propósito, de Mônaco a Cannes foi um "pulinho" de trem.

E em Cannes o ""zoom da lembrança" me levou ao filme brasileiro premiado em 1962. Não mais indo ao cinema naquele ano, saber do sucesso em Cannes e pela coincidência da atriz Glória Menezes ter nascido na mesma cidade do que eu, Pelotas-RS, fui assisti-lo.

O filme brasileiro O Pagador de Promessas, baseado na peça homônima de Dias Gomes, a Palma de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Cannes, na França,

sagrando-se o melhor longa metragem entre 70 concorrentes de 36 países.

Sob direção de Anselmo Duarte, reuniu em seu elenco Leonardo Villar, Glória Menezes, Dionísio Azevedo, Norma Bengel e Geraldo Del Rey. O escritor Dias Gomes declarou que o resultado representava uma vitória do cinema e do teatro brasileiros. Google

Minha saudosa irmã Norma - que teve seu nome pela admiração que minha mãe tinha pela atriz Norma Shearer - por sua vez era fã de Anselmo Duarte, ator nacional que foi o diretor de "O Pagador de Promessas", razão pela qual posto aqui a foto que ele enviou, autografada, para ela.

Minha admiração por Anselmo Duarte vinha dos antigos filmes da Atlântida, quando contracenava com Eliana Macedo, a qual era muito comum ser vista nos filmes com Adelaide Chiozzo (em foto atual à direita). Um amigo carioca foi portador de um abraco que mandei para Adelaide Chiozzo, sua amiga. Ela, retribuindo, mandou-me um beijo! Um dia em São Paulo, nos anos 70, espalhando nossa literatura em bares e restuarantes, encontrei Anselmo e por alguns minutos conversamos e contei-lhe dos tantos filmes a que assistira com ele.

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Mas, voltemos ao "zoom da lembrança"...

Em 1970/71 fui nomeado para Brasília, um tempo inesquecível no DF, quando muitos jovens foram atraídos ao Exército de Salvação. Mandei fazer o nome em ferro para identificar nossa igreja, que ainda está lá na Av.L2-Sul.

E entre os tantos jovens, um dia fui apresentado por um deles a outro que chegava para o nosso grupo. Milfont gostou tanto do convívio salvacionista que logo trouxe sua mãe e sua irmã, uma família com a qual fiz grande amizade.

Os Milfonts tornaram-se não só grandes amigos meus, mas participantes, inclusive nos teatros que fazíamos. Nas fotos acima, sua mãe no papel de uma senhora dona de escravos na peça "O Amor faz Maravilhas", baseada em "A Cabana do Pai Tomás", que apresentamos no Exército local com muito sucesso, que fez o "diretor PF" vibrar!

Nos passeios, como este a Anápolis-GO, os Milfonts estavam conosco.

E chegamos a planejar umas férias até Pelotas-RS onde, na foto, os Milfonts estão no meio do grupo, com meus saudosos pais à esquerda e, ao meu lado, minha saudosa irmã Norma e seus filhos.

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Passaram-se muitos e muitos anos e perdemos o contato, até que um dia soube com surpresa que a menina Denise se tornara uma estrela da Rede Globo!! Nas fotos abaixo, ela na minissérie "O Pagador de Promessas", que não assisti por não mais me encontrar no Brasil.

(Foto Globo)

Contato perdido, até que...

encontrei no Facebook do filho compositor de uma prima - que tem tido muitos contatos com cantores no Rio de Janeiro - o Cayê Milfont... Seria ele, com nome artístico? Mesmo com certa dúvida, arrisquei o contato. ERA ELE, o jovenzinho amigo de Brasília, hoje um cantor e compositor consagrado e de crescente sucesso no Brasil e em Portugal! Ao primeiro contato extravasamos a nossa saudade e, poucos dias depois recebi seu CD pelos correios, direto do Rio de Janeiro até nossa cidade aqui na Finlândia.

...o qual estou escutando enquanto faço esta postagem maravilhosa e nostálgica no meu blog (na foto ao lado, com os Milfonts, uma prima e um sobrinho à beira da Lagoa dos Patos, em Pelotas.

Voz máscula com um timbre aveludado, altamente sentimental, é como posso descrever a voz do hoje cantor Cayê Milfont, meu amigo com o qual espero me encontrar daqui a alguns meses, se Deus quiser, se possível também com sua irmã Denise.

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The last but not the least

E as "mil fontes" de alegria aconteceram quando visitei Brasília em 1922.

Cayê e Denise, que moram no Rio de Janeiro, tiveram que ir a Brasília e, por uma coincidência maravilhosa, eu também estava lá visitando meu amigo Nelson Wakai e família.