Paulo Franke

20 janeiro, 2025

ReveR - John Lennon e o Exército de Salvação em Liverpool


Introduzindo...

Há poucos dias, um amigo do Facebook publicou uma foto sua diante do famoso portão do "Strawberry Field", visita obrigatória a quem vai a Liverpool. E na legenda escreveu... "Diante do que foi um orfanato da Cruz Vermelha". Apressei-me a corrigi-lo, ao que me respondeu: "Foi a informação do motorista do taxi que tomei."

Aproveitando, pensei em trazer de volta a postagem que fiz em 2008...



De uma publicacão salvacionista recente


28 março, 2008

John Lennon e o Exército de Salvação em Liverpool


Na década de 80, quando assumi pela primeira vez o departamento editorial do Exército de Salvação em São Paulo, fiquei atento às publicações que chegavam de muitos países onde opera nossa organização, principalmente as da Inglaterra. E daquela vez a curiosidade girava em torno da revelação de que John Lennon, o famoso Beatle, tivera uma estrita conexão durante sua infância e adolescência com o Exército de Salvação na sua cidade natal, Liverpool.
E foram coisas deste tipo que publiquei:
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Na biografia oficial dos Beatles, sua tia Mimi, com quem morava e que era vizinha do orfanato salvacionista "Strawberry Field", recorda-se da impaciência de John assim que ouvia tocar a banda de metais do The Salvation Army. Logo começava a pular e a gritar: "Vamos logo, Mimi, já estamos atrasados!"

Ele mesmo recordava-se: "Eu costumava ir com meus amigos Nigel e Pete às festas das crianças realizadas nos jardins do Lar. Íamos para passar o tempo e vender garrafinhas de limonada por um centavo. Sempre nos divertíamos em Strawberry Field!" Com seus amigos também brincava com frequência na pequena floresta atrás do Lar. Tem sido dito que esse lugar inspirou Lennon a se tornar um músico.
Mais tarde, em 1967, os Beatles lancaram a música de sua composição, Strawberry Field Forever (Campo de Morangos para Sempre), fazendo grande sucesso. Era a música que John, a seu modo, lembrava a infância e adolescência, enquanto que Paul McCartney, da mesma forma nostálgica, lembraria a sua, na mesma cidade, com a música Penny Lane.

A Major Ida Cawthorne, que na época era a diretora do Lar, relembra: " A mídia ficou muito interessada pelo fato de o orfanato haver fornecido inspiração para o lançamento do último disco dos Beatles e nos visitou." "Alguns fãs nos incomodaram," disse rindo, "batendo à nossa porta para saber em que árvore John costumava subir." No one I think is in my tree (Ninguém, penso eu, está na minha árvore), diz a canção. E a major respondia: "Não, mas há dezenas de árvores lá fora, apenas escolham uma!"


John Lennon havia prometido ao seu filho Sean que um dia o levaria para conhecer Strawberry Field. Sua morte o impediu, mas a viúva Yoko Ono não deixou de cumprir a sua promessa. Assim, em 1984, os dois visitaram o Lar duas vezes naquele dia. Na primeira visita as crianças não se encontravam por estarem na escola, apesar de haver muitos fotógrafos e equipes de filmagem. Yoko Ono posou para fotografias diante do famoso portão de Strawberry Field e agradeceu ao povo de Liverpool por suas cartas a Sean e a ela no momento de sua tristeza.
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No final da visita, Yoko perguntou ao diretor do Lar, Capitão David Botting, se ela e Sean poderiam retornar de maneira particular à tardinha. Foi o que fizeram. Dessa vez não havia a presença da imprensa e as crianças estavam de volta da escola. Yoko deu autógrafos, olhou as suas tarefas escolares e os seus desenhos, e Sean brincou com elas, que conheciam muito bem a experiência de não ter um pai. Antes de sair, o capitão perguntou se ela gostaria que a visita fosse encerrada com uma oração. Yoko prontamente consentiu. E o diretor do Lar pediu que Deus concedesse a Sua graça sustentadora a Yoko nos momentos em que ela sentisse a dor da solidão, e orou para que Sean fosse guiado sabiamente ao crescer. Mas a visita ainda não estava de fato encerrada. Yoko fez uma doação financeira ao Lar, reuniu as crianças à sua volta e disse-lhes: "Lennon amava este lugar. Ele era um rapaz comum de Liverpool."


E o que dizer da infeliz declaração We are more popular than Jesus Christ (Nós somos mais populares do que Jesus Cristo) no auge de sua popularidade? Talvez comentar essa declaração poderia ocupar um bom espaço nesta postagem. Mas após enumerar as contradições acima, será preciso, penso eu?

Alguns pensamentos finais, no entanto, me ocorrem:


- Muitos fãs de John Lennon têm o coração inconsolável ainda que 28 anos tenham passado desde sua morte... Jesus Cristo, através de Sua morte e ressurreição, comemoradas na semana passada, é uma mensagem que enche os Seus seguidores de grande conforto.


- Quando Lennon tombou diante da entrada de seu edifício, baleado por um fã que lhe pedira um autógrafo, policiais chegaram imediatamente ao local e perguntaram-lhe: Are you John Lennon? (Você é John Lennon?). E suas últimas palavras foram Yes, I am (Sim, eu sou.) .


- Tomando conhecimento disso ao pesquisar sobre sua morte, confesso que meu coração se encheu de misericórdia - palavra que literalmente significa "olhar a miséria dos outros com o coração" - por ele. Se eu, um falho ser humano, tive tal sentimento, quanto mais Deus, o grande Eu Sou, I Am (Êxodo 3:14), que tem como atributo Infinita Misericórdia, não usará dessa misericórdia para com os pecadores.
Imagine, John Lennon um dia louvando a Deus no céu (não me refiro à melodia dele, Across the Universe, a ecoar, através da NASA, pelo Universo)! E quem pode afirmar que naqueles poucos minutos antes de morrer o Senhor não se revelou àquele rapaz comum de Liverpool que amava o Lar Strawberry Field do Exército de Salvação?"
You may say I'm a dreamer... I hope someday... "


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Quando moramos perto de New York (1985-1986), passando um dia diante do edifício Dakota, onde viveu e morreu John Lennon, "abelhudo" como sou não deixei o momento passar sem uma foto. Bem ali perto, no Central Park, há um memorial que leva o nome Strawberry Field, muito visitado por turistas de todo o mundo.

E acrescento que meu irmão estava em N.York exatamento no dia em que o cantor foi assassinado. Que coincidência!

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Atualizando...

Hoje o antigo orfanato do The Salvation Army opera como um centro de treinamento para jovens, o "Steps to Work".

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Links

YouTube "De Yoko para John":
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Leia a postagem que relata o contato do menino Charles Chaplin com o Exército de Salvação:
http://paulofranke.blogspot.com/2006/07/ele-era-importante.html

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Atualizando as visualizacões do meu blog:

Updating the visualizations of my blog:

1.557.930 = 21 de janeiro de 2025


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