Paulo Franke

12 fevereiro, 2013

2. TEL AVIV... VIVenciando a vibrante cidade...

Dando continuidade aos relatos e fotos da viagem, o título deste é um tanto diferente da realidade, pois de fato permaneci na orla mediterrânea da cidade e poucos passos dei além dela. Assim, VIVenciar foi para combinar com VIV... Mesmo em viagens meu ritmo continua um tanto inalterado, isto é, acordar cedo e ir dormir cedo. O "vibrante" do título fica então por conta dos sentimentos ao vislumbrar tanta beleza, da natureza como também da moderna Israel com seu avanço tecnológico em meio às ameaças à sua extinção, de todos os lados. Mais ainda quando cumprimento de profecias milenares são constatados a cada passo na Terra Santa.


O Ministério do Turismo de Israel usa a figura bíblica dos espias da terra prometida para mostrar aos visitantes o melhor da terra.


Com edifícios de linhas arrojados, esta é a moderna Tel Aviv.


O hotel 5 estrelas atrás do nosso "sem-estrelas" assemelha-se a um cactus.


Mencionando cactus, no restaurante ao lado do hostel fotografei o famoso "sabra" em um poster. A propósito, os israelenses atuais são chamados de "sabras" porque parecem espinhosos no exterior mas são doces no seu interior. Quantas vezes experimentei essa doçura em soldados, homens e mulheres a quem pedi informações, não obstante a arma que carregavam por força das circunstâncias.


O hostel onde me hospedei era muito bom embora não de luxo, mas a quem quisesse vendiam um vale-restaurante para o café da manhã no restaurante de um hotel ao lado. A vista para o mar me fez tomar um café-da-manhã mais demorado do que de costume.


O vale dava direito a escolher entre o breakfast israelense, na foto acima, ou o mediterrâneo, na foto abaixo...


Sempre dispensei salada e os molhos que a acompanham no café-da-manhã, costume em países como Egito e Turquia também. Só no último dia tive a idéia de pedir que a trocassem por um pão extra, super gostoso, para tomar com o que chamam café americano, com adição de leite frio (aliás, café-com-leite quente, quase que só existe no Brasil).


Depois do café, às vezes ia a uma rua próxima onde fica o hostel onde fiquei na vez passada.  E falar em "vespa"... fotografei esta estranha moto, pensando em um primo de São Paulo, entusiasta por elas.


E ali perto outra moto do tipo, usando linguagem do Facebook, curioso em saber se é "pros fortes ou pros fracos", rsrsrs.


Achar beleza até em tampões de esgoto e fotografá-los não é a primeira vez nas minhas viagens, atento sempre para o que posso fotografar abaixo, dos lados ou acima.


Bicicletas de aluguél, bastando colocar umas moedas, retirá-las e passear pela ciclovia excelente da longa orla, do que gostei mas não fiz.


Tentando captar tudo o que é bonito ou curioso, nas minhas andanças e paranças, deparei-me com esta bicicleta, fora os aros, pneus, pedais e banco, toda feita de madeira!


Repito esta foto para mostrar que o hostel onde me hospedei fica ao lado da embaixada americana, o prédio à esquerda. Isso significa proteção... ou não?


A entrada da embaixada para os carros mostra que sim.


A van das Nações Unidas, que a gente só vê em noticiários de TV, mereceu uma foto.


O humor dos israelenses estampado em T-shirts, tipo esta: 
"América, não se preocupe, Israel está atrás de você", na idéia de "para a sua defesa se preciso for".


Tenho, adquiridas de outras viagens, a da Coca-Cola em hebraico e a "Eu amo Israel", além de uma da bandeira israelense adquirida em São Paulo, na Visconde de Sarzeda. Gosto da "Não se preocupe, seja judeu!", ao alto à direita. Pena não encontrar uma com o texto bíblico dos salmos, "Deus é nosso escudo e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações" (Salmos 46:1). Israel conhece-o e prova a sua veracidade e em um sentido não precisa colocá-lo no seu peito, contanto que o coloque no seu coração.


Dois bonés que comprei e, claro, o de estilo "esfarrapado" foi o de minha preferência, ainda que com o dinheiro que paguei por ele poderia ter adquirido quatro do tipo do azul.


Estas sacolas femininas existem em todo o mundo, destacando a referida cidade onde é vendida, mas preferi dar de presente à mulher e às filhas algo que tenho certeza de que ela gostariam mais...


... cremes com produtos naturais do Mar Morto, que todo o turista leva em sua mala ao voltar para casa.


Esta boite certamente esteve cheia à noite; durante o dia o que brilhava era esta guitarra de metal.


Em uma das noites em que dei uma voltinha nas redondezas, gostei de fotografar alguns hotéis famosos.


... daqueles nos quais me hospedei - no caso, o Ramada Inn, em Jerusalém - somente uma vez, quando visitei pela primeira vez Israel em uma turnê cultural, gratuita, promovida pelo The Salvation Army americano, quando trabalhamos no EUA.


 Nas demais vezes, coloquei um S, não de Sheraton, mas na palavra hotel = hostel, cuja tradução mais aproximada é "albergue", outrora da juventude, atualmente a maioria sem limite de idade para seus hóspedes, ainda bem!


Espera aí, não fui a nenhum cinema assistir ao magnífico filme "O Pianista"... Este judeu de Paris era um dos que ocupavam as camas do nosso dormitório do hostel (os outros, um senhor alemão, um jovem húngaro, um outro sueco e mais tarde um americano em seu lugar, e eu). Quando pedi para fotografá-lo, apressou-se a tirar a camisa para exibir as suas tatuagens, que vão do pescoço aos pés... Frequenta uma sinagoga liberal em Paris, mas no sábado andou uma hora na ida e uma na volta para ir ao culto em uma semelhante em Tel Aviv. Contou-me que nelas homens e mulheres sentam-se juntos e o serviço é feito tanto em hebraico como, no caso, em francês. 


Muito organizado, contrastando com alguns mochileiros incrivelmente desarrumados, tinha todas as suas coisas sempre em ordem. Quando se retirou um pouco, fotografei a sua maleta e o seu chapéu e chamaria esta foto de "O Carlitos moderno". Tornamo-nos amigos e quando for novamente a Paris, se for, vou procurá-lo no seu estúdio, conforme o cartão de visita que me deu.


Diferente de outros hosteis onde tenho me hospedado, neste havia TV moderna em todos os quartos.  Pra quem não é "da noite", como eu, era bom assistir noticários e, naquela, a um filme no canal  TCM, The Prize (Nobel), com o meio-judeu Paul Newman. O jovem sueco estava no quarto, mas desligado do que acontecia no filme, rodado na Suécia, até que de quando em quando exclamava: "Estão falando sueco!" 
A língua materna de fato em meio ao maior barulho é destacada, como aconteceu comigo nesta viagem ouvindo algumas vezes brasileiros judeus falando, o que me fazia abordá-los com um sonoro Shalom (equivalente a bom dia, boa tarde, boa noite), que significa Paz. Outras vezes julgava estar ouvindo português, mas era hebraico ou então russo, pois muitos judeus russos voltaram para Israel e palavras unidas em ambos os idiomas podem soar como a nossa língua. Ou então quem sabe o ladino, uma mistura de hebraico com português ou espanhol falado também em Israel.


Raramente vou ao McDonalds, mas por ser o local mais barato ia à noite, depois do por-do-sol. Um café expresso ou então um sorvete combinava muito bem com a gostosa torta de maçã, servida por lá em qualquer hora do dia ou da noite.



Em outra ocasião, uma fatia de pizza com massa frita, da Pizza Hut, pois preciso confessar que a comida israelense não faz bem o meu gênero e, além do mais, é cara. Que me censurem por comer às vezes, raramente,  "junk food", mas me ocorre perguntar se uma boa feijoada brasileira, com todos os "apetrechos", seria ou não "junk food", ou mesmo um churrasco bem gorduroso, "de engraxar o bigode"?


ExperienSIÃO nota 10 e não 0! 
Tenho leitores que certamente me criticam por tomar Coke ou Pepsi, mas digo-lhes que a realidade é que tomo uma garrafinha por semana e que às vezes dura por dois dias. Decididamente, não me considero um "viciado em bebida alcooca", como uma pessoa simples uma vez me confessou, e de que nunca me esqueci.


Um refri geladinho numa praia ensolarada é o que há!


Os seguidores do meu blog sabem que tenho, sim, o "costume de turista pobre de catar latas internacionais". Desta vez catei as da foto. Mas estou desfazendo-me da "coleção de adolescente" e enviando-as pouco a pouco a amigos que fazem artesanato no Brasil, altamente bem-recebidas por alguns deles mais criativos.


Sol, sul, mar... a música gaúcha me fez lembrar destas havaianas brasileiras que fotografei em Eilat, à beira do Mar Vermelho, no extremo-sul de Israel, lugar onde gostaria de voltar um dia.


A top model gaúcha pelo menos cobria a porta de entrada de uma loja em Tel Aviv da outra vez em que estive nestas paragens. Como a moda brasileira é vapt-vupt, vai ver que os modelos que faziam sucesso há dois anos já foram substituídos por outros.


No dia de minha volta à Finlândia quis usar a internet do hostel, mas estava com problemas, o que me fez andar uns poucos quarteirões e ir usá-la no outro hostel onde me hospedei na vez "do vulcão" (link na postagem anterior). Escrevi a familiares no Brasil e a amigos, também em hebraico, com a ajuda do recepcionista:

חוזר אחרי 7 ימים מתל אביב השמשית
Coming back after 7 days in the sunny Tel Aviv.
Voltando pra casa depois de 7 dias ensolarados em Tel Aviv.


E lá me lembrei das jovens modelos, também "presas" pelo cancelamento de voos (foto). A que me pareceu russa era... uma gaúcha, a outra uma carioca. Trocamos e-mails e, no ano seguinte, viajando com meu neto a Paris, encontramo-nos os quatro para tomar  sorvete no bairro judeu de Marrais. Voltando pra casa desta vez, enviei  um e-mail para ver se o endereço da gaúcha era o  mesmo. Era!  Respondeu-me  muito  amavelmente e deu notícias de que está indo para Nova York.  Amizades feitas em viagens... nem todas "vingam", mas algumas sim! A carioca tornou-se amiga no Facebook e a ambas vou indicar a leitura desta postagem. Tenho orado por esses jovens que encontro quando viajo.   Lembro-me de ter orado pela gaúcha, mas depois, quando o contato vai sendo desfeito, a tendência é não orarmos mais.  Assim,  fico contente pelo restabelecimento desse contato que significará  continuar a orar por ela, longe de  sua família gaúcha, exposta a tantos perigos. Mas que Deus a proteja e que   ela  O  coloque nos  seus planos para que tudo  dê certo na sua carreira ou  em outra que porventura seguir.


Bons momentos em uma sorveteria de Paris e a satisfação de falar português com brasileiras em solo francês!


Joalherias do judeu brasileiro H. Stern vê-se por toda a parte em Israel!


Dias antes de viajar, recebi pela internet o texto abaixo sobre "O Alfaiate de Hitler", o qual me era desconhecido. Assim, planejei fotografar uma loja do Hugo Boss e a primeira que encontrei foi no aeroporto de Tel Aviv para ilustrar o referido texto.

O Alfaiate de Hitler
Chamava-se Hugo; alemão, beirava os 40 anos quando fundou, em Metzingen, a cidadezinha onde nascera, pequena loja de confecções. Seis anos depois abriu falência. Desesperado, em 1931 ingressou no Partido Nazista – e aí sua vida mudou para melhor. Fornecedor exclusivo dos uniformes negros das SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitlerista e de outras agremiações nazistas (sempre muito preocupadas com a elegância), ganhou milhões entre 1934 e 1945, e, para dar conta das encomendas, a solução foi apelar para a mão de obra – compreensivelmente baratíssima - dos prisioneiros de guerra. Após a derrota do III Reich, foi levado aos tribunais mas pegou penas brandas, condenado a indenizar as famílias dos trabalhadores forçados.
Ah, quase me esquecia: o nome completo do homem era Hugo Boss. E os negócios vão muito bem, obrigado!

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Próxima postagem:

3. TEL AVIV... quando o por-do-sol se AVIzinhava.

Um dos programas diários foi atravessar a rua, ir para a orla e admirar e fotografar o sol se pondo, espetáculo de incrível beleza que o caro leitor poderá comprovar pelas próximas fotos.

10 Comments:

  • Oi Paulo,
    bela postagem sobre Tel-Aviv. A cidade me surpreendeu pela beleza. Muita coisa do Brasil por lá, heim. Amei saber sobre Hugo Boss.
    Abraço,
    Abigail

    By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, fevereiro 13, 2013 8:18:00 PM  

  • Bom "viajar" com você!
    Nos últimos anos, sem sair de casa, tenho viajado e conhecido lugares e culturas fantásticas, graças à sua generosidade em compartilhar suas andanças ...
    Que o Senhor Jesus esteja sempre ao seu lado!
    aBRaços agradecidos!

    By Blogger Gloria Policano, at quinta-feira, fevereiro 14, 2013 2:10:00 PM  

  • Gostei, Paulo !

    Prefiro o breakfast mediterrâneo...

    Curiosa a moto com duas rodas na frente. A bicicleta de madeira já havia visto na TV. Muito legal ! Em PAlegre já existe o aluguel de bicicletas, muito bem organizado. Pega-se em diferentes pontos e devolve-se em outro ponto diferente... Quase de graça...

    Na única vez em que fui a Israel, o aeroporto de Tel Aviv me impressionou muito. É grandioso.. Aquela chegada, pelo largo corredor de desembarque, ao 'redondo central' é muito impressionante.
    Um abraço,

    Gerson.

    By Blogger paulofranke, at quinta-feira, fevereiro 14, 2013 3:24:00 PM  

  • Gostei muita da segunda parte da publicação, inclusive de falar Português em Paris, muito legal.
    Muito brigado. :D
    Abraços!

    By Anonymous Caio Läntinen, at quinta-feira, fevereiro 14, 2013 3:57:00 PM  

  • *Obrigado

    By Anonymous Caio Läntinen, at quinta-feira, fevereiro 14, 2013 3:58:00 PM  

  • Excelentes fotos, Franke.

    Destaco a bicicleta de madeira e a do Hugo Boss.
    Os textos são muito bons, dá para a gente meio que "ter ido também".

    Abraço, Theófanes

    By Blogger paulofranke, at sexta-feira, fevereiro 15, 2013 7:12:00 PM  

  • Lindas fotos!!! Que viagem deliciosa!!! Meu sonho é conhecer Israel, obrigada amigo por compartilhar mais essa beleza! abraços.


    By Anonymous arletepmoraes, at sexta-feira, fevereiro 15, 2013 9:22:00 PM  

  • Acabei de ver seu blog as fotos novas de Tel Aviv... Que delicia...
    Vi fotos minhas e da minha amiga e fiquei bem emocionada e feliz por lembrar da gente com muito carinho! Pois tambem lembramos de vc e seu neto que hj ja deve estar maior hehehe.
    Fiquei com Deus, obrigada!
    Beijo
    Dreher

    By Blogger paulofranke, at sexta-feira, fevereiro 15, 2013 9:42:00 PM  

  • Que gostoso, mais uma viagem!
    Desculpe-me, mas não gostei de nenhum dos cafés da manhã. Salada e molhos!!! Nada como nosso café com leite quentinho com um pão também quentinho com a manteiga derretendo. As fotos com coisas do lugar nos fez sentir estarmos lá com vc.
    Obrigada!

    By Blogger Yara, at sexta-feira, fevereiro 15, 2013 11:27:00 PM  

  • Seu blog está cada vez melhor!Tem sempre me alimentado com detalhes real da Terra Santa. Obrigada Paulo, por compartilhar seu trabalho. Que HaShem te abençoe!

    By Blogger Hadassah, at sábado, fevereiro 16, 2013 6:04:00 PM  

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