Paulo Franke

01 julho, 2021

ReveR - Filme HANS CHRISTIAN ANDERSEN - viagem a Odense e Dinamarca - museu


Neste verão com cara de férias, hoje escolhi este filme para assistir... Nas cenas iniciais quase desisti, achando-o infantil, se comparo com o "Julgamento de Nuremberg", que vi ontem. MAS, lembrando-me da visita que fiz à cidade de Odense, na Dinamarca, e lembrando-me do grande ator filho de judeus ucrancianos, Danny Kaye, sem falar na visita maravilhosa que fiz à Ucrânia, terra de seus pais - vi o filme até o fim e agora convido meus amigos a reverem esta postagem de meu blog.

Dezembro 2008 - DVD encomendado dos States no Brasil e entregue na Finlândia!
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Cenas do filme




 

Danny Kaye (David Daniel Kaminsky), judeu, filho de ucranianos, ator de "Hans Christian Andersen" etc. Embaixador da UNICEF.
Danny Kaye (David Daniel Kaminsky), Jewish and son of Ukranians, actor of "Hans Christian Andersen" (photo) etc. Ambassador of UNICEF.


Seu nome na Calcada da Fama em Hollywood (fotografia minha)

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Mas voltemos ao contador de histórias (storyteller)
 Hans Christian Andersen...



"O mundo inteiro é uma série de milagres... mas nos acostumamos a isso que chamamos tudo de coisas comuns."



A casa onde nasceu Hans Christian Andersen, em 2 de abril de 1805.


A casa onde cresceu.

(ambas fotos acima são minhas)

Em 2001 decidi incluir Odense, na Dinamarca, no meu roteiro de viagem de minha primeira InterRail. Pura nostalgia! Andando pelas ruas da cidade velha, logo encontrei a casa onde Hans Christian Andersen viveu até os seus 14 anos. Hans, que nasceu em 1805 e morreu em 1875, foi um famoso autor e poeta dinamarquês. Seus contos, principalmente dedicados às criancas, foram traduzidos para 150 línguas.





Aos meus 10 anos o "conheci", através da brilhante interpretacão de Danny Kaye, no filme "Hans Christian Andersen". O filme contava a história do famoso dinamarquês, e quando o ator se sentava para contar suas histórias às criancas, essas histórias "viravam" lindos desenhos animados para deslumbramento dos nossos olhos (bem mais tarde assisti ao mesmo filme  novamnte e fiquei desapontado por terem cortado as partes em desenho animado que davam um toque especial ao filme!). Bem pequeno, eu já cantava "Wonderful, wonderful Copenhagen", o tema musical do filme. Assim, conheci as principais histórias de Andersen não através de livros infantis, mas dos telões imensos dos cinemas da década de 50: As roupas novas do rei, O rouxinol do imperador, Polegarina, O soldadinho de chumbo, O patinho feio, A menina dos fósforos e A sereiazinha.





A visita ao Museu HCA


Visitar Odense inclui a visita à casa onde cresceu e também ao  museu HCA. E ali vimos pertences de Andersen, as botas que ele mesmo confeccionou, pois era sapateiro, além de outros objetos. E em um dado momento a guia do museu, fazendo-nos parar diante de sua cama, comentou o seguinte: "Quando o ator Danny Kaye visitou o museu, de brincadeira deitou-se rapidamente naquela cama, o que foi considerado um gaffe que repercutiu negativamente por todo o país com altas críticas pelo absurdo de seu gesto". Então, foi a minha vez de defender Danny Kaye: "Saiba que se eu estou aqui, e se milhares de outras pessoas - principalmente americanos - visitaram ou visitam este museu não tem sido tanto pelo fato de terem lido os livros de Andersen, não tão populares naquele tempo quanto o famoso filme na interpretacão de Danny Kaye, pelo menos para mim". Foi um momento de embaraco, sem desfazer o grande autor de histórias infantis, que repercutem mesmo atualmente - também por desenhos animados de Walt Disney - mas de fazer justica ao seu grande intérprete Danny Keye. Esta foi a minha "historieta", ligada à Odense, cidade natal de Hans Christian Andersen.



Continuando, talvez repetindo, enfoco o grande ator e intérprete de Hans no cinema, Danny Kaye, nascido em 18 de janeiro de 1913, cujo nome real era David Daniel Kaminski, filho de um casal judeu-ucraniano, sendo o pai um alfaiate. Nasceu no Brooklyn, NY, e aos 13 anos deixou a escola e fugiu para a Flórida para cantar nas ruas por dinheiro. Seu debut na Brodway aconteceu no ano 1939. Estrelou muitos filmes no cinema e mais tarde também na televisão. Seu famoso filme "Hans Christian Andersen" foi produzido em 1952. O que talvez a maioria não saiba é que Danny Kaye, que morreu em 3 de marco de 1987, era um grande filantropo, que ajudava pessoalmente a muitos colegas atores que ficaram na miséria e que distribuía grandes somas de dinheiro a institucões assistenciais. No ano 2000 a UNESCO conferiu a ele o título de "cidadão mundial". Além de ator e cantor, era um excelente intérprete de jazz e tocava clarinete com maestria, quase somente para amigos.  A revista CINEMIN foi presente de minha saudosa irmã Norma.

Na turnê por Copenhagen, em 2001, fazia parte fotografar a sereiazinha de Andersen.

A sereizinha minúscula, mas a estátua de Hans gigante! Em 2008, na minha segunda InterRail, passei por Copenhagen e aproveitei para tirar uma foto na estátua do autor, orgulho dos dinamarqueses.

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E assim, termino mais este "ReveR". Hoje os grandes cinemas estão praticamente extintos - como este na minha cidade que virou estacionamento de carros.  Muita pena, mas o importante é que grandes filmes das décadas 50 e 60 estão "estacionados" na nossa memória.

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L i n k 

Video da música-tema do filme:

(1) Music+Cinema: Hans Christian Andersen/Wonderful Copenhagen (En/Fr Lyrics) - YouTube

Trailer do filme

(1) Hans Christian Andersen Trailer 1952 - YouTube


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The last but not the least


A Dinamarca inaugurou nesta quarta-feira (30.06.2021) o novo museu dedicado ao seu grande contador de histórias, Hans Christian Andersen, na sua cidade natal de Odense (centro), um projeto poético que custou 50 milhões de euros.

Iniciada há dez anos, a reforma do museu anterior foi projetada pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, que também idealizou o Estádio Olímpico de Tóquio.

Kuma disse que se inspirou em um dos contos do dinamarquês, sobre uma árvore onde um mundo subterrâneo se revela, já que dois terços do museu são subterrâneos.