Paulo Franke

22 fevereiro, 2022

RevendO - Casas onde morou ANNE FRANK na Holanda... e sua última morada...

 


Casas onde viveu ANNE FRANK... "Stolpersteine"... e sua "Última Morada"...




AS VOLTAS QUE EU DEI PARA LOCALIZAR ESSES LUGARES QUE FORAM FAMILIARES PARA ANNE.


Olhando o bambolê de Sanne, a amiga de Anne Frank, na foto logo abaixo, com 6 anos, penso que o subtítulo para esta postagem está bem aplicado.


Essas tantas voltas, que culminaram com a visita à esta rua da foto, no mês de maio de 2015, registro nesta postagem com os diferentes links para o leitor acessar e apreciar, o que vai exigir paciência, mas penso que os admiradores da famosa menina judia e de seu diário disporão de todo o tempo que for preciso para ver as fotos e ler suas legendas, não só desta postagem, mas de todas as outras que os links indicarão.
São muitas voltas "de bambolê", mas garanto que valerá a pena! Para um melhor aproveitamento dos interessados, convido a que acessem cada link abaixo assinalados, todos dentro do contexto ANNE FRANK.


Aconselho para facilitar a busca utilizar um computador convencional.





Foto:
Tell your children...
www.levandehistoria.se





Outra foto de Anne pulando corda na mesma rua onde viveu.


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Há alguns anos, fazendo uma escala em Frankfurt am-Main, no voo Lufthansa para o Brasil, informei-me sobre a casa onde Anne Frank nasceu. De posse do endereço, tomei uma condução que deu muitas voltas mas que me fez lá chegar. As fotos abaixo são da referida rua e casa.








Pena que com a câmera que possuia na época não consegui uma boa foto da grande placa que indicava o importante local, ainda que em alemão.
Logo após, indo a um café nas imediações, um rapaz alemão ao saber por mim que Anne Frank ali nascera, tomou sua moto e foi conhecer a casa, voltando ao café para contar-me que a localizara e a fotografara.





Ainda que estas "voltas" não estejam em uma ordem cronológica, em dezembro de 1967, em Niterói-RJ, comprei em um sebo o livro "O Diário de Anne Frank", hoje amarelado na minha estante (foto). Era o ano de começar o grande interesse por tudo o que dissesse respeito ao Holocausto, o que também herdei de meu saudoso pai.





Quando eu dei a minha primeira "volta" pela Europa, em 1973, visitar a casa de Anne Frank foi um must (veja link). Foi antes do meu casamento com uma Anne(li) que logo levaria o nome Frank(e).
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Dando muitas "voltas" e chegando ao presente...
naquela manhã fria de maio deste ano, voltando do Brasil pela KLM e passando diversas horas - na longa escala proposital de 10 horas - em Amsterdam, saindo do aeroporto fui em busca de informação sobre como chegar de ônibus comum a Merwedeplein, onde vivera Anne Frank com sua família.
Perguntando a diversas pessoas, prontas a ajudar, logo estava dentro do ônibus, com indicação inclusive de onde descer.




Quando vi este cartaz anunciando uma peça sobre o Diário de Anne Frank, vi que não estava muito longe...

Entrando em uma padaria próxima para confirmar se estava certo, a moça do balcão sabia exatamente onde Anne vivera, e explicou-me que sabia porque muitas pessoas passam na padaria para fazer a mesma pergunta.
Então, uma típica senhora holandesa, moradora do bairro, interessou-se por minha pergunta e quis acompanhar-me, eu andando e ela segurando sua bicicleta. Morava naquele bairro e, mesmo conhecendo a história de Anne Frank, não sabia que ela ali vivera, o que me fez lembrar do rapaz alemão mencionado no início. Tivemos que andar um pouco, pois em vez de ter o número da casa eu tinha o do CEP.







De repente, lá longe, a inconfundível estátua!





A senhora afereceu-se para tirar quantas fotos eu quisesse, e aqui a primeira.
Para os detalhistas: na foto de Anne com duas meninas (ver video abaixo) pode-se ver o edifício ao fundo desta foto, que já existia no tempo quando ela aqui morava.




O importante endereço.




Minha fotógrafa particular tirou-me esta foto diante da casa com as janelas vazias, no segundo andar.




A entrada do prédio, com alguns semelhantes no quarteirão (compare com a primeira foto desta postagem, de Anne brincando com Sanne, o prédio ao fundo).



As janelas do apartamento de Otto Frank.





A porta respectiva.





Quantas vezes a família não terá entrado e saído por esta porta em tempos de paz, na rotina diária? ... até o dia quando, levando consigo poucos pertences, foram esconder-se no Anexo-Secreto...
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Nas tantas voltas, chegaremos ao esconderijo, que chamavam Anexo-Secreto, mas antes de prosseguir, vamos às "pedras de tropeço" (Stolpersteine), das quais eu já ouvira falar mas nunca vira com meus próprios olhos... chegou a vez...




Stolpersteine é um projeto idealizado em 1993 pelo artista berlinense Günter Demnig para resgatar a memória das vítimas do nazismo. A “pedra do tropeço” é uma plaquinha de bronze de aproximadamente 10cm² instalada na calçada em frente ao último endereço de cada vítima. Em cada plaquinha, está inscrito basicamente, conforme o idioma local, “aqui viveu”, o nome da vítima, data de nascimento, data de deportação, local e data de morte.

A lista de lugares que possuem estas plaquetas extende-se a diversos países e a centenas de cidades e vilas. Em agosto de 2014 havia 48.000 delas em 18 países da Europa, fazendo do projeto o maior memorial do mundo.

Antes do Holocausto (Shoah), havia um costume na Alemanha quando não-judeus diziam ao tropeçar em uma pedra saliente: "Deve haver um judeu enterrado aqui!"





Com o maior respeito, o que minha fotógrafa particular a princípio estranhou um pouco, deitei-me na calçada para ver melhor - e acariciar... - os Stolpersteine...





... e, unindo o meu inglês ao meu sueco, pude ler o que cada um dizia em holandês.





Aqui viveu... data nascimento... data de quando se esconderam... data da prisão... em que campo de concentração... No caso de Otto Frank na plaquinha está escrito que sobreviveu.



As "pedras de tropeço" indicam a casa exata, pois não havia outra placa para identificar onde viveu a família Frank.




O nome de minha saudosa mãe, Ida - um nome judaico, pelo que soube recentemente - nesta plaquinha diante da casa de outra Ida, em Berlim (minha mãe morreu em 1992 na sua terra natal, no RS). Ida Arensberg morreu no campo de concentração de Terezin, que visitei quando fui à República Tcheca, nas proximidades de Praga (não há indicação nos links desta postagem, mas pode ser encontrado no "Indice de todos os meus tópicos", assim como outros 5 campos de concentração que visitei.)

Como já mencionei antes, para melhor aproveitamento desta postagem, que engloba outras de Anne Frank, não deixe de acessar os links abaixo.

L* I* N* K*S

Um documentário sobre as "pedras de tropeço"/Stolperstein, feito por

Dörte Franke em 2008:


https://www.youtube.com/watch?v=NsOr-jpdRd4

http://www.stolpersteine.eu/en/home/


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No meu diário de viagem, a primeira visita ao Museu Anne Frank:

http://paulofranke.blogspot.fi/2006/09/o-museu-anne-frank-em-amsterdam.html

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Minha segunda visita ao Museu Anne Frank (o "Oscar"...)

http://www.paulofranke.blogspot.fi/2013/04/8-amsterdam-visita-ao-museu-anne-frank.html

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Veja o video do interior da casa onde ela viveu em Merwedeplein:



https://www.youtube.com/watch?v=nztKxh6N7Ck

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Os dramáticos ultimos meses e dias de Anne Frank (revista LIFE):

http://paulofranke.blogspot.fi/2009/01/os-ltimos-meses-de-anne-frank.html

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O dia em que visitei Bergen-Belsen, a última morada terrena de Anne Frank:


http://www.paulofranke.blogspot.fi/2013/03/anne-frank-o-dia-em-que-visitei-bergen.html
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Otto Frank ao voltar ao Anexo Secreto depois da guerra:

http://paulofranke.blogspot.fi/2010/08/otto-frank-e-o-diario-clara-kramer-e.html

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The last but not the least...





Em cartaz em algum lugar do mundo, "O Diário de Anne Frank":

http://www.paulofranke.blogspot.fi/2012/02/em-cartaz-em-algum-lugar-do-mundo-o.html



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Outras postagens - inclusive dos 5 campos de concentração que visitei - é só clicar:



ÍNDICE DE TODOS OS MEUS TÓPICOS






posted by paulofranke at 11:51 | 3 comments
20 junho, 2015

A Sinagoga Portuguesa... em Amsterdam.






Como parte do passeio por Amsterdam, na recente escala antes de voltar para casa na Finlândia, visitei a famosa Sinagoga Portuguesa, que havia visitado em 2001, mas que nunca trouxera para este blog.



Ali comprei o bilhete único que dá direito a visitar diversos locais do Quarteirão Cultural Judaico.





O complexo da monumental Sinagoga Portuguesa data de 1675. Até os dias de hoje o edifício permanece o coração cultural e religioso da comunidade judaica que se congrega aqui para serviços, dias de festa e ocasiões especiais.







Em 1492 a Espanha expulsou sua população de judeus. Muitos foram para Portugal, onde eram forçados a ser batizados. 100 anos mais tarde, descendentes desses que foram vítimas da Inquisição começaram a chegar a Amsterdam, onde podiam praticar abertamente o seu judaismo. Os fundadores da comunidade judaica eram os descendentes desses judeus




No final do século 16 Amsterdam era conhecida como uma cidade tolerante, portanto um destino atrativo para tais imigrantes. Naquele tempo a república holandesa estava em guerra com a Espanha, assim, para evitar serem identificados com os inimigos espanhóis, os refugiados da península ibérica denominaram a si próprios como "judeus portugueses".







Os judeus portugueses exerceram um papel significante no desenvolvimento econômico da república holandesa, gozando de uma liberdade religiosa única na história dos judeus.




A comunidade produziu rabinos, filósofos, artistas, banqueiros, além de trustees de companhias comerciais internacionais.





Na ocupação nazista em 1940 havia cerca de 140.000 judeus na Holanda, vivendo 120.000 em Amsterdam, 4.300 constituindo-se de judeus sefarditas.





A sinagoga felizmente permaneceu intacta em face dos bombardeios, o que é considerado um milagre e uma exceção na Holanda ocupada.




Depois da guerra havia na Holanda cerca de 20.000 judeus somente.





O Hechal (Aron ha Kodesh ou Holy Ark) foram feitos de madeira jacarandá do BRASIL, doada por Moses Curiel. O chuppah, wedding canopy, foi construído em 1956 de jacarandá.


(Todos os dados fornecidos aqui foram extraídos a partir de folhetos adquiridos em ambas as visitas que fiz à histórica e belíssima Sinagoga Portuguesa. Para mais informações, acesse o Google.com)






A Esnoga, anexos e câmeras são acessíveis ao público.


Pelo cansaço da longa viagem desde o Brasil, limitei-me a visitar desta vez o que chamo de templo (Esnoga).





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Próxima postagem:


Fotos das casas de Anne Frank que já visitei:


- a de seu nascimento, em Frankfurt am-Maim, Alemanha


- a da rua Merwedeplein, Amsterdam, onde morou antes de a família se esconder, com seus Stolpersteine na calçada (nesta viagem)


- links para o Anexo Secreto (esconderijo), que visitei duas vezes, a primeira com os cômodos originais à luz do dia, o segundo, mais recentemente, transformado no estilo de museus atuais, à meia-luz, na tentativa de transportar o visitante à realidade da história.


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posted by paulofranke at 10:02 | 2 comments









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