Paulo Franke

05 abril, 2022

RevendO - A maior ÅventurÅ de fé de Paulo Franke!

 

A maior ÅVENTURÅ de fé de Paulo Franke!

Há alguns anos, com um amigo brasileiro que vive atualmente na Alemanha, fiz um cruzeiro Helsinki-Estocolmo. Quando, no meio do trajeto, o navio fez escala em Åland, província finlandesa autônoma de língua sueca, pedi a ele que me tirasse uma foto olhando para uma das ilhas do grande arquipélago.

Nunca mais voltei àquele lugar onde vivemos de julho de 1989 a março de 1993, mas com certa frequência voltam as recordações de uma fase atípica de minha vida e que nesta postagem chamo de A maior åventurå de fé de Paulo Franke. Tempo difícil, mas "aureolado", de muitas conquistas espirituais, não isento, porém, de grandes desafios e de algumas dificuldades. (A letra sueca Å-å tem o som de ô, portanto Åland pronuncia-se "Ôland").


Quando trabalhávamos em um orfanato em Jacutinga, sul de Minas Gerais, logo depois que voltamos dos E.U.A, em 1986, sentimos ambos um chamado para a Finlândia. Nada de estranhar, afinal, pois sendo minha esposa nascida naquele país, simplesmente fazia sentido. Estranho era o fato de que, naquele tempo casados há 13 anos, tal coisa jamais passara pela nossa cabeça: irmos para o seu país de origem!



Escrevemos para o Quartel Nacional oferecendo-nos como "oficiais de reforço" para aquela terra, o que nos foi negado veementemente. Por esse e por outros fatos, minha estrutura salvacionista ficou um tanto abalada na época. Mas de surpresa visitou-me um amigo que eu conhecera em Portugal, homem de Deus com quem orara naquele país muitas vezes, até em uma inesquecível reunião de vigília em um castelo medieval. Juntos novamente, orar tornou-se uma constante. E também viajar para mostrar-lhe algo do Brasil (na foto, nas Cataratas do Iguaçu), que ele visitava pela primeira vez.



Viajando com esse amigo para mostrar-lhe o Rio de Janeiro, acedi a um convite de um pastor que conhecera de visitar sua igreja, e o acampamento que realizavam nos dias de carnaval. Após dar meu testemunho do chamado para a Finlândia nesse camp, um homem alto e muito apessoado, membro da igreja, aproximou-se de mim e, interessado, conversamos sobre a Escandinavia, apresentando-se como um dos diretores de uma companhia de navegação que fazia a rota Brasil-Escandinávia. A seu pedido, meu amigo e eu fomos ao seu belo escritório na Urca no dia seguinte e, boquiaberto, recebi dele uma passagem em um navio cargueiro, para toda a família, gratuitamente...

Resumindo... diante da porta aberta para irmos cumprir com o nosso chamado àquele país - e diante da negação veemente de nossa igreja - aceitei a provisão do Senhor com respeito as passagens e desligamo-nos do Exército de Salvação. No tempo de espera para partirmos, fomos hospedados pelo amado irmão pastor, médico e cantor evangélico, Paulo Cezar Brito (foto) no apartamento de hóspedes de sua igreja (Maranata), uma igreja cheia de amor fraternal. O apartamento ficava no bairro do Maracanã, de onde avistávamos o grande estádio.



Chegado o tempo certo, depois de três meses no Rio de Janeiro, despedimo-nos da família em Pelotas e São Paulo e, felizes e entusiasmados, dirigimo-nos ao porto de São Francisco do Sul-SC para tomarmos o navio Laplandia, que nos conduziria a Oslo, na Noruega. Meus ancestrais, tanto portugueses (pareço-me um deles na foto!) quanto alemães haviam feito o mesmo trajeto pelo Atlântico; agora era a minha vez de fazê-lo no sentido contrário, rumo ao norte!





Emigrante? Missionário? Andarilho? Fosse o que fosse, eu estava a caminho da terra de nosso chamado, e isso nos alegrava sobremaneira na viagem marítima que, com exceção de minha esposa, nós quatro fazíamos pela pela primeira vez, recebendo até certificado de termos atravessado a linha do Equador.



17 dias no mar, a bordo de um navio moderno, limpo, lindo, com cabine reservada para o casal e outra para os filhos, com salas de ginástica e esportes, piscina no deck, um navio cargueiro com toda a estrutura para transportar passageiros. "Eu navegarei no oceano do Espírito", cantávamos seguido. E curtimos ao máximo a experiência, que eu identificava como a do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias! (Meu exemplar da Bíblia daquela época - que ainda guardo com carinho - foi sublinhado constantemente em trechos que "batiam" nas experiências tanto do Paulo, o apóstolo, quanto do Paulo, o agora missionário!)



"... é necessário que vamos dar a uma ilha", registra Lucas em Atos 27:27.

Por que a ilha de Åland, um verdadeiro arquipélago entre a Finlândia e Suécia?

Na viagem ao Rio de Janeiro que fizera com meu amigo português, ganhara não somente as passagens para viajar - o que significara uma porta não aberta mas escancarada para cumprir o chamado de Deus - como também um contato na Finlândia através de um outro pastor que eu conhecera pela primeira vez naqueles dias. Ele conhecera em uma conferência alguém da Finlândia e me passava o nome da pessoa e endereco, para quem apressadamente escrevi. Ausente do país há décadas, minha esposa não se sentiu à vontade de simplesmente "bater na porta de parentes". Decidíramos seguir o "mapa de Deus" e irmos totalmente por nossa conta, "para o que desse e viesse", confiados na direção do Senhor.


Fomos recebidos em Oslo por missionários salvacionistas que haviam trabalhado no Brasil, e logo chegávamos à ilha, banhada pelo lindo e ensolarado verão escandinavo, do sol-da-meia-noite. A vimos repleta de turistas (tão popular era o lugar que o filho do presidente John Kennedy, John Kennedy Junior, lá havia estado recentemente, contaram-nos).

No entanto, o contato que tínhamos provou-se desde o início ser um contato errado, para não dizer um "pesadelo"... O apóstolo Paulo em suas viagens havia enfrentado "feras", o que fez identificar-me novamente com ele. Resumindo a trágica e sinistra "boas-vindas", enquanto meus filhos estavam em um passeio e minha esposa desembaraçando a bagagem na capital Helsinki, saí daquela casa "hospedeira" atormentado no meu espírito a caminhar a esmo pela ilha, atônito perguntando a Deus a razão pela qual nossa chegada estava dando tão errado, afinal?

Caminhando completamente sem direção pelas ruas que eu não conhecia, fui dar em um templo da Igreja Pentecostal fechado naquele momento. Ali mesmo ajoelhei-me e disse para Deus: "Senhor, todos esses anos tenho ajudado pessoas no Exército de Salvação... agora estou eu aqui precisando como nunca de ajuda!" Logo chegou o zelador da igreja no seu carro e conduziu-me à casa de irmãos pentecostais que nos receberam como hóspedes bem-vindos até conseguirmos uma casa para alugar, no que também fomos ajudados por eles. Interessante que o zelador não planejara passar pelo templo, mas algo o fez dirigir-se a ele sem saber o por quê, contou-me ele mais tarde.


Poucos dias após nossa chegada, atordoado por sentir e discernir que o contato na ilha havia sido um contato errado e suspeito, saí a caminhar com minha filha e, de repente, cruzou à nossa frente uma senhora de idade andando de bicicleta. "Olha!", falei-lhe, "como é parecida com a holandesa Corrie ten Boom!". Minha filha concordou, pois já lera também os livros daquela mulher que, por abrigar judeus, fora parar em campos de concentração.


Logo o irmão pentecostal que nos acolhera após sairmos às pressas do "contato errado", levou-me, prestativo, à casa de alguém que tinha uma para alugar. Ao abrir a porta, fui tomado de surpresa: a dona da casa era a mesma senhora que cruzara nosso caminho andando de bicicleta: a "Corrie ten Boom que protegera judeus em sua casa!"

Annie, como se chamava, falava apressadamente o sueco, língua da ilha, que naquela altura eu não entendia. Seu marido fora no passado um missionário do Exército de Salvação na China, e isto bastara para ela: saber que foramos do Exército de Salvação. Assim "Corrie ajudou os judeus em necessidade: nós, no caso!"



Logo fomos ver a casa onde moraríamos, um lindo sobrado branco de madeira, no estilo das casas do lugar. O susto da chegada passara e agora a providência do Senhor nos comovia e nos fazia gratos a Ele diante dessa nova fase de nossas vidas.



Alguns anos depois desenhei Annie e presenteei-o como nosso cartão de aniversário.



Moramos no casarão todos os quase quatro anos em que vivemos na ilha de Åland. Espaçoso, cada filho tinha o seu próprio quarto, cujas janelas davam para a floresta que o circundava, um espetáculo de beleza a cada estação do ano (ver fotos abaixo).



A união destas duas fotos ficou interessante, inclusive para contar que pela primeira vez tínhamos uma casa de jardim. Durante a chegada da primavera, na Páscoa do primeiro ano, a flor amarela típica simplesmente desabrochou no nosso canteiro, causando-me admiração. Quando morreram na chegada do verão, o mesmo canteiro, sem requerer nenhum cuidado - pois nunca fui jardineiro! - encheu-se de lindas tulipas! Tudo era surpresa na nova vida, embora nem tudo fossem flores...



Tínhamos "posto a mão no arado", como diz a Escritura, e não podíamos voltar atrás. Nossos filhos por sua vez avançavam nos estudos na escola do lugar, onde tiravam boas notas mesmo que usando pela primeira vez o idioma sueco. Tinham amigos agora e tenho certeza de que poderiam dar a versão própria, com muitos detalhes, daquele tempo de suas vidas.



Assim que fomos morar no "casarão" - que ficava em uma floresta no interior da ilha - fez-se necessário comprar um carro. E assim adquirimos um Morris que passei a chamar de "boa índole". Velho, com um vazamento crônico de óleo, sem conseguir trancar as portas, sem a chave sair da ignição (eu colocava uma luva sobre ela para "disfarçar" o problema (mas quem, afinal, o roubaria?)), sem cintos de segurança, ele nunca nos deixou "na mão". Enquanto carros modernos precisavam no inverno aquecer o motor em um dispositivo elétrico durante a noite, para "pegar" na manhã seguinte, o nosso Morris ao girar a chave sempre "pegava" automaticamente e em poucos minutos já estava também aquecido no seu interior. Falhou uma só vez quando a temperatura baixou a 20 graus negativos. "Perdoei-o" e fui a pé para o trabalho.



Prudententemente, por ser um carro velho, eu o dirigia bem devagar, ainda mais quando a neve cobria as estradas que davam para o nosso trabalho. Muitas vezes guardas me mandavam parar e, humilhantemente, eu passava pelo teste do "bafômetro", desconfiados de que dirigia devagar por estar embriagado.



Quase no final de nossa estada na ilha compramos um Toyota. Por ser uma província autônoma da Finlândia, as placas dos carros são exclusivas (a ilha tem bandeira própria, selos próprios, rapazes não prestam o serviço militar, além de outras tantas características do lugar.)




Não mencionado até aqui, naturalmente obtivemos emprego poucas semanas após nossa chegada. Anneli, como cidadã, iniciara a trabalhar logo, enquanto eu aguardei algumas semanas até obter o visto de trabalho. Referindo-me a esse serviço, eu costumava refletir: "Agora que estou encarando esta fase de meu ministério com tanta seriedade, o Senhor no Seu 'senso de humor' me faz trabalhar em uma fábrica de... brinquedos?!"

Anneli trabalhava em um lado do setor de montagem da fábrica enquanto eu imprimia o nome da firma nas rodas e rodinhas dos carrinhos em outro. Eram horas intermináveis, felizmente sentado diante de uma máquina e tendo à frente um janelão que me oferecia a cada estação do ano a respectiva paisagem que dava para uma floresta. Transformei o lugar em um altar onde, "sem precisar levar o cérebro ao trabalho, somente os braços" (como se brincava sobre trabalho braçal de fábrica), eu, tolhido na minha criatividade típica, orava sem cessar e procurava ouvir a voz do Espírito Santo durante a jornada diária.




Hoje em dia, ao olhar propaganda dos mesmíssimos modelos de brinquedos (próprios para serem usados em parques, consultórios etc) em jornais e revistas, não possoa deixar de me lembrar da experiência que de fato muito me valeu, por fazer-me entender como nunca ou "sentir na pele" a experiência primeira de ser um operário, como muitos membros do Exército de Salvação em lugares onde trabalhara no Brasil. Além, naturalmente, de nos prover do "pão nosso de cada dia", que nunca nos faltou.


No rigor do nosso primeiro inverno na ilha, cujas temperaturas chegavam a 25 graus negativos, a lareira de nossa casa nos aquecia e nos fazia economizar na conta do caro sistema de aquecimento. Irmãos na fé muitas vezes nos proveram de lenha, estocada no fundo da casa. Em cada detalhe, uma experiência de vida totalmente nova.




Outro "combustível", gerador de energia - espiritual - para continuar, era a Bíblia Sagrada, lida diariamente nos nossos cultos domésticos, que era seguido de momentos de louvor em português, inglês e sueco, nossa nova língua. E de muita, muita bön, que significa oração em sueco.


Mesmo quando recebíamos visitas do Brasil, como a dos 
sobrinhos Rune e Calebe.


Nossa grande sala e a árvore de Natal decorada com cartões recebidos principalmente do Brasil distante. A casa nos fora alugada mobiliada, "mão na roda" para nós que nunca tivéramos móveis próprios, o que sempre fora providenciado pelo Exército de Salvação aos seus oficiais. Complementando, depois de um tempo um casal da igreja foi para a Tanzânia como missionários e nos doou parte de sua mobília.


Em uma época quando não havia computador, cartas "de papel" e fotos de parentes distantes ajudavam-nos a manter o contato com a família e amigos na terra amada do outro lado do mundo.






Selos e bandeira próprios.




Frequentávamos aos domingos, durante um tempo, a Igreja Pentecostal, como também tomávamos o navio para, após 3 horas de viagem pelo Golfo da Finlândia, e mais algum tempo curto dirigindo (nosso "boa índole" viajava no navio conosco), chegarmos à cidade sueca de Uppsala, onde assistíamos às reuniões - e congressos no verão - com mais de duas mil pessoas na Livets Ord (Palavra de Vida), um ministério avivado no qual aprendemos lições espirituais que nos servem até hoje.


Na foto superior, Anneli sendo batizada nas águas com centenas de outras pessoas pelo pastor Ulf Ekman, um homem de Deus que ama Israel com paixão. Curiosamente, soubemos que há alguns anos tornou-se católico-romano...



Meus sogros, que moravam no Brasil, visitaram-nos na ilha. Minha sogra gostou de rever a natureza do lugar - que a fazia lembrar-se da juventude na Carélia - e mexer em plantas, uma delas a "kataja", conforme me explicou, uma planta que nunca quebra, mesmo que tentemos dobrar o seu caule. "Assim são os finlandeses!", acrescentava. "Se é verdade, também virei finlandês", pensei.


Flores e flores! Trouxéramos um vaso que minha mãe nos dera (tipo arandela, palavra que penso ser gaúcha), o que sempre me fazia lembrar dela. Depois de dois anos na ilha, senti fortemente que devia visitá-la no Brasil. Não querendo "mexer" no dinheiro do nosso salário -mínimo, mas com o qual dava para viver muito bem - decidi trabalhar em uma firma de limpeza depois do expediente diário na fábrica. para custear a minha viagem.
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Nova experiência: fazer faxina em uma grande firma, exausto, após 8 horas de trabalho. A firma ampliara suas dependências e no segundo mês cabia a mim, o único faxineiro, fazer também a limpeza de todos os escritórios extras e agora... de 13 banheiros no total!! E o pagamento não foi "ampliado", mas continuou o mesmo.
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Em três meses, porém, eu embarquei em um grande Jumbo com destino ao Brasil. Passei dias maravilhosos de férias em companhia de minha mãe, sem saber que estávamos nos despedindo... Ao voltar à ilha, depois de dois meses recebi um telefonema no meio da noite: minha querIDA mãe, que tinha o nome sueco de Ida, havia ido para junto Senhor, após uma breve enfermidade.
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No dia em que soube de sua morte, decidi ir trabalhar como de costume. Mas como era inverno, trabalhei agasalhado, o que a mim mesmo causou surpresa. Então lembrei-me das crianças de um orfanato que dirigimos antes de vir para a ilha: as que não tinham pais sentiam frio constantemente. Orfandade, penso, não está ligada somente a crianças... é um gosto meio amargo que até adultos sentem, não importa a idade que tenham, pela ausencia dos pais.


Dois gaúchos em Åland em foto que parece uma montagem, mas que era real, idem os "ponches", como dizem os gaúchos, que usávamos às vezes e que para mim traduzem coragem.
Sim, foi uma experiência que chamo de "aventura de fé" e que exigiu coragem de cada um de nós, mas que foi válida em muitos sentidos. Além de todas as bênçãos, cito também a nossa união familiar que foi cimentada grandemente através da vida pelas experiências que todos passamos na ilha.
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Hoje, ao ver propaganda turística de Åland, recordo-me de que na época em que lá vivemos meus olhos estavam simplesmente cerrados a tudo que se chamasse turismo, ao contrário de hoje. É lugar chamado de paradisíaco, embora na época num sentido figurado mas bíblico, tive que lutar contra "feras" e feitiçarias nórdicas.
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Um certo dia senti o Espírito Santo falar-me só uma palavra: Helsinki! Deixamos nossos filhos sozinhos na ilha e dirigímo-nos à capital para "ver o que o Senhor tinha para nós na parte continental da Finlândia". Percorremos as ruas por longas horas... Voltei um tanto desapontado com o "alarme falso", pois nada sentira ou encontrara na bela capital. O tempo de Deus ainda não havia chegado...
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Chamo aquele tempo de "a minha prisão de José" e levaria tempo para explicar todas as razões, citando apenas a experiência de sentir-me só, isolado, "ilhado" e "podado". Mas não é provado que o Senhor se manifesta grandemente no nosso espírito em tais situações e Se mostra suficiente?
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Depois de cumprida a "minha pena", sentimos o direcionamento do Espírito Santo para voltarmos ao Brasil, especificamente para trabalhar para Ele na minha cidade natal, Pelotas-RS, outra aventura de fé! Passados 9 meses lá pregando o Evangelho, na casa que alugáramos no centro da cidade, na rua Osório, e batendo de porta em porta para orar por pessoas, sentimos o Senhor chamar-nos de volta para o Exército de Salvação, o que a mim causou inicialmente surpresa e à Anneli alegria. Reingressamos na obra no ano de 1994, trabalhando inicialmente em Joinville-SC e depois na sede nacional em São Paulo, trabalho que muito nos agradou, a ambos.
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Em fevereiro de 1999, enfim abriram-se as portas do Exército de Salvação para virmos para a Finlânda, o que aconteceu em agosto daquele ano. Nossas duas filhas, poucos anos depois, também vieram trabalhar na obra salvacionista neste país do nosso chamado, Deborah com seu marido.

Ao finalizar esta postagem - do tempo para muitos obscuro em que estivemos fora do Exército de Salvação - acrescento aqui experiências de Paulo, aplicando-as palidamente às que tivemos (pois quem somos nós para nos igualar ao grande apóstolo dos gentios?):
"... em jornadas muitas vezes... em perigo de salteadores... em perigos na cidade... em perigos no deserto... em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias muitas vezes..." (2 Coríntios 11:26),

Com gratidão recordo-me, no entanto, dos bons e prestativos irmãos que tanto nos ajudaram em Åland, sem citar nomes para não cair em erro omitindo alguns.
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"O caminho do Senhor é perfeito" ( Salmo 18:30).

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Foto que tirei ao longo de um ano de nossa janela da sala em Åland.

P

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The last but not the least - 1


Lélia, além de nós, a única brasileira em Åland
naquele tempo.


Lars Henrik, amigo das minhas filhas, hoje também
 meu no Facebook.


Oscar, um grande amigo de infância do Aaron,
 hoje também meu no Facebook.



Desenhos do Oscar e Aaron
Foi em Åland que revivi minha tentativa de desenhar...
Não todos, mas muitos desenhos abaixo foram de pessoas de lá...


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O mundo certamente dá muitas voltas e hoje 
meu neto João Vinicius, Deborah's son vai com certa frequência a 
Åland, onde faz escalada de rochas - idem meu outro neto, Kristoffer, Martta's son - e veleja com amigos. Outros tempos, outro tipo de åventurå, sem dúvida!


 ö å ä ö å ä ö å ä ö å 

The last but not the least - 2


Na manhã da Ressurreicão, meu filho Aaron comunicou-me a morte de seu amigo de Åland, Daniel, do qual me lembro menino... Depois do natural choque, Deus tem feito possível acontecer o que chamo  de uma "onda de cura", reatando amizade com alguns antigos amigos de Åland com os quais eu havia perdido o contato. "Daniel, até a manhã da ressurreicão!" (como os cristãos primitivos diziam aos seus mortos).


On the morning of the Resurrection, my son Aaron communicated to me the death of his friend from Åland, Daniel, of whom I remember boy... After the natural shock, God has made possible what I call a "wave of healing", rekindling friendship with some of Åland's former friends with whom I had lost touch. "Daniel, until the morning of resurrection!" (as the early Christians said to their dead)