Paulo Franke

03 maio, 2022

RevendO - A lista de Schindler - o filme - minha visita à fábrica-museu - Yad Vashem

 


08 outubro, 2013

Visita à fábrica-museu de OSKAR SCHINDLER na Cracóvia.

e links complementares...

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A visita... O filme...




No dia anterior, do castelo da Cracóvia fotografei a ponte ao fundo sobre a qual 
passaria para visitar a Fábrica-Museu de Oskar Schindler.



Por falta de tempo não visitei o bairro judeu de Kazimierz, onde viviam
68 mil judeus, transformado em 1941 em um gueto. Poucas centenas 
sobreviveram no final da guerra. O próprio bairro escapou da destruição 
pela razão de que os alemães queriam nele estabelecer um macabro museu
 sobre "a raça que se desvaneceu/se evaporou" (puro engano!)... No círculo,
 o local da fábrica.



Foto Google da fábrica quando ainda não se transformara em museu, 
o que aconteceu há poucos anos, agregando-se assim aos Museus
Históricos da Cidade de Cracóvia.



Preferi tomar o tempo necessário para visitar a fábrica-museu do
que me unir a uma excursão a pé que visitaria o bairro judeu e
passaria diante da fábrica, sem visitar o seu interior. A visita ao 
bairro em uma nova visita à Cracóvia, quem sabe?



Impressionante e de máximo interesse o que aconteceu neste lugar
e através desse portão, fielmente retratado no filme "A Lista de Schindler",
que espero meus leitores assistam, procurando-o numa locadora ou 
adquirindo o DVD.




Nas vidraças, tanto por fora quanto por dentro, fotos dos operários de
Schindler (ou "os judeus de Schindler"), totalizando a 1.100 que ele, 
empregando-os, salvou do extermínio.



À entrada da fábrica.







"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro",
 frase do Talmude em placa à entrada da fábrica.





Foto do corajoso Oskar Schindler com os "seus judeus", herói
que arriscou sua vida para salvar judeus do extermínio planejado
por Adolph Hitler. Oskar foi um católico nascido em em Zwitau,
Tchecoslováquia, em 1908. Era membro do partido nazista. Adolph 
Eichmann, que maquinou e executou "a solução final", o odiava.






À recepção da fábrica-museu, recebemos um folheto-guia intitulado
 "A Cracóvia sob a ocupação nazista 1939-1945.





Na contracapa, o mapa a ser seguido pelo visitante, começando
 no andar térreo e subindo-se escadas originais que atingem o 
segundo andar.




O ingresso, 15.00 zl (€ 5.00) e 15h40 o horário de minha chegada. 
Fotos da época mostram como se desenrolava a vida dos cidadãos 
sob a ocupação nazista.




Eu pensava que adentraria uma fábrica desativada, 
locações do filme "A Lista de Schindler", mas, como já 
mencionei, em anos recentes as grandes instalações da
fábrica original foram transformadas em um moderno 
museu de dois andares, com grandes corredores de exibição
também da ocupação alemã à Cracóvia. O ano de 1943, auge
dos acontecimentos... chamando-me a atenção por ser o ano em
que eu nasci, longe, muito longe de todos aqueles horrores.




A vida dos cidadãos poloneses foi transformada em pesadelo, 
enquanto que para os judeus significou gueto, trabalhos forçados
e deportações em massa para Auschwitz-Birkenau e a outros campos 
de extermínio nas proximidades da cidade, portanto morte!




Quase à entrada, há como que um "relógio-ponto" onde são carimbados 
o símbolo polonês do "magistrat" e o símbolo nazista. Para o leitor entender
melhor, traduzo as inscrições de ambos:

Cracóvia, 6 de agosto de 1939. O último dia da 25a. reunião anual 
dos soldados da Legião Polonesa celebrada na Cracóvia; o "Marshall"
Edward Ryds tomou parte no evento.

Cracóvia, 1 de setembro de 1940. Os nazistas celebram o primeiro
aniversário do início da guerra em Rynek Glowny, na Cracóvia.
Durante o evento, o nome da praça foi oficialmente transformado
em Adolf Hitler Platz.



Um quadro de anúncios alemão na Cracóvia, acervo do museu.




Que me lembre, foi a primeira vez que vi em um museu
um uniforme nazista...




... e um quépe que cobria a cabeça maligna, cruel e endemoninhada
dos militares nazistas.




Também um capacete de aço com a suástica bem visível e um cantil.




Na fábrica de Oskar Schindler os operários eram tratados com humanidade. 
Na foto, réplica da farmácia (apotheke) da fábrica. A mesma palavra é 
usada para farmácia em sueco e em finlandês, com pequena variação no final.




E no segundo andar do museu instalado na fábrica, chegamos ao 
escritório de Oskar Schindler, onde altos negócios eram tratados e 
também altos planos e transações, inclusive financeiras, para 
salvamento dos judeus.




Fotos, objetos típicos de uma escrivaninha e jornais da época.




Exibição, no escritório, dos produtos da fábrica, além de outros 
que só se assistirmos ao filme tomaremos conhecimento.





Três postais que adquiri no local, design Czwórka.




Fotografei somente uma das paredes onde constam os nomes dos 
operários da fábrica, os "judeus de Schindler".



Originais ou não, ao longo da visita vemos equipamentos industriais.






Enquanto havia instrumentos para a morte, esses salvaram vidas.





Muitos carrinhos transportaram corpos para serem enterrados ou cremados;
estes carregavam os produtos da fábrica salvadora de muitos judeus!




Exposição de fotos de Oskar Schindler e de seus operários à
saída da fábrica-museu.



Depois da guerra, o herói Schindler posa junto com judeus em
Israel, país onde foi reverenciado e que, em certa época visitou a cada ano.




À saída, as vidraças contendo também no seu interior fotos dos
salvos pelo herói.




Comprei esta canequinha esmaltada, souvenir da fábrica,
produzida exatamente com a mesma tecnologia do tempo
 da guerra. E o DVD "A Lista de Schindler".




O diretor judeu Steven Spielberg foi à Cracóvia filmar
"A Lista de Schindler" em 1993. Aqui, dando instrucões a
Liam Neeson, que interpretou Schindler. Neeson teve sua tragédia
pessoal em anos recentes com a morte acidental de sua esposa.
Os flocos caindo não são para parecerem neve, mas cinzas 
de cadáveres cremados que saíam incessantemente pelas chaminés. 
Não recebendo autorização para filmar no campo de concentração 
de Auschwitz-Birkenau, cenários semelhantes foram montados.



Ben Kingsley interpretou o contador de Schindler , Itzhak Stern.
O ator também interpretou Simon Wiesenthal, o caçador de nazistas
no filme sobre a sua vida, e Ghandi.
Nas veias do ator corre sangue indiano e também inglês, além de
muito talento. É casado com uma brasileira, que encontrou como
 garçonete e por quem se apaixonou.


O filme de Steven Spielberg foi baseado no livro "A Arca de Schindler"
(Schindler's Ark), do escritor australiano Thomas Keneally, e nos 
depoimentos de pessoas salvas por Oskar, inclusive no de Andor Stern, 
considerado o único judeu brasileiro que foi prisioneiro em
Auschwitz-Birkenau (que citarei e mostrarei foto na última postagem
sobre a minha visita à Polônia).




À esquerda, vemos Amon Goeth, o cruel nazista que dirigia o campo de
concentração de onde Schindler "recrutava" seus trabalhadores. Na foto
à direita, cena do filme mostrando o ator Ralph Fiennes que o interpretou.
Um "passatempo" de Amon Goeth era, da sacada de sua casa, que ficava 
no alto, dentro do campo, atirar em judeus com sua espingarda, o que vemos
em cenas muito dramáticas no filme.



Por ocasião do lançamento do filme "A Lista de Schindler", havia
6.000 descendentes dos 1.100 judeus salvos por ele. Emocionante
é uma das cenas finais do filme, quando a sepultura de Oskar Schindler,
que morreu em 1974, é visitada pelos sobreviventes que trabalharam na
fábrica cada qual ao lado do respectivo ator que interpretou seu papel no
filme (ver video abaixo).




Visita dos descendentes dos "judeus de Schindler" visitando sua sepultura
recentemente, no cemitério luterano, em Jerusalém.

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The last but not the least



A menina de vermelho do filme "A Lista de Schindler", hoje
com 32 anos, vive na Cracóvia, Polônia, e ajuda refugiados da Ucrânia.
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Uma descrição do final do filme, de acordo com o livro de meditações
"Edificação Diária", que escrevi na década de 90. Ao filme assisti na cidade
de Joinville-SC quando não me contive e cantei no cinema, com lágrimas,
a música folclórica judaica citada abaixo e cantada no video do link.


Libertos mas desorientados, perguntaram: "Para onde iremos agora?" 
E a resposta seca do soldado foi: "Olhem para o leste e mesmo para 
o oeste: em qualquer lugar não quererão vocês!" Então, esqueléticos
 mas com uma chama viva no olhar, contemplam uma colina onde uma
 multidão de sobreviventes na mesma situação canta:

"Yerushalayin Shel Zahav Ve-Shel Nechoshet Ve-Shel Or"
/"Jerusalém de ouro, de luz e de bronze, sou o violino para todas 
as tuas canções".

Sim, em Jerusalém eles seriam estabelecidos, cumprindo-se profecias
milenares. E assim eu assistia emocionado as últimas cenas do filme
"A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, que conquistou 8 Oscars
na Academia de Cinema, tornando-se o mais famoso de todos os filmes 
do tema Holocausto.





A árvore de Oskar Schindler que fotografei no início deste ano na
Avenida dos Justos de todas as Nações (heróis que salvaram judeus) 
no Museu do Holocausto Yad-Vashem, em Jerusalém (abaixo,
link à postagem respectiva).





Na mesma viagem a Israel visitei a sepultura de Schindler 
no Cemitério Luterano situado no Monte Sião. Na mesma
postagem explico a razão da tradição judaica das pedras 
sobre os túmulos (ver mais fotos no link "A terceira - das quatro -
viagens que fiz a Israel")

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L i n k s

A  terceira - das quatro - viagens que fiz a Israel:

http://paulofranke.blogspot.com/2010/05/iv-israel-yad-vashemsepultura-oskar.html

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Minhas postagens sobre o Holocausto (e há ainda outras postadas
após 2009, que poderão ser encontradas no "Índice de todos os
meus tópicos",à direita ao acessar o blog):

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Roberto Carlos canta "Jerusalem, de ouro...":

https://www.youtube.com/watch?v=JwdR0ugiTqA

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A mesma cancão pela solista Carla do meu International Open Gospel Choir:

https://www.youtube.com/watch?v=0DD2FHfPy4U

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Por acompanhar minha viagem neste blog,
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Todah rabah!
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Djen- koo-ye bard-zoh!

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(Muito obrigado em hebraico e polonês, respectivamente)

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