Paulo Franke

28 agosto, 2023

28.08.23 - Minha viagem à Ilha de Tenerife - Espanha (1a e 2a. partes) Explorando a ilha

1. Dormindo no AEROPORTO na noite anterior... que jeito?

- Primeira Parte -

Gostamos muito da cidade onde vivemos como aposentados, porém há um "porém"... Embora há pouco mais de uma hora da capital Helsinki - e menos ainda de seu aeroporto (Vantaa) - quando voos saem muito cedo o jeito é dormir no aeroporto na noite anterior, pela dificuldade de se chegar até lá pela ausência de ônibus trafegando bem cedo pela manhã onde vivemos. Mas "curto" uma longa noite em claro em um aeroporto, ou dormindo em bancos umas poucas horas, o que mais uma vez aconteceu. 


Aquele pacato aeroporto de Helsinki do ano de 1973, quando pela primeira vez vim à Finlândia, tem sido ampliado através dos anos e hoje é muito movimentado, mais ainda nos últimos anos por ligar a Europa aos países asiáticos, encurtando distâncias.


Este antigo avião tenho a nítida impressão de ser o mesmo que vi no ano de 1973... as grandes vidraças certamente o são. O assoalho de parquet é indiscutivelmente o mesmo ou do mesmo estilo.


Há 40 anos havia 8 gates/portões de embarque... hoje 40!

                                             

E assim, fotografando e divagando, as horas da noite passam mais depressa. 

Por exemplo... "Lento" em finlandês significa avião... Imaginem, os cada vez mais velozes aviões atuais serem chamados de "lentos"!
Outra: viagem em sueco significa "resa", idem o verbo viajar. Disto até gosto, pois rezar é uma constante quando viajo.



Os dois "veículos" acima chamaram-me a atenção... o típico antigo trenó finlandês, exposto durante o Natal, com peles de rena no banco trazeiro, e o novo Passat em exposição, do tipo muito comum em aeroportos. Já que não podia dormir aquecido e afofado com as peles de rena, procurei um banco perto do Passat, mas a propaganda gravada e repetida em um monitor incomodou-me e fui fazer um "reconhecimento de terreno" para descobrir um lugar melhor para estender-me




Assim, descobri um longo banco estofado em um restaurante vazio àquela hora da quase madrugada. Bem, no aeroporto silencioso são incontáveis os que fazem o mesmo que eu diante da saída de seus voos muito cedo. Pela manhã, descobri que eu não estava sozinho... na outra ponta do longo banco havia um companheiro.


Depois de um Good morning, aproximei-me e iniciamos um bate-papo  com o célebre Where do you come from? (De onde você vem?)... Era um rapaz do País de Gales que vinha do Canadá e estava esperando seu voo para uma cidade na Lapônia finlandesa, onde vive. E depois de contar que recentemente passei pelo País de Gales, soube que por sua vez trabalha levando turistas em snowmobils da Lapland Safaris Levi (veja Google). Gostei da história do rapaz e quando nos despedimos fotografei o belo capacete que comprara no Canadá, não esquecendo de nos adicionarmos mutuamente no Facebook.


Comprei há cerca de 10 anos no Stockmann uma camiseta ilustrada com diversos modelos de aviões usados pela Finnair. Hoje, com as vivas cores mais debotadas, ainda é o meu "uniforme" quando viajo pela airline finlandesa, chamando a atenção das comissárias principalmente. É um modo de identificar-me com os finlandeses a bordo. E desta vez não foi diferente.

                                                      


HORA, ENTÃO, DE IR PARA O MEU PORTÃO DE EMBARQUE... E TAMBÉM DE REVELAR À MAIORIA DOS MEUS LEITORES O MEU DESTINO DESTA VEZ...


Brinquei que era na costa da África (e não é?), que era perto do nordeste do Brasil (e não é?)...


Sim, fui pela primeira vez às Ilhas Canárias, paraíso turístico de muitos finlandeses e escandinavos (e de muitos europeus); precisamente à ilha de Tenerife (mais informações sobre o arquipélago pertencente à Espanha nas próximas postagens)!



A surpresa:
 não esperava que a duração do voo seria de cerca de 7 horas!
 Outra surpresa: 
na revista de bordo da Finnair, uma reportagem sobre o HAMK, que trouxe professores brasileiros com doutorado para passarem cinco meses na Finlândia a fim de conhecerem o sistema educacional finlandês com vistas à aplicação do mesmo no nosso país. Destaco acima a história de uma brasileira que conhecemos, entre os 14 que fizeram o "estágio" em Hämeenlinna, onde vivemos (ver postagem no link "Vapaakirkko - Encontrando Professores Brasileiros...)


                                                      

The last but not the least...

I


Para anunciar esta postagem - em "capítulos"- no Facebook usei esta foto que tirei no Aeroporto de Arlanda, em Estocolmo, quando, após vivermos na ilha de Åland - entre a Suécia e a Finlândia, província finlandesa de língua sueca - durante 2 anos e meio sem ir ao Brasil, senti grande desejo de rever minha mãe, principalmente. A foto é cheia de significado para mim... pois marca a última vez que vi minha saudosa mãe com vida... (foi no ano de 1992, e neste ano de 2014 ela teria completado 100 anos de vida).

II

A foto do aeroporto no inverno também me faz recordar um pequeno poema de que ela gostava, do também saudoso General poeta, John Gowans:

CAPTANDO A MENSAGEM

O avião atravessou as nuvens à frente;
A chuva fria, o vento e a geada
São passados, finalmente!

No céu azul o sol envia,
Através da janelinha, de sua luz um facho;
E as pessoas todas estão tremendo de frio
Nas ruas congeladas, lá embaixo...

Enquanto eu, de pés molhados, miserável,
Estava andando sobre o lodo
Você quer dizer que o sol lá em cima
Estava brilhando o tempo todo?

Ah! agora percebo a mensagem
E compreendo o Teu sinal:
Não importa quão ruim o mundo se tornar,
O bem há de vencer o mal.
E quando nuvens espessas
Parecerem querer nos separar,
Vem com Teu calor e Tua luz
A escuridão atravessar.



Bela foto do amigo inglês, Stuart Northey, excelente fotógrafo, que foi meu assistente em Lisboa, e que reencontrei depois de 36 anos, em setembro último, na cidade de Lincoln, Inglaterra.

~ E COM ELA HOMENAGEIO OS 100 ANOS DA AVIACÃO COMERCIAL! ~



                                                          


L I N K S

Encontrando professores brasileiros em Hämeenlinna:

Lembrando a antiga VARIG em fotos, principalmente, e o magnífico artigo
 de Alexandre Garcia, "SENTAR-SE à JANELA"


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2. TENERIFE... Explorando a Ilha, quase "da Fantasia"

- Segunda Parte -


Tenerife é a maior ilha do arquipélago das Canárias, com 908.555 habitantes, pertencente à Espanha. O relevo da ilha é dominado pelo vulcão Teide, com seus 3.718m, a mais alta montanha do país. Além disso, Tenerife também é a mais povoada entre as ilhas espanholas. Tenerife é também a maior e mais populosa ilha da Macaronésia.
 É a única ilha das Canárias que conta com dois aeroportos internacionais, Tenerife Norte AirportTenerife South Airport.Tenerife é o maior destino turístico dessas ilhas e está entre os três maiores da Espanha.
A ilha está a pouco mais de 300 km do continente africano e a uns 1.300 km da Península Ibérica. Tem 2.034 km² de superfície e uma curiosa forma triangular. Em Tenerife nasceu o padre José de Anchieta, em 1534.
(Com agradecimentos à WIKIPEDIA, idem pelo mapa em 3D)
Acrescentando o que falou uma guia turística... Macaronésia, que significa "Ilhas felizes" e compreende as lhas Canárias, Acores, Madeira e Cabo Verde, todas no Atlântico (somente me falta conhecer a última). 


Geograficamente, as Ilhas Canárias, de que faz parte Tenerife, situam-se na costa da África, embora sejam uma das comunidades autônomas da Espanha.


Com mais "zoom", do livro de rotas e mapas do Jet Clipper da Pan American relíquia dos anos 50 que guardo comigo.


O mapa de Tenerife assemelha-se um tanto com o da Finlândia, achei!


Mapa de bolso, muitas vezes consultado. Ao sul, Playa de las Américas, onde se situa o hotel onde fui hospedado.


Depois de 7 horas de viagem, ao descer somente percebi que na aeronave da Finnair havia um "clandestino", o Papai-Noel!


Aterrissamos no segundo aeroporto internacional da ilha, o Rainha Sofia. Diante do mesmo estacionam dezenas de ônibus conforme a agência em que se viaja - no meu caso a Lomamatkat - que fazem o traslado dos turistas (um "montão" deles, de muitos países europeus!) para os diferentes hotéis. 


Depois de 12km, observando a bela ilha cheia de palmeiras - e de uma limpeza de impressionar! - sou deixado no Hotel Paradero 1  na Playa de las Americas, ao sul de Tenerife (fotos). Desfaço a mala, faço uma siesta e depois vou à piscina.


Na manhã seguinte, depois do rico café da manhã, fui até a praia, a 600m do hotel. Ao ver montanhas nas ruas transversais da "descida", caiu o queixo com a beleza e o pensamento: escolhi o lugar certo, pois gosto muito de montanhas, o que no relevo da Finlândia praticamente inexiste.


Playa das Américas, ao sul, é o lugar turístico mais novo da ilha.


Hermosa vivienda de um espanhol rico ou mesmo de algum europeu que a comprou para passar o inverno rigoroso de sua terra por estas bandas, algo bastante comum.



Ainda uma foto de parar a respiração!


Chegando-se à praia, que da rua do hotel, Calle V Centenário, dá para a estátua destes golfinhos, escolhe-se o lado aonde ir..., à direita ou à esquerda.


 À esquerda, muitas atrações enquanto que neste lado da direita a contemplação das montanhas faz o espetáculo!


Um "selfie"...


... outro com o mar ao fundo...



... e ainda outro com os óculos que comprei e pouco usei, que certamente presentearei a algum neto, se quiser...


As nuvens ao fundo parecem contornar a ilha.


E a antiga música de Agnaldo Rayol vem à lembrança... "A Praia".


A visão do mar sempre é benéfica à alma.


Não entrei na água nenhuma vez... um pouco frio, 20 positivos no inverno daqui, me fez preferir a piscina do hotel.


Cactus de formas diferentes...


... são comuns por todos os lados.


De repente aparece um argentino na minha frente.


E a propaganda de um relógio, que me chamou a atenção: "Não rache sob pressão", oportuno nesta terra de tantos vulcões.



 Um kiosko que me pareceu familiar...


Restaurante chinês com vistas, bem ao fundo, para a montanha nevada.


Olhem este prato enfeitado com camarões picantes à chinesa!


A garçonete chinesa fez questão de me tirar uma foto quando elogiei o prato!


Duas outras vezes em que comi camarões... no mesmo restaurante o mesmo prato, mas o cozinheiro chinês exagerou no molho picante (e não decorou o prato como o anterior)... e este, com fritas.


Em restaurantes sinto mais falta da "abuela" do que nos passeios, mas já que ela não gosta de turismo, respeito e, confesso, até já me acostumei a viajar sozinho!


Ir à beira da praia para assistir ao espetáculo do por-do-sol, um programa diário.


Lamentavelmente, minha câmera quebrou e o mais bonito, idêntico aos de Tel Aviv, não fotografei.


A cada dia, estive neste restaurante...


E para ter direito a uma mesa, pedia um sorvetinho de € 1.00.


E curtia o sol se por até as luzes serem acesas para iluminar as palmeiras (as garrafas poderiam ser tentação para muitos, mas, abstêmio total há muitas décadas, nenhuma para mim, no máximo decorou a foto).


Gostei deste restaurante pela beleza de sofás à beira-mar.


Deixei-os para os casais e ocupei uma mesinha mesmo.


Voltando para o hotel tão logo a noite se aproxima, rotina de cada viagem.


Em uma das tardes usei esta camiseta, de muitas viagens, t-shirt que chamo de "puxa-assunto", o que de fato aconteceu com alguns simpáticos alemães que viram sua bandeira. A bandeira portuguesa quase não saiu na foto, sorry, amigos lusitanos!


Fiz somente uma turnê oficial (próxima postagem) e esta foi por minha conta, a Puerto de la Cruz, do outro lado da ilha, embarcando na rodoviária.


Puerto de la Cruz foi um dos primeiros e mais badalados locais de turismo da Europa... hoje Playa de las Américas o superou.


Depois de 2 horas de viagem, passando por dois aeroportos, avisto do ônibus a montanha mais alta da Espanha, El Teide, de outro ângulo. 


Se o dia não estivesse tão nublado a visão teria sido fantástica certamente.


Chegando a Puerto de La Cruz.


Prédios mais antigas e típicos...


E a beleza destas sacadas de madeira!


Esta casa de esquina lembra-me casas de algumas cidades gaúchas.


E falar em gaúchos, fui a um restaurante comer... carne! Que vengan los toros, mas que vengan en forma de bife! já que estamos na Espanha.


Tenerife também tem as bolsas que se encontra em muitas cidades européias e mesmo em Israel.


Voltando para o hotel.


Na portaria do Paradero1 o nome muda.


Decoração de Natal por todos os lugares.


Um bom lugar para relaxar, fora do quarto.


Ainda na portaria, seis computadores para acessar a Internet.
 € 2.00 a meia-hora, eu vinha com frequência aqui ver também se tudo estava bem em casa e se o "barco" prosseguia normalmente sem a minha presença, rsrs.
























Lugares não explorados na ilha... a menos que eu estivesse com meus netos.

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Até quinta-feira, 
postagens
sobre a visita 
à Tenerife

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