Parte 13 - Casos Curiosos - Cartas, Selos e afins
Primeira Parte
... uma maxi-postagem Vintage
de fevereiro de 2012

Agência Central dos Correios e Telégrafos de Pelotas-RS, a que mais utilizei nos 21 anos em que lá morei. Por 7 anos esteve desativada, mas foi reinaugurada em 2009, conforme o site "Amigos de Pelotas" - seu jornal na Internet, de Rubens Filho, a quem agradeço a foto do evento, abrilhantado pela Banda do Exército. "És a nobre Infantaria, das armas a rainha"... quantas vezes marchei durante o meu serviço militar ao som da banda do Nono Regimento de Infantaria!

Então, em 1964, indo fazer o seminário em São Paulo, transferi minha agência para a do Bosque da Saúde, e das tantas agências da capital a correspondência partia da Agência Central, no Av. São João, para o mundo (foto de Lindinha Rodrigues). Logo ao chegar eu recebia tantas cartas de parentes e amigos distantes que a secretária do líder nacional do ES certa vez comentou que eu recebia mais cartas do que ele!!
Meu amigo baiano do Facebook, Anderson Cavalcanti, cedeu-me sua recente foto tirada diante de uma caixa de correios do Pelourinho, em Salvador, historicamente um dos estados pioneiros dos correios no Brasil.
O interesse por colecionar selos me foi passado por meu saudoso pai, do qual herdei os selos. E guardo na caixa de cartões postais recebidos, alguns que nos mandava de diferentes capitais brasileiras por onde viajava a negócios. Na mesma caixa coloco postais de países onde tenho estado tanto no passado quanto recentemente.
Pensei em tirar do armário da sala e colocar em uma mesa a fim de fotografar nossas cartas de amor, escritas durante o nosso namoro e mesmo noivado, em meses em que passamos longe um do outro. Desisti da idéia e fotografei a caixa do lugar dela mesmo... muito pesada!
Quando minha saudosa mãe partiu para estar com Deus, enviei o texto acima ao carteiro que por muito tempo entregava fielmente a minha correspondência a ela. Se o leitor de alguma forma tentar ampliar o texto acredito que vai valer a pena, aconselhando-o a ter um lenço à mão... principalmente aquelas que por algum motivo estiveram anos longe do lar materno.
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DENTRO DO CONTEXTO, SIR WINSTON CHURCHILL ESCREVEU ALGO DE PESO, QUE REPITO NESTA POSTAGEM:
Por que essa preocupação em conciliar religião e ciência? Se você recebe uma mensagem que alegra o seu coração e fortifica a sua alma, que lhe promete o reencontro com aqueles que você amou, em um mundo de maiores oportunidades e harmonia mais ampla, por que deveria você se preocupar com o formato ou com a cor de um envelope manchado em seu percurso de viagem, ver se está com os selos necessários ou não, ou mesmo ver se a data do carimbo está correta?
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E quem se lembra dos telegramas, portadores de felicitações ou... às vezes de notícias ruins?
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ALGUNS ENVELOPES IMPORTANTES PARA MIM

Do acervo do Museu Anne Frank, em Amsterdam, um postal que a menina escreveu e foi levado aos correios no dia em que a família entrou no Anexo Secreto onde se escondeu por alguns anos até ser encontrada e levada aos campos de concentração nazistas, sobrevivendo somente o pai, Otto Frank (foto Google).

Um amigo de meu pai deu-lhe este envelope, na época sem tanta importância...

Outro envelope de valor que era de meu pai, já mostrado anteriormente, é o que foi resgatade de um acidente aéreo, vindo de Hamburg.
Um passatempo do tempo da adolescência, nos anos 50, era escrever aos estúdios de Hollywood e solicitar fotos de artistas (ver link abaixo). A maior foto, no maior envelope, que recebi - com grande emoção - foi a de Gloria de Haven.

Um envelope de quando vivemos nos EUA, de um material entre papel e plástico, muito resistente, onde hoje guardo documentos antigos.
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ANTES DE ENTRARMOS NA MOSTRA FILATÉLICA... ALGUNS LEITORES SE LEMBRAM...
- Do tempo quando íamos aos correios levar nossas cartas? Na "mão-de-obra" em que isso implicava: às vezes ficar em uma longa fila, esperar resposta por semanas, quando e se é que chegava?
- Do gosto amargo da cola do envelope ou mesmo do selo?
(E mais tarde de eu conhecer selos com "gosto de menta" no EUA)
- Do vidrinho de goma arábica da agência dos correios, emplastado de cola?
- Da falta de uma pia para lavarmos as mãos após selarmos muitas cartas?
- De quando, afoitos, queríamos abrir logo um envelope para verificarmos que a cola fizera com que o envelope se apegasse à carta, e o trabalhão que dava para tirá-la sem rasgar?
- Da introdução-padrão antiga das cartas, do tempo dos nossos pais ou avós, que consistia em "Pego na pena para escrever estas mal-traçadas linhas..." ?
- Das cartas amarradas com uma fita dentro da gaveta da cômoda de nossas tias?
- E me lembro de, hospedado na casa de uns tios, logo após o falecimento de minha avó paterna, ver surpreso uma caixa, no quarto onde eu dormia, com as cartas que ela escrevera a ele quando fazia faculdade em outra cidade.
- E hoje tenho eu a caixa de cartas que minha saudosa mãe me escreveu, na gaveta abaixo de minha mesa de cabeceira...
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... E AS CURIOSIDADES LIGADAS AO ASSUNTO?
- Minha esposa conta que quando morava em NY certa vez recebeu uma carta de sua mãe - que morava no Rio de Janeiro - postada em um dia e recebida no outro!
- Que outra carta de sua mãe levou um ano para chegar!
- Que certa vez, de Londres, enviou-lhe de presente £ 5 e resolveu colocar a nota dentro do cartão de aniversário e não fechar o envelope, que chegou intacto com o presente dentro.
- Certa vez alguém da Finlândia, também nos anos 60, endereçou um envelope com apenas o nome do Exército de Salvação, Pelastusarmeija... Em NY o envelope, com endereço mais insuficiente impossível, foi entregue inexplicavelmente pelos correios nas mãos da Anneli....
- Nunca me esqueci de duas cartas recebidas, uma quando estudei no ICO em Londres, no envelope escrito em vez de London, "Don Don"... e outro quando trabalhava em Joinville e no envelope o nome da cidade... "João Ervilha".
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SELOS IMPORTANTES, COMEMORATIVOS OU BONITOS DA MINHA COLECÃO
Adianto que nunca fui o tipo de pegar selos com luvas ou com pinça para não danificá-los, assim os selos que mostro nada têm de colecionador profissional, de carona com a do meu pai que já começou de bom tamanho. E igual a muitos adolescentes, entusiasmei-me na época com minha coleção para praticamente abandoná-la por décadas, permanecendo a mesma por anos em algumas caixas abarrotadas, sempre juntando novos selos, no entanto.

Selos de meu pai do centenário do "Olho de Boi", o primeiro selo brasileiro. Tenho a impressão de que alguns amigos que dizem que "já tiveram o olho de boi", foi o do centenário do mesmo.

Acima e abaixo, extraídos do Google, o que me chamou a atenção: o centenário foi no ano em que nasci.


Meus selos acima do tempo em que se escrevia Brasil com Z!



Selos da Alemanha, inclusive do tempo do III Reich.


Eu gostava muito dos selos franceses da década de 50!

O Exército de Salvação de quando em quando foi e tem sido homenageado na filatelia de muitos países. Outro selo antigo da VARIG e também o envelope comemorativo da inauguração do voo do seu Constellation unindo o Rio de Janeiro a Nova York.


Selos de variados temas, inclusive de Copas do Mundo de Futebol. No link abaixo poderá ver um da Copa de 1950, quando por ocasião da inauguração do estádio do Maracanã.
Selos retratando Elizabeth II da Inglaterra.
Selos do expoente máximo da música clássica finlandesa, Jean Sibelius e outros do ES/SA finlandês.

Oscarito e Grande Otelo, a dupla famosa da Atlântida, neste selo comemorativo ao centenário do cinema nacional.
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UM POUCO DE HISTÓRIA
1924 - Início do o uso da máquina de franquear correspondências, fabricada pela Universal Postal Frankess, de Londres.
O serviço de Expressos Internacionais começa a ser utilizado.
1925 - Transportada a primeira Mala Aérea internacional pela Compagnie Généraled’ Enterprises Aéronautiques (CGA).
1927 - Início do transporte de correspondência via aérea regular, entre a América do Sul e a Europa. A título de experiência, em 24 de novembro desse ano, foi recebida, no Rio de Janeiro, a primeira mala aérea, vinda de Natal, conduzida pelo avião 606 da CGA.
1929 - Entrada em operação do Graff Zeppelin – dirigível que sobrevoava regularmente os céus do Brasil transportando, entregando e recebendo correspondências.

Das páginas amareladas do exemplar que possuo de Seleções, de maio de 1943, ano em que nasci, uma propaganda da Kodak: "O soldado escreve uma carta numa folha de papel do tamanho habitual. A carta é fotografada em microfilme Kodak e, acompanhada de milhares de outras - 85.000, que pesariam 1.000kgs. ficam reduzidas a 10kgs. quando microfotografadas. Nos EUA a carta é fotografada e restituída ao seu tamanho natural, fechada no envelope e remetida aos parentes e amigos. Foi a Kodak que imaginou e realizou o processo da Mala Aérea V".
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Minha filha e meu genro em um selo personalizado, possível e válido nos Correios da Finlândia.
Com todo o respeito aos Correios e Telégrafos, que tanto nos beneficiaram ao longo de décadas, hoje usufruimos da Internet, assim mesmo um canto de nossa sala pode ser transformado em nossa agência de correios particular. E nela, a um simples ligar do nosso computador ou laptop temos acesso a qualquer lugar do mundo para nos comunicarmos com antigos ou novos amigos, através do Facebook ou Orkut, e, no meu caso, pelo Skype para acompanhar o crescimento dos meus netos do outro lado do mundo. Viva a modernidade e o quase-milagre de eu, aos 68 anos, graças a Deus, ter passado por toda essa evolução em termos de comunicação durante a minha vida!
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L i n k s:
Selos de diversos países do Reino Unido.
Selos de Copas do Mundo
http://paulofranke.blogspot.com/2010/07/copas-do-mundo-meus-selos-comemorativos.html
http://paulofranke.blogspot.com/2010/07/copas-do-mundo-meus-selos-comemorativos.html
História dos Correios no Brasil:
https://www.ctt.pt/particulares/filatelia/historia-do-selo?srsltid=AfmBOopBI2JA3ZZU-6bkQwcVlfqipzaOoduMo6A4K-Tae36p2gJUewq6
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Segunda Parte
A partir daqui, itens mais recentes, lembrando ao leitor que o leu até aqui é uma reprise de uma antiga postagem, haja vista a menção a Orkut, Skype etc.
De quando em quando, nos meus Stories do Facebook, publico "paises que emitiram selos em homenagem ao ES/SA", sendo o Zaire um deles.
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Selo de honra da Inglaterr a
Charlie Chaplin, que possuo:
Selo do ídolo James Dean, que morreu tragicamente aos 24 anos e que influenciava a juventude dos anos 50
Selo do ator Gregory Peck, so filme "Hora Final" (On the beach), um dos passos para o meu ingresso no ES/SA, como já tenho contado.
Selo do ator James Stewart, de grandes filmes assistidos e que, principalmente, por ter sido o único ator que vi pessoalmente, como Marshal da Parada das Rosas, em Pasadena-CA, em 1982.
Se interessar, veja no Google "Stamps Stars", inclusive para venda.
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The last but not the least
Já tenho contado acerca do passatempo da juventude dos anos 50, no caso da minha adolescência, que era de escrever para os estúdios e solicitar fotos dos artistas da época, as quais tenho até hoje bem guardadas. Bem, ao caminhar por Culver City, rumo ao estúdio da MGM-Sony, passei pela agência dos Correios. Fotografá-la foi um must, pois eram ali que iam parar as minhas cartinhas pedindo fotos de Ann Blyth e Leslie Caron, para citar somente elas de muitas outras atrizes, especialmente por estarem ainda vivas nos dias de hoje!
Dos estúdios de Hollywood à porta de nossa casa
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THE END
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