"O Violinista no Telhado" (Fiddler on the Roof)

Quando meu genro gaúcho assistiu ao filme "O Violinista no Telhado" (Fiddler on the Roof) pela primeira vez, ligou-me logo após falando que achara incrível a semelhanca do ator israelense Topol comigo! Meio raro, mas de vez em quando genros elogiam, e esse me deixou ultra feliz, pois de fato Topol no papel do pobre leiteiro judeu Tevye "a mim mesmo lembra a minha pessoa", meu temperamento, minhas conviccões, meu senso de humor etc. e quando danca quando eu dancava ao dirigir o meu Gospel Choir...

Originalmente um musical baseado em uma história de Sholem Alecheim, com o cenário de um vilarejo judeu na Ucrânia no meio do século 18, foi levado às telas na década de 80 e é um filme a que recomendo altamente aos meus leitores assistirem. Minha família tinha-o como um dos vídeos preferidos em nossa casa e suas músicas eram cantadas ou então as partes cômicas comentadas de vez em quando.

Contemplando futuros incertos, ao conversar com um rabino um dos moradores do vilarejo comenta que não poderia haver melhor momento para a vinda do Messias... E a figura do violinista está presente em algumas cenas do filme que leva o seu nome. Tentei descobrir sem sucesso se o violinista-no-telhado é parte do folclóre judaico ou mesmo idische ou se apenas foi um personagem criado para o filme. Talvez tenha sido apresentado para reforcar uma declaracão do leiteiro Tevye ao dizer que a Tradicão o mantém em bom equilíbrio, assim como o violinista toca bem e ao mesmo tempo se equilibra no telhado, uma tarefa difícil.


Gosto de violino. Meu saudoso pai, que era o homem de muitos passatempos, um deles tocar o seu acordeón, havia tocado violino quando jovem. Hoje tem um neto, meu sobrinho, que toca o instrumento muito bem. Nunca ouvimos nosso pai tocar, mas o velho violino meio desconjuntado estava no sótão de nossa casa. Isso foi lembrado há poucas semanas quando encontrei no sótão do novo corpo salvacionista que estamos dirigindo um violino em bom estado. Como em uma das janelas do lindo e bem-conservado prédio de madeira há um candelabro judaico (menorah), coloquei-os lado a lado e os fotografei, pensando nesta postagem.






Li com interesse em "Selecões" que muitos meninos-prodígios do violino são judeus. Um dos maiores violinistas do mundo, o judeu Isaac Stern, explica: "Na última metade do século dezenove e no início do século vinte, na Rússia e na Europa Oriental havia severa perseguicão aos judeus. Como era-lhes proibido expandir-se no campo profissional e não em palcos de concertos, eram considerados artistas livres e gozavam da protecão direta do czar. Os judeus não tinham liberdade para deslocar-se dentro da Rússia e, em consequência disso, todas as mães judias passaram a colocar um violino sob o queixo de seus filhos mal estes tinham robustez para aguentar o instrumento. O sonho de qualquer família judia era ter um filho no conservatório, o que significava passaporte para o mundo livre."





Já a música "O Judeu e o Violinista" (The Jew and the Fiddler) no disco-relíquia que tenho, "Jewish Music", é descrita assim: "O Maestro Silberman apresenta esta melodia como um tributo aos músicos judeus, músicos que viajavam longas distâncias para participar de festas e casamentos, vivendo uma vida de pobreza."


Um dos pontos altos do filme é o casamento de uma das filhas do leiteiro, onde acontecem belas dancas típicas ao acompanhamento principalmente de violinos, para tudo acabar em um quebra-quebra perpetrado pelos inimigos dos judeus...


Como de costume, referindo-me à Bíblia, que menciona inúmeras vezes o louvar a Deus com instrumentos de cordas, destaco Ezequias, rei de Judá, que depois de ter estado doente celebrou a cura que Deus lhe dera cantando: "Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faco... o Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor" (Isaías 38:19 e 20).




Meus filhos foram iniciados na música por sua mãe. Mas seus pequenos dedos também costuraram na aula de corte-e-costura da primeira escola finlandesa que frequentaram. Guardamos ainda alguns trabalhos com motivos que escolheram confeccionar: uma bandeira de Israel, uma almofada com a estrela de Davi e um avental.





Anneli, que veste um casaco "made in Israel", é bisneta pelo lado paterno de um caixeiro-viajante judeu-alemão.




Sunrise, sunset...O amanhecer em foto tirada de nossa nova casa, e nela a visão das árvores que lembram candelabros.

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L i n k s:

Acessando o - http://www.youtube.com/ - Fiddler on the Roof - você poderá assistir e ouvir diversas cenas e músicas do filme, porém o melhor seria locar o filme ou então adquiri-lo de alguma forma (dica nos comentários).

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Próxima postagem:

Minha segunda viagem a Israel