Paulo Franke

29 abril, 2013

6. Raízes na medieval BRUGES (Bélgica)/ ANTUÉRPIA


Se um filme assistido na década de 50 fez-me visitar Heidelberg (postagem anterior), um quadro pintado a óleo em 1460 atraiu a minha curiosidade para visitar a cidade medieval de Bruges/Brugge, na Bélgica.



O quadro mostra Martim Lem II, filho do nosso mais antigo ancestral detectado...


... conforme o livro "Adélia da Câmara Barcellos - Genealogia e História", escrito por Ilka Neves, parenta de meu pai e autora de diversas obras, entre as quais essa da genealogia de minha avó paterna, Alayde Barcellos Franke, filha da prima de Adélia, Elfrides.
O livro foi escrito por Ilka Neves no ano de 1997, obra publicada pela Universidade Federal de Pelotas. Foi-me presenteado pelo primo em 4o (quarto) grau, Fabiano (Barcellos) Medeiros, parente meu tanto pelo lado da avó paterna (Barcellos) quanto pelo lado de minha mãe (Medeiros).


A pesquisa da brilhante Ilka Neves levou-a até a Ilha Terceira, nos Açores, mas também à cidade de Bruges, na Bélgica... E lá descobriu nosso parentesco longínquo com Fernão Dias Paes Leme, o bandeirante. Como a família LEM  tornou-se LEME, emigrando para Portugal, Ilka explica no livro.

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Interessado por essas informações, tomei o trem para Bruxelas onde o troquei por um que seguia para a  cidade turística e medieval, Bruges/Brugge.


Bruges fica a 120km de Bruxelas. Foi uma das cidades principais durante a Idade Média, sendo porto e também porta de entrada para os negócios mais importantes da Europa entre os séculos IX e XIII 

(página 169 do livro de Ilka Neves).



Desta vez hospedei-me no IBIS-budget, um hotel que também recomendo, bem próximo à estação ferroviária.


Outra noite bem-dormida e, após o breakfast melhor ainda do que o que tomei no Ibis-Heidelberg - saí a explorar a cidade...


... belíssima pelos seus antigos prédios, neste sentido nada incomum na Europa.


A Burgsquare, praça de Bruges, que a parente Ilka também fotografou, em 1994 (página 169).


A torre da catedral católica da cidade, sem tempo de visitar.


A manhã, que de nublada passou a chuvosa, não convidava muito a um passeio...


... que no verão ensolarado deve ser um espetáculo!


Outra foto da catedral.


E apertando tanto a chuva quanto a curiosidade que me levou a Bruges, tomei um taxi...


... até o local indicado no mapa, à beira de um dos canais, bonito mesmo com tempo chuvoso, o que minha foto comprova.



O Potterie Museu...



Gosto de museus de ingresso barato!


Outro aspecto da entrada do histórico museu.


O único visitante tão cedo pela manhã, fui muito bem recebido pelo guia, ainda mais sabendo-me do Brasil. E passou-me a mostrar o museu, inclusive sua capela...













Gostei destes hinários e livros de música medievais.


Até que na ala que foi um primitivo hospital da Idade Média - o Hospital de la Potterie -  o nosso ancestral mais antigo dectado, Martim Lem II...


... conforme as páginas 173 e 167 do livro, que mostra o quadro do ancestral que foi provedor em 1487 do Hospital de la Potterie, neste local, "estabelecimento pio fundado cerca de 1276 como asilo de velhice, atualmente um dos mais conhecidos e valiosos museus de Bruges." 


Acima à direita, o brasão-de-armas-novas concedidas a Antonio Leme, em 1471, em Lisboa, por D. Afonso V, o Africano, rei de Portugal (pag.181).


Fotografando algumas páginas do livro de Ilka Neves que dizem respeito a parentes mais próximos.





Avó Alayde Barcellos Franke


Meus avós, Germano e Alayde (Barcellos) Franke, em foto de suas bodas de prata, rodeados por seus filhos, meu pai e mãe, nora, acima à esquerda.










E, novamente, a surpresa...


O sobrenome Leme

Fernão Dias Pais Leme descende efetivamente dos Lemes, apesar de não usualmente assinar o nome. Seriam descendentes de um Martim Leme, flamengo dos Países Baixos que, cansado das lutas contra a Espanha, se mudou para Lisboa, constituindo família em Portugal. Um ou mais filhos de Martim, já nascido em Portugal, migraram para a Ilha da Madeira e de lá para o Brasil, para a Capitania de São Vicente. Com a fundação da Vila de São Paulo de Piratininga, subiram a Serra do Mar e se transformaram numa das mais importantes famílias paulistanas. Desse tronco que descende Fernão Dias e outros Lemes, principalmente no interior de São Paulo, Paraná e no sul de Minas Gerais.

(Wikipedia)


A Rodovia Fernão Dias ou anteriormente Via Fernão Dias, é a denominação que a BR-381 recebe no trecho entre duas regiões metropolitanas brasileiras: a Grande São Paulo e a Grande Belo Horizonte.
A BR-381 é uma rodovia diagonal, de extrema importância econômica para o país, que foi duplicada no Governo FHC e posteriormente foi privatizada nos trechos que interligam as cidades de São Paulo e Belo Horizonte. A rodovia também serve de ligação entre os estados brasileiros do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.

(foto: Google - texto Wikipédia)



De rodovia para ferrovia... Curiosidade satisfeita, hora de correr ao hotel, pegar a mala e o trem para a próxima parada, Antuérpia...


Ainda com o casacão velho e surrado que eu planejei jogar fora em Berlim... o frio continua.


Estudando o mapa da InterRail.





Alguém me dissera: "Antuérpia tem a estação ferroviária mais bonita da Europa"...


 Comprovei!


Detalhes de "cair o queixo"...


... também como estes do restaurante.


De olho no relógio e nas escadarias que parecem de castelo...


... dei uma corrida para fotografar a frente da estação...


 ... e comprovar a beleza exterior também.



Um monumento interessante...


... e entrei às pressas para tomar o trem para a próxima parada (também postagem): Amsterdam, Holanda, cuja atração principal foi visitar novamente o Museu Anne Frank.

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L i n k

Saiba mais sobre Bruges:


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