Paulo Franke

30 junho, 2014

1a Guerra Mundial, há 100 anos...e o Exército de Salvação estava lá!



Grande popularidade atingiu o The Salvation Army como resultado de seu trabalho na Primeira Guerra Mundial. Centenas de salvacionistas, fala-se em 500,  foram escalados dos Estados Unidos para trabalhar no front de guerra na França. A Comandante Evangeline Booth, filha dos Fundadores, dirigia a obra naquele país e de lá conseguia meios financeiros para sustentação da arrojada missão além-mar.
O diretor dessa missão de guerra foi o Tenente-Coronel William S. Barker, que viajou de Nova York em 30 de junho de 1917 para pesquisar a situação na França. Com uma carta de recomendação, avistou-se com o embaixador americano na França de quem obteve a permissão para ir avante com seu nobre projeto.


Amavelmente conhecidas pelas roscas que assavam, grandemente apreciadas pelos soldados, elas também preparavam tortas de maçã e outros doces. Algo tão simples, no entanto tornou-se um símbolo de tudo o que o Exército de Salvação estava fazendo para amenizar as durezas para os rapazes que lutavam na linha de frente da batalha. No "front salvacionista" eram realizados cultos, concertos e também consertos de roupas, além de entrega de kits de higiene pessoal. Ainda que o trabalho das doughnut's girls tenha sido o mais difundido, ao preparar a massa e assar milhares de roscas para os soldados no front - fazendo-os lembrar o lar distante - alguns oficiais atuaram também como capelães no local e nos hospitais de campanhaA Liga Naval também ajudou famílias a localizar seu ente querido e depois da guerra a acompanhá-las nos muitos cemitérios de guerra. Essa missão foi por décadas lembrada com afeição e reconhecimento.

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Durante a Segunda Guerra Mundial o mesmo tipo de trabalho ficou conhecido como "Escudo Vermelho" (Red Shield), e foi iniciado logo após o Dia-D, acompanhando os aliados à medida que avançavam nos territórios conquistados - o escudo apareceu em todas as cantinas salvacionistas, que também providenciavam albergues e clubes para os soldados.

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 Finalizando estes comoventes relatos históricos - que poderão ser ampliados através do Google em inglês - publico a poesia  encontrada no bolso da jaqueta de um soldado desconhecido, morto durante a Primeira Guerra Mundial, e que apareceu em muitos exemplares de o "BRADO DE GUERRA"...

JAMAIS FALEI CONTIGO

Ouve-me, Deus... jamais falei contigo...
Hoje quero saudar-te. Como vais?
Sabes, disseram-me que não existias
E eu, tolo!, acreditei que era verdade.

Nunca em tua obra reparei.
Ontem à noite, da trincheira aberta
Por granadas, vi teu céu estrelado
E eu compreendi que me enganaram...

Não sei se estreitarás minha mão...
Vou explicar e me compreenderás...
Muito curioso, neste inferno horrível
Encontrei uma luz para ver tua face!

Faremos a ofensiva à meia-noite,
Porém não temo, sei que tu vigias...
O sinal... bem, Deus meu, é forçoso ir-me!
Apeguei-me a ti... Quero dizer:

Talvez esta noite chamarei à tua porta...
Não fomos muito amigos...
Mas... deixar-me-ás entrar se a ti eu chegar?
Mas... bem vês que estou chorando...

... vês, Deus meu!
Ocorre-me que já não sou tão mau...
Bem, Deus, preciso ir; boa sorte é raro,
Porém agora já não temo a morte.



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L i n k s

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