Colegas músicos da MOLDÁVIA... Intl.GOSPELChoir... Quem foi ALIDA Bosshardt?
Minha satisfação é grande em publicar esta postagem no meu blog! Ela gira em torno de um casal amigo e oficiais do Exército de Salvação no Leste Europeu, Vitalie e Inna.
No meu estilo, de repente os vi em uma foto bem recente no Facebook e nasceu a idéia de focalizá-los no meu blog. E a foto do casal amigo a qual me refiro, em Amsterdam, junto à estátua da salvacionista holandesa Alida Bosshardt, foi a alavanca para publicar esta postagem JÁ, aproveitando que nas duas anteriores estive na Holanda e por pouco não nos encontramos, o que foi uma pena. Mas quem sabe um dia volto à Eslováquia, nova nomeação de Vitalie e Inna a partir deste verão.
Quem vê suas fotos no Facebook percebe o quanto são ativos no seu ministério voltado para Deus e sempre rodeado de muitas pessoas, bom sinal!
Abaixo, em inglês, o texto-testemunho que, a meu pedido, Vitalie enviou-me e abaixo traduzido para português.
In 1998 we began to attend the Salvation Army Corps in Chisinau and serve like music director and worship leader. Inna in 1999 and Vitalie in 2000, we became a soldier of the Salvation Army (Armata Salvarii) and we are married. In 2000-2003 we serve in IFOT and THQ in Helsinki as a musician and assistant corps officer.
We are very grateful for this opportunity to learn more about Salvation Army in Scandinavia. In 2002 my wife and I felt called to the ministry and in 2004 we became a officers. I am grateful for the experience and the opportunity to serve in Finland, in Russia,St. Petersburg corps, in Czech Republic, in Moscow as Candidates Secretary and IFOT teacher. We serve in Ploiesti corps in Romania and we are grateful for this opportunity to serve at home in Moldova in Beltsy corps. But we feel calling for the international ministry.
We speak fluent in Czech, Romanian, Russian, English, and we love other cultures and peoples and traditions. Therefore, we happy to serve for Kingdom of God in different countries.
Nossos nomes são Vitalie e Inna e somos da República da Moldávia. Durante os anos 1900-1995 estudamos na Academia de Artes na Faculdade Pedagógica de Música e tivemos experiência de trabalho na TV Nacional, em várias orquestas e corais em Chisinau. Em 1993 tornei-me músico militar da Orquestra Presidencial e Inna trabalhou em um Estúdio Musical e Escola de Corais.
Em 1998, ano do nosso casamento, começamos a frequentar o Corpo do Exército de Salvação (Armata Salvarii). Em 2000-2003 entramos para o Colégio de Cadetes (seminário) e trabalhamos no Quartel Territorial em Helsinki, Finlândia. como músicos e assistentes de oficiais dirigentes. Somos muito gratos pela oportunidade qe tivemos de aprender mais a respeito do Exército de Salvação na Escandinávia, especialmente na Finlândia. Em 2002 minha esposa e eu sentimos o chamado para o ministério e em 2004 tornamo-nos oficiais (pastores) e trabalhamos também no Corpo de São Petersburgo, na Rússia; servimos igualmente em Ploiesti, na Rumênia, e ultimamente em "casa", no Corpo de Beltsy, na Moldávia. Sentindo nossa vocação para o ministério internacional, falamos os idiomas tcheco, rumeno, russo, inglês e amamos outras culturas e povos e suas tradições. Acima de tudo, somos felizes por servir a Deus em diversas nações.
O Exército de Salvação foi iniciado na Moldávia em 1994.
Tive o privilégio de ter no International Open Gospel Choir a participação de Vitalic e Inna enquanto cadetes em Helsinki. Olhando as fotos de diferentes apresentações - e a de baixo de um ensaio no Templet sueco, que minha esposa e eu dirigíamos naqueles anos - podemos ver o casal que representava a Moldávia entre participantes de diversas nações vivendo em Helsinki (ver link).
Eis a foto recente de Vitalic e Inna, que vi no Facebook, em visita à Holanda, que em um sentido originou esta postagem. Tendo visitado diversas vezes Amsterdam, desconhecia que a estátua da salvacionista holandesa Alida Bosshardt estava em uma rua, talvez na área da Red Light, onde ela trabalhou incansavelmente tentando resgatar prostitutas da vida que levavam e onde até hoje o ES tem um centro.
Mas, afinal, quem foi Alida Bosshardt?
Convido o leitor a rever a história já publicada há muitos anos neste blog... uma história cheia de aventuras, perigos e que alcançou centenas senão milhares de vidas necessitadas na Holanda, onde seu nome é pronunciado com carinho, amor e respeito. Esta postagem diz respeito ao que ela fez pelos judeus, principalmente.
Quando a vi no congresso de 1978 em Londres não a cumprimentei, o que certamente se fosse hoje eu faria, mas olhei a serva do Senhor com respeito e admiração.
Postagem do ano de 2007.
Ela escondeu crianças judias durante a guerra
Quando as forças nazistas ocuparam a Holanda em 1940, a Capitã Alida Bosshardt trabalhava no Lar de Crianças do Exército de Salvação (Leger desHeils em holandês) em Amsterdam, que estava situado no meio do quarteirão judaico.
Os nazistas proibiram a continução do trabalho; uniformes não podiam ser usados e dinheiro e prédios salvacionistas foram confiscados. Mas o Exército não se rendeu. A fim de continuar a desenvolver o seu trabalho, todas as crianças foram distribuídas entre diversas famílias.
O Exército recusou-se a tornar-se parte do "Winterhulp", uma organização que foi iniciada pelos alemães. No início de 1941 três meninas judias, chamadas Hendrina, Dimphina e Helena Tehorst, vieram para o orfanato dirigido por Alida. Também a mãe dessas meninas, que estava grávida, encontrou asilo temporário no lugar. Depois do nascimento da menina, que foi chamada de Rosa, o orfanato foi obrigado a fazer parte da Winterhulp dos nazistas.
A Capitã Bosshardt fugiu com suas 70 crianças, muitas das quais judias, para a parte norte de Amsterdam. Em julho de 1943, essa parte de Amsterdam foi bombardeada pelos alemães, mas nenhuma criança foi ferida. De trem ou a pé, foram para outra parte do país onde as crianças viveram em dez diferentes lugares. Elas foram forçadas a usar tantas roupas quanto pudessem vestir, embora fosse verão. A criança mais velha sempre tinha de carregar uma panela e cuidar muito bem dela, embora não soubesse a razão. Somente depois da guerra lhe foi contado que na panela estavam escondidos dinheiro e cupons de alimentação. Durante muitas ocasiões em que tiveram de deslocar-se para outro lugar, o bebê Rosa foi escondida debaixo de cobertores por motivo de seus traços judaicos.
Não havia dinheiro suficiente para alimentar as crianças, assim a Capitã Bosshardt saiu para coletar alimentos, o que era proibido. Ao fazer isso, foi certa vez delatada e detida em um tipo de prisão dos alemães. Depois de duas semanas, no entanto, a pessoa que a interrogava "esqueceu-se" de trancar a porta atrás de si e a Capitã Bosshardt saiu por ela e chegou à rua.
A resistência holandesa deu-lhes endereços confiáveis onde as crianças pudessem permanecer, sem que fossem localizadas pelos nazistas.. Ela conseguiu lugares para mais de 75 crianças judias. Durante o intenso inverno de 1944, a Capitã foi diversas vezes ao interior do país, pedalando sua bicicleta sobre o gelo, para tentar conseguir alimento. Ao coletar, às vezes recebia cigarros, os quais trocava por batatas. Ela não contou isso aos líderes do Exército de Salvação pela posição de abstinência ao fumo e ao álcool, até hoje sustentada pela obra.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Capitã Bosshardt conseguiu com que as quatro irmãs Terhorst ficassem juntas, sob suas asas. Hendrina, Dimphina, Helena e Rosa escreveram para o Museu do Holocausto Yad Vashem e seu Comitê, em Jerusalém: "Embora nada tivesse, a Major Bosshardt conseguiu dar-nos um sentimento de calor e proteção durante a guerra. Ela é como uma mãe para nós e ainda nos chama de 'suas filhas'. Devemos as nossas vidas a ela, bem como às de nossos filhos e de nossos netos". O prêmio Yad Vashem Award(Justos entre as Nações) é a mais alta condecoração conferida pelo Estado de Israel. Mais do que 11.000 pessoas o têm recebido, 4.300 das quais vivendo na Holanda. Em abril de 2004, o Embaixador de Israel, Eitan Margalit, passou a medalha e o certificado às mãos da Tenente-Coronel Bosshardt, no Quartel Nacional do Exército de Salvação em Almere, Holanda.
Ruud Tinga
Editor-em-Chefe
Strijdkreet
Alida, que nunca deixou de usar o antigo chapéu do Exército de Salvação (hoje acervo de "museu"), recebe sua condecoração do embaixador de Israel na Holanda.
Pelo menos há quatro décadas, Alida trabalhou na Red Light de Amsterdam, ajudando moças a abandonarem a prostituição. Certa vez se fez acompanhar àquele distrito da princesa Beatrix (foto), que passou a ser sua amiga, acontecimento esse que teve repercussão internacional.
Alida Brosshardt foi "promovida à glória" - termo usado pelos salvacionistas referindo-se a quem parte desta vida - há poucos meses, na Holanda, sua terra natal.
O Exército de Salvação marchou às ruas acompanhando o carro fúnebre, depois de um culto em sua memória onde estavam presentes autoridades e membros da realeza, além de colegas salvacionistas e mesmo de pessoas às quais ajudou durante o seu extenso ministério. Milhares de pessoas pararam nas ruas para homenagear àquela que foi chamada de "o anjo de Amsterdam".
Alida Brosshardt foi "promovida à glória" - termo usado pelos salvacionistas referindo-se a quem parte desta vida - há poucos meses, na Holanda, sua terra natal.
O Exército de Salvação marchou às ruas acompanhando o carro fúnebre, depois de um culto em sua memória onde estavam presentes autoridades e membros da realeza, além de colegas salvacionistas e mesmo de pessoas às quais ajudou durante o seu extenso ministério. Milhares de pessoas pararam nas ruas para homenagear àquela que foi chamada de "o anjo de Amsterdam".
Alida, que recebera a distinção da "Ordem do Fundador William Booth", mais recentemente foi dado a um avião da Air Holland o nome "Major Alida Bosshardt", além de sua figura em cera ter sido incluída no Museu Madame Tusseau, em Amsterdam.
__________________
L I N K
Em português e inglês
In Portuguese and English
Bom rever a grande experiência musical que tive poucos meses depois de chegar à Finlândia, precisamente no ano 2000.
Em português e inglês
In Portuguese and English
Bom rever a grande experiência musical que tive poucos meses depois de chegar à Finlândia, precisamente no ano 2000.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home