Paulo Franke

17 julho, 2023

17/18.07.23 - Algumas interessantes COINCIDÊNCIAS

A FOTOGRAFIA DO DIA 

Esta "fotografia do dia" permanecerá até
sábado para fixar bem a nova ideia.


No dia em que cheguei da Finlândia, há 16 anos, 
caiu o avião da TAM
 e me ofereci como voluntário para ajudar na barraca 
do Exército de Salvação.

http://paulofranke.blogspot.com/2007/07/
equipe-de-socorro-acidente-com-avio-da.html

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1.

C o i n c i d ê n c i a:

ato ou efeito de coincidir
simultaneidade
2.
estado de duas ou mais coisas que se ajustam perfeitamente
3.
concomitância acidental de dois ou mais fenômenosacaso


E eu me pergunto...  em alguns casos citados, coincidência ou caminhos do Senhor para a minha vida?

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Primeira parte
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Da esquerda para a direita, sou o sexto na última fila. Albert Mingay é o quarto da esquerda para a direita na fila dos que estão sentados.

Albert Mingay foi o Chefe Territorial do Sul da Austrália no tempo em que o filme "A horal final" (On the beach) foi filmado, exatamente em Melbourne, onde ficava a sede do The Salvation Army.
Certo dia Mingay recebeu no seu escritório o diretor Stanley Kramer, que sondava a possibilidade de usar salvacionistas e músicos genuínos nas cenas finais de seu filme "A hora Final" (On the beach). Mingay aprovou. Tendo sido convidado para assistir ao ensaio dessas cenas, lá estava com seus soldados. Então ele fez uma sugestão ao diretor... colocar sobre o grupo de salvacionistas uma faixa com os dizeres "Ainda há tempo... irmão", o que surtiria um efeito impactante à cena final. Stanley Kramer aprovou e a faixa foi preparada e afixada sobre os salvacionistas.

Durante o curso para oficias (ICO) que fiz em Londres, a cada noite um delegado contava sua história, de como se convertera e de como se tornara salvacionista. Chegando a minha vez, contei a história que relato aqui. Assim que voltei ao meu lugar, o Comissário Albert Mingay, então o diretor do ICO, levantou-se e contou o episódio da visita do diretor Stanley Kramer ao seu escritório, emocionado com a coincidência.
E a faixa "Ainda há tempo... irmão", que tanto tocara naquela tarde de domingo ao jovem sem direção quanto ao caminho a seguir (eu), emocionou o diretor do Colégio e a todos os presentes. Quando Deus quer falar-nos ele utiliza um filme, um diretor de cinema, uma faixa e quem e o que quiser.
Aconteceu comigo!



Stanley Kramer, á direita, com Gregory Peck, Ava Gardner e Fred Astaire, parte do elenco de "A Hora Final", filme que tem uma estrita conexão com o meu ingresso  no Exército de Salvacão (ver link abaixo).


A faixa "Ainda há tempo... irmão!"

http://paulofranke.blogspot.com/2016/06/nurembergmelbournestanley-kramer-e-eu.html


Brinco que tenho algo em comum com Gregory Peck, ator de quem sou fã, isto é, teve três filhos e casou-se com Greta, uma finlandesa.




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O homem de Deus que me vendeu o jornal no bar,
com sua filhinha, por coincidência nascida em Pelotas-RS.


O homem de Deus que conheci no ônibus  - que se tornou meu primeiro oficial dirigente - no dia do seu casamento
com uma oficial australiana. Austrália de minhas coincidências...

B A R

Estava um tanto “alto” na companhia de meus novos amigos quando, de repente, vi à frente da mesa onde estávamos um homem fardado oferecendo-me um jornal. Apressei-me a comprá-lo por reconhecer o Exército de Salvação de cujo Lar de Meninos meu pai era benfeitor.  De fato, além da existência do orfanato nada mais sabia a respeito daquele Exército.
A figura daquele homem, aparentando ser um estrangeiro, e seu gesto cristão “diferente”, a ponto de ir a um lugar onde a bebida rolava solta, me impressionou positivamente. A fumaça de meu cigarro se dissipou, o sabor da bebida depois de algumas horas também, mas a lembrança daquele homem de Deus não me abandonou.

No dia seguinte mostrei à minha irmã o jornal, contando-lhe a experiência que tivera na noite anterior. Apressadamente ela o leu e escreveu ao endereço em São Paulo, respondendo a um pequeno anúncio que apelava a jovens oferecerem-se ao “oficialato”, cursando o "Colégio de Cadetes" (seminário) e dando suas vidas inteiramente ao trabalho de Deus nas fileiras salvacionistas. Poucas semanas depois, enquanto eu estava no trabalho, aquele homem que me encontrara no bar, juntamente com sua esposa, visitou minha irmã.
A “dose da injeção do Senhor" não fora suficiente e eu certamente precisaria de outras doses, pois aquele encontro no bar ou mesmo o impacto inicial que eu tivera foram caindo no esquecimento... O jornalzinho, porém, ficou guardado no meu armário.


B U S

Em janeiro de 1962 tive minhas férias do trabalho. Dali a dois meses eu faria o serviço militar. Planejei, então, fazer algo radical e arrojado: tomar um ônibus Porto Alegre-Rio de Janeiro, da Empresa Nossa Senhora da Penha, e visitar uma querida tia-avó que se mudara para a distante Cidade Maravilhosa. Com 19 anos, nunca de fato saíra de minha cidade de Pelotas, a não ser para ir à capital Porto Alegre. Que aventura seria conferir as belezas do Rio, o que fiz por algumas semanas acompanhado também de duas primas.
Mas o dia de voltar para o sul chegou; em poucas semanas esperava-me a nova vida como soldado do Exército Nacional. Jamais imaginaria que uma nova vida também me esperava, dessa vez como soldado do Exército de Salvação!

Da janela do ônibus onde ainda entravam passageiros, vi um jovem uniformizado despedindo-se de sua família. Pertenceria ele ao Corpo de Bombeiros? Ao aproximar-se de seu assento bem próximo ao meu percebi tratar-se de um membro do Exército de Salvação. "Novamente?" perguntei a mim mesmo, mas com um tom de alegria e certa expectativa, vendo a mão de Deus em mais este encontro com aquele "tal Exército".
Naquele tempo a viagem do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul durava cerca de 35 horas (incluindo o trecho Porto Alegre-Pelotas). E foi aí que recebi “a terceira dose da'injeção do Senhor' ”. Tempo havia de sobra para conversar com aquele jovem quase da minha idade, com a marcante diferença de que ele possuía um grande ideal e eu de convicção somente que em poucas semanas eu usaria um uniforme também, mas da cor verde… nada além disso.
O jovem oficial salvacionista, por “incrível coincidência”, dirigia-se à minha cidade para assumir a direção do Corpo salvacionista local. O que significava um Corpo? Como ele ingressara no Exército de Salvação? O que iria fazer na minha cidade? O que significa mesmo esse estranho Exército de Salvação? Essas e muitas outras perguntas fiz a ele no decorrer da longa e interessante viagem.
E assim chegamos a Pelotas e nos despedimos. Eu estava munido do endereço do Corpo (igreja) e dos horários das reuniões (cultos). Na semana seguinte, acompanhado de minha irmã, adentrei a porta do Exército de Salvação... onde estou até hoje! Minha tristeza desapareceu e deu lugar à alegria, deixar o cigarro (de fato, nunca fui viciado em fumar) foi fácil, também a bebida ao ingressar nesse Exército cujos membros são abstêmios totais. A falta de entusiasmo e motivação pela vida foram substituídos por uma vontade imensa de viver para fazer a vontade de Deus, agora a minha Alegria maior! A Jesus Cristo, que de fato sempre amara, agora O amava ainda mais e queria seguir à risca os Seus ensinamentos e preparar-me para segui-lO em tempo integral, cursando o Colégio de Cadetes em São Paulo e tornando-me um oficial, o que aconteceu dois anos após, em março de 1964, quando me despedi de minha família e amigos e embarquei para São Paulo, iniciando-se uma vida de aventuras na qual estou envolvido até hoje.


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Segunda parte
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Pode ser uma imagem de 4 pessoas

Ontem, Dia da Queda da Bastille, depois de assistir pela TV a grande parada em Paris, assisti ao filme "Maria Antonieta", filmado no Palácio de Versalhes, onde estou na foto.

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Pode ser uma imagem de 9 pessoas

Rafael Nadal teve a mesma ideia do que nós, indo à DisneyParis 
no mesmo dia!

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Em 1977, embarcando pela primeira vez em um Jumbo, vôo de Bahamas 
a Jamaica, enquanto no dia anterior houve o choque de dois Jumbos, da KLM e da PanAm, em Tenerife, considerado até hoje o maior acidente da aviacão.

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Em Edinburgh, Escócia, encontrei um chafariz idêntico ao da praca central de Pelotas (foto abaixo). Constatei então que ambos foram fabricados pela mesma firma francesa.


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Por décadas, nunca conheci um outro salvacionista com o sobrenome Medeiros, até que há poucos  anos ingressou no ES um jovem da Paraíba, um bom oficial e muito criativo... tratamo-nos como "primos". Com rosto de judeu, conversamos que o sobrenome vem dos cristãos novos. E assistindo a um interessante no link abaixo - Judeus em Portugal e no Brasil (link abaixo),soube que a estrela de Davi no chapéu de cangaceiro origina-se dos judeus que, perseguidos na capital pernambucana, fugiram para o sertão nordestino.

https://www.youtube.com/watch?v=CPdNMbN0Wi4

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Terceira parte
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Em Joinville-SC, Carlos Alberto Charão veio visitar-me em novembro 2022, quando por lá passei em férias. Ele foi membro do Corpo de Rio Grande, quando lá trabalhei no início dos anos setenta... Um dia, ele trouxe sua namorada ao culto. Achei-a muito bonita, não escondo. Certo dia, chovendo torrencialmente, somente ela, Raquel, seu irmão Jefferson, e sua mãe Terezinha - descendente de poloneses - vieram à reuni
ão de jovens. Esperando a chegada de outros, conversa-vai conversa-vem, descobrimos que éramos parentes!


Raquel, mãe Terezinha, Maria Augusta e Jefferson Medeiros.


Olhando a fila de cima, descobri que meu avô, Pradelino, o primeiro à esquerda, e o quarto, Laudelino,  avô dos jovens, eram irmãos!!
E a história não fica por aí...



Carlos Alberto casou-se mais tarde com a bonita Isabel (foto), Conheci-a em Rio Grande, quando lá trabalhei,  ao vê-la passar de mãos dadas com seu irmãozinho Fabiano Medeiros, que como adulto trabalhou no Quartel Nacional como tradutor. Por ele, fiquei sabendo que somos parentes, através de sua mãe Daria Barcellos Medeiros (foto), e de seu falecido esposo, de sobrenome Medeiros, portanto, somos parentes tanto pelo lado dos Barcellos, de minha avó paterna, e dos Medeiros, de minha mãe. Foto no Encontro em Joinville, por onde passei em novembro de 2022.


Tia Emma Berg Medeiros, a primeira mulher a trabalhar no Banco do Brasil, em todo o Brasil.

http://paulofranke.blogspot.com/2014/07/tia-emma-berg-medeiros-1a-mulher.html

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Meu saudoso pai pintava quadros e os presenteava. Este foi o primeiro     que pintou e que, felizmente, ficou comigo. A coincidência é que é uma paisagem escandinava, a qual vivencio hoje... pinheiros e bétulas, a árvore de tronco branco, símbolo da Finlândia.

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Quatro engenheiros da família no primeiro
casamento da filha Martta.



Como cadete (seminarista), viajando a Minas Gerais diante da estátua de Fernão Dias Paes Leme, na rodovia que leva seu nome. Segundo uma
historiadora da família, somos descendentes deste bandeirante por parte do Lemes (Lems), o que eu desconhecia na época da foto.

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Trabalhando  em 1968 na cidade de Campos-RJ, de altas temperaturas, fico a pensar na razão pela qual me vesti "de finlandês ou de russo"...


Na mesma cidade, assisti ao filme "Dr. Jivago"... de brincadeira, para reforcar a coincidência da semelhanca com Omar Sharif, deixei o bigode crescer!

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À direita, prima Liana Franke Treptow (Marques, de casada), rainha do Clube Brilhantes em Pelotas, passando-lhe a faixa, Terezinha Treptow, parente dela por parte de pai, uma coincidência.

 

Conheci adolescente o rapaz do meio, Cayê Milfont, em Brasilia-DF, quando lá trabalhei. De camisa vermelha, Carlos diJaguarão (Treptow Marques) um parceiro seu no ramo da música em que estão envolvidos... Coincidência, o de vermelho é o filho de minha prima em primeiro grau, Liana (foto acima) que também por coincidência nasceu no mesmo ano que eu, eu em outubro e ela em novembro de 1943!!



Quando esta foto foi tirada, eu vivia há 20 anos na Finlândia e recebi pela primeira vez visita de parentes do meu lado, o rapaz fotografando, Marcos Ávila, do lado materno, e a moca de branco, Elisa Treptow Marques, filha da prima Liana, junto a mim, do lado paterno... por coincidência, sem que tivessem combinado, no mesmo dia... e ambos médicos.


Lendo um livro sobre os primeiros alemães que vieram para o Brasil, em 1825, descobri que os Renner vieram na mesma leva dos Franke, aqueles mais tarde donos de grandes empresas e o nosso Franke, trabalhadores normais.


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Através do Facebook, tornei-me amigo de um pastor luterano que se chama Paulo Franke, transferido de Santa Catarina para Estância Velha-RS. Meu xará  faz um programa radiofônico, o que eu fiz durante os anos 90. Muita vontade de conhecê-lo... ele muito louro no Brasil e eu um tipo moreno na Finlândia. Na foto, recebida hoje, o amigo Eliel com Paulo Franke.


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Quarta parte
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E outras pequenas, mas interessantes coincidências...

Conheci um judeu que estudou na cidade finlandesa onde vivo, tornamo-nos muito bons amigos e visitei-o em Foz do Iguacú, inclusive sendo hospedado por ele e sua esposa.Numa conversa à mesa, descobri que ambos são... gaúchos, coincidência que aumentou ainda mais nossa amizade!

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Também tornei-me amigo de um jovem casal gaúcho, 
que morou aqui na nossa cidade finlandesa. O nome dele, Newton Ávila..., o mesmo de um parente meu, bem próximo.


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Quando fiz o primário, tive um coleguinha que, muitos anos mais tarde, por termos a mesma idade - ambos nascidos em 1943 - fez o servico militar comigo. Pra resumir, de quando em quando nos falamos pelo Messenger, ambos à beira dos oitenta!

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Quando visitei Nurenberg, na Alemanha, ao olhar a tribuna onde
Hitler estridentemente dava seus discursos, em 1943,
eu no meu berco lá no outro lado do mundo, chorava  de forma estridente para mamar, comilão que dizia minha mãe que eu era!

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Finalmente, gosto do nome Paulo que meus pais me deram... como o apóstolo Paulo, sou um servo de Deus, gosto de viajar igual a ele e 
gosto de escrever minhas "epístolas" no blog. 
Um livro sobre ele tem o seguinte título 
"Ame-o ou odeie-o - você não pode ignorar Paulo",
outra coincidência...?

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The last but not the least


E pode??
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Próxima:

Viagens que fiz com o neto João Vinícius.

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