O TIJOLO -Origem-História-Estantes-SLBrengle-Michel Quoist .

Fui "empilhando"material e concluí: já tenho o suficiente para  construir uma postagem no blog sobre... tijolos! Utilíssimos, passam-nos despercebidos. No entanto, um poema de Michel Quoist que quase sei de cor - no final desta postagem - quando lembrado, me faz pensar neles e na sua importância para nos abrigar, para nos aquecer, para nos ensinar preciosas lições.

(*) os asteriscos nas fotos são indicativos de que há postagem respectiva neste blog (consulte o Índice de todos os meus tópicos).

Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C.; foram encontrados em Çayönü, no sudeste da Anatólia, na Turquia. Em descobertas mais recentes, foram encontrados tijolos de 7000 e 6395 a.C., em Jericó e em Çatalhüyük, respectivamente. A partir de dados recolhidos nestas e outras descobertas arqueológicas, foi concluído que os tijolos cozidos (em detrimento dos tijolos secos ao sol - adobe) foram inventados no terceiro milénio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente. Os tijolos foram uma inovação tecnológica importante, pois permitiram erguer edifício resistentes à temperatura e à humidade, numa altura em que o Homem deixou de ser nómada, passando a ter a necessidade de possuir construções resistentes e duráveis. Por volta do ano de 1200 a.C., o fabrico de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia. (Wikipedia)

"OS TIJOLOS JA ERAM CONHECIDOS NO EGITO, BASTA VER NO LIVRO DE GENESIS NA BIBLIA QUE OS ISRAELITAS ERAM ESCRAVOS PARA FAZEREM TIJOLOS PARA OS EGIPCIOS, UM TIPO DIFERENTE DOS QUE CONHECEMOS , MAS A BIBLIA CHAMA DE TIJOLOS." (Internet) Algumas passagens bíblicas que mencionam tijolos:

Gênesis 11:3 - Êxodo 5:7 - Isaías 9:10 - Ezequiel 4:1

Estantes feitas de tijolos datam da primeira casa onde morei, ainda solteiro. Esta, da nossa sala em Rio Grande-RS, em 1974-76.

Em 1978 trabalhamos em Lisboa e não foi difícil conseguir tijolos para continuar com a "tradição".

Há muito abandonei as tais estantes, mas ainda gosto de tijolos e presto atenção aos detalhes desta contrução...

... do quartel que fica diante do nosso prédio.

História pura, foi construído no início do século passado quando a Finlândia era um protetorado da Rússia. Imaginem, cada tijolo deste grande prédio, que ocupa dois grandes quarteirões, passou pelas mãos de um operário contratado que com seu trabalho provia o sustento de sua família!

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Na manhã bem cedo do dia 13 de agosto de 1961, a população de Berlim, próxima à linha que separava a cidade em duas partes, foi despertada por barulhos estranhos, exagerados. Ao abrirem suas janelas, depararam-se com um inusitado movimento nas ruas a sua frente. Vários Vopos, os milicianos da RDA (República Democrática da Alemanha), a Alemanha comunista, com seus uniformes verde-ruço, acompanhados por patrulhas armadas, estendiam de um poste a outro um interminável arame farpado que alongou-se, nos meses seguintes, por 37 quilômetros adentro da zona residencial da cidade. Enquanto isso, atrás deles, trabalhadores desembarcavam dos caminhões descarregando tijolos, blocos de concreto e sacos de cimento (Internet). 

Bem no meu estilo, na primeira vez em que visitei Berlim quis "tocar" no que restou do muro (*).

Na mesma viagem, caminhei entre pedras e tijolos das ruínas do quartel da Gestapo para localizar o poster de um que passara por ali, o teólogo-mártir luterano, Dietrich Bonhoeffer, cuja vida e escritos admiro (*).

Na Europa conservadora não é raro entrarmos em um restaurante ou mesmo loja que foram adegas ou mesmo bunkers com seus tijolos à mostra.

Passeando com minha filha, quando ela morava em Estocolmo este ano, entramos nesta loja para proteger-nos do frio e descansar um pouco.

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Em Varsóvia, detive-me a examinar e fotografar o local onde moraram judeus antes de irem para o gueto e consequentemente para o campo de concentração de Treblinka, hoje com as fotos nas respectivas casas (*).

Este muro, que restou do Gueto de Varsóvia, não foi demolido (*).

Fui também a outros locais ver o que restou do Gueto de Varsóvia (*).

Em Frankfurt am Main, em escala para o Brasil, fui ver a casa onde nasceu Anne Frank. Bem rebocada e conservada, os tijolos no entanto estão lá testemunhando a história do nascimento da menina judia cujo diário emocionou o mundo e se tornou constante best-seller (*).

Em 1973 e em 2013 visitei o Museu Anne Frank, em Amsterdam. Na foto, o prédio de tijolos à vista nos fundos do Anexo Secreto..

Tijolos separando "camas" nos dormitórios de Auschwitz-Birkenau (*).

Na postagem anterior - "Sepulturas..." mostro o túmulo simbólico de Margot e Anne Frank, no campo de Bergen-Belsen (*).

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Estes livros - e mais ainda - foram escritos por causa de um TIJOLO!

É uma história muito interessante a relatada abaixo sobre o grande escritor de vida espiritual profunda, Comissário Samuel Logan Brengle.

Quem assina o prefácio do primeiro livro de Brengle traduzido para o português na década de 50, é o chefe da época, o francês Gilbert Abadie. Abadie, ele mesmo, quando de sua gestão como líder no Brasil, homem de oração e ação, adquiriu todas as proriedades para o Exército de Salvação que na época eram alugadas. Sempre lembrado por esta proeza e por outras, Suas obras o seguiram (*).

Na Mile End Road, onde começou o Exército de Salvação em Londres, um grande painel em um prédio de tijolos à vista, homenageia o Fundador.

William Booth, na capa de uma recente publicação, encosta-se em uma parede de tijolos como que simbolizando a grande construção de seu Exército que, fundado em 1865, hoje opera em 125 países.

Em agosto de 1999 fomos transferidos do Exército de Salvação no Brasil para o Pelastusarmeija/Frälsningsarmén da bilíngue Finlândia, onde vivemos até hoje. Nossa nomeação inicial, durante 6 anos, foi a direção do Templo sueco, um prédio de tijolos à mostra construído no final dos anos 1800. A foto noir mostra o Fundador quando visitou o Templet em 1909. Em um dos boletins de nossa gestão, publiquei o poema Tegelstenen (O tijolo), de Michel Quoist que encontrei na tradução sueca do original Prières - quand toute la vie devient prière (em português "Poemas para Rezar - quando toda a vida se torna oração"), certamente ainda vendido em novas edições. A que adquiri em 1961, e que guardo até hoje, é a 16a. Divulgo aqui este livro de poemas de rara beleza.

Ilustrei com tijolos as meditações de outubro do meu livro 
"Edificação Diária":

L i n k s 

O livro "Edificação Diária" online:

www.paulofranke-edificacaodiária.blogspot.com

O tijolo ecológico:

http://www.ecycle.com.br/component/content/article/42/392-tijolo-ecologico-traz-beneficios-a-construcao-.html