OSCAR: "Da Infância à Juventude" de um MeninO ... e de uma MeninA...
O Oscar para o filme do meninO ? E o Oscar doado para o museu da meninA
"Da Infância à Juventude" (Boyhood)
Hoje é noite do OSCAR! Nos últimos anos tenho assistido a esta noite de gala, ainda que na Finlândia se estenda da madrugada até a manhã. Agora, aposentado, é mais fácil, pois no outro dia não tenho hora para acordar
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No tempo de infância e juventude (até os 18 anos) posso dizer que eu era um cinéfilo-mirim, pois era um grande passatempo daquela fase de minha vida.
Mas gosto de assistir a algumas partes da entrega do Prêmio da Academia de Cinema - principalmente a que mostra os artistas que morreram no ano anterior (a maioria "do meu tempo"...) - e este ano não será exceção.
Exceção que considero é que, como pouco vou ao cinema atualmente, quase nunca assisto aos filmes candidatos ao Oscar, mas este ano assisti ao "Boyhood" com minha filha e genro no início desta semana.
Exceção que considero é que, como pouco vou ao cinema atualmente, quase nunca assisto aos filmes candidatos ao Oscar, mas este ano assisti ao "Boyhood" com minha filha e genro no início desta semana.
Curioso a como se chamaria "Boyhood", que praticamente é intraduzível para o português, o Google me informou:
"Da Infância à Juventude".
"Da Infância à Juventude".
Certamente é a vez do meu leitor ficar curioso pensando que, sem saber qual o vencedor, estou fazendo a postagem de um filme que é somente forte candidato... A resposta é que o tema do filme faz o meu gênero saudosista, que muitos conhecem, seja o vencedor ou não, o que faz muito sentido para mim e, como já mencionei, é o ÚNICO FILME CANDIDATO AO OSCAR DESTE ANO A QUE ASSISTI.
Meus filhos não podem queixar-se de que não documentei a vida deles em fotos, pois vivia com a câmera a tiracolo fotografando-os nas diferentes cidades onde vivemos. Não chego a comparar-me ao meu saudoso pai, que como cinegrafista amador filmava diversas fases de nossa infância (foto abaixo, eu atrás).
Meu filho, nas fotos a cores acima, tem fotos de cada aniversário, desde o primeiro até seus 19 anos na foto. Então, quando viemos para a Finlândia em 1999 - sendo os pais que "saíram de casa" e não os filhos, o que é mais normal - não mais o fotografei e senti esse fato.
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Gostei da sinopse do filme que encontrei no Google e, com agradecimentos antecipados ao autor, transcrevo-a aqui:
5 - Excelente
BOYHOOD “Uma obra prima” Conta a história de um garoto e sua família, e a evolução da sua infância até a vida adulta. Se fosse só isso seria apenas mais um filme comum, mais o impressionante é que o filme levou 12 anos para ficar pronto, ou seja, os atores envelhecem de verdade. É realmente fantástico ver os atores envelhecendo cena a cena e assistir a vida de uma família comum com problemas diversos como qualquer outra, ao longo de 12 anos. A história é voltada mais para vida de Mason (Ellar Coltrane) que tinha 6 anos no início do filme e 18 anos no fim. Vemos ele passar por todas as fases da vida, e por todos os problemas que ela nos proporciona, quando criança, pré-adolescência, adolescência e juventude.
Mostra os primeiros valores que aprendemos com a vida. Com certeza em alguma ocasião do filme você irá sorrir e lembrar de algum fato que aconteceu com você. Irá se identificar com alguns diálogos, modo de pensar, maneira de agir, lembrar da sua vida, de uma viagem em família, um passeio inesquecível, festas, primeiro namoro, primeiro porre...etc. Atuações muito boas do elenco. Ethan Hawke (Sr.Mason) como o pai de Mason foi autêntico, Patricia Arquette (Olivia) como mãe de Manson foi ótima, e Lorelei Linklater (Samantha) sua irmã, não conseguiu acompanhar o mesmo desempenho de quando criança. A atuação de Ellar Coltrane (Mason) foi incrível, pelo simples fato de pegarem uma criança de 6 anos para atuar no filme, sem saber como atuaria depois de mais velho, e ele só foi melhorando cena a cena, demonstrando ser um excelente ator. Foi uma idéia genial fazer um filme assim, e gostoso assisti-lo. Diria que o andamento do longa foi impecável, não muito corrido e nem devagar, na medida certa, por mais que tenha sido longo, com 2h 45 minutos, você nem percebe a hora passar. As imagens mostram exatamente cada época em que está se passando. Uma bela trilha e de muito bom gosto para cada cena, só de começar com ColdPlay, já sabia que vinha coisa boa pela frente. Sem dúvida eu nunca tinha visto nada do tipo, não só o fato de ter durado 12 anos impressiona, mais todo o conteúdo fantástico, e irá ficar como uma raridade eterna do cinema.
Mostra os primeiros valores que aprendemos com a vida. Com certeza em alguma ocasião do filme você irá sorrir e lembrar de algum fato que aconteceu com você. Irá se identificar com alguns diálogos, modo de pensar, maneira de agir, lembrar da sua vida, de uma viagem em família, um passeio inesquecível, festas, primeiro namoro, primeiro porre...etc. Atuações muito boas do elenco. Ethan Hawke (Sr.Mason) como o pai de Mason foi autêntico, Patricia Arquette (Olivia) como mãe de Manson foi ótima, e Lorelei Linklater (Samantha) sua irmã, não conseguiu acompanhar o mesmo desempenho de quando criança. A atuação de Ellar Coltrane (Mason) foi incrível, pelo simples fato de pegarem uma criança de 6 anos para atuar no filme, sem saber como atuaria depois de mais velho, e ele só foi melhorando cena a cena, demonstrando ser um excelente ator. Foi uma idéia genial fazer um filme assim, e gostoso assisti-lo. Diria que o andamento do longa foi impecável, não muito corrido e nem devagar, na medida certa, por mais que tenha sido longo, com 2h 45 minutos, você nem percebe a hora passar. As imagens mostram exatamente cada época em que está se passando. Uma bela trilha e de muito bom gosto para cada cena, só de começar com ColdPlay, já sabia que vinha coisa boa pela frente. Sem dúvida eu nunca tinha visto nada do tipo, não só o fato de ter durado 12 anos impressiona, mais todo o conteúdo fantástico, e irá ficar como uma raridade eterna do cinema.
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E falando em Oscar, quando fui à Disneylândia, na Califórnia, em 1982, vi uma das tantas estatuetas que Walt Disney ganhou da Academia de Cinema, não necessariamente estas em que ele aparece com Shirley Temple e o Oscar e os "7 Oscarzinhos" que ganhou pelo filme "Branca de Neve e os 7 Anões.
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E o Oscar da menina?
Qual menina?
Passando certa vez por Frankfurt-am Main, em viagem para o Brasil, procurei a casa onde ela havia nascido, e a achei. Aí ela nasceu, por assim dizer, em berco esplêndido, rodeada de amor. Rodeada de temor, anos mais tarde, ela foi esconder-se com sua família na casa da foto abaixo, que visitei duas vezes.
Diante do Anexo Secreto, em Amsterdam, onde a menina ANNE FRANK passou sua pré-adolescência escondida e escreveu o seu famoso diário, que certamente teria recebido um Prêmio Nobel de Literatura. Nele ela registrou os acontecimentos à volta e as mudanças ocorridas na sua própria vida de menina.
O Oscar exposto no Museu Anne Frank, o segundo que vi.
E no poster a história. Na primavera de 1958, Otto Frank, pai de Anne, o único da família que sobreviveu ao Holocausto, visitou o set do filme "O Diário de Anne Frank" em Hollywood. Na sua autobiografia, a atriz judia Shelley Winters (Sra.Van Daan, à direita na foto abaixo) mencionou a promessa que fez ao pai de Anne na ocasião: "Mr. Frank, se eu ganhar o Oscar pelo meu desempenho no filme, eu doarei a estatueta ao Museu Anne Frank em Amsterdam." E ganhou, e doou - grande e honrosa atitude!
Millie Perkins foi escolhida entre centenas de jovens para interpretar Anne Frank no filme noir da década de 50, que considero o melhor filme sobre a famosa menina judia que morreu no campo de concentração de Bergen Belsen com sua irmã. Anne nasceu e morreu na Alemanha. (veja o link abaixo, de minha visita a esse campo na Alemanha e veja a sepultura simbólica das duas).
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Se "Da Infância à Juventude" (Boyhood) irá ganhar algum prêmio hoje à noite, não sei, mas sei que foram momentos felizes os meus - enquanto vejo a neve cair daqui do meu cantinho da Internet na nossa sala - oportunidade que uso para agradecer aos caros leitores a atenção a mais esta postagem do meu blog.
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L i n k s
Segunda visita ao Museu Anne Frank, em Amsterdam:
Visita ao Campo de Concentração Bergen-Belsen, onde morreu Anne Frank:
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3 Comments:
Meu amigo,
muito criativo a "costura" que fez no seu texto fazendo menção ao menino (em Boyhood), e ao Oscar concernente a Anne. Falar nisso, só assisti 2 filmes feitos exclusivamente sobre a história dela. Não sei se existem mais.
Mas, enfim... Já tive minha fase cinéfilo, e, confesso, hoje estou mais apegado a seriados. Contudo, não deixo de separar um tempinho para um bom filme.
P.S: Logo lembrarei de você, quando for mencionado o Boyhood nesse Oscar. ;)
Um abraço!
By Anderson, at segunda-feira, fevereiro 23, 2015 1:20:00 AM
Patricia Arquette (Olivia), como mãe do menino Manson, ganhou o Oscar como melhor atriz coadjuvante, bem merecido e com aplausos em pé de Meryl Streep.(A festa do Oscar na Finlândia é apresentada das 03h00 às 07h00... muito cansaco no dia seguinte). Parabéns a ela, que teve de fato uma excelente dramática interpretacão, o único Oscar das 5 indicacões do filme "Boyhood".
O Dono do Blog
By paulofranke, at segunda-feira, fevereiro 23, 2015 2:56:00 PM
Quem deve agradecer somos nós, pelos passeios à lugares onde nunca estaremos!
A forma de contar suas andanças, unindo na maioria das vezes dois ou mais assuntos distintos, é genial!
By Yara, at quinta-feira, fevereiro 26, 2015 9:48:00 PM
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