Parte 2 - Histórias de Peso:Audrey Hepburn+Anne Frank/ Marlene Dietrich/ Livro/ Seleções-1943

A atriz Audrey Hepburn com Otto Frank e sua segunda esposa, Fritzi.

O  que escreveu o filho de Audrey, Luca Dotti, no livro "Audrey at home". 
A atriz raramente falou sobre sua experiência como uma jovenzinha crescendo na Holanda durante a ocupação nazista e sobre a profunda conexão que ela tinha com Anne Frank, ambas nascidas no ano de 1929.
Dois anos depois do fim da guerra, Audrey recebeu cópia do manuscrito de Anne Frank e, lenco-o, comentou: "Aquela menina escreveu um relato do que eu mesma passei e senti."

Seu filho Dotti descreve a relação de Anne com sua mãe como a de "gêmeas". "Minha mãe nunca aceitou o simples fato de que ela teve mais sorte do que Anne e possivelmente ela odiou a si própria por isso."
A foto acima foi tirada em Burkenstock, na Suíça, local proximo ao que ela e o então marido Mel Ferrer tinham também uma casa. "Você pode facilmente ver nos olhos de minha mãe a carga emocional daquele encontro com Otto." E menciona algumas memórias de Andrey: "Quando eu ia à estação de trem eu via vagões de transportar gado cheio de famílias judias, com velhos e crianças. Nós não sabíamos que eles estavam sendo transportados para a morte. As pessoas diziam que eles estavam sendo levados para a zona rural, para o campo. Era muito difícil compreender, pois eu era uma criança. Todos os pesadelos de minha vida estão misturados com aquelas imagens."
Dotti diz que sua mãe Audrey sabia de cor trechos do diário de Anne Frank, mas ela se recusou interpretar Anne no cinema em diversas ocasiões por lembrar-se ela mesma daquele passado doloroso.
Anos mais tarde, um amigo íntimo da atriz, o compositor Michael Tilson Thomas pediu à Audrey para narrar algumas passagens do diário de Anne para um trabalho sinfônico que ele havia escrito e que ela apresentou em uma turnê nos EUA e Londres. Tais concertos revertiam em benefício da  U N I C  E F , uma paixão na vida de Audrey Hepburn.

por Luca Dotti e Liz McNeil
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A atriz alemã Marlene Dietrich(1901-1992) foi uma convicta anti-nazista. Destacou-se como a artista de Hollywood que mais vendeu bônus de guerra (war bonds). Apresentou-se às tropas americanas e aliadas na Inglaterra, França, Itália e Algéria. Em 1947 foi agraciada com a Medalha Presidencial da Liberdade, dos EUA, e foi homenageada pelo governo francês com a Légion d'Honneur pelo seu trabalho na guerra.

Morreu em Paris, com 90 anos, e foi enterrada em Berlim no cemitério Friedenan, perto da sepultura de sua mãe e não distante do lugar

onde nasceu. 

Em 2001, quando eu visitei Berlim pela primeira vez, sendo hospedado em uma instituição social do Exército de Salvação (Die Heilsarme) perto desse cemitério, fotografei sua simples sepultura, lamentando sempre que o filme "queimara".

Na última vez em que estive em Berlim visitei novamente sua sepultura.

Voltando à famosa berlinense Marlene Dietrich, fui visitar sua sepultura.

Lá está ela...

... uma laje simples (minha mochila ao lado de seu nome)...

com seu nome, simplesmente Marlene (1901-1992).

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Estou lendo neste verão o livro acima, que me foi presenteado pela autora, uma amiga do Facebook que conheci pessoalmente na visita que fiz ao Museu do Holocausto em Curitiba, no mês de maio (foto), a convite de um outro amigo conhecido de longa data, o Henrique Soares.

Em dado momento da apaixonante leitura - que altamente recomendo mesmo contendo experiências fortes da vida de seu saudoso pai, sobrevivente do Holocausto - na página 106 encontro menção a Anatoly Sharansky, o judeu dissidente soviético, hoje membro do Knesset e ministro no governo do Estado de Israel (leia mais sobre ele no Google.com). 

Foi ler sobre ele e as lembranças voaram até o dia quando o conheci em Jerusalém, momento inesquecível para mim!

Sharansky nasceu em Donetsk, na Ucrânia, e foi aceito para estudar no Instituto de Matemática e Física em Moscou. Em 1973 o pedido para emigrar para Israel lhe foi negado. Foi preso pela KGB em 1977 acusado de traição e de promover propaganda antisoviética, embora nunca tivesse envolvimento com espionagem. Em fevereiro de 1986, depois de 9 anos na prisão sob duras condições e constante preocupação com sua esposa, foi liberado em troca de espiões soviéticos. Foi direto para Israel onde recebeu boas-vindas de herói.

E onde entra Paulo Franke nesta história?

Dois meses depois da chegada de Anatoly Sharanskye a Israel, por coincidência ambos estávamos hospedados no Ramada Renaissance Hotel em Jerusalém. Nas demais vezes em que fui a Israel tenho estado hospedado em hostels (albergues), porém naquela primeira vez, com um grupo de oficiais americanos do The Salvation Army, hospedei-me em um dos melhores hoteis de Jerusalém.

Certa vez no hotel entrei no elevador e encontrei Anatoly Sharansky! Tão emocionado fiquei - pois já lera a respeito do herói, que se constituía a matéria mais repetida na mídia - que me esqueci de apertar o botão que me levaria para o segundo andar, onde ficava o meu quarto. Na subida apresentei-me como um brasileiro que amava os judeus. Chegando ao andar dele, o último do hotel, pedi-lhe um autógrafo. Só que eu não tinha no momento nem papel nem caneta. Ele, no entanto, deixou-me segurar o elevador, foi até o seu quarto e escreveu em um papel sua dedicatória e assinatura. Agradeci muito e desci para o meu próprio andar, imaginando o susto que ele levara com aquele encontro com um desconhecido mas tratando-o com tanta cortesia!

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Não posso precisar se os números de Seleções do ano em que nasci, 1943, herdei de meu pai ou comprei em algum sebo... Estão na minha estante e considero-os muito preciosos.
Nos anos da Segunda Guerra não eram ilustrados com paisagens ou o que fosse na capa.

Os comerciais todos dizem respeito à guerra, como este, muito interessante, sobre as cartas dos filhos no front para a família, "modernidade" que pode até assemelhar-se à atual Internet.

Escolhi este artigo para escanear e reproduzir aqui...

Fico pensando, ao relê-lo, sobre as teorias da época... que ninguém sabia do extermínio dos judeus ...que o mundo veio a saber somente após a guerra.

Está aí um artigo escrito para Seleções de maio de... 1943, ano em que nasci.

Emocionante!
Mas no ano em que nasceu minha esposa, 1948, 
nasceu também o glorioso
ESTADO DE ISRAEL,
cumprindo-se profecias milenares!
Aleluia!

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L  I  N  K  S 
do meu blog
para esta postagem e para a anterior,
primeira e segunda partes:

"A Noite dos Cristais"
...quando começou o Holocausto...:

http://www.youtube.com/watch?v=IdctBH-bGxI

E ali à beira da praia eu conversei com o casal judeu, ele que testemunhara da Noite dos Cristais na Alemanha... momentos preciosos em Israel!

http://paulofranke.blogspot.fi/2008/11/noite-dos-cristais-comecou-o-holocausto.html

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Livro "As catorze vidas de David"... avançando na leitura do livro que minha amiga me presenteou em Curitiba, vi menção ao Campo de Concentração de Sobibor, o último campo que visitei e cuja fuga dos prisioneiros aconteceu uma semana depois de eu ter nascido, em 14 de outubro de 1943 (já que menciono em ambas as postagens, tantas vezes, o fato de ter nascido durante a Segunda Guerra Mundial). Observei em um mapa da região de Sobibor a cidade de Chelm, onde o pai da amiga nasceu.

http://paulofranke.blogspot.fi/2014/10/11-varsovia-polonia-lublin-sobibor.html

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À sombra sinistra do nazismo:

http://paulofranke.blogspot.fi/2011/05/sombra-sinistra-do-nazismo-2.html

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Otto Frank em uma reportagem da revista Manchete:

http://paulofranke.blogspot.fi/2010/08/otto-frank-e-o-diario-clara-kramer-e.html

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E as recentes postagens com este mesmo tema:

• NICHOLAS WINTON, o "Schindler inglês", morre aos 1...
• Colegas músicos da MOLDÁVIA... Intl.GOSPELChoir......
• Rainha Elizabeth II na Alemanha... Bergen-Belsen.....
• Casas onde viveu ANNE FRANK... "Stolpersteine"... ...
• A Sinagoga Portuguesa... em Amsterdam.
• Museus do Holocausto... em Curitiba e em Amsterdam...

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THE LAST BUT NOT THE LEAST

Por trás dos bastidores do filme noir  "O Diário de Anne Frank" (1959), que considero o melhor já produzido sobre ela:

http://www.imdb.com/title/tt0052738/trivia

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Acesse também e veja outras postagens sobre o Holocausto, inclusive visitas que fiz a 5 campos de concentração na Europa, inclusive a Bergen-Belsen, e veja a sepultura simbólica de Margot e Anne Frank:

ÍNDICE DE TODOS OS MEUS TÓPICOS

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