Paulo Franke

09 agosto, 2016

sAlAdA OlImPiCa 2... SALADA OLÍMPICA 2...

Continuação...

2 Fotos Significativas


 fotógrafo Tércio Teixeira,


O Exército de Salvação em ação também no Rio-2016.

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A judoca Rafaela Silva garantiu o primeiro ouro brasileiro nos Jogos do Rio 2016.
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De outros tempos...



Maria Esther Andion Bueno (São Paulo, 11 de outubro de 1939), conhecida como Maria Bueno no exterior, é uma ex-tenista brasileira, atuante nas décadas de 1950, 1960 e 1970.
Ao longo de sua carreira, Bueno venceu dezenove torneios do Grand Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas). Segundo a Federação Internacional de Tênis, foi a nº 1 do mundo em 1959, na categoria individual feminina.[1] O International Tennis Hall of Fame também a incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 (depois de perder a final no Torneio de Roland-Garros e ganhar Wimbledon e o U.S. Open) e 1966.
Em 1960, ela entrou para a história ao ser a primeira mulher a ganhar os 4 Grand Slams jogando em duplas num mesmo ano (3 com Darlene Hard e um com Christine Truman Janes).
Seu nome está no Livro dos Recordes: A final do US Open de 1964, contra a americana Carole Caldwell Graebner, Maria Esther venceu a partida em apenas 19 minutos.[2]
Famosa pela elegância do estilo de jogo e pela potência do serviço, é a maior tenista brasileira de todos os tempos. (Wikipedia)
Nota - Maria Esther era figura popular nos anos 50, 60 e 70. Dias antes do início das Olimpíadas, a BBC entrevistou-a e surpreeendi-me ao ouvir seu inglês ainda fluente e vê-la jogar  tenis com o entrevistador.
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Nesta "Salada" nem só jogos olímpicos são enfocados, mas esporte de modo geral... por exemplo:


Quando meus sogros viviam no bairro da Liberdade, em São Paulo, recebiam atletas finlandeses como hóspedes. À noite treinavam na Av. 23 de Maio e chegavam exaustos, pois o calor era muito.
Mesmo assim, um deles ganhou um prato-troféu em uma maratona. Achando muito grande para carregar para a Finlândia, deu para minha sogra que, prática e doceira-de-mão-cheia, logo transformou-o em uma travessa de bolo. E até hoje ela guarda o troféu na sua casa, mesmo que, com 93 anos, não faca mais bolos.
(leia mais sobre esta história a seguir)

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Receita não de bolo, mas de bom viver:



Ao andar com Deus, nenhuma força é perdida
- Continue andando!

Ao conversar com Deus, nenhum fôlego é perdido
- Continue conversando!

Ao esperar em Deus, nenhum tempo é perdido
- Continue esperando!

(um poeta indiano)


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A SEGUIR:

Esther Williams/Adhemar Ferreira da Silva.. SALTOS!


19 julho, 2012


Esther Williams/Adhemar Ferreira da Silva.. SALTOS!


O que teriam em comum uma famosa estrela de Hollywood e um famoso atleta brasileiro?

S A L T O S !


ESTHER WILLIAMS, a famosa estrela nadadora da MGM, sonhou e curtiu a expectativa de participar dos Jogos Olímpicos da Finlândia no ano de 1940, mas, para sua grande frustração, os jogos foram cancelados devido ao início da Segunda Guerra Mundial. Desapontada, ela que já fora campeã em torneios de free-style, conseguiu um trabalho  em uma loja de departamentos e logo uma participação "na sua praia", em um show de natação e mergulho. Dali deu um SALTO para um contrato com os estúdios da MGM, sendo seu primeiro de uma longa filmografia, Andy Hardy's Double Life, em 1942.

Que bom que Esther Williams não conseguiu vir à Finlândia!
Se tudo tivesse acontecido como sonhara, talvez o mundo não a visse no cinema em filmes que muito nos fizeram vibrar nos anos dourados da década de 50, no meu caso.




Naturalmente seu fã, escrevi aos estudios da MGM nos anos 50 solicitando uma foto sua. A foto chegou, com sua assinatura, e guardo-a até hoje! (Veja no Índice do meu blog a postagem "Direto dos estúdios de cinema à nossa casa"). 


E quem não vibrou naquele tempo ao assistir ao 
filme Dangerous When Wet (1953), onde, em uma sequencia de sonho, a personagem principal, Katie Higgins (Esther Williams), faz as cenas de balé subaquático com Tom e Jerry?
(Esther Williams ainda vive e sua foto atual pode ser encontrada acessando o Google)


Recentemente, uma de minhas filhas presenteou-me com DVDs da TCM que mostram cinco filmes de Esther do final dos anos 40 e início dos anos 50.

~ o ~ o ~ o ~

Finalmente, os finlandeses - povo amante de esportes - puderam sediar os Jogos Olímpicos de 1952!
Meu sogro e sua família certamente naquele ano ouviram pelo rádio na cidade de Tampere, onde viviam, reportagens do que estava ocorrendo na capital Helsinki. 

E certamente chamou-lhes a atenção a vitória no SALTO TRIPLO do brasileiroADEHEMAR FERREIRA DA SILVA (foto abaixo), que recebeu medalha de ouro para o nosso país naquela categoria (em 1956, em Melbourne, tornou a ganhar ouro na mesma categoria).



Arrisco--me a imaginar o interesse dos meus sogros em torno da vitória do atleta brasileiro porque, no ano seguinte, 1953, viajariam para o Brasil como missionários do Exército de Salvação, acompanhados de seus três filhos (duas filhas nasceram na nossa terra). Tudo o que dissesse respeito ao Brasil certamente lhes atraía.


LASSE VIRÉN foi outro destacado corredor finlandês, de invejável atuação em jogos olímpicos, conforme o rank abaixo:


Olympic Games
Gold1972 Munich5,000 metres
Gold1972 Munich10,000 metres
Gold1976 Montreal5,000 metres
Gold1976 Montreal10,000 metres
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Fiz uma pausa neste momento para pedir à Anneli que telefonasse para sua mãe, Martta Hämäläinen, com 89 anos e que vive na capital Helsinki. Dona de uma memória brilhante, contou o que eu queria saber... Lasse Virén, assim como diversos atletas finlandeses, também participaram da Corrida São Silvestre, em São Paulo. Meus sogros os hospedaram em sua casa quando os mesmos deixaram os respectivos hotéis e quiseram permanecer  alguns dias extras no Brasil, mais do que uma vez. Nunca foram classificados, uma vez que o calor dos meses de dezembro-janeiro era demasiado para finlandeses, mesmo atletas.

Lembro-me de meu saudoso sogro, David Hämäläinen, que trabalhava horas a fio no nosso Quartel em São Paulo, mas quando acompanhava os atletas de sua amada Finlândia vestia sua roupa à paisana e, todo sorrisos, passava horas com seus patrícios atletas. Certa vez eu os vi chegarem de corridas que faziam no fim do dia para, ao voltarem ao apartamento de meus sogros, pesarem-se e constatarem a perda de dois quilos após cada uma daquelas corridas extras.


Meus sogros quando moravam no bairro da Liberdade, em São Paulo, onde hospedaram os atletas finlandeses. A foto, do início de 1973, é do dia do nosso noivado, um dia muito feliz para nós! Na época a brincadeira era apelidarem-me de Mark Spitz, o nadador judeu-americano que vencera as olimpíadas do ano anterior (e eu me orgulhava disso, em ser parecido com um judeu!). Minha cunhada, ao meu lado, fazia (ou faria?) faculdade de educação física. Meu cunhado, à direita ao lado de minha irmã, bem que poderia ter sido um jogador de basquete pelos seus 2m de altura!

David Hämäläinen, no exército finlandês no tempo da Segunda Guerra, divertia seus colegas soldados andando em um arame de aço, que lhe servia de corda bamba. Mais tarde, expert na façanha, fazia o mesmo  no Exército de Salvação finlandês (Pelastusarmeija), atraindo de forma bem criativa pessoas às reuniões. 


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Conheci Adhemar Ferreira da Silva, vendo-o ao lado de sua esposa nas comemorações da independência da Finlândia em São Paulo, nos anos 80, principalmente. Ele era um convidado de honra do Consulado Finlandês, que promovia a festa a cada ano. Quanto a mim, era convidado por ser minha esposa finlandesa. E lá estávamos nós com nosso uniforme do Exército de Salvação a cada festiva ocasião realizada no dia exato ou perto do dia da independência (da Rússia), ocorrida no dia 06 de dezembro de 1917.

Agradeço ao Google a cessão do texto abaixo sobre Adhemar.

Leitura imperdível:

"Fora das pistas, Adhemar Ferreira da Silva atuou no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960.
Passou três anos como adido cultural brasileiro na Nigéria, em meados da década de 1960.
Poliglota, era fluente em francês e inglês. Ainda como atleta, formou-se técnico em escultura e depois como professor de educação física. Posteriormente, conseguiu ainda os diplomas superiores de direito e relações públicas.
Chammas diz que, além da ovação de 1960, Adhemar costumava lembrar de quando venceu o ouro em 1952, na Finlândia.
"Ele dizia que muita gente do público o chamava para cumprimentá-lo e, em particular uma menina pequena. Ao se aproximar, ela disse que sua família o acolheria, "que ele podia morar na casa deles", relata.
"Ao voltar ao Brasil, Adhemar soube que um jornal de São Paulo havia feito reportagens sobre sua falta de recursos financeiros e organizado uma coleta para comprar uma casa para ele", diz.
"Adhemar ficou com medo de que o COI (Comitê Olímpico Internacional) julgasse que ele havia deixado de ser amador e fez a mãe devolver a casa. Ela teria dito a ele: 'Não se preocupe, porque um dia você terá uma casa em cada local do mundo'."
"Pouco antes da Olimpíada de 2000 em Sydney, Adhemar me disse ter recebido uma carta de uma senhora finlandesa que dizia ser ela a menina de Helsinque em 1952, que tinha visto uma reportagem sobre ele e suas  condições financeiras. E que tinha em sua casa um quarto vago e ele poderia hospedar-se lá", conta.
"Ele ficou feliz de ver a profecia de sua mãe realizada", diz Alberto Chammas.
Desde 2012, Adhemar Ferreira da Silva, que morreu em 2001 aos 73 anos, tornou-se o único brasileiro a integrar o hall da fama da Federação Internacional do Atletismo (FIA).

"Helsinque 1952 - A delegação brasileira foi composta por 108 atletas (103 homens e 5 mulheres) e conquistou três medalhas (um ouro e dois bronzes). O gaúcho Alfredo Jorge Ebling Bercht foi o único representante gaúcho, sendo sendo o pioneiro na modalidade de vela (em Berlim - 1936 houve um concorrente na vela de dupla nacionalidade alemã e brasileira não contando para o Brasil ao final das Olimpíadas). Alfredo Ebling Bercht participou na classe Finn e conquistou o 9º lugar." (Correio do Povo, jornal de Porto Alegre)

ööööööö

Com esta postagem em vista, esperei um dia ensolarado - raro pelas muitas chuvas que temos tido neste verão finlandês - para caminhar cerca de 4km da nossa casa a um lugar nesta cidade onde moramos  - Hämeenlinna (que significa Castelo de Häme) - onde as competições de natação foram realizadas durante os Jogos Olímpicos de 1952. O dia chegou no início desta semana e, para finalizar esta postagem, publico minhas fotos... 



No mapa de satélite acima, naturalmente durante o inverno, coloquei as setas verdes, de nossa casa e do lago de Ahvenisto, aonde fui caminhando... afinal, é o mês das Olimpíadas 2012...


E chego à Rua (katu) das Olimpíadas (gata, em sueco), com indicações para o centro de tenis, centro de esportes e lago de Ahvenisto (h aspirado).

Mais uma boa caminhada e chego ao Parque (Puisto) das Olimpíadas e, a partir desse ponto, é caminhar por uma estrada dentro da bela floresta até chegar ao local.

Os anéis olímpicos estão lá para lembrar o local histórico.


E eu também, para provar que estive lá...


Tudo calmo naquela hora da manhã...


... mas imagino o belo lugar há precisamente 60 anos!!


Ao fundo, a piscina olímpica...


Os tampolins ainda estão lá, agora imóveis.


A piscina está vazia... mas há projeto de restaurá-la (desconheço há quanto tempo está desativada).


Levei calção para entrar no lago... desisti de tão gelado, o que, aliás, é muito comum no verão finlandês.


Mas valeram os momentos admirando a natureza!


Naquele dia foi a vez de tirar do guarda-roupa uma velha camiseta que há muito não usava.


O calção e a toalha ficaram na bolsa... dia bonito, mas quem sabe no próximo verão?...


Voltei lá agora em um dia nublado.


Macieiras carregadas à beira da estrada.


Quando estiverem maduras, geralmente é um favor colhê-las.


Desta vez quis visitar o pequeno museu, fechado da outra vez.


Nadadores finlandeses que participaram. Provas de esgrima e hípica foram também realizadas aqui, informaram-me.


Muitos jornais da época noticiando o evento.


Estes dois tocaram pra frente para o lugar não cair no esquecimento.



Camisetas à venda.


Na cafeteria, a vista da piscina olímpica.


Tomei ali o meu café imaginando novamente os jogos olímpicos de 1952.


Ganhei de presente um poster da comemoração dos 60 anos, em 20/7/2012, uma festa que atraiu uma pequena multidão ao famoso local em Hämeenlinna. Soube que compareceram dois nadadores que participaram do evento em 1952.

0 0 0

"... Com o meu Deus   S O  muralhas."
2 Samuel 22:30

"...By my God I can  L E A P  over a wall."

" Jumalan avulla  HYPÄN muurien yli."

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Helsinque 1952 - A delegação brasileira foi composta por 108 atletas (103 homens e 5 mulheres) e conquistou três medalhas (um ouro e dois bronzes). O gaúcho Alfredo Jorge Ebling Bercht foi o único representante gaúcho, sendo sendo o pioneiro na modalidade de vela (em Berlim - 1936 houve um concorrente na vela de dupla nacionalidade alemã e brasileira não contando para o Brasil ao final das Olimpíadas). Alfredo Ebling Bercht participou na classe Finn e conquistou o 9º lugar." (Correio do Povo, jornal de Porto Alegre)
      

L I N K

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Helsinki - 1952

Olympic Games Opening in Helsinki - 1952

http://www.youtube.com/watch?v=QC9AXhmYov8




8 Comments:

  • Interessante...muito obrigada...Um abraco..Neinha
  • Não precisamos gostar de esportes para lêrmos suas postagens com o tema, confesso que fico cansada só ao assisti-los, sou a própria sedentária. Não esqueço-me dos filmes de Esther Williams, me encantava sua elegancia nos saltos e balé aquatico, talvez porque gosto de tudo ligado a dança como arte e isso sobrava nela! Claro que como brasileira, sempre me orgulhei do nosso Adhemar! Bom revêr e lêr sobre nosso amado David Hämäläinen! Fechou com chave ouro sua postagem ao nos levar para mais um passeio. Que lindo lugar!
  • Gostei muito desta postagem (também). Gosto muito de ler suas postagens e muitas vezes comentei com meu marido sobre como são interessantes.

    - Lembro-me dos festejos da independência da Finlândia nos anos 80. Estive neste mesmo evento onde "da Silva" como dizem os finlandeses, participou. Lembro-me da entrevista que fizeram com ele e sobre o que achou interessante na Finlândia ao encomendar um suco e como resultado ter recebido um beijo da garçonete :-)

    Helena Liukko, Finlândia.

    Legal, Helena, obrigado! Deixa-me esclarecer aos leitores:
    suukko, em finlandês, significa beijo, o que sempre gera brincadeiras!! aBRaco.
  • Li tudo.... e, como sempre, leitura agradável, bom pra cultura, bom pra alma!!! Parabéns Paulo Franke por partilhar essas histórias e imagens!!!!
    M.O.
  • De vez em quando dou uma passeada pelo seu blog. Como sempre, voce tem coisas muito interessantes pra compartilhar . Alem de fonte de cultura, voce abençoa e resgata memorias doces e preciosas. Amo muito voces. Bjs e quem sabe apareço mais vezes. Heloisa
  • I remember watching Lasse Virén race in Montreal Olympics as I was assigned security duties for Prince Phillip as I was in the Canadian military.

    H.Lindholm
  • Thank you Paulo!

    Ferreira da Silva has been really famous in Finland in my childhood.

    Blessings

    AnteroP
  • Magnifico... Fico feliz por voce, meu amigo, vivenciado isso tudo. Parabéns. Um braço e obrigada por compartilhar e também por frequentar nossos grupos no Facebook.

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THE LAST BUT NOT THE LEAST

Há dois verões está em funcionamento a piscina restaurada, bem perto de nossa casa, em Ahvenisto, o famoso lugar das Olimpíadas de 1952.
 Atraindo nos dias quentes muitas pessoas - inclusive eu - pode-se também "tomar um banho cultural" no pequeno museu que mostra fotos dos inesquecíveis certames de natação e equestre, realizados aqui.

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Continua...

"Salada Olímpica", número 3

Não perca!

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