Paulo Franke

26 maio, 2022

A revista O OFICIAL e a grande coincidência ou a mão de Deus??


 Durante os anos de 1995 a 1999 tive a responsabilidade e o privilégio de preparar a revista trimestral O OFICIAL,  The Officer em inglês.  Minha nomeacão principal - e de minha esposa - consistia em preparar o BRADO DE GUERRA (The War Cry), órgão oficial do Exército de Salvacão. Estávamos, portanto,  à frente do Departamento de Literatura, que também publicava livros.

A revista em questão fornecia artigos de edificacão espiritual, traduzidos da edicão em inglês ou colaboracões de oficiais brasileiros. Tenho a colecão, embora raramente releia os antigos artigos, por sinal que não perderam a atualidade.

Depois de estar afastado do oficialato durante 5 anos, nos quais vivemos na Finlândia e ao voltar ao Brasil, em Pelotas, certo dia ao bater em uma casa, senti o Senhor chamar-nos de volta ao Exército de Salvacão, o que, ao contar para Anneli, vi a satisfacão estampada no seu rosto. Fazíamos reuniões em uma casa alugada no centro da cidade - frutos existem até hoje! - e também visitas de porta-em-porta, oferecendo oracões. 

Escrevemos ao Quartel Nacional e fomos nomeados para dirigir o Lar de Meninos de Joinville-SC. Um dia o saudoso Ten.Cel. Alexandre Lopes, ainda ativo como Secretário em Chefe, em uma manhã me ligou nomeando-nos para o "espigão", brincou! Referia-se ao edifício salvacionista, no Bosque da Saúde, em São Paulo.

Fomos com alegria, pois obra social nunca havia sido o nosso forte, ainda que tivéssemos dirigido dois orfanatos e um lar de mães solteiras.

Poucos meses depois de assumirmos o Departamento de Literatura, fui convidado a participar de um Instituto Brengle, no Acampamento Vale de Bêncãos, em Suzano-SP. Numa noite, ouvi a voz de Deus, através do Espírito Santo, chamando-nos... para a Finlândia!! Inacreditável, pensei, pois não fazia muito tempo voltáramos da terra natal de minha esposa Anneli! O chamado fora muito claro e não duvidei. Fiz, porém, algo que não me era costume, isto é, pedir um sinal  de que o que eu ouvira vinha de fato do Senhor.

Voltei do acampamento abencoado e retomei minhas tarefas no departamento. Em uma certa manhã entrou no meu escritório o office-boy com um recado do Alexandre Lopes... traduzir e publicar uma informacão recém chegada do Quartel Internacional em Londres.

Estranhei o tipo de publicacão, pois há muitos anos no oficialato nunca lera tal tipo de coisa...  Os líderes, naturalmente,  não desejando "perder" seus oficiais para outros países, omitiam tal publicacão, conclui. Porém "eu pedira sinceramente ao Senhor um sinal", e o sinal estava impresso diante de meus olhos:


Inocentemente, digamos assim, subi ao andar do chefe nacional, o grande líder Coronel David H.Gruer e falei do que ocorrera. Sua resposta foi um sonoro NÃO, se não me engano reforcado com uma batida na sua mesa... Desci para o meu escritório refletindo... ele estava satisfeito com o nosso trabalho e não queria perder-nos. O que me dissera não fora uma "xingada", mas de fato um elogio!

Em 1999, Gruer recebeu nomeacão e o substituiu o Coronel John W.Jones. Certo dia ele chamou-nos no seu escritório e, munido de papel, caneta etc, subimos pensando que nos daria uma tarefa a ser publicada. Quando nos disse: "Sentem-se" vi que não se tratava do que eu esperava. "Vocês ainda querem ir trabalhar na Finlândia?" Anneli imediatamente respondeu SIM. Porque àquela altura minha filha, meu netinho e meu filho Aaron moravam conosco, pedi um tempo para responder.

Voltando ao escritório, Anneli já tinha digitado uma carta a qual assinara afirmando nosso desejo de ir para a Finlândia. Falou-me, porém, que se eu não quisesse assinar ela a rasgaria... Pensei rapidamente... não se foge ao chamado de Deus e que se nós fôssemos ele cuidaria dos nossos filhos e netinho com certeza. Assinei a carta!

Dessa vez não foram os filhos que saíram da casa dos pais, mas o contrário, os pais que saíram.

Chegamos à Finlândia em agosto de 1999 e fomos nomeados como dirigentes do Templet sueco, porque falávamos o idioma, também língua oficial da Finlândia.

Aposentei-me em 2011 e Anneli 3 anos depois, após recebermos algumas nomeacões no país, inclusive de Secretário Nacional do trabalho multicultural. 

Agradeco a atencão do leitor ao ler este episódio de minha vida que de fato, confesso, me empolga! Louvado seja o Senhor!


Isaías


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