Paulo Franke

09 setembro, 2022

8.9.2022 - Morre a rainha Elizabeth II com 96 anos.

 Revendo duas postagens ligadas ao assunto...

22 setembro, 2012

V. Iate Britânia, que vi no Rio, hoje museu em EDIMBURGO.

Quinta parte

Corria o ano de 1968 e eu dirigia nossa obra em Campos-RJ. 
Um dia voluntariei-me ao então chefe divisional, Major Manoel Luiz Mello, para, quando houvesse necessidade, servir de intérprete a salvacionistas internacionais que visitassem o Rio de Janeiro. (Uma boa oportunidade de viajar para a Cidade Maravilhosa, onde vivia uma saudosa tia-avó que me hospedava, unindo assim o útil ao agradável.)



Naquele ano visitou o Rio de Janeiro a Rainha Elizabeth II. Foi a vez do magricelo da foto receber o telefonema do chefe convocando-o para servir de cicerone a dois salvacionistas grandões que faziam parte da banda do Real Iate Britânia.


Quando os levei para visitar a Brig. Oliver, uma missionária inglesa das pioneiras no Brasil. Na foto, a filha Yvette e sua família.



Lembro-me de ver o Iate Britânia ancorado no Botafoto e iluminado à noite, mas não vi a rainha, só em revistas da época e neste selo que cuidei de adquirir. Anneli, porém, a viu acenar para a multidão em um dos aniversários  reais na década de 60, quando vivia em Londres.


Os dois músicos a quem mostrei o Rio de Janeiro - e com quem visitei uma antiga oficial pioneira inglesa do ES no Brasil, em Niterói - no Natal seguinte enviaram-me um cartão de Natal do iate, hoje uma relíquia.


Quarenta e quatro anos se passaram desde que tive aquela experiência tão interessante! Quando planejei a viagem a Edimburgo incluí na visita o agora museu do Real Iate Britânia, ancorado em Leigh, para onde me dirigi simplesmente tomando um ônibus de linha, uma facilidade!


Estranhamente, a entrada para o museu fica no segundo andar de um shopping center, o Ocean Terminal.



Comprado o bilhete de entrada, antes mesmo de o adentrarmos, já iniciamos a ver fotos históricas do iate, onde a rainha recebeu muitos visitantes internacionais como Eisenhower, Gandhi, Reagan, Mandela etc.



Sem entender bem, passa-se por esta cabine de comando...


Uniformes dos membros da banda real, quem sabe usados pelos dois salvacionistas. Como nunca os vi in duty, não me lembro dos instrumentos que, disseram-me, tocavam. Soube, há alguns anos, que o loiro da foto continua tocando seu instrumento no Corpo do Salvation Army que frequenta.


E no corredor fotos importantes ligadas ao Britânia.


Foi onde passaram a lua-de-mel o príncipe Charles e Diana, também a princesa Margareth e o marido.


Príncipes William e Harry certamente curtiram o iate.


"A princesa Diana quebra o protocolo real ao correr ao encontro de seus filhos a bordo do Britânia, em Toronto, 1991."


Geracões da família real a bordo - pela data, foto do ano em que o Britânia foi vendido e passou a museu em Leigh, o que fez a rainha derramar lágrimas diante das memórias que tinha do iate, inaugurado no mesmo ano em que foi coroada, 1953.


E de uma grande janela, terminada a mostra de fotos, enxergamos o iate. Uma reforma ocorreu no convés onde a rainha acenava à chegada em algum porto... "a bem das saias reais", contam.


Seguindo as setas e de posse de fones de ouvido - escolhi o canal em português - o visitante percorre cada canto do iate.


A cabine de comando merece uma foto com certeza...


Em uma vitrine no convés, o Rolls Royce usado pela rainha inícialmente ao desembarcar nos diversos portos. Mais tarde, utilizou carros providenciados pelos governos dos respectivos países que visitava.


Ser fotografado aqui é tradition. Uma funcionária do museu...


... é responsável por esta tarefa, cabendo ao visitante só posar e sorrir.


O lugar, com vistas para o mar, onde a rainha gostava de relaxar e ter o seu breakfast.


O quarto da rainha com cama de solteiro... Talvez perguntem como eu aos meus botões: e onde dormia o Duque de Edimburgo, seu marido?



Em um canto, o rei Jorge, pai da rainha. Gostei da homenagem!


E ao lado um adorno de grande beleza.


A sala de jantar dos oficiais do iate.


E a sala de jantar da rainha e das personalidades que recebia a bordo.


Muito luxo! 


O escritório da rainha. Teria servido o sofá azul para uma siesta no meio do trabalho?


A sala principal do iate, como todo o mobiliário, da década de 50.


O piano de cauda que tanto foi usado para entretenimento da família real e dos seus convidados.


As lanchas que eram utilizadas para transportar a realeza e seus convidados...


... junto ao iate, fazem parte do acervo do museu.


A bandeira do Royal Yacht Britannia tremula na proa do navio-museu...

... enquanto que as bandeiras do Reino Unido e da Escócia na popa.


Em 2009 foi adicionado ao museu um Tea Room para que o visitante tome um típico chá inglês com bolo. Dispensei, mas me lembrei de que o chamado pelos gaúchos queque (há no Aurélio a palavra) deriva-se da palavra inglesa cake=bolo. Em vez do chá, preferi comprar uma caneca para a minha já abarrotada estante de souvenirs (para a Anneli trouxe uma caixa de chá preto escocês).


Bule, xícara, prato e guardanapos comemorativos aos 60 anos de reinado da rainha.



Valeu a expectativa, valeu visitar o Britânia! Recomendo a quem visitar a imperdível Edimburgo!


Voltando, no primeiro andar do ônibus, a Lady Di, cuja foto ainda se vê em muitos lugares...


... sempre lembrada, também como sinônimo de elegância.


A rainha e o Duque de Edimburgo em fotos de duas épocas.
Foto :Facebook, Criacão Criativos

"Paulo, tu que és fã da realeza"...
 já me disseram isso, o que me fez pensar: "Não sou inglês, então por que seria fã da realeza?"
Tento explicar as razões sentimentais por trás do que parece ser "fã da realeza britânica". A realeza desde que me "entendo por gente" foi motivo de conversas de meu saudoso pai, notícia na revista "Cruzeiro" e em outras, em tempos quando nem havia TV no Brasil, sem faltar com o respeito, assim como a Coca Cola, outro antigo brand. Aqui está um admirador, sim - também um às vezes crítico - que gostaria que a rainha Elizabeth, que passou por "anos tenebrosos" na década de 90, conforme suas próprias palavras, agora na sua idade fosse poupada de novos problemas que sua família tem dado ou "aprontado" ultimamente. Isso, sim!


Quando passei por Long Beach, no ano de 1981, meu colega mostrou-me o  hoje hotel "Queen Mary" que, li, para atrair hóspedes inventaram que há noites em que "aparecem fantasmas"...

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L i n k s

Minhas quatro viagens a Londres:


Na postagem abaixo, você verá as jóias que o presidente Getúlio Vargas presenteou à rainha quando foi coroada, selos antigos do Reino Unido, as nupcias reais etc




E de certa forma, dentro do contexto de serem ingleses:

O Exército de Salvação e oTitanic


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Próxima e última postagem da série:

Edimburgo... Curiosidades... Miscelânea... Final

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6 Comments:

  • Adorei o Iate que sofisticação heim!
    Muito bacana meu amigo!
    Que feliz coincidência ter visto o Iate na Cidade Maravilhosa!

    Gosto muito da Rainha também,mesmo com toda crítica que a realeza recebe.Eu vejo como parte da História.
    Um abraço!

    By Anonymous evelize volpi, at domingo, setembro 23, 2012 3:12:00 AM  


  • DE UMA GRANDE AMIGA:

    Não entendo por que os varios amigos que visitam o Blog do Paulo não deixam um comentário. Se notarmos a quantidade de visitas feitas em relação aos comentários, verão de quanto é a diferença.
    Não custa colocar lá 2 ou 3 linhas, não se trata de fazer uma analise do que foi postado, mas sim um incentivo e agradecimento pelo banho de cultura que recebemos desse nosso amigo ... de forma gratuita... além do reconhecimento pelo esforço e trabalho para juntar tanto material de pesquisa e narrar cada foto com histórias que só enriquece nosso conhecimento. Desculpem-me ... FALEI!

    By Blogger paulofranke, at domingo, setembro 23, 2012 10:15:00 AM  

  • DE UMA LINDA PRIMA:

    Você me fez lembrar que vi a rainha no Hotel Nacional em Brasília... puxa, há 44 anos?

    By Blogger paulofranke, at domingo, setembro 23, 2012 10:29:00 AM  

  • Quanta energia nesses bem vividos 68 anos, hein! Cada vez menos consigo te ver nessa idade, pra mim és sempre jovem. E isso é muito sincero. Tens sido até hoje uma inspiração de vida aqui pro amigo.
    Sempre uma nova viagem, uma bela foto, uma nova idéia, ...que resultam em tão belas e inspiradas postagens.
    Abraco,
    Francisco

    By Blogger paulofranke, at segunda-feira, setembro 24, 2012 1:24:00 PM  

  • Caro amigo Franke; através de teus"clique", fui enriquecido e minha curiosidade foi satisfeita. Obrigado!

    By Anonymous Bispo Calegari, at quinta-feira, agosto 31, 2017 12:37:00 PM  

  • Muito luxo, mas muita história também!
    Parabéns pelo relato muito bem estruturado e escrito.
    Forte abraço
    Keny

    By Blogger KHO, at quinta-feira, abril 16, 2020 8:07:00 PM  


17 dezembro, 2020

ReveR - Do castelo de Häme ao castelo de Windsor

 Do Castelo de Häme (Finlândia) ao Castelo de Windsor (Inglaterra).


A cidade de Hämeenlinna, onde moramos, tem este nome porque nela se encontra o castelo (linna) medieval de Häme (região onde se situa).


E assim, como minha próxima viagem,  planejei visitar outro castelo, o de Windsor, na Inglaterra. Fazer escala por algumas horas em Windsor, no caminho para a minha destinação, não custou mais caro, regalia daqui desta terra onde as passagens pela Europa são baratas.


Voando novamente pela Norwegian Airline, a que digo que tem cultura em suas asas, referindo-me às pinturas de personalidades destacadas da Escandinávia. A primeira vez em que viajei por esta companhia foi à Islândia.


Quando visitei pela primeira vez a Inglaterra - para fazer o curso para oficiais no ICO em 1973 - nunca imaginaria que faria tantas outras viagens àquele país.


Em uma das viagens no início dos anos 90, quando vivíamos na ilha de Åland,  fui convidado pelo líder europeu da Wesleyan Methodist Church a visitar a cidade de Windsor, perto de Londres. Muita chuva naquele dia de outono...


Exatamente naquela semana houve o grande incêndio no castelo de Windsor, por isso estava vedado à visitação.


Desta vez, aterrissando no aeroporto de Gatwich, tomei o trem que me levaria à cidade de Windsor. Chegando, conferi as belezas daquela cidade típica inglesa.


Situada à volta do castelo de Windsor, de cada canto da cidade pode-se avistá-lo (acima).


No meu passeio antes de adentrar o castelo, vi o Teatro Real.


E sempre à pé, fui à beira do rio que banha a cidade apreciar os cisnes, em grande quantidade.


E almoçar com tão bela paisagem a fome foi maior.


Claro, fui em um restaurante que servia o prato mais popular da Inglaterra, "fish and ships", peixe frito com batatas fritas, delícia pura imperdível sempre que vou ao Reino Unido!


Os cisnes vêm em busca do que os turistas lhes atiram e até eu joguei-lhes uma batata frita.


Então dirigi-me ao motivo principal da visita à Inglaterra... o castelo de Windsor.


Uma das residências da rainha, a bandeira inglesa não tremulava, o que sempre acontece quando ela está no palácio. A rainha estava visitando a Escócia.


Dirigindo-me à entrada do palácio, não perdi a oportunidade de fotografar as belezas da cidade.


Flores suspensas por toda a parte, mesmo diante da porta do mercado construído em 1897.


Uma loja escocesa, que me deu saudade de Edimburgo!


Em uma rua próxima à entrada do castelo, ao fundo uma igreja anglicana.


Beleza de ruela!

 

A Rainha Victoria, tataravó de Elizabeth, à entrada do castelo.


Do outro lado, um edifício com a estátua da Rainha Elizabeth, cujo reinado tem ultrapassado o da Rainha Victoria... 63 anos!!


O mapa do castelo com o bilhete de entrada, para um "over 60":  17.30 libras esterlinas, para adultos 20.00..


O castelo de Windsor visto do alto (foto Google).



Postais de Windsor Castle.



Com a devida permissão, fotografei os que davam boas-vindas aos visitantes (alguma coisa sobre a cabeça deles lembrou-me o uniforme do The Salvation Army).


E assim eu adentrava o famoso Castelo de Windsor pela primeira vez.


Munido de fones, havia muito o que ver e ouvir de sua história.


Foi-me perguntado em que língua eu preferia... português do Brasil, optei.


Olhando de perto as grandes torres do castelo, moradia da rainha.



Tudo com muita classe.


A capela em memória do Rei Alberto.


Soldados com seus uniformes vermelhos vêem-se a todo o momento.


A suntuosa Capela de São Jorge.


Foi onde permaneci mais tempo, admirando de alto a baixo a simplesmente suntuosamente espetacular capela anglicana e ouvindo históricas explicações (postal).


Foi-nos avisado que fotografias eram proibidas no interior do castelo, mas somente do seu exterior... Mas quando vi este cartaz convidando meninos e rapazes para pertencer ao Coral da Capela, não resisti e fotografei-o, lembrando-me de meu neto David que canta nos "Cantores Minores"da Catedral Luterana em Helsinki.


O avião sobrevoando o castelo avisava-me que eu deveria apressar o passo e voltar ao Aeroporto de Gatwich...


Dirigindo-me ao portão de saída.


Mas ainda contemplando a beleza do magnífico castelo.


Já do lado de fora.


Dirigindo-me à estação de trem, últimas fotos das últimas flores antes de chegar o outono, também na Finlândia.


Uma excursão de brasileiros.


Postais da rainha do extenso reinado.


E da família real.


Moletons ingleses para turistas.


O estranho meio de transporte anfíbio para turistas mereceu uma foto.


E as últimas flores suspensas.


Uma olhada para o relógio do castelo... "quase meia-noite e o 'Cinderelo' precisa deixar o castelo imediatamente!"


E assim me dirigi à Estação de Trem Windsor e Eton Riverside rumo à Estação de Gatwich, com uma troca em Clapton Junction. Fim de passeio.

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THE LAST BUT NOT THE LEAST...


Por puro esquecimento, não visitei a famosa Casa de Bonecas da Rainha Mary dentro do castelo (veja mais fotos acessando o Google).


Desta vez não houve tempo de visitar Londres. Na foto, a bandeira do Brasil no grande desfile do Congresso Boundless, do qual não participei, que comemorou no mês de julho os 150 anos da fundação do The Salvation Army, hoje em 127 países. Ao fundo o Castelo de Buckingham, outra moradia da rainha Elizabeth, que compareceu à reunião inaugural do centenário do Exército de Salvação, em 1965, no Royal Albert Hall.


A Rainha parece gostar, já que usa muitas vezes o colar e brincos de água-marinha brasileira que o Presidente Getúlio Vargas presenteou-lhe por ocasião de sua coroação, no início dos anos 50.

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Love is a flag flying high from the castle of my heart,
From the castle of my heart, from the castle of my heart.
Love is a flag flying high from the castle of my heart,
For the King is in residence there.

[Chorus]
So let it fly in the sky let the whole world know,
Let the whole world know, let the whole world know.
So let it fly in the sky let the whole world know,
That the King is in residence there.
Faith is a flag flying high...

Joy is a flag flying high...

And others as required.

Uma tentativa de tradução para o português que fiz no ano de 1977, não tão entendida pelo fato do pouco conhecimento de que quando o rei ou a rainha estão no palácio significa que a bandeira está desfraldada no mesmo e se não estiver desfraldada significa que não se encontra no castelo ou no palácio, o que habitantes de países de monarquia o sabem muito bem:

Felicidade, o que é?
É bandeira a tremular (3x)
No castelo do meu coração!
E o mundo, assim, saberá a razão
Vendo tal bandeira a tremular;
Sou feliz, tão feliz, não posso esconder,
Pois o Rei mora em meu coração!

Três vídeos do corinho em inglês por crianças inglesas, americanas e adultos:

http://www.godsongs.net/2015/07/love-is-a-flag-flown-high-castle-of-my-heart.html
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L i n k s

- A vez anterior em que visitei Londres, em 2014:

http://paulofranke.blogspot.fi/2014/09/2-city-of-london-nostalgia-e-novidades.html

- A visita que fiz à casa de verão de Winston Churchill, em 1973, situada perto do Aeroporto de Gatwich:

http://paulofranke.blogspot.fi/2007/12/visita-casa-de-campo-de-winston.html

- Na última visita a Londres visitei também o bunker de Winston Churchill durante a guerra:

http://paulofranke.blogspot.fi/2014/09/3-escultura-das-criancas-de-nicholas.html


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Próxima postagem:

... E a viagem continua, a um lugar onde nunca estive antes.

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