Viagem ao Brasil - nov/dez 2022 - Parte 9
Pernoitei naquela noite na casa do meu amigo judeu, que me trouxe às 03h00 da madrugada para pegar o voo Foz-Curitiba. Foto do aeroporto de Foz.
No aeroporto de Curitiba esperava-me meu amigo Henrique,
que me levou à rodoviária para eu tentar ir para Joinville-SC
Ao ver ônibus da Penha, lembrei-me das inúmeras viagens que fiz no passado, Pelotas-SPaulo, principalmente.
O önibus da Catarinense, no qual viajei Curitiba-Itajai, levando mais de 12 horas por uma rota alternativa devido aos deslizamentos ocorridos.
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Aqui cabe relatar duas experiências...
Na rodoviária de Curitiba, na qual passei muitas horas até tomar o ônibus para Itajai, perdi meus óculos tão necessários para eu ler... Fui aos "perdidos e achados" e o funcionário disse-me que alguém o achara e entregara ali há alguns momentos... Agradeci e também a Deus por isso!
No ônibus para Itajaí desde o início senti muito frio pelo ar condicionado "a todo o vapor" (muito comum no Brasil...). Com roupa de verão, nunca imaginei que seria necessário trazer roupa de frio para o Brasil para enfrentar os comuns "ares condicionados" (Na casa de minha sobrinha em Pelotas assistia a TV enrolado em cobertor!...). Continuando, pensei em como enfrentaria as longas horas à frente naquele ônibus trajando somente bermudas e camisa de verão... Devo ter comentado alto meu problema e preocupacão, pois um rapaz ouviu e me emprestou seu saco de dormir de muito boa vontade!! Considerei aquele amável gesto fantástico, típico de brasileiros de boa vontade para com o próximo, idêntico ao da pessoa que achara meus óculos - que me custara 1000 euros - e o entregara aos "perdidos e achados"!
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Chegando à rodoviária de Itajaí de madrugada, perguntei se havia por perto um hotel onde eu pudesse descansar por algumas horas...
Sim, havia um muito modesto, mas bem limpo... e dormi pesadamente até acordar com o forte barulho de um avião decolando... do aeroporto de Navegantes, nas imediacões.
Tomando meu café da manhã na rodoviária de Itajai, vi um pardal pousado em uma mesa (diversos entram e saem do prédio)... e lembrei-me do corinho "O Pai que nutre os frágeis passarinhos garantirá a tua provisão!"
Aleluia, aquilo estava acontecendo exatamente comigo num sentido!
Numa das paradas vi este interessante moinho/monjolo levando água através de cada cumbuca dessas!
Tudo indicava que eu não conseguiria chegar a Joinville, mas, teimoso, cheguei, vindo pelo sul do estado. Foto de um lindo painel na rodoviária. Obra de arte, o ônibus parece 3D.
Ir a Joinville tinha motivos mais fortes do que simplesmente rever a linda cidade...
... ou fazer turismo.
Um desses motivos era visitar meu amigo Walter no Lar em que se encontra abrigado... o que fiz emocionado por revê-lo.
Explicando melhor... quando saí do Colégio de Cadetes (seminário do ES), em 1966, o Chefe Nacional era o alemão Coronel Bruno Behrendt, que me nomeou para o Corpo de Joinville como oficial dirigente, certamente pelo meu sobrenome alemão, visto a cidade ter milhares de ascendentes germânicos. Walter, de família salvacionista, era o meu amiguinho a quem ensinei a tocar violão. As fotos acima mostram-me com ele e outras com seus amigos... no túnel do tempo!!
Tendo visitado Walter, encontro que culminou com uma oracão, senti que um dos motivos de minha ida a Joinville fora cumprido.
O segundo motivo tem a ver com nossa nomeacão como Administradores do Lar de Meninos João de Paula (hoje Centro Integrado do Exército de Salvacão) em Joinville, no início dos anos 90.
Um desses meninos do nosso tempo, escondidinho na foto, me encontrou no Facebook e, sabendo que eu viria ao Brasil, sugeriu um Encontro no "Lar" com os ex-internos do meu tempo. Gostei da ideia, aprovada também pelo atual administrador do Centro Integrado.
E o Encontro de fato aconteceu... com ex-internos, seus filhos e mesmo com alguns convidados meus, como mostram as fotos. Um farto lanche foi providenciado pela direcão do Centro.
Alguns dos "meninos" que compareceram, um deles já vovô, outro pastor evangélico. Seriam bem mais se tivesse sido em um final de semana (foi em uma segunda-feira).
Ele cantou e nos abencoou.
Os devocionais feitos no refeitório do Lar foram mencionados pelos ex-internos como um dos pontos altos e inesquecíveis de quando eram meninos.
Luciano foi uma mão-direita para mim naquele tempo! Não podendo comparecer ao Encontro, visitou-me no dia anterior com sua bela família, hoje crentes congregando na "Igreja Bola de Neve" de Barra Velha.
Luciano e meu filho Aaron, bons amigos naquele tempo!
Solange não só compareceu, mas falou no Encontro sobre sua grande amizade com minha filha Deborah!
A fachada do Lar, construído no tempo do Tomás e Rute de Sá como administradores.
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Ao casal chileno, agradeco a amável hospedagem que me deu! Deus retribua e continue abencoando seu maravilhoso trabalho entre idosos e refugiados, principalmente!
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The last but not the least
1
Quando trabalhei em Joinville, minha primeira nomeacão, em 1966. O Corpo ficava na rua Lages, próximo à rua João Colin.
2
Minha camisa "global", comprada na Internet, quase um uniforme, atrai a atencão!!
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Próxima postagem:
Voltando a Braganca Paulista e direcionando-me a Brasília-DF
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3 Comments:
Gostei tanto desse post! Tantas lembranças de Joinville. Isabel e Beto lembro deles!! Os “meninos” do Lar agora crescidos. Minha amiga Solange! Qtas memórias! Que bençao! 🙏🏼- Deborah
By Anônimo, at domingo, dezembro 11, 2022 10:13:00 AM
Paulo, muito bom o reencontro para matar um pouco da saudade depois de tanto tempo. Um bom abraço ajuda muito na renovação da nossa amizade.
Obrigado pelo carinho e oportunidade.
Você continua um "vovô-menino", curtindo as aventuras (mesmo a de passar tantas horas em um ônibus). Sinto-me inspirado!
Um forte abraço e para você e toda a turminha aí da Finlândia.
By Anônimo, at quarta-feira, dezembro 14, 2022 1:26:00 PM
Um forte abraço e para você e toda
By Franke, at terça-feira, dezembro 20, 2022 3:31:00 PM
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