Paulo Franke

24 novembro, 2007

Mães no campo de concentracão (forte!...)

A sepultura simbólica de Margot e Anne Frank no campo de concentracão de Bergen-Belsen

A entrada atual do campo de concentracão de Bergen-Belsen


As cenas, que foram expostas aos olhos das tropas britânicas que liberaram o campo de concentracão de Bergen-Belsen - em 15 de abril de 1945 -, causaram impacto ao serem descritas pelo jornalista da BBC, Richard Dimbleby:

"... Ali jaziam os mortos e os agonizantes. Não se podia perceber quem era quem. Os vivos estavam deitados com suas cabecas enconstadas aos mortos, e à volta deles se movia a terrível e fantasmagórica procissão de pessoas esqueléticas e sem rumo, sem nada para fazer e sem esperanca de viver, incapazes de saírem fora do caminho e de contemplar o panorama à sua volta.
Bebês haviam nascido ali, coisinhas miúdas que não conseguiam viver...
Uma mãe, levada à loucura, suplicou ao sentinela britânico por leite para dar ao seu bebê, jogou o pequeno embrulho nos seus bracos e saiu correndo. Ele abriu o embrulho e descobriu que o bebê estava morto há dias...
Esse dia em Bergen-Belsen foi o pior dia de minha vida."

Extraído de Wikipedia, the free encyclopedia.

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O seguinte é o depoimento de uma sobrevivente que viveu no Brasil, prestado à revista Manchete na década de 60:

"Nós, os mais fortes, éramos obrigados a cavar extensas covas. À beira dessas, colocam-se, em fileiras, os doentes, os velhos, as criancas e as mulheres incapacitadas para o trabalho. Rajadas de metralhadoras iam fazendo os coitados tombarem, às dezenas, dentro da sepultura. Mortos, quase todos. Alguns, porém, agonizantes. Assim mesmo, escutando os gemidos e os rogos, tínhamos de cobri-los de terra. Há um episódio de que não consigo esquecer. O rapaz que trabalhava ao meu lado, quando ia atirar a primeira pá, ouviu sair do montão de corpos o apelo desesperado na voz de sua mãe: 'Não jogue, meu filho, pois eu ainda estou viva!' Ele se deteve, hesitante. Imediatamente o soldado nazista lhe encostou às costas o cano da metralhadora: 'Jogue, ou morre também'. Do fundo da cova subiu, num soluco, outro apelo da mulher:'Jogue, então, meu filho'. Ele jogou."

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Pretexto bíblico do Presidente da Finlândia no tempo da Segunda Guerra Mundial, para não entregar os judeus finlandeses aos nazistas:

"Mas tu näo devias ter olhado com prazer o dia do teu irmão, o dia da sua calamidade; nem te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia; não devias ter entrado pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; tu não devias ter olhado com prazer para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem lancado mão dos seus bens, no dia da sua calamidade; não devias ter parado nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem; nem entregue os que lhe restassem, no dia da angústia." (Obadias, vs. 12 a 14)

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