Paulo Franke

13 agosto, 2010

Da selva de pedra à selva brasileira (nós no Rádio)

Quando estivemos entre os índios sem nunca termos ido à selva...



Considero-me um homem do asfalto, tendo trabalhado para Deus na maior parte do meu ministério em grandes cidades. A foto mais "selvática" que tenho talvez seja esta, quando visitei pela primeira vez as Cataratas do Iguaçu. Tão inspirado por tudo o que me rodeava, só pude abrir minha Bíblia e pedir ao amigo que me acompanhava que registrasse em foto aquele sublime momento em que louvávamos o Senhor da Natureza por tudo de belo que criara, as Cataratas do Iguaçu na lista dos lugares mais lindos que já conheci.


A cidade onde moramos mais tempo durante o nosso ministério salvacionista foi São Paulo. A foto mostra o edifício de nossa sede/quartel nacional do Exército de Salvação do Brasil, no bairro Bosque da Saúde, bem próxima à estação Praça da Árvore do metrô. Antes de sermos transferidos para a Finlândia, em 1999, quis tirar esta foto como lembrança, e nela posso tanto ver as janelas do nosso escritório quanto as do apartamento onde morávamos, cuja vista dava para uma "selva de pedra" a perder -se de vista. E ao lado de nosso escritório, o estúdio de gravação.





Quando o Exército de Salvação no Brasil foi dirigido pelo Coronel David Gruer, de 1991-1999, recebemos deste líder nacional a incumbência de produzirmos e apresentarmos um programa radiofônico. A sede brasileira da potente Rádio Transmundial (Transworld Radio), de ondas curtas, foi contatada e logo gravávamos, Anneli e eu, o primeiro de quase cem programas que iam ao ar semanalmente. Inicialmente, gravávamos o programa no estúdio da RTM até termos o nosso próprio estúdio.


Como o teu nome, ó Deus, assim se estende o teu louvor até... (Salmo 48:10). As reticências eram propositais, significando que o louvor a Deus não tem limite e atinge os mais afastados rincões do planeta. No caso do nosso programa, as 500 cidades brasileiras que as ondas da RTM alcançava, principalmente locais onde outras emissoras de rádio ou mesmo de TV não chegavam (ver site da Rádiotransmundial abaixo).

Tendo na época recebido do nosso Quartel Internacional em Londres uma substancial doação para impressão de A Bíblia Viva, isso significou uma ferramenta preciosa para o nosso programa, que era não somente irradiado pela RTM, mas também em outras emissoras em algumas cidades brasileiras.

Um concurso bíblico foi inserido no programa e a quem respondesse às perguntas, uma Bíblia Viva era enviada pelos correios.

Cartas chegavam ao nosso departamento diariamente e eu escolhia frases-chaves e publicava-as no jornal que era também produzido no nosso departamento, que incluía também traducões, sob a responsabilidade de minha esposa.



Foi tocante receber de Rosinete Campos, dedicada missionária entre os índios Parecís, no Mato Grosso, os estudos bíblicos preparados pelo seu grupo (foto), que ouvia a cada programa irradiado pela RTM.





Sem saber como retribuir as tantas Bíblias que chegavam à tribo, consideradas presentes de muito valor, a missionária enviou-nos algo que guardo com carinho até hoje, inclusive exibindo em muito lugares onde passo na Finlândia: um Novo Testamento em língua parecís.

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(Sem contato com a missionária pela nossa transferência para o extremo norte do mundo, onde estamos há precisamente 11 anos, agradeceria se algum leitor de meu blog - cujo "pontinho" significando onde leitores o têm acessado às vezes está sobre cidades do norte do Brasil - que conhecesse a missionária, que entrasse em contato comigo através deste blog.)

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Quando morávamos no sul de Minas, certa vez assistimos a uma conferência de obreiros que trabalhavam entre índios, no Instituto Peniel/Novas Tribos. E o que ouvi sobre a importância de pregar-lhes a Palavra de Deus de fato nunca me esqueci. Tomando um exemplo somente, a proximidade das cachoeiras lhes assusta, pois crêem que os espíritos dos mortos nelas habita. Mesmo crianças são proibídas de banharem-se. Quando lhes chega a luz do Evangelho, são libertas de crenças que lhes incute medo e trevas, como essa, e adultos e crianças divertem-se nas quedas de água, profusas nos rios de certas regiões próximas às tribos. Isso sem mencionar a libertação do maléfico alcoolismo que aflige a muitos indígenas.
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Propositalmente, fotografei esta passagem de Atos 10-11, na língua parecís, em que o apóstolo Pedro conta a sua visão de um grande lençol que descia do céu com toda a espécie de animais e répteis e aves que os judeus não comiam por serem considerados impuros, e, à ordem do Senhor, ele deveria comer. Essa passagem bíblica, de extrema importância, marca a ocasião quando o grupo de seguidores de Jesus, ameaçado de tornar-se somente uma seita judáica, rompeu fronteiras, unindo os gentios, homens e mulheres de toda raça, tribo e nação na maior religião do mundo, o Cristianismo.


O programa
"O Louvor da Salvação"
levava boa música sacra
a grandes
e pequenas
cidades brasileiras
e mesmo a
povoados
e tribos remotos.


Muitas vezes eu imaginava indígenas reunidos em volta de um rádio ouvindo bandas salvacionistas de Londres ou corais e conjuntos do Brasil e de outros países.

A foto mostra-nos com índios que procuravam ajuda material e também ouviam o Evangelho que era pregado no Corpo Central de São Paulo, no bairro da Liberdade.
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O programa "O Louvor da Salvação"
teve continuidade,
e o leitor poderá ouvi-lo
em ondas curtas
através da
Rádio Trans Mundial,
cujo site se acessado
poderá esclarecê-lo a
respeito dessa
potente emissora
mundial, uma
força a serviço da
difusão do Evangelho,
a toda a raça, tribo e nação.
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