Paulo Franke

17 julho, 2013

De George Bernard Shaw, "Major Barbara", com Deborah Kerr.

O Exército de Salvação ao longo de muitas décadas tem sido focalizado pelo cinema, pelo teatro e pela literatura. A idéia de mostrar o Exército nos filmes é quase tão antiga quanto o cinema. Cartunistas satirizaram os métodos extravagantes de William Booth, o fundador, mas também escritores mais sérios abordaram o salvacionismo em suas obras.




Um deles foi George Bernard Shaw cuja obra, "Major Barbara", foi uma das tantas que se tornou famosa. A produção cinematográfica inglesa, de Gabriel Pascal, é de 1940, tendo nos papéis principais Rex Harrison e Wendy Hiller e sendo introduzida a novata Deborah Kerr. Para preparar-se melhor para o papel, Deborah pediu a Pascal que lhe arranjasse um meio de "unir-se ao Exército" como uma ajudante no centro de boa vontade (goodwill centre). E assim aconteceu. Deborah rapidamente foi aceita no centro, mas somente o administrador sabia acerca de sua identidade e ninguém mais dostaff ou da clientela. A Eric Braun, que escreveu mais tarde sua biografia, Deborah contou: "O trabalho que os salvacionistas faziam aos pobres e destituídos, e que ainda fazem, é algo que você não pode imaginar, a menos que esteja envolvida nele, como eu estive." Deborah, uma das maiores atrizes de todos os tempos, recordou-se sempre de seu humilde começo no cinema, como uma salvacionista que dera a vida em favor dos desafortunados.




A obra de Shaw focaliza uma personagem fictícia que bem poderia ser real, Major Barbara...

Certa vez uma prostituta foi brutalmente assassinada nas ruas de Londres. Seu rosto ficou irreconhecível. Como ninguém sabia de quem se tratava o cadáver, alguém teve a idéia de chamar a Major Barbara para fazer o reconhecimento, uma vez que trabalhava entre prostitutas para pregar-lhes o amor de Deus. Barbara apressadamente chegou ao necrotério e foi mais uma que não conseguiu identificar de quem se tratava o irreconhecível cadáver. Então, teve uma idéia: "Mostre-me os pés dela!" E ao descobrirem os pés da prostituta, ela reconheceu de quem se tratavam, fornecendo-lhes o nome. "Mas como, pelos pés, houve o reconhecimento?", um dos peritos perguntou-lhe. Major Barbara tinha por hábito, em nome de Jesus, lavar os pés das prostitutas e por eles identificou a infeliz que morrera de uma forma tão brutal.


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