5 - Voando Pelotas-Porto Alegre pela primeira vez.
O ano de 2016 trouxe-me
2 "primeiras vezes"
dignas de muita curtição:
- A primeira, andar de helicóptero pela primeira vez na vida,
saindo do Burbank Bob Hope Airport, e sobrevoar Hollywood-CA, em janeiro.
- A segunda, realizar o sonho de andar de avião pela primeira vez partindo do aeroporto de Pelotas-RS e dali para Porto Alegre, em outubro. Ônibus da Penha e Itapemirim eram os únicos meios de me transportarem a São Paulo.
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Lembrança da infância...
Durante uma fase de sua vida, meu pai viajou de avião de Pelotas a diversas capitais brasileiras, a negócios, inclusive ao nordeste.
De auxiliar de escritório chegou a vice-diretor em uma conceituada firma de nossa cidade.
E nessa qualidade, lembro-me, nos anos 50, dele despedindo-se de nós e tomando a caminhonete da VARIG (ou SAVAG) que o levaria ao aeroporto local. Em algumas outras ocasiões o levávamos ao aeroporto e eu, menino, o via embarcar em um Douglas ou Curtiss e desaparecer nos ares. Com ele, o meu pedido: trazer-me algo servido a bordo, algo que lembrasse "avião", meu sonho... Pelos correios recebíamos seus postais e ao voltar ele mostrava seus filmes, como cinegrafista que era.
O leitor, então, entenderá como foi importante voar pela primeira vez do mesmo aeroporto, décadas depois dessas lembranças.
Chegando a São Paulo não da Europa, mas de Pelotas, emoção igual!
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Lembrança da infância...
Durante uma fase de sua vida, meu pai viajou de avião de Pelotas a diversas capitais brasileiras, a negócios, inclusive ao nordeste.
De auxiliar de escritório chegou a vice-diretor em uma conceituada firma de nossa cidade.
E nessa qualidade, lembro-me, nos anos 50, dele despedindo-se de nós e tomando a caminhonete da VARIG (ou SAVAG) que o levaria ao aeroporto local. Em algumas outras ocasiões o levávamos ao aeroporto e eu, menino, o via embarcar em um Douglas ou Curtiss e desaparecer nos ares. Com ele, o meu pedido: trazer-me algo servido a bordo, algo que lembrasse "avião", meu sonho... Pelos correios recebíamos seus postais e ao voltar ele mostrava seus filmes, como cinegrafista que era.
O leitor, então, entenderá como foi importante voar pela primeira vez do mesmo aeroporto, décadas depois dessas lembranças.
Com o coração batendo forte aos 73 anos, talvez igual a quando eu tinha 13, cheguei com minha sobrinha-afilhada ao hoje moderno Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto para a despedida dos felizes dias que passei em Pelotas.
Meu amigo conterrâneo que conheci na Finlândia veio despedir-se.
Também um primo, que quando visitei sua mãe não esteve presente.
Uma prima-terceira que mora perto do aeroporto também veio, ambos os casos: conhecer-me e despedir-se.
Neta de uma prima de meu pai, Iná Franke Barum Hax, ela pegou os seus dois lindos filhos (e seu chimarrão) e veio conhecer o primo distante que o Facebook aproximou.
O grupo que veio para o meu "bota-fora".
Antes do embarque, dois pássaros chamaram-me a atenção e desapareceram no céu azul daquela manhã.
Já na sala de embarque, vejo aterrissar a aeronave da AZUL, harmonizando-se com o céu daquela linda manhã.
Embora sem grande movimento, o aeroporto tem voos diários para diversas cidades.
Em nada parecia-se com o antigo aeroporto que tinha o nome de Bartolomeu de Gusmão.
O avião estava lotado, mas por ser "idoso" tive prioridade no embarque, algo típico do Brasil, percebi. (Na Finlândia não existe isso, pois, se existisse, pelo número de pessoas da terceira idade, o cáos seria total).
Já acomodado...
... da janelinha vejo a fila que se forma para embarcar.
E pela primeira vez sobrevoo o sul do RS.
Toda a rota em baixa altitude.
Beleza lá fora e emoção "de guri" no peito.
Se tivesse meu assento do outro lado do corredor, provavelmente veria a Laguna dos Patos, a maior do Brasil.
Perdi a conta de quantas vezes voei pelo mundo afora, mas esta ficará na história!
Descendo no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após uns 45min de voo.
Este da Azul - O Brasil lá em cima - tem as cores da bandeira e mereceu uma foto.
Escala rápida e sigo em outro avião da Azul com destino a São Paulo.
Chegando a São Paulo não da Europa, mas de Pelotas, emoção igual!
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Fotos obtidas do Google.com:
Oficialmente estabelecida em 1927, o primeiro voo comercial da VARIG ligava Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande. Na foto, a sala de espera para embarque no aeroporto de Pelotas.
Autoridades da aviação cumprimentado-se no Aero Clube de Pelotas.
Um Beechcraft e ao fundo o prédio antigo do aeroporto de Pelotas. Por sinal, em um avião semelhante, da FAB, voei pela primeira vez, de carona, no ano de 1969, do Rio a Barbacena-MG.
O Curtiss-Comand, também utilizado pela VARIG.
Sua maior frota, no entanto, era de Douglas-DC-3.
O inteior dos "Douglinhas".
Escritório da VARIG em Pelotas, no início dos anos 30.
Os Super-Constellations que me pai chegou a voar em um no Brasil.
Veja, nos links, o selo comemorativo ao primeiro voo VARIG Rio de Janeiro-Nova York.
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Outras fotos...
Quando ingressei no Exército de Salvação, em 1962, houve um congresso nacional em São Paulo e os oficiais que trabalhavam no RS foram transportados neste Curtiss-Comand.
Quando meus filhos eram pequenos, no início da década de 80, levei-os a passear na Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo-SP, e neste Douglas-DC 3 podíamos fazer um voo simulado. Não sei se eu ou o meu caçula curtiu mais a atração...
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L i n k s
O famoso piloto Saint Exupery visitou Pelotas algumas vezes.
Para ver, cole antes na sua barra de endereços os links abaixo:
http://paulofranke.blogspot.fi/2014/08/saint-exupery-o-pequeno-principe.html
http://paulofranke.blogspot.fi/2012/11/para-quem-gosta-de-avioes-e-de.html
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Próxima postagem - 6 (na terça-feira)
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5 Comments:
Linda a tua emoção ao voar do mesmo ponto no qualaguardavas Teu pai a 60 anos.
Bjs
Daniele, Henrique e Léo
By Anônimo, at segunda-feira, outubro 10, 2016 1:45:00 PM
Valeu, prima!
E conhecer prima tão bonita, simpática e lindos filhinhos!
Beijo,
Paulo
By paulofranke, at segunda-feira, outubro 10, 2016 3:55:00 PM
Mais uma aventura e experiencia inesquecivel!
By Deborah, at terça-feira, outubro 11, 2016 1:16:00 PM
Aguardando tua próxima visita, em breve espero! Bjs a todos.
By Daniele Hax Dummer, at domingo, outubro 10, 2021 3:18:00 AM
A cauda dupla do bimotor que aparece na foto que faz parte do documentário "The southern Brazil" de 1942, na realidade trata-se de um Lockheed Electra 10A da VARIG, e não era um modelo da Beechcraft. Foi acidentado no Rio Guaíba, em 20/6/1944, com perda de todos a bordo. E os Bimotores Curtiss C-46 chamavam-se "Commando", e não Comand, como está no texto. Abraço.
By André Caldas, at quarta-feira, julho 10, 2024 8:13:00 AM
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