ReveR - Terca-feira - Viagens II - "Eu pisei lá1"
6. Visita ao Museu do TITANIC em Belfast, Irlanda do Norte.
Despedindo-me dos meus amigos em Lincoln, tomei o trem em direção a Manchester e então Liverpool, onde cheguei à noite bem por isso não quis explorar a cidade, e mesmo porque não sou tão fã dos Beatles assim...
Dirigi-me, sim, ao porto, no terminal da Stena Line, que faz a travessia de Liverpool a Belfast, na Irlanda do Norte. Com o bilhete da InterRail um bom desconto me foi dado.
Chegada a hora do embarque, igual a muitos passageiros, fui-me acomodando não em cabines mas em salas onde houvesse cadeiras e mesmo um pedaço de "chão" disponível para me estender e enfrentar as 06h30 horas de travessia .
Na manhã seguinte, um senhor de idade típico londrino, com quem eu conversara no navio, frequentador das atividades para idosos no Exército de Salvação em Londres...
... sugeriu que tomássemos um taxi juntos. Aceitei, entendendo que seria para "rachar" a despesa até a cidade, passando pelo Museu do Titanic, onde eu desceria. Quando chegamos ao museu eu quis dar a minha parte e ele não aceitou, pagando toda a corrida que o levaria até o centro de Belfast. Agradeci ao meu idoso amigo que talvez tenha agido daquela forma bondosa para comigo pelo tanto que o ES tem feito por ele, lembrando-me de suas conversas no navio, inclusive que o grupo da terceira-idade do Corpo que frequenta iria na próxima semana a um concerto no famoso Royal Albert Hall, (coisa chic!).
Cheguei bem antes da abertura do belo museu, pra variar... Noite mal-dormida no barco, olhos mostrando isso, mas muita curiosidade em visitá-lo. Se o exterior é tão majestoso, imaginei o seu interior!
"Esta placa foi descerrada por Sua Majestade a Rainha, acompanhada por Sua Realeza Duque de Edimburgo, por ocasião do jubileu de diamante de seu reinado, em sua visita ao Titanic Belfast em 27 de junho de 2012."
Ainda que o museu não estivesse aberto para o público àquela hora, consegui aguardar no grande hall de entrada, imitando aço em suas imensas paredes.
Na hora certa a bilheteria abriu - £ 11.00 para senior citizens - e, como a cada um dos visitantes, fui convidado a ser fotografado para receber a foto à saída (£ 7.00).
Tendo em mãos o mapa do museu, iniciei a longa visita de duração aproximada de três horas.
O leitor mais interessado poderá seguir as fotos através deste mapa...
... ou deste complemento, uma vez que me limitarei ao mínimo de legendas nas tantas fotos que tirei.
"Caminhando com os operários" Em carrinhos suspensos, tipo os da Disney, percorremos o grande estaleiro da construção do Titanic...
...vendo homens trabalhando, em movimento, ouvindo os barulhos ensurdecedores e mesmo sentindo os cheiros de ferro e metais sendo malhados, em uma realidade impressionante.
Convite para o lançamento do Titanic ao mar...
Na sua viagem inaugural.
O comandante do imenso transatlântico, Capitão Edward John Smith, que morreu no naufrágio.
Filmes reais de sua partida.
Um quarto de primeira classe com projeção de passageiros se movendo dentro dele.
Não vimos muitos artefatos resgatados do navio neste museu, mas muitas exibições do tipo ambulantes em capitais os mostram.
O menu do luxuoso refeitório da primeira classe (aquele ao qual Leonardo diCaprio foi convidado)
... enquanto o imenso navio crescia em estatura, graça e cores,
na escuridão silenciosa distante crescia também o iceberg.
II Astor era o passageiro mais rico do Titanic e um dos homens mais ricos do EUA.
A carta de um passageiro...
A projeção dos pedidos de SOS logo após o choque com o iceberg...
... aos navios que poderiam salvá-lo, o que foi em vão.
As últimas mensagens de socorro emitidas...
E o Titanic foi afundando rapidamente...
...nas águas gélidas do Atlântico norte.
Os passageiros salvos pelo Carpathia.
Os sobreviventes chegam a Nova York (a Comandante Evangeline Booth, líder do ES nos EUA, estava presente com sua equipe de socorro, o que publiquei no nosso jornal (link abaixo)).
Arthur Henry Rostron, que salvou os sobreviventes, iniciou sua carreira no mar aos treze anos; era diferente dos demais comandantes, pois não bebia nem fumava e, piedoso, era um homem que constantemente orava.
Frederick Fleet, o órfão, foi considerado um dos heróis do Titanic.
Salvos dos icebergs, os sobreviventes e heróis do Titanic.
"Heroína do Titanic"... Margaret ajudou sobreviventes no bote salva-vidas e no Carpathia. Mais tarde, iniciou um fundo de ajuda às vítimas... Seu apelido foi "Mollie Brown" e, lembrando-nos do filme, a reconhecemos na excelente interpretação da atriz .
"Onde está papai?" Os últimos momentos de Artie Frost nunca foram conhecidos e seu corpo nunca foi identificado. Suas duas filhinhas não entenderam e foram às ruas da vizinhança procurá-lo. Lizzie Frost ficou viúva e, sozinha, sustentou seus quatro filhos menores de 12 anos, embora Harland e Wolff a tenham ajudado na educação das crianças.
Réplica de um dos botes salva-vidas.
O Cemitério de Fairview Lawn, onde muitas vítimas foram enterradas.
Na Galeria 8, mitos e lendas do Titanic. Exposição dos filmes cujo tema foi o naufrágio. Assisti a este, no cinema do bairro, na década de 50.
A tocante parte do filme em que o filho no último momento junta-se ao pai, Clifton Webb, e morrem juntos.
"Uma noite a ser lembrada", título literal de um filme a que não assisti.
"Eu nunca irei desistir, Jack!" O filme norte-americano de 1997 foi escrito, dirigido, co-produzido e co-editado por James Cameron. Indicado para 14 prêmios da Academia de Cinema, levou 11 Oscars. Certamente não poderia deixar de constar nesta Galeria 8...
O elenco do filme TITANIC hoje...
http://www.buzzfeed.com/michaelblackmon/this-is-what-the-cast-of-titanic-looks-like-today?bffb&utm_term=4ldqpgp#3vfjybx
O elenco do filme TITANIC hoje...
http://www.buzzfeed.com/michaelblackmon/this-is-what-the-cast-of-titanic-looks-like-today?bffb&utm_term=4ldqpgp#3vfjybx
Quem quisesse poderia testar o seu conhecimento da história do Titanic... com respeito ao que estava certo ou errado.
Uma pausa nesta sala com vistas para Belfast.
No Centro de Exploração Oceanográfica do museu o visitante vê os destroços ou a carcaça do Titanic, não projetados em tela normal vertical, mas sim como se os víssemos no fundo do mar, horizontamente, conforme a experiência do Professor Ballard que o descobriu em 1985. As cenas não estão estáticas, mas movem-se como se as vísssemos de uma sonda.
Achei esta ala fantástica por sua visão nítida e realística fotografada pelos que descobriram o transatlântico no fundo do mar.
Encerrada a longa visita, somos dirigidos novamente ao imenso hall de entrada do museu.
Na loja de souvenirs enamorei-me desta bolsa e a comprei, não sabendo bem quando irei usá-la.
Comprei um chaveiro do Titanic, colocado no armário junto a uma caneca comprada no Museu da Emigração em Hamburgo, lembrando que nos navios havia um grande número de emigrantes, também na terceira classe do Titanic.
Comprei um chaveiro do Titanic, colocado no armário junto a uma caneca comprada no Museu da Emigração em Hamburgo, lembrando que nos navios havia um grande número de emigrantes, também na terceira classe do Titanic.
Tudo relacionado ao Titanic... até cuecas, meias e bonés.
E não poderia faltar a venda de DVDs dos filmes já produzidos sobre o transatlântico famoso.
A minha foto a cores com o fundo que escolhi... um certo ar assustado, misturado a cansaço, mas será uma bela recordação da visita a Belfast, aliás o único motivo de ter viajado até lá... para ver o Museu do Titanic.
Saindo do prédio moderno e majestoso, algumas fotos...
Minha bagagem mínima, "resgatada do Titanic"...
Outra bela foto do grande museu.
A visita poderia ter-se estendido ao local exato onde foi construído o Titanic, bem ali perto... mas onde achar energia para esta milha extra??
Um pouco fora de forma por não ir à piscina fazer meus costumeiros exercícios, as andanças da viagem acho que substituiram minha ginástica na água... A propósito, a foto da "academia" do Titanic para os passageiros manterem-se em forma.
Rápido giro pela capital Belfast da Irlanda do Norte.
Com passagem comprada para voltar a Liverpool de Belfast, decidi mudar a rota e ir de trem para Dublin, na República da Irlanda. Afinal, seria mais um país a conhecer da minha lista.
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Logo à entrada do campo de Auschwitz depara o visitante com a irônica inscrição em ferro: "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) e visitando os diversos prédios de dois andares pode-se ver, através de gigantescas vitrinas, exposicões de malas portando ainda os nomes de seus donos, de roupas, de sapatos (uma somente de sapatos de criança), de óculos, de escovas, de cabelos (há uma amostra do tecido feito de cabelos) e, além de outras ainda, a dos chales de oração de judeus, o que me emocionou e fez-me pegar a máquina fotográfica com um nó na garganta.
A visita continuava ao campo de Birkenau, a 5km dali, cuja estrada de ferro - com seus trilhos originais - atravessa um prédio com sua torre de vigia (foto), lugar conhecido de filmes e documentários. A perderem-se de vista, a partir dali, barracões de madeira e de alvenaria com suas respectivas guaritas e cercas antes eletrificadas. Visitamos diversos e vimos as camas onde se amontoavam os prisioneiros. Muitos prédios foram preservados em ruínas, com o propósito de mostrar que foram destruídos de forma proposital antes da chegada dos russos e dos americanos para liberarem o campo.
Em dado momento fiquei para trás do meu grupo. Estava no "lugar de seleção" junto aos trilhos (foto), devidamente ilustrado com ampliacões de antigas fotos, as quais se vê em muitos lugares. Logo ao desembarcarem, um médico nazista examinava superficialmente a pessoa e seu dedo polegar para cima ou para baixo determinava o seu destino: os trabalhos forçados ou imediatamente para as câmaras de gas... E assim milhões de homens, mulheres e crianças foram direto para as câmaras de gas, julgando que eram conduzidas a um "banho desinfetante".
Vimos réplicas das câmaras e também dos fornos crematórios, uma vez que os originas foram cuidadosamente destruídos para remover as evidências das atrocidades perpetradas pelos nazistas. Em volta dos prédios das câmaras de gas, para efeito de propaganda, havia um belo jardim florido. Vimos no mesmo local ruínas da casa do diretor do campo, e o local onde seus filhos brincavam como se nada estivesse acontecendo, retratados fielmente no filme de Steven Spilberg.
Finalizando a turnê, nosso guia nos conduziu a um grande monumento em memória dos mortos, no fundo do campo, mencionando que caminhávamos sobre as cinzas de milhões de pessoas. No monumento, inscricões nos principais idiomas dos prisioneiros. Fiquei feliz por não encontrar nenhuma inscrição em português ou mesmo em finlandês! Segundo contava o meu saudoso sogro, o presidente da Finlândia, tendo como pretexto Obadias, vs. 11 a 14, não entregou os seus judeus aos nazistas.
Estranhei o sentimento de paz que me inundou naquela visita, paz provinda da fé de que o Messias certamente Se revelou àquelas pessoas antes de sua morte e as recolheu para Si. Foi uma experiência e tanto, somada a tantas outras, como à visita ao Museu Anne Frank em Amsterdam, à dramatizacão que fizemos do seu Diário, tendo sido assistida por um sobrevivente de Auschwitz, e a tantos livros, reportagens, depoimentos e filmes acerca do Holocausto. Algo de que não me esqueço é a declaração de um rabino na TV: "A maior vingança contra Hitler é o fato de judeus viverem atualmente na Alemanha e terem suas sinagogas, museus, associações e monumentos. De fato, impressionei-me ao visitar Berlim ao ver uma grande placa à porta de uma estação de metrô onde eram enumerados os diversos campos de concentração nazistas e os dizeres "Não nos esqueçamos".
Réplica da câmara de gas.
Por certo o que de mais recente li sobre o Holocausto seja isto: "Pelas cidades de toda a Europa, pequenas placas metálicas estão sendo implantadas nas calçadas diante de determinadas casas. Um artista alemão criou-as e chamou-as "pedras de tropeço". Em cada uma delas há a inscrição do nome dos antigos proprietários da casa confiscada pelos nazistas, as datas de nascimento e também as datas e locais onde morreram. Gunter Deming, o criador dessas placas, declarou: 'Podemos abrir um livro e ler a respeito dos seis milhões de judeus exterminados, juntamente com cinco milhões de outras pessoas, mas mesmo assim talvez não possamos chegar à profundidade do que ocorreu. Mas se, ao ver a placa, nos lembramos de que um homem ou uma mulher - ou mesmo uma família - que viveram naquela casa específica morreram no Holocausto, é muito diferente!'"
"A pena de Anne Frank foi mais poderosa do que a espada de Hitler", alguém sabiamente escreveu. Outro declarou: "Os judeus foram exterminados por um homem que, por querer se adorado como deus, odiava principalmente o povo de Deus."
E, finalizando, recomendo a leitura do livro "Exodus", de Leon Uris, que nos faz entender e amar o povo judeu, o que aconteceu comigo que já herdara de meu saudoso pai uma boa dose de amor pelos judeus.
Local das originais câmaras de gas.
Campo de Concentracão de Auschwitz-Birkenau-Polônia, primavera de 2001.
Diante da entrada do Campo de Concentracão de Birkenau, hoje, por exigência do povo polonês, Auschwitz-Birkenau. Campo de concentracão e de Extermínio Nazi-Alemão.
Libertos mas desorientados, perguntaram: "Para onde iremos?" E a resposta seca do soldado foi: "Olhem para o norte, para o sul, para o leste epara o oeste: em qualquer lugar não quererão vocês!" Então, esqueléticos mas com uma chama viva em seu olhar, contemplam uma colina onde uma multidão de sobreviventes na mesma situação canta: "Yerushalayin Shel Zahav Ve-Shel NechoshetVe-Shel Or", que quer dizer "Jerusalém de ouro, de luz e de bronze, sou o violino para todas as tuas cancões". Sim, em Jerusalém eles seriam estabelecidos, cumprindo-se profecias milenares. E assim eu assistia emocionado as últimas cenas do filme "A Lista de Schindler", de Steven Spilberg, que conquistou 8 Oscars na Academia de cinema, tornando-se o mais famoso de todos os filmes do tema Holocausto, a respeito do qual tantos livros lera.
Vivendo na Finlândia desde 1999, quando planejei minhas férias, incluí uma visita à Polônia, precisamente ao campo de concentracão de Auschwitz-Birkenau, chamado de o maior cemitério do mundo e memorial do martírio de judeus, poloneses políticos, ciganos e outras minorias perseguidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Antes de ingressarmos no local, assiste-se a um documentário de 20min. que mostra as atrocidades cometidas pelos nazistas, e muito do que vimos projetado veríamos ao vivo momentos depois através dos prédios e máquinas de morte nazistas. A duração da turnê é de 3 horas e, surpreendenetemente, há milhares de pessoas visitando o campo diariamente - inclusive grupos de Israel e mesmo da Alemanha, o país que mais colabora para a manutenção do lugar, que foi estrategicamente escolhido pelos nazistas uma vez que se situa no centro da Europa, quase a mesma distância a ser percorrida pelos trens que faziam a deportação de diversos países.
Vivendo na Finlândia desde 1999, quando planejei minhas férias, incluí uma visita à Polônia, precisamente ao campo de concentracão de Auschwitz-Birkenau, chamado de o maior cemitério do mundo e memorial do martírio de judeus, poloneses políticos, ciganos e outras minorias perseguidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Antes de ingressarmos no local, assiste-se a um documentário de 20min. que mostra as atrocidades cometidas pelos nazistas, e muito do que vimos projetado veríamos ao vivo momentos depois através dos prédios e máquinas de morte nazistas. A duração da turnê é de 3 horas e, surpreendenetemente, há milhares de pessoas visitando o campo diariamente - inclusive grupos de Israel e mesmo da Alemanha, o país que mais colabora para a manutenção do lugar, que foi estrategicamente escolhido pelos nazistas uma vez que se situa no centro da Europa, quase a mesma distância a ser percorrida pelos trens que faziam a deportação de diversos países.
Logo à entrada do campo de Auschwitz depara o visitante com a irônica inscrição em ferro: "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) e visitando os diversos prédios de dois andares pode-se ver, através de gigantescas vitrinas, exposicões de malas portando ainda os nomes de seus donos, de roupas, de sapatos (uma somente de sapatos de criança), de óculos, de escovas, de cabelos (há uma amostra do tecido feito de cabelos) e, além de outras ainda, a dos chales de oração de judeus, o que me emocionou e fez-me pegar a máquina fotográfica com um nó na garganta.
A visita continuava ao campo de Birkenau, a 5km dali, cuja estrada de ferro - com seus trilhos originais - atravessa um prédio com sua torre de vigia (foto), lugar conhecido de filmes e documentários. A perderem-se de vista, a partir dali, barracões de madeira e de alvenaria com suas respectivas guaritas e cercas antes eletrificadas. Visitamos diversos e vimos as camas onde se amontoavam os prisioneiros. Muitos prédios foram preservados em ruínas, com o propósito de mostrar que foram destruídos de forma proposital antes da chegada dos russos e dos americanos para liberarem o campo.
Em dado momento fiquei para trás do meu grupo. Estava no "lugar de seleção" junto aos trilhos (foto), devidamente ilustrado com ampliacões de antigas fotos, as quais se vê em muitos lugares. Logo ao desembarcarem, um médico nazista examinava superficialmente a pessoa e seu dedo polegar para cima ou para baixo determinava o seu destino: os trabalhos forçados ou imediatamente para as câmaras de gas... E assim milhões de homens, mulheres e crianças foram direto para as câmaras de gas, julgando que eram conduzidas a um "banho desinfetante".
Vimos réplicas das câmaras e também dos fornos crematórios, uma vez que os originas foram cuidadosamente destruídos para remover as evidências das atrocidades perpetradas pelos nazistas. Em volta dos prédios das câmaras de gas, para efeito de propaganda, havia um belo jardim florido. Vimos no mesmo local ruínas da casa do diretor do campo, e o local onde seus filhos brincavam como se nada estivesse acontecendo, retratados fielmente no filme de Steven Spilberg.
Finalizando a turnê, nosso guia nos conduziu a um grande monumento em memória dos mortos, no fundo do campo, mencionando que caminhávamos sobre as cinzas de milhões de pessoas. No monumento, inscricões nos principais idiomas dos prisioneiros. Fiquei feliz por não encontrar nenhuma inscrição em português ou mesmo em finlandês! Segundo contava o meu saudoso sogro, o presidente da Finlândia, tendo como pretexto Obadias, vs. 11 a 14, não entregou os seus judeus aos nazistas.
Estranhei o sentimento de paz que me inundou naquela visita, paz provinda da fé de que o Messias certamente Se revelou àquelas pessoas antes de sua morte e as recolheu para Si. Foi uma experiência e tanto, somada a tantas outras, como à visita ao Museu Anne Frank em Amsterdam, à dramatizacão que fizemos do seu Diário, tendo sido assistida por um sobrevivente de Auschwitz, e a tantos livros, reportagens, depoimentos e filmes acerca do Holocausto. Algo de que não me esqueço é a declaração de um rabino na TV: "A maior vingança contra Hitler é o fato de judeus viverem atualmente na Alemanha e terem suas sinagogas, museus, associações e monumentos. De fato, impressionei-me ao visitar Berlim ao ver uma grande placa à porta de uma estação de metrô onde eram enumerados os diversos campos de concentração nazistas e os dizeres "Não nos esqueçamos".
Réplica da câmara de gas.
Por certo o que de mais recente li sobre o Holocausto seja isto: "Pelas cidades de toda a Europa, pequenas placas metálicas estão sendo implantadas nas calçadas diante de determinadas casas. Um artista alemão criou-as e chamou-as "pedras de tropeço". Em cada uma delas há a inscrição do nome dos antigos proprietários da casa confiscada pelos nazistas, as datas de nascimento e também as datas e locais onde morreram. Gunter Deming, o criador dessas placas, declarou: 'Podemos abrir um livro e ler a respeito dos seis milhões de judeus exterminados, juntamente com cinco milhões de outras pessoas, mas mesmo assim talvez não possamos chegar à profundidade do que ocorreu. Mas se, ao ver a placa, nos lembramos de que um homem ou uma mulher - ou mesmo uma família - que viveram naquela casa específica morreram no Holocausto, é muito diferente!'"
"A pena de Anne Frank foi mais poderosa do que a espada de Hitler", alguém sabiamente escreveu. Outro declarou: "Os judeus foram exterminados por um homem que, por querer se adorado como deus, odiava principalmente o povo de Deus."
E, finalizando, recomendo a leitura do livro "Exodus", de Leon Uris, que nos faz entender e amar o povo judeu, o que aconteceu comigo que já herdara de meu saudoso pai uma boa dose de amor pelos judeus.
Local das originais câmaras de gas.
O maior cemitério do mundo...
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