Paulo Franke

10 maio, 2009

P A Z



Se eu perguntasse ao leitor qual a gravura que expressa paz, certamente a resposta seria a primeira, de uma revista de propaganda de móveis que abri e que logo me chamou a atencão por sua beleza. Imaginem, uma sala à beira do calmo rio com lindas árvores e flores! Isso me transmite paz, dirá.


A segunda gravura é a de um navio a velas enfrentando uma tempestade no mar. Ainda que gaivotas voem ao seu redor, pensa-se logo nas pessoas amedrontadas a bordo, confiando na perícia do capitão para sair-se bem da tumultuosa situacão. Tudo, menos paz, sugere-me a gravura, dirá o leitor.


Ao saudar os discípulos amedrontados após a Sua morte, o Cristo ressurreto, falou-lhes:
"Paz seja convosco!". E os saudou novamente como que para lembrá-los do que lhes ensinara sobre paz antes de despedir-Se deles: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coracão nem se atemorize "(João 14:27). A paz que Jesus deu aos Seus discípulos e seguidores, de todos os tempos, não é uma saudacão ou um cumprimento vazio, é um testamento.


Com base no que acabamos de citar, Jesus admitiu que o mundo dá uma certa dose de paz - "... não vô-la dou como a dá o mundo". A paz que o mundo dá - que poderia ser expressa pela primeira foto - vem de fora para dentro, isto é, se as circunstâncias exteriores, terrenas, são favoráveis, a pessoa tem paz. A paz de Jesus vem de dentro para fora - conforme a segunda foto - isto é, não importando as circunstâncias exteriores, ela habita no íntimo dos que verdadeiramente crêem, refletindo-se em todo o seu ser.


Há no Novo Testamento diversas mencões à verdadeira paz, lembrando o episódio quando o Mestre acalmou a tempestade que assustou os discípulos no mar da Galiléia: "Tudo cessou e veio a bonanca" (Lucas 8:24); as experiências de paz do apóstolo Paulo mesmo em meio à "...tribulacão, angústia, perseguicão, fome, nudez, perigo, espada" (Romanos 8:35); ao testemunho de paz irremovível dos mártires cristãos, e tantos outros.


O primeiro sentimento de alguém que aceita a Jesus como seu Salvador pessoal é geralmente relatado em seu testemunho: a pessoa que vê sua vida transformada sente paz, uma paz até então desconhecida.


Aos seus amados filipenses, Paulo despedia-se com um "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos coracões e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7). A ênfase ao "guardará os vossos coracões e mentes" prova-nos que a paz está constantemente ameacada e é foco de roubo satânico no mundo em que vivemos. Portanto, uma vez possuidores deste precioso legado vindo de Jesus, o Príncipe da Paz, vigiemos para não perdê-lo!


Concluindo, ocorre-me versos de belos hinos do hinário salvacionista, definicões poéticas tanto do coracão sem paz quanto do coracão no qual habita a paz celestial:


"Quando o coracão aflito quer à dor, ao mal fugir,/E se agita e luta e ruge,/Sem a doce paz sentir, /Qual um som que se repete nas quebradas a rolar, /Ao aflito e contristado Tua voz vem consolar."


"A ciência jamais poderá inventar remédio que cure o mal/ Da alma ferida de muito pecar, sedenta de paz celestial."


"A fé que vence a Satanás, que, afoita, enfrenta as prisões,/Que tem em Cristo aquela paz / que guarda a calma em provacões / A fé que não recusa a cruz, / mas segue após o bom Jesus."


"Quando em cadeias e prisões / E quando a espada lampejou, /A paz desceu aos coracões / E as consciências libertou / De nossos pais sublime fé que nos alente a estar de pé!"




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