De repente... (já aconteceu com você?)
E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno...
(A cura do cego de Jericó, Lucas 18:35-43)
V ocê e eu conhecemos situações de encontros inesperados quando nos deparamos com pessoas destacadas em diversas áreas, artística, esportiva, política, literária...
Minha família sempre me corrige quando digo que conheci algumas personalidades "pessoalmente", quando, dizem eles, eu deveria dizer "de vista".
O certo é que esses encontros inusitados ficam registrados no arquivo da mente e não vejo necessidade nenhuma de apagá-los, e nem quero, mas procuro salvá-los talvez como um lembrete de que este mundo é tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, uma das razões.
Até onde vai a minha lembrança, esta lista começa com o presidente Getúlio Vargas desfilando em carro aberto na avenida onde morávamos quando criança, no início da década de 50. E vai para o cine do nosso bairro, que muitas vezes recebia artistas do cinema nacional ou mesmo cantores de rádio (lembro-me de Oscarito, Grande Otelo, Eliana, Adelaide Chiozzo, Angela Maria, Marlene, Nora Ney, Carmélia Alves etc.). Eu estava lá, extasiado ao ver com meus olhos de "guri" os astros que só via na tela ou de escutar suas vozes pelo rádio.
M uitos anos mais tarde, vi astros americanos desfilando na famosa Parada das Rosas, em Pasadena-CA. Foi uma volta ao tempo de adolescente aficionado por cinema ao ver Ricardo Montalban e James Stewart na parada. E na lista também estão os primeiros astronautas a pisarem o solo lunar, vendo-os passar em carro aberto e acenar ao povo na Av. Rio Branco, no Rio de Janeiro. E, na mesma cidade e no mesmo ano, ver a Primeira Ministra Indira Gandhi depositando flores no Monumento aos Pracinhas (e não me esqueco do olhar que me dirigiu, certamente pensando que eu era um indiano.).
Encontrar Anatoly Sharansky - que foi ministro israelense e que virara manchete pela sua libertação como prisioneiro judeu soviético - deu direito a autógrafo após um curto bate-papo em um elevador de hotel em Jerusalém, quando da primeira vez em que visitei Israel, com um grupo de oficiais do The Salvation Army americano (nas demais 3 vezes em que visitei a Terra Santa hospedei-me sempre em hostels (albergues)).
Esses e outros encontros casuais, sem falar na longa lista de personalidades que por décadas encontrei ao vender em restaurantes o "Brado de Guerra - contra todo o mal" (Vinícius de Moraes, Pixinguinha, Anselmo Duarte, Hebe Camargo, Andreazza e tantos, tantos outros) não foram esquecidos.
Minha esposa tem os seus "troféus", pois viu a Rainha Elizabeth desfilar no dia do aniversário dela, em Londres, e Jacqueline Kennedy passar por ela em Nova York por ocasião da campanha das "Panelas de Natal" (Christmas Kettles). A Sra. Onassis, no entanto, olhou mas não colaborou.
Encontros fortuitos com pessoas importantes no máximo acrescentam algo à bagagem cultural ou mesmo sentimental de uma pessoa.
E ncontros há, porém, que atingem o coração e se constituem marcos espirituais na vida. Nessa lista estão grandes pregadores - já tive o privilégio de ouvir Billy Graham, David Wilkerson, Nicky Cruz, David (ex-Paul)Yong Cho, Reinhard Bonnke e outros - enfim, pessoas que fizeram a diferença e deixaram o mundo um lugar melhor pela sua pregação ungida que resultou em milhões de vidas transformadas ao longo dos anos.
Ainda que enfrentando experiências e circunstâncias as mais diversas, todos os crentes, desde os tempos bíblicos aos atuais, têm um testemunho em comum: o encontro com Jesus Cristo, o Salvador. Não raro esse encontro se deu de uma forma aparentemente casual... simplesmente o Senhor Se atravessou em seu caminho e a pessoa nunca mais foi a mesma. Algo nEle nos emocionou e nos "arrastou".
Sem pompa e circunstância como um rei terreno, como que do nada olhou-nos nos olhos e atingiu as fibras mais sensíveis e carentes do nosso espírito, satisfazendo aos nossos anseios de paz, de alegria, de mudança e de um novo impulso para viver.
E aconteceu a conversão, definida muito apropriadamente por alguém como "um tilique interior". Para alguns foi um tremor, para outros bastou esse "tilique" para fazer desmoronar a incredulidade, a rebeldia, o preconceito, a desilusão, a desesperança. Tudo porque Jesus passou de repente. Providência ou acaso? Se pensarmos que Deus ama o ser humano e não o perde de vista (embora esse o perca facilmente), eu diria que foi providência divina.
A Bíblia menciona que a volta de Jesus ou a Sua segunda vinda se dará repentinamente e transformará o mundo, tanto positiva quanto... negativamente (inteire-se mais a respeito desse acontecimento cujos sinais são mais e mais evidentes). Mas antes disso a pessoa precisa provar a primeira vinda do Senhor Jesus no seu mundo interior e o maravilhoso "transtorno positivo"consequente. E o conhecê-lO somente "de vista" se tornará, esse sim, um bendito conhecê-lO pessoalmente!
Esteja, portanto, aberto ao "de repente" que poderá encher o templo vazio do seu necessitado coração. De repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais... a quem vós desejais (Malaquias 3:1).
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