Paulo Franke

22 maio, 2020

Sepulturas...algo normal ou aterrorizante?

"Morte e sepulcro não aterrarão onde meu Deus fizer habitação."
hino "Comigo habita"

Não quero ser "fúnebre" ou entristecer meus leitores, mas diante do que está acontecendo quem não pensou ou pensa na morte??



"A foto que jamais gostaríamos de publicar..." Com este título, o Google tem mostrado cemitérios em SPaulo, igualmente canais como CNN e BBC enfocando o Brasil. O momento atual para muitos é aterrorizante.

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Quando eu era criança, dos quatro irmãos era eu quem gostava de acompanhar meu pai ao cemitério. Considero hoje que já havia em mim uma predisposição religiosa e, mesmo "guri", eu já pensava na morte e na vida eterna que ouvia nos sermões da igreja.


No Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, em Pelotas-RS, estão enterrados meus pais, minha irmã mais velha e a grande maioria de meus parentes que partiram.  Hoje, quando vou à minha terra natal não visito o cemitério e questiono a mim mesmo por quê.


Nunca visitei o cemitério israelita em minha cidade natal (foto acima), embora tenha visitado muitos pelo mundo, por exemplo, o cemitério judaico de Praga, na Rep. Tcheca.


Conforme a Halachá, os judeus não devem destruir os túmulos de seu povo e também as tumbas não devem ser removidas. Isso se deveu ao fato particular de que, quando os cemitérios precisavam se expandir e era impossível aos judeus comprar mais terras, mais camadas de terra eram postas sobre as sepulturas existentes. As antigas lápides eram retiradas e recolocadas sobre a nova camada de solo. Isso explica a razão das lápides estarem tão próximas umas das outras. São 12 as camadas de sepulturas no cemitério judeu de Praga.


Em Paris visitei com meu neto o Cimetière du Père Lachaise, onde se encontra a sepultura do grande Frederic Chopin.


Curioso que o coração de Chopin está enterrado em uma coluna de uma igreja na Cracóvia, que também visitei. Certamente esse foi o seu desejo antes de morrer.



No Campo de Concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, reverenciei a sepultura simbólica das irmãs Anne e Margot Frank.


Na verdade, Anne e sua irmã foram enterradas em valas comuns como a acima. Há na área do campo dezenas delas, escrito "Aqui jazem 1.000 corpos - Abril de 1945". Os números diferem, 2.000, 5.000, 10.000, conforme a vala.


Visitando o Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, o primeiro que visitei, constatamos que nossos pés estão sobre o "maior cemitério do mundo". De fato, todos os campos de concentração que visitei são também cemitérios... Treblinka, Bergen-Belsen,Terezin etc. 



Quando visitei a sepultura de Oskar Schindler, em Jerusalém, o homem que contratou judeus para salvá-los do Holocausto (filme "A lista de Schindler").



Quando fui a primeira vez a Berlim, hospedei-me em um centro do Exército de Salvação que ficava proximo ao cemitério onde está enterrada a grande atriz alemã Marlene Dietrich.



Quando voltei a Berlim, anos mais tarde, tornei a visitar sua sepultura, reverenciando-a por ter feito, ainda que alemã, oposição ferrenha ao nazismo, enquanto atriz nos EUA.


Aqui estou no cemitério em Estocolmo, Suécia, onde foi enterrada a famosa atriz do passado, Greta Garbo. Como vivia nos últimos anos isolada, sua sepultura, sem nenhuma outra por perto, retratava a sua personalidade, ao contrário da sepultura de Marlene Dietrich.



Um dia em visita a Los Angeles, planejei visitar o famoso Cemitério Lawn Forest e com isto ver muitas sepulturas de artistas de Hollywood ali enterrados. O tamanho do cemitério de fato me assustou e, procurando a sepultura de Elizabeth Taylor, dei com a da fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, que nasceu de pais salvacionistas. O plano de visitar sepulturas de artistas foi "enterrado" diante da enormidade do cemitério.



Ao fundo o Portão Dourado (Golden Gate) nos Muros da Velha Jerusalém, em Israel. Diante dele há um cemitério de sepulturas antiquíssimas devido a crença de que quando o Messias entrasse por ele, os que estivessem sepultados ali ressuscitariam.



Aqui, estou no canto judaico do cemitério de Hämeenlinna, onde vivo. Fechado com cadeado, obtive a permissão de entrar. Contrastando com a beleza do cemitério local, ofereci-me para um dia capinar aquela ala, permissão que ainda não obtive, infelizmente. Já houve judeus na cidade, mas em um passado distante.


Fundada por suecos, Hämeenlinna/Tavastehus, onde vivemos, possui um cemitério muito antigo sem muros, onde as pessoas passam despreocupadamente em caminho do centro da cidade.



A foto é do cemitério do crematório de Hämeenlinna, com sepulturas minúsculas por conterem somente cinzas.

Finalizando,
eu não poderia deixar de mencionar
versículos que apoiam a nossa fé...

Se a nossa esperança em Cristo se limita 
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens.
1 Coríntios 15:19


No Jardim do Sepulcro, em Jerusalém, lendo o que Jesus falou:

Eu sou a ressurreição e a vida.
 Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.
João 11:25

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Estudiosos da Bíblia atestam que existem 365 vezes
na Palavra de Deus 
Não temais = Não tenhas medo,
uma para cada dia do ano!

Aleluia!

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