14 a 16.09.2023 - Na bela Polônia outra vez! - Miscelâneas (+ 6 ReveR)
Continuando ...
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A bandeira da Polônia
Na difícil língua polonesa, uma mensagem acessível:
Fluxos de alegria fluirão em sua vida se você permitir que Jesus reine em seu coração.
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David e sua irmãzinha Maria Isabel, ternura pura!
Dinheiro polonês: zloty
Antigos selos poloneses de minha colecão.
Costumo fotografar placas de carros de países que visito.
Meias com desenhos... nunca vi em outros países... na Polônia é o que há!!
Estas, que estou usando neste momento, me lembram as palavras do astronauta Neil Armstrong quando pisou na Lua... você se lembra?
Uma nova sacola com foto e assinatura de Chopin - que certamente usarei quando precisar - está pendurada na
porta do nosso quarto.
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Para decifrar... que língua é a abaixo?
Si ká ne vasse ká seusawski
set eM bro chow
Resposta:
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Dziękuję = muito obrigado,
pronuncia-se:
jean-cuia!
(djincuia)
Recordo-me do sorriso que davam quando agradecíamos na língua deles!!
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R e v e R 1 (2017)
10 agosto, 2017
VIAGEM A VARSÓVIA - Polônia - 2a Parte
- Revendo lugares já visitados em VARSÓVIA
Viajando desde Gdansk, desci na ferroviária central, conhecida de quando embarquei para conhecer o Campo de Concentração de Treblinka.
O prédio mais conhecido do centro de Varsóvia, construído no tempo do comunismo e nas décadas mais recentes transformado em centro artístico e cultural. O antigo ao lado dos modernos prédios do centro da capital.
Apertando a fome, dirigi-me às pressas ao shopping center mais bonito e interessante que já tenho visto, que chamo o "das bolhas".
Ele continua bem cuidado e belo nos seus três andares "dentro da bolha".
E lá, ao lado do Burger King, o KFC onde comi diversas vezes, pois continua o melhor frango frito que tenho provado.
Costumo fotografar placas dos carros nos países que visito.
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- No hotel METROPOL
Hotel mais central impossível.
De minha janela podia contemplar modernos edifícios.
E o prédio marca-registrada da cidade.
No estilo mais clássico, não ficou devendo em nada ao moderno hotel IBIS de Gdansk. Café da manhã excelente, quarto bonito e impecável... meus dias de hostels com quatro camas em cada quarto (ou mais) com certeza ficaram para trás.
Abuso em relaxar de pernas pro ar, após passeios, no quarto do hotel.
À tardinha, jantar no restaurante do hotel ao som de músicas tocadas por um exímio pianista.
Ao saber-me brasileiro, dedicou-me um medley de músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Tão longe da Pátria, adivinhem se não curti e não lhe agradeci de forma calorosa?
Uma sopa típica polonesa chamada Zurek, servida dentro de um pão de casca grossa naturalmente. Aberta a tampinha, ao saboreá-la lembrei-me de sopas gaúchas do tempo "lá de casa".
Em outra vez a pedida foi panqueca com goulach, da culinária polonesa.
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ReveR 2
- Visita ao Museu Frederick CHOPIN
Saindo para um motivo quente de minha visita à Varsóvia.
Até no hotel, referências a Chopin...
Na longa caminhada até o museu, uma pausa para descansar e matar a sede.
Informaram-me no hotel que a caminhada levaria 15min... levou uma hora!!
Enfim, o museu à vista!
Fui o primeiro a chegar... uma hora antes da abertura.
Deu tempo de com calma admirar o que havia à venda na butique do museu que abriu bem antes (e comprar um mug para minha filha pianista).
Lindos mugs da casa onde nasceu Chopin, em Zelazowa Wola, em 1 de março de 1810.
Adentrando o museu, um selfie na sua imponente escadaria.
O registro no livro de batismo do pequeno Frederick Chopin.
Outro documento importante, mas o acervo do museu é tão grande que conclui ser impossível fotografá-lo na sua totalidade.
Frederick e seus pais, a mãe Justyna née Krzyzanowska e o pai, um francês "polonizado", Mikolaj Chopin. Frederick, o segundo filho, teve três irmãs, Ludwika, Izabela e Emilia, que morreu com catorze anos em 1810.
O anúncio de um de seus concertos em Varsóvia.
Em uma sala especial, projeção ininterrupta de suas músicas...
... pelo exímio pianista Seong-Jin-Cho.
Chopin em Paris tocando para a alta-sociedade, empolgada pelo seu talento.
Este piano...
... foi o que Chopin usou...
... nos dois últimos anos de sua vida.
Mapa do museu.
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ReveR 3
- Visita ao Museu que conta dos 1000 anos da presença JUDAICA na Polônia
POLIN - o belo e moderno prédio teve como arquitetos dois finlandeses que ganharam um concurso.
Chegando de taxi, explorei os arredores do museu.
Honra de sentar-me ao lado de Jan Karski...
Nascido no mesmo ano de minha saudosa mãe...
1914-2000
Uma visitante traduziu-me o seu grande feito que foi o de avisar Londres do que os alemães estavam cometendo no seu país, principalmente alertando-os sobre o extermínio de judeus e outras raças nos campos de concentração.
Não foi ouvido, e nenhuma providência foi tomada...
Se há uma pessoa que ama o povo judeu, que já visitou diversos campos de concentração e museus em memória deste povo, é o homem que está na foto,
paulo פאולו פרנק franke
(ver links dessas visitas abaixo).
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1000 anos de história dos judeus poloneses...
Este museu explica a jornada judaica desde a Idade Média até o presente. O visitante poderá descobrir quando e de onde os judeus aqui chegaram, tornando-se a maior comunidade deles no mundo, precisamente aqui na Polônia.
Vista de dentro do moderno museu.
Avancei, ala por ala do museu, conforme o mapa ao final...
... concluindo que seu acervo, abrangendo 1000 anos, era demasiado para ver ou fotografar em uma só visita...
Então, um imprevisto aconteceu... a bateria de minha câmera pifou, assim, esta foi a última foto da viagem (esqueci-me de trazer o fio para regarregá-a e não encontrei no shopping uma loja que o fizesse).
Mesmo assim, considero que foi válida a visita a este importante museu que em 2016 recebeu a honra de ser "o museu do ano" na Europa.
Leia mais:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141027_museu_polonia_judaismo_mv
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ReveR 4
Visita à Fábrica Oskar Schindler na Cracóvia
V
À recepção da fábrica-museu, recebemos um folheto-guia intitulado "A Cracóvia sob a ocupação nazista 1939-1945".
Na contracapa, o mapa a ser seguido pelo visitante, começando no andar térreo e subindo-se escadas originais que atingem o segundo andar.
O ingresso, 15.00 zl (€ 5.00) e 15h40 o horário de minha chegada. Fotos da época mostram como se desenrolava a vida dos cidadãos sob a ocupação nazista.
Eu pensava que adentraria uma fábrica desativada, locações do filme "A Lista de Schindler", mas, como já mencionei, em anos recentes as grandes instalações da fábrica original foram transformadas em um moderno museu de dois andares, com grandes corredores de exibição também da ocupação alemã à Cracóvia. O ano de 1943, auge dos acontecimentos... chamando-me a atenção por ser o ano em que nasci, longe, muito longe de todos aqueles horrores.
A vida dos cidadãos poloneses foi transformada em pesadelo, enquanto que para os judeus significou gueto, trabalhos forçados e deportações em massa para Auschwitz-Birkenau e a outros campos de extermínio nas proximidades da cidade, portanto morte!
Quase à entrada, há como que um "relógio-ponto" onde são carimbados o símbolo polonês do "magistrat" e o símbolo nazista. Para o leitor entender melhor, traduzo as inscrições de ambos:
Cracóvia, 6 de agosto de 1939. O último dia da 25a. reunião anual dos soldados da Legião Polonesa celebrada na Cracóvia; o "Marshall" Edward Ryds tomou parte no evento.
Cracóvia, 1 de setembro de 1940. Os nazistas celebram o primeiro aniversário do início da guerra em Rynek Glowny, na Cracóvia. Durante o evento, o nome da praça foi oficialmente transformado em Adolf Hitler Platz.
Um quadro de anúncios alemão na Cracóvia, acervo do museu.
O filme de Steven Spielberg foi baseado no livro "A Arca de Schindler" (Schindler's Ark), do escritor australiano Thomas Keneally, e nos depoimentos de pessoas salvas por Oskar, inclusive no de Andor Stern, considerado o único judeu brasileiro que foi prisioneiro em Auschwitz-Birkenau.
À esquerda, vemos Amon Goeth, o cruel nazista que dirigia o campo de concentração de onde Schindler "recrutava" seus trabalhadores. Na foto à direita, cena do filme mostrando o ator Ralph Fiennes que o interpretou. Um "passatempo" de Amon Goeth era, da sacada de sua casa, que ficava no alto, dentro do campo, atirar em judeus com sua espingarda, o que vemos em cenas muito dramáticas no filme.
Por falta de tempo não visitei o bairro judeu de Kazimierz, onde viviam 68 mil judeus, transformado em 1941 em um gueto. Poucas centenas sobreviveram no final da guerra. O próprio bairro escapou da destruição pela razão de que os alemães queriam nele estabelecer um macabro museu sobre "a raça que se desvaneceu/se evaporou" (puro engano!)... No círculo, o local da fábrica.
Foto Google da fábrica quando ainda não se transformara em museu, o que aconteceu há poucos anos, agregando-se assim aos Museus Históricos da Cidade de Cracóvia.
Preferi tomar o tempo necessário para visitar a fábrica-museu do que me unir a uma excursão a pé que visitaria o bairro judeu e passaria diante da fábrica, sem visitar o seu interior. A visita ao bairro em uma nova visita à Cracóvia, quem sabe?
Impressionante e de máximo interesse o que aconteceu neste lugar ãoe através desse portão, fielmente retratado no filme "A Lista de Schindler", que meus já tenham assistido ou ainda o farão.
Nas vidraças, tanto por fora quanto por dentro, fotos dos operários de Schindler (ou "os judeus de Schindler"), totalizando a 1.100 que ele, empregando-os, salvou do extermínio.
À entrada da fábrica.
"Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro", frase do Talmude em placa à entrada da fábrica.
Foto do corajoso Oskar Schindler com os "seus judeus", herói que arriscou sua vida para salvar judeus do extermínio planejado por Adolph Hitler. Oskar foi um católico nascido em em Zwitau, Tchecoslováquia, em 1908. Era membro do partido nazista. Adolph Eichmann, que maquinou e executou "a solução final", o odiava.
À recepção da fábrica-museu, recebemos um folheto-guia intitulado "A Cracóvia sob a ocupação nazista 1939-1945".
Na contracapa, o mapa a ser seguido pelo visitante, começando no andar térreo e subindo-se escadas originais que atingem o segundo andar.
O ingresso, 15.00 zl (€ 5.00) e 15h40 o horário de minha chegada. Fotos da época mostram como se desenrolava a vida dos cidadãos sob a ocupação nazista.
Eu pensava que adentraria uma fábrica desativada, locações do filme "A Lista de Schindler", mas, como já mencionei, em anos recentes as grandes instalações da fábrica original foram transformadas em um moderno museu de dois andares, com grandes corredores de exibição também da ocupação alemã à Cracóvia. O ano de 1943, auge dos acontecimentos... chamando-me a atenção por ser o ano em que nasci, longe, muito longe de todos aqueles horrores.
A vida dos cidadãos poloneses foi transformada em pesadelo, enquanto que para os judeus significou gueto, trabalhos forçados e deportações em massa para Auschwitz-Birkenau e a outros campos de extermínio nas proximidades da cidade, portanto morte!
Quase à entrada, há como que um "relógio-ponto" onde são carimbados o símbolo polonês do "magistrat" e o símbolo nazista. Para o leitor entender melhor, traduzo as inscrições de ambos:
Cracóvia, 6 de agosto de 1939. O último dia da 25a. reunião anual dos soldados da Legião Polonesa celebrada na Cracóvia; o "Marshall" Edward Ryds tomou parte no evento.
Cracóvia, 1 de setembro de 1940. Os nazistas celebram o primeiro aniversário do início da guerra em Rynek Glowny, na Cracóvia. Durante o evento, o nome da praça foi oficialmente transformado em Adolf Hitler Platz.
Um quadro de anúncios alemão na Cracóvia, acervo do museu.
Que me lembre, foi a primeira vez que vi em um museu um uniforme nazista...
... e um quépe que cobria a cabeça maligna, cruel e endemoninhada dos militares nazistas.
Um capacete e um cantil.
O diretor judeu Steven Spielberg foi à Cracóvia filmar "A Lista de Schindler" em 1993. Aqui, dando instrucões a Liam Neeson, que interpretou Schindler. Neeson teve sua tragédia pessoal em anos recentes com a morte acidental de sua esposa. Os flocos caindo não são para parecerem neve, mas cinzas de cadáveres cremados que saíam incessantemente pelas chaminés. Não recebendo autorização para filmar no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, cenários semelhantes foram montados.
Ben Kingsley interpretou o contador de Schindler , Itzhak Stern. O ator também interpretou Simon Wiesenthal, o caçador de nazistas no filme sobre a sua vida, e Ghandi.
Nas veias do ator corre sangue indiano e também inglês, além de muito talento. É casado com uma brasileira, que encontrou como garçonete e por quem se apaixonou.
O filme de Steven Spielberg foi baseado no livro "A Arca de Schindler" (Schindler's Ark), do escritor australiano Thomas Keneally, e nos depoimentos de pessoas salvas por Oskar, inclusive no de Andor Stern, considerado o único judeu brasileiro que foi prisioneiro em Auschwitz-Birkenau.
À esquerda, vemos Amon Goeth, o cruel nazista que dirigia o campo de concentração de onde Schindler "recrutava" seus trabalhadores. Na foto à direita, cena do filme mostrando o ator Ralph Fiennes que o interpretou. Um "passatempo" de Amon Goeth era, da sacada de sua casa, que ficava no alto, dentro do campo, atirar em judeus com sua espingarda, o que vemos em cenas muito dramáticas no filme.
Por ocasião do lançamento do filme "A Lista de Schindler", havia 6.000 descendentes dos 1.100 judeus salvos por ele. Emocionante é uma das cenas finais do filme, quando a sepultura de Oskar Schindler, que morreu em 1974, é visitada pelos sobreviventes que trabalharam na fábrica cada qual ao lado do respectivo ator que interpretou seu papel no filme (ver video abaixo).
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Uma descrição do final do filme, de acordo com o livro de meditações "Edificação Diária", que escrevi na década de 90. Ao filme assisti na cidade de Joinville-SC quando não me contive e cantei no cinema, com lágrimas, a música folclórica judaica citada abaixo e cantada no video do link.
Libertos mas desorientados, perguntaram: "Para onde iremos agora?" E a resposta seca do soldado foi: "Olhem para o leste e mesmo para o oeste: em qualquer lugar não quererão vocês!" Então, esqueléticos mas com uma chama viva no olhar, contemplam uma colina onde uma multidão de sobreviventes na mesma situação canta:
"Yerushalayin Shel Zahav Ve-Shel Nechoshet Ve-Shel Or"/"Jerusalém de ouro, de luz e de bronze, sou o violino para todas as tuas canções".
Sim, em Jerusalém eles seriam estabelecidos, cumprindo-se profecias milenares. E assim eu assistia emocionado as últimas cenas do filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, que conquistou 8 Oscars na Academia de Cinema, tornando-se o mais famoso de todos os filmes do tema Holocausto.
A árvore de Oskar Schindler que fotografei no início deste ano na Avenida dos Justos de todas as Nações (heróis que salvaram judeus) no Museu do Holocausto Yad-Vashem, em Jerusalém (abaixo, link à postagem respectiva).
Na mesma viagem a Israel visitei a sepultura de Schindler no Cemitério Luterano situado no Monte Sião. Na mesma postagem explico a razão da tradição judaica das pedras sobre os túmulos.
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L i n k
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Minha terceira viagem a Israel, em abril 2010:
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ReveR 5
01 maio, 2009
Irena Sendler, a "mãe dos meninos do Holocausto".
Recentemente recebi de uma amiga, através da Internet, a extraordinária história de Irena Sendler. Como visitar lares/asilos de velhinhos tem sido parte de nosso trabalho aqui na Finlândia desde que chegamos há quase 10 anos, uma idéia me ocorreu após ler o texto transcrito abaixo:
...E por que não visitar Irena no lar de velhinhos onde ela vive, em Varsóvia, na Polônia, tão perto daqui, e dar-lhe um abraco, ao vivo??
Então, soube que essa bondosa heroína morreu há um ano, no dia 12 de maio de 2008, senão no Dia das Mães daquele ano, bem perto, com 98 anos de idade.
Irena recebeu muitas homenagens, entre elas uma do Museu do Holocausto, Yad Vashem, que visitei na minha recente visita a Jerusalém (veja fotos do local na respectiva postagem).
Enquanto a figura de
Oscar Schindler era aclamada por meio mundo,
graças ao filme de Steven Spielberg, ganhador de 7
Oscars em 1993, narrando a vida desse industrial
que evitou a morte de 1.000 judeus nos campos de
concentração,
IRENA SENDLER era uma heroina desconhecida fora
da Polônia e apenas reconhecida no seu país por
alguns historiadores, já que os anos de obscurantismo
comunista apagaram a sua façanha dos livros de
história oficiais.
Por outro lado, ela nunca contou a ninguém nada da
sua vida durante aqueles anos.
Em 1999 a sua história começou a ser conhecida,
graças a um grupo de alunos de um Instituto do
Kansas-EUA, que realizou um trabalho sobre os
heróis do Holocausto.
Na investigação deram com poucas referencias sobre
Irena e só existia um dado surpreendente:
tinha salvado a vida de 2.500 meninos.
Como e possível que só existisse essa informação
sobre uma pessoa assim?
Mas a maior surpresa chegou quando após buscar o
lugar da tumba de
Irena, descobriram que não
existia porque ela ainda vivia, e de fato ainda vive.
Hoje e uma anciã de 97 anos que reside num Asilo do
centro de Varsóvia num quarto onde nunca faltam
flores e cartões de agradecimento do mundo inteiro.
Quando a Alemanha invadiu o país em 1939, Irena, uma católica, era enfermeira
no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, no qual
cuidava das salas de jantar comunitárias da cidade.
Em 1942 os nazistas criaram um
gueto em Varsóvia e Irena,
horrorizada pelas condições como se
vivia naquele lugar uniu-se ao
Conselho para Ajuda aos Judeus .
Conseguiu identificações da oficina
sanitária, sendo que uma das tarefas
era a luta contra as doenças
contagiosas.
Como os alemães invasores tinham
medo de que se desencadeasse uma
epidemia de tifo, aceitavam que os
poloneses controlassem o lugar .
Logo Irena entrou em contato com
famílias oferecendo levar os
filhos com ela para fora do
Gueto.
Era terrível: tinha de
convencer os pais de que lhe
entregassem seus filhos e eles
lhe perguntavam:
Pode prometer que meu
filho viverá?
Como poderia prometer se
nem sabia se poderia sair
com eles do Gueto?
E a única coisa certa era
que os meninos morreriam
se permanecessem ali.
Mães e avós não queriam separar-se deles. Irena as entendia
perfeitamente: o momento da separação era o mais difícil.
Algumas vezes, quando Irena ou suas companheiras tornavam a visitar
as famílias para tentar fazê-las mudar de idéia, todos tinham sido
levados aos campos de extermínio.
Cada vez que isso acontecia, ela lutava com mais força para salvar a
meninada.
Começou a tirá-los em ambulâncias como vitimas de
tifo, mas logo se valeu de tudo o que estivesse ao
seu alcance: cestos de lixo, caixas de ferramentas,
carregamentos de mercadorias, sacos de batatas,
ataúdes... Nas suas mãos, qualquer coisa se
transformava numa via de escape.
Conseguiu recrutar ao menos uma pessoa de cada
um dos dez centros do Departamento de Bem-estar
Social.
Com a ajuda dessas pessoas elaborou centros de
documentos falsos, com assinaturas falsificadas,
dando identidade temporária aos meninos judeus.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos
tempos da paz. Por isso não se cansava manter com
vida esses meninos.
Queria que um dia pudessem recuperar seus
verdadeiros nomes, sua identidade, suas histórias
pessoais, suas famílias.
Foi quando inventou um arquivo que registrava os
nomes dos meninos e as suas novas identidades.
Anotava os dados em pedaços pequenos de papel que
enterrava, dentro de potes de conserva, debaixo de uma
árvore de macãs, no jardim do seu vizinho.
Guardou, sem que ninguém suspeitasse, o passado de 2500
meninos, até que os nazistas foram embora.
Um dia, os nazistas souberam das suas atividades.
Em 20 de outubro de 1943,
Irene foi detida pela
Gestapo e levada à prisão de Pawiak onde foi
brutalmente torturada.
Num colchão de palha da sua cela, encontrou
uma estampa de Jesus Cristo. E ficou com ela
até 1979, quando a doou a João Paulo II.
Irena era a única que sabia os nomes e onde se
encontravam as famílias que albergaram os
meninos judeus; suportou a tortura e se recusou
a trair seus colaboradores ou a qualquer dos
meninos ocultos.
Quebraram-lhe os pés e as pernas, além de
sofrer inúmeras torturas. Mas ninguém
conseguiu romper a sua vontade.
Foi condenada a morte, mas sentença que
nunca chegou a se cumprir porque a caminho
do lugar da execução, o soldado a deixou
escapar.
A resistência o tinha subornado porque não
queriam que Irene morresse com o segredo da
localização dos meninos.
Oficialmente ela constava nas listas dos
executados. A partir de então, continuou
trabalhando, mas com uma identidade falsa.
No final da guerra, ela mesmo
desenterrou os vidros de conserva e
fez uso das anotações para encontrar
os 2.500 meninos que colocou
com famílias adotivas.
Ajuntou-as aos seus parentes
espalhados pela Europa, mas a
maioria tinha perdido as suas famílias
nos campos de concentração nazistas.
Os meninos só a conheciam pelo
apelido Jolanta.
Enquanto a figura de
Oscar Schindler era aclamada por meio mundo,
graças ao filme de Steven Spielberg, ganhador de 7
Oscars em 1993, narrando a vida desse industrial
que evitou a morte de 1.000 judeus nos campos de
concentração,
IRENA SENDLER era uma heroina desconhecida fora
da Polônia e apenas reconhecida no seu país por
alguns historiadores, já que os anos de obscurantismo
comunista apagaram a sua façanha dos livros de
história oficiais.
Por outro lado, ela nunca contou a ninguém nada da
sua vida durante aqueles anos.
Em 1999 a sua história começou a ser conhecida,
graças a um grupo de alunos de um Instituto do
Kansas-EUA, que realizou um trabalho sobre os
heróis do Holocausto.
Na investigação deram com poucas referencias sobre
Irena e só existia um dado surpreendente:
tinha salvado a vida de 2.500 meninos.
Como e possível que só existisse essa informação
sobre uma pessoa assim?
Mas a maior surpresa chegou quando após buscar o
lugar da tumba de
Irena, descobriram que não
existia porque ela ainda vivia, e de fato ainda vive.
Hoje e uma anciã de 97 anos que reside num Asilo do
centro de Varsóvia num quarto onde nunca faltam
flores e cartões de agradecimento do mundo inteiro.
Quando a Alemanha invadiu o país em 1939, Irena, uma católica, era enfermeira
no Departamento de Bem-estar Social de Varsóvia, no qual
cuidava das salas de jantar comunitárias da cidade.
Em 1942 os nazistas criaram um
gueto em Varsóvia e Irena,
horrorizada pelas condições como se
vivia naquele lugar uniu-se ao
Conselho para Ajuda aos Judeus .
Conseguiu identificações da oficina
sanitária, sendo que uma das tarefas
era a luta contra as doenças
contagiosas.
Como os alemães invasores tinham
medo de que se desencadeasse uma
epidemia de tifo, aceitavam que os
poloneses controlassem o lugar .
Logo Irena entrou em contato com
famílias oferecendo levar os
filhos com ela para fora do
Gueto.
Era terrível: tinha de
convencer os pais de que lhe
entregassem seus filhos e eles
lhe perguntavam:
Pode prometer que meu
filho viverá?
Como poderia prometer se
nem sabia se poderia sair
com eles do Gueto?
E a única coisa certa era
que os meninos morreriam
se permanecessem ali.
Mães e avós não queriam separar-se deles. Irena as entendia
perfeitamente: o momento da separação era o mais difícil.
Algumas vezes, quando Irena ou suas companheiras tornavam a visitar
as famílias para tentar fazê-las mudar de idéia, todos tinham sido
levados aos campos de extermínio.
Cada vez que isso acontecia, ela lutava com mais força para salvar a
meninada.
Começou a tirá-los em ambulâncias como vitimas de
tifo, mas logo se valeu de tudo o que estivesse ao
seu alcance: cestos de lixo, caixas de ferramentas,
carregamentos de mercadorias, sacos de batatas,
ataúdes... Nas suas mãos, qualquer coisa se
transformava numa via de escape.
Conseguiu recrutar ao menos uma pessoa de cada
um dos dez centros do Departamento de Bem-estar
Social.
Com a ajuda dessas pessoas elaborou centros de
documentos falsos, com assinaturas falsificadas,
dando identidade temporária aos meninos judeus.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos
tempos da paz. Por isso não se cansava manter com
vida esses meninos.
Queria que um dia pudessem recuperar seus
verdadeiros nomes, sua identidade, suas histórias
pessoais, suas famílias.
Foi quando inventou um arquivo que registrava os
nomes dos meninos e as suas novas identidades.
Anotava os dados em pedaços pequenos de papel que
enterrava, dentro de potes de conserva, debaixo de uma
árvore de macãs, no jardim do seu vizinho.
Guardou, sem que ninguém suspeitasse, o passado de 2500
meninos, até que os nazistas foram embora.
Um dia, os nazistas souberam das suas atividades.
Em 20 de outubro de 1943,
Irene foi detida pela
Gestapo e levada à prisão de Pawiak onde foi
brutalmente torturada.
Num colchão de palha da sua cela, encontrou
uma estampa de Jesus Cristo. E ficou com ela
até 1979, quando a doou a João Paulo II.
Irena era a única que sabia os nomes e onde se
encontravam as famílias que albergaram os
meninos judeus; suportou a tortura e se recusou
a trair seus colaboradores ou a qualquer dos
meninos ocultos.
Quebraram-lhe os pés e as pernas, além de
sofrer inúmeras torturas. Mas ninguém
conseguiu romper a sua vontade.
Foi condenada a morte, mas sentença que
nunca chegou a se cumprir porque a caminho
do lugar da execução, o soldado a deixou
escapar.
A resistência o tinha subornado porque não
queriam que Irene morresse com o segredo da
localização dos meninos.
Oficialmente ela constava nas listas dos
executados. A partir de então, continuou
trabalhando, mas com uma identidade falsa.
No final da guerra, ela mesmo
desenterrou os vidros de conserva e
fez uso das anotações para encontrar
os 2.500 meninos que colocou
com famílias adotivas.
Ajuntou-as aos seus parentes
espalhados pela Europa, mas a
maioria tinha perdido as suas famílias
nos campos de concentração nazistas.
Os meninos só a conheciam pelo
apelido Jolanta.
Anos mais tarde, quando a sua historia
saiu num jornal junto com fotos suas
da época, diversas pessoas
começaram a chamá-la para dizer:
Lembro-me de seu rosto... sou um
daqueles meninos, lhe devo a
minha vida, meu futuro, e gostaria
de vê-la!
Irena tinha no seu quarto fotos com alguns daqueles
meninos sobreviventes ou com filhos deles.
Seu pai, um medico que faleceu de tifo quando ela ainda
era pequena, lhe fez memorizar o seguinte:
Ajude sempre a quem estiver se afogando,
sem levar em conta a sua religião
ou nacionalidade. Ajudar cada dia alguém tem de ser uma necessidade que saia do coracão.
Nunca se considerou uma heroína.
Nunca reivindicou crédito algum
pelas suas ações.
Poderia ter feito mais,
responde sempre.
"Este lamento me acompanhará
até o dia de minha morte!"
NÃO SE PLANTAM SEMENTES DE COMIDA.
PLANTAM-SE SEMENTES DE BONDADE.
TRATEM DE FAZER UM CIRCULO DE BONDADE,
ESTE OS RODEARÃO E FARÃO CRESCER MAIS E MAIS.
Irena Sendler
_____________
L i n k s
Veja Irena no YouTube "Vida em uma Jarra"
Filme "The courageous heart of Irena Sendler" (O coracão corajoso de Irena Sendler) que teve a sua première em Los Angeles em abril de 2009.
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ReveR 6
09 agosto, 2017
VIAGEM A GDANSK - Polônia
Minha viagem a Gdansk, na Polônia, foi escolhida desta vez não por causa do famoso Sindicato Soliedariedade de Lech Walesa, do qual seu aeroporto leva o nome, mas por curiosidade de conhecer a linda cidade no norte do país, onde nunca estive nas viagens que já fiz à Polônia.
Chegando de taxi do aeroporto de Gdansk ao hotel IBIS, tudo o que eu queria era...
... descansar.
NIE PRZESZKADZAC...
simplesmente.
Após dormir bastante no quarto moderno (a estante é uma pintura, o pé é meu) verifiquei que entre muitos canais de tv a cabo, havia felizmente um em inglês, o Euronews. Mas, ocupando os noticiários, notícias do Brasil... E a infeliz pergunta da repórter inglesa a um entrevistado: "Como um país pode ser tão corrupto?" (ainda bem que eu já tinha relaxado devidamente...)
Hora de sair do quarto e explorar a cidade, pois dois dias de permanência é pouco para tal...
Tomando o elevador...
.Como já mencionei, um IBIS novo, moderno e ultra confortável.
Vamos caminhar e conhecer Gdansk...
A bela biblioteca local escolhi como meu ponto de partida...
No cartazinho à porta o anúncio de que estaria fechada durante o mês de agosto...
Mas como admiro prédios, principalmente antigos, fotografá-la já valeu.
Retomando a longa caminhada...
Impossível identificar os muitos prédios e torres altas...
Gdansk não está decepcionando, pelo contrário, deslumbrando.
E por que não brincar um pouco?
Por um momento imaginei-me na linda Amsterdam...
... mas estava na bela Gdansk.
Uma churrascaria, El Pampa.
Gosto de portas.
E aqui parece que estou no mercado de Helsinki...
Um concerto de sinos me atraiu à igreja...
De fato, o que me atrai a igrejas está aqui:
"Milito por Cristo"
Uma das centenas de igrejas católicas da cidade, a religião oficial do país, que seus habitantes levam muito a sério.
Nesta, seu belo teto é uma obra de arte.
Em um canto, um sino antigo, certamente "sobrevivente" da 2Guerra Mundial.
Nas redondezas, coisas bonitas e típicas!
E na vitrina desta loja, um gato dormindo calmamente.
Hora de voltar ao hotel... seguindo o curso do rio, informaram-me.
A igreja de outro ângulo.
Muitos relaxando naquele belo dia de verão... 32 graus positivos.
Voltando ao hotel IBIS.
Se eu me perdesse, "bastava decorar o nome da pracinha diante do hotel"...
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The last but not the least
Uma das razões de ter escolhido visitar Gdansk foi por ser a capital da Pomerânia polonesa...
Esta carrocinha me fez lembrar os veraneios da infância no Recanto dos Coswig, em Pelotas-RS. E também do que era ouvido com frequência: "Eu não falo alemão, falo o pomerano!"
Uma guia de turismo, quando falei dos "pomeranos", informou-me que eu talvez estivesse procurando pelo povo de Kaszuby e me indicou uma loja deles...
A dona da loja concordou em ser fotografada com seus trabalhos manuais e artesanais típicos dos "Kaszuby", povo ao qual ela pertencia e que tinha sua região não muito distante de Gdansk.
Mesmo com pouco tempo disponível, cheguei a cogitar de visitar a região no dia em que viajaria para a capital Varsóvia. Mas desisti pela razão de que pairou uma dúvida se o povo de Kaszuby seria mesmo o pomerano, já que a Pomerânia do passado abrangia tanto o norte da Alemanha quanto da Polônia.
Teria talvez bastado conhecer algumas palavras em "pomerano" para comparar com o "Kaszuby" e acabar com o mistério, oportunidade que não houve.
Saiba mais através do link abaixo e de outros pelo Google.com:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pomer%C3%A2nia
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Na manhã seguinte, dirigi-me à estação onde tomei um moderno trem high speed para Varsóvia, 4 horas de viagem rumo ao sul do país.
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Próxima postagem:
17 a 19 de setembro
Visita à casa onde nasceu Chopin
e o recital no jardim. Mas
enquanto esperávamos pelo concerto,
na imensa bela área verde
ao redor da casa,
speakers, colocados
no gramado,
digamos, a cada 10 metros,
tocavam músicas de Chopin...
uma inspiracão
para os turistas
do mundo inteiro.
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