Paulo Franke

01 dezembro, 2007

Ele emitiu passaportes suecos aos judeus

Raoul Wallenberg nasceu em uma família muito rica da Suécia. Em 1931 foi estudar arquitetura nos Estados Unidos. Em 1935 e 1936 foi funcionário do Banco da Holanda em Haifa, Israel, e voltando à Suécia trabalhou em uma companhia de exportacão cujo proprietário era um judeu que imigrara da Hungria, de cuja firma tornou-se co-proprietário e também diretor internacional.

Como diplomata, e sob a protecão da embaixada da neutra Suécia na Hungria, foi enviado a Budapeste na Segunda Guerra Mundial com a nobre missão de resgatar judeus húngaros do Holocausto. "Eu não posso mais permanecer na Suécia. Cada dia pessoas estão sendo mortas. Eu me prepararei para viajar rapidamente", disse ele aos seus amigos, acrescentando: "Tentarei salvar o maior número de vidas que me for possível". E assim voou de Estocolmo para Berlim, onde tomou um trem para Budapeste.

Em Budapeste, emitiu passaportes suecos aos judeus, passaportes esses que identificavam seus portadores como "suecos aguardando repatriacão". Montou um esquema de protecão aos judeus com cerca de 350 colaboradores. Ainda que odiado por autoridades, não ousaram fazer-lhe mal, mesmo que Adolf Eichmann o tivesse chamado de "Wallenberg, o cão judeu".

É impossível determinar exatamente quantos judeus foram salvos por sua acão, mas Yad Vashem dá-lhe crédito de ter salvo 15.000 vidas.


Passaporte original emitido pelo diplomata, e abaixo cópia de sua carta de motorista húngara no Museu Judáico em Estocolmo.

Em janeiro de 1945 foi preso pela polícia russa precursora da KGB e em 1957, devido a pressões diplomáticas, os soviéticos anunciaram que Wallenberg morrera de um ataque cardíaco em uma prisão de Moscou, o que nunca foi comprovado.


Enquanto monumentos e homenagens lhe foram dedicados em muitos países do mundo, intensas buscas também foram feitas por aqueles que criam que ainda estivesse vivo.

Em 2001, um memorial foi criado em Estocolmo em honra a Wallenberg. Foi inaugurado pelo rei Carl Gustaf XVI em uma cerimônia na qual estiveram presentes o então-Secretário Geral das Nacões Unidas, Kofi Annan, e sua esposa, Nane Maria Lagergren, sobrinha de Wallenberg.

Há diversos locais que o homenageiam em Budapeste, entre eles o Raoul Wallenberg Memorial Park , perto da preservada Embaixada da Suécia em 1945. Em Nova York, em frente ao edifício das Nacões Unidas, há um monumento dedicado a ele consistindo de uma réplica de sua pasta, de sua caneta esferográfica e cinco pilares de granito preto, além de pedras de pavimentacão trazidas das ruas do gueto judeu em Budapeste. Um filme está sendo produzido pelo cinema sueco em sua homenagem.





O monumento principal a Raoul Wallenberg em Budapeste, Hungria.



Raoul Wallenberg foi fiel ao que registra Provérbios 24:11: Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.

Enquanto os nazistas emitiam "passaportes para a morte", Wallenberg emitia "passaportes para a vida", provando, através de seu grande amor pelo povo judeu, demostrado por sua imensa coragem, a veracidade das palavras bíblicas: O perfeito amor lanca fora o medo (1 João 4:18).


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L i n k
Veja o monumento a Raoul em Estocolmo: