Paulo Franke

20 julho, 2008

De trem pela Europa 6 - Zurich (Suíca)


Do you want to read this text in English?

Although it is not a perfect translation - sometimes with many mistakes, sometimes very funny! - it can give you an idea of the subject:


Lugares visitados conforme o mapa acima
(tente aumentá-lo clicando sobre ele e seguindo a direcão das setas):



*
Bremem, Berlim, Nuremberg (Alemanha), Salzburgo (Áustria), Budapeste (Hungria), Zurique, Vevey, Genebra (Suíca), Haarlem (Holanda), Celes, Bergen-Belsen, Bremerhaven, Hamburgo, Puttgarden (Alemanha), Copenhagen (Dinamarca), Halmstad, Goteburgo (Suécia), Bergen, Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia ) e de volta a Helsinki (Finlândia), onde vivo.


De trem pela Europa 6 - Zurich (Suíca)



Saindo de Budapeste em direcão a Zurique - uma longa viagem na qual atravessei a Áustria - tirei esta foto no trem do restaurante, já que estava vazio naquele momento.

E depois de algumas horas chegamos a Viena.


Nesta escala, um pouco mais longa do que as outras, foi para mim a ocasião de recordar a primeira InterRail, em 2001, quando desembarquei em Viena e conferi muitas de suas belezas, conforme as fotos abaixo, tiradas na ocasião:


O viajante, 7 anos mais novo, no espírito creio que igual.

No palácio da famosa Imperatriz Sissi, a qual interpretou muito bem Romy Schneider nos anos cinquenta.




Do meu álbum daquela primeira InterRail: naquele ano nosso filho estudava na USP, dai a foto com funcionárias da USP que encontrei ao ouvir falarem o português.




No Museu Judáico, obtendo o telefone do escritório de Simon Wiesenthal, liguei para lá quem sabe para marcar uma visita... Falei com a secretária de Simon, ainda vivo em 2001 mas não no escritório naquele dia, e pedi a ela transmitir a ele a minha admiracão e o abraco de um brasileiro que passava por Viena.



Viena, banhada pelo rio Danúbio, o mesmo que banha Budapeste. Johann Strauss (1825-1899), o rei da valsa, foi o compositor de "Danúbio Azul", considerada por muitos o hino nacional da Áustria. Li que Wagner não escondia a sua admiracão pela valsa. E que Brahms certa vez escreveu em um guardanapo: "Infelizmente, não é minha!"


Naquela ocasião tomei um metrô para chegar às suas margens. Lembro-me de ter, ao som do murmúrio do rio, estendido-me ao chão e tirado uma soneca... "Murmúrio d'água, és tão suave aos meus ouvidos..." (Manuel Bandeira). E ali me veio saudade do passado, dos bailecos de família na casa dos saudosos tios - Dulce e Dirceu Treptow - que possuíam uma "eletrola" onde os discos (ainda aqueles "quebráveis") "Danúbio Azul" e "O Conto dos Bosques de Viena" eram os mais tocados.


Despertando das memórias do passado, como o disco que se quebrou, era hora de prosseguir viagem, agora pelo inesquecível Tirol que por sua beleza indescritível tanto me impressionara da primeira vez.


Salzburgo novamente, dessa vez só de passagem por sua estacão...


Ah, os incomparáveis chalés austríacos, com seus balcões geralmente com floreiras, visto por todo o país e principalmente pelo Tirol.


E correndo em alta velocidade, do moderno trem vejo as montanhas de Salzburgo. Em uma delas Julie Andrews cantou "The hills are alive with the sound of music" (Os montes estão vivos com o som de música). Adieu, good-bye, Salzburg! digo como os von Trapp.

Veja na postagem "De trem pela Europa 3" minha visita a Salzburgo e aos locais onde foi filmado "A Novica Rebelde" (The sound of Music).

Dormir no trem? Impossível diante de horas intermináveis passando por paisagens incríveis do Tirol, como esta e as demais a seguir...









E depois de longas horas por lugares deste tipo chegamos à Suíca, precisamente a Zurique...



Zurique, que chama a atencão pelas tantas igrejas bem perto umas das outras, é considerada a cidade que tem a melhor qualidade de vida no mundo.

No primeiro plano, a Igreja de São Pedro, com o maior mostrador de relógio de toda a Europa.



Faz de conta que tudo estava calmo naquela tarde e que eu voltei de um passeio de bicicleta...



A verdade é que Zurique praticamente parara naquele fim de tarde para assistir ao jogo Croácia-Alemanha. À beiro do rio que banha a cidade, multidões assistiam ao jogo pelos telões, ficando difícil para mim (desligado completamente do jogo) passear ao longo do rio e conhecer um pouco mais da cidade onde estivera em 2001.



Na "cidade com a melhor qualidade de vida do mundo", devido aos hotéis cheios restava-me dormir... na estacão ferroviária. Ali, depois do jogo em que vencera a Croácia, centenas de fãs também reuniram-se para comemorar; nas fotos jogadores gigantes que decoravam o local.

.

A uma certa hora da madrugada, quando silenciaram os estridentes sons de música, gritos, apitos etc., procurei um lugar para me estender e tentar dormir tendo como travesseiro a minha mochila. E ali na "cidade com a melhor qualidade de vida do mundo" senti-me o próprio sem-teto, homeless... Dormia e acordava, dormia e acordava... Por certo não seriam aqueles gigantes que me guardariam, mas os anjos de Deus. Essa experiência não tão agradável me serve, entretanto, de introducão para a etapa seguinte de minha viagem em terras suícas.

_________________________

Próxima postagem:



De trem pela Europa 7 - Vevey (Suíca)



Por que Vevey? Porque nessa cidade Charles Chaplin viveu os últimos anos de sua vida e...

3 Comments:

Postar um comentário

<< Home