6. ... Em PARIS - Marais (Marré) - Armée du Salut
"Eu sou pobre, pobre, pobre de Marré, Marré de-si ...
Eu sou rico, rico, rico de Marré, Marré de-si ..."
Posso estar enganado, mas de repente ao planejar o passeio ao badalado bairro de Marais fiquei pensando se aquela cantiga de roda - que talvez nossas avós, mães e irmãs cantavam - teria a ver com este lugar cujo nome pronuncia-se "Marré" (e de-ci significa "daqui"). Uma vez que a influência francesa era muito forte no Brasil no início do século passado, quando a cantiga certamente se popularizou, posso não estar errado, mas afinal isso não é tão importante, mas curioso talvez. Perguntando às minhas filhas, fiquei surpreso em saber que elas também cantaram o "Eu sou pobre de Marré, de-si" ao brincarem de roda com suas amiguinhas na década de 80!
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O bairro, sua história:
Sede do palácio real até o século 17, o Marais foi totalmente abandonado durante a Revolução Francesa, sofrendo grande deterioração. Hoje, alguns museus dos mais populares de Paris ocupam suas elegantes mansões. As ruas principais e os becos estreitos estão cheios de butiques, galerias e restaurantes modernos. Os preços afastaram lojistas antigos, mas muitos artesãos, padarias e pequenos cafés permanecem aqui, da mesma forma que uma mistura étnica de judeus, argelinos descendentes de colonizadores, asiáticos e outros.
Ali, deitado no gramado, fotografei o lindo céu azul, enquanto meu neto via objetos ou animais que as nuvens desenhavam!
"Vô, vô, olha quantas estrelas de Davi neste prédio!", chamou-me a atenção em outro momento. Foi algo inesperado encontrar no Marais este memorial, uma vez que lera no guia somente sobre a rua Rosiers, endereço certo para uma visita.
Eu sou rico, rico, rico de Marré, Marré de-si ..."
Posso estar enganado, mas de repente ao planejar o passeio ao badalado bairro de Marais fiquei pensando se aquela cantiga de roda - que talvez nossas avós, mães e irmãs cantavam - teria a ver com este lugar cujo nome pronuncia-se "Marré" (e de-ci significa "daqui"). Uma vez que a influência francesa era muito forte no Brasil no início do século passado, quando a cantiga certamente se popularizou, posso não estar errado, mas afinal isso não é tão importante, mas curioso talvez. Perguntando às minhas filhas, fiquei surpreso em saber que elas também cantaram o "Eu sou pobre de Marré, de-si" ao brincarem de roda com suas amiguinhas na década de 80!
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O bairro, sua história:
Sede do palácio real até o século 17, o Marais foi totalmente abandonado durante a Revolução Francesa, sofrendo grande deterioração. Hoje, alguns museus dos mais populares de Paris ocupam suas elegantes mansões. As ruas principais e os becos estreitos estão cheios de butiques, galerias e restaurantes modernos. Os preços afastaram lojistas antigos, mas muitos artesãos, padarias e pequenos cafés permanecem aqui, da mesma forma que uma mistura étnica de judeus, argelinos descendentes de colonizadores, asiáticos e outros.
Fomos atraídos pelo som da banda jovem que tocava diante da igreja que leva o nome - Gervásio e Protásio - de dois mártires romanos mortos por Nero. A igreja St-Gervais St-Protais, famosa por sua ligação com a música religiosa, pertence atualmente a uma ordem religiosa católica cuja liturgia atrai turistas do mundo todo.
Um restaurante coberto de hera verde, dos tantos interessantes de Marais.
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E a janela com flores, mais simples, mas tipicamente parisiense.
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Place des Vosges -De impressionante simetria... foi cenário de muitos eventos históricos ao longo dos séculos. ... madame de Sévigné nasceu aqui... cardeal de Richelieu morava aqui. O escritor Victor Hugo viveu aqui por 16 anos, de 1832 a 1848, e na maison de Victor Hugo, situada no segundo andar de um hotel, escreveu a maior parte de Les Misérables.
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Naquela tarde de calor, unimo-nos às tantas pessoas que se sentavam no gramado da praça.
Ali, deitado no gramado, fotografei o lindo céu azul, enquanto meu neto via objetos ou animais que as nuvens desenhavam!
"Vô, vô, olha quantas estrelas de Davi neste prédio!", chamou-me a atenção em outro momento. Foi algo inesperado encontrar no Marais este memorial, uma vez que lera no guia somente sobre a rua Rosiers, endereço certo para uma visita.
Estávamos no Mémorial de la Shoah. No grande cilindro lavrado, assemelhando-se a um caldeirão gigante, os nomes dos campos de concentração onde morreram judeus franceses. É o Memorial do Mártir Judeu Desconhecido, inaugurado em 1956. Em 2005 também foi colocada ali uma pedra gravada com o nome de 76 mil judeus (11 mil deles crianças) que foram deportados da França para os campos de extermínio nazistas.
No mesmo complexo do memorial, a "Travessa dos Justos", uma ruela em homenagem aos justos que protegeram judeus durante a ocupação.
Inumeráveis nomes de franceses, chamados justos, estão ali gravados, o que me fez lembrar a recente visita ao Museu do Holocausto Yad-Vashem, em Jerusalém (veja link abaixo).
Detidos pela polícia do governo de Vichi, cúmplice da ocupação nazista, mais de 11.000 crianças foram deportadas da França entre 1942-44 e assassinadas em Auschwitz porque nasceram judias. Mais de 500 crianças viviam nete bairro, entre elas, alunos desta escola. Jamais nos esqueçamos delas.
Guia "Dorling Kindersley"
No mesmo complexo do memorial, a "Travessa dos Justos", uma ruela em homenagem aos justos que protegeram judeus durante a ocupação.
Inumeráveis nomes de franceses, chamados justos, estão ali gravados, o que me fez lembrar a recente visita ao Museu do Holocausto Yad-Vashem, em Jerusalém (veja link abaixo).
Detidos pela polícia do governo de Vichi, cúmplice da ocupação nazista, mais de 11.000 crianças foram deportadas da França entre 1942-44 e assassinadas em Auschwitz porque nasceram judias. Mais de 500 crianças viviam nete bairro, entre elas, alunos desta escola. Jamais nos esqueçamos delas.
Tremi a foto pela emoção de inesperadamente encontrar amigos judeus diante de um restaurante!!
Parece que, simpáticos, gostaram de quando pedi para serem fotografados comigo!
E mais: até uni-me ao seu canto alegre, na base do lá-lá-lá, por não saber a letra!
O bairro do Marais fica próximo ao rio Sena, onde há também a Esplanada Ben Gourion!
No domingo fomos assistir à reunião na nossa igreja, o
Que D-us abençoe os judeus franceses!
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O bairro do Marais fica próximo ao rio Sena, onde há também a Esplanada Ben Gourion!
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No domingo fomos assistir à reunião na nossa igreja, o
Exército de Salvação (L' Armée du Salut):
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Interessante ler o familiar escudo - Sangue, de Jesus, e Fogo, do Espírito Santo - agora em francês, "Sang et Feu"!
O grupo de louvor lidera momentos de adoração na grande congregação constituída de franceses mas também de haitianos e de pessoas de países africanos.
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Voltai os olhos para o Senhor/ E resplandecereis de alegria/ Cantai Seu nome de todo o vosso coração /Ele é o vosso Salvador / É o vosso Senhor!
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Tive na reunião o prazer de dar meu testemunho, apresentando-me como um oficial brasileiro trabalhando na Finlândia, e ao meu neto como um jovem salvacionista do Templet, Corpo sueco de Helsinki, dirigido por sua mãe. E mencionei a alegria de, após estar presente em reuniões salvacionistas em diversos idiomas, estar pela primeira vez na minha vida assistindo a uma em francês (entendida através da lembrança do idioma aprendido ginásio - e pouco praticado, daí o esquecimento do mesmo - e pela interpretação da anfitriã, que nos acompanhou).
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Passo a passo iremos avante,/ pouco a pouco ganharemos terreno! /A oração é nosso poder./ As muralhas caem por terra.
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Após a animada reunião, houve o grande almoço para o qual também fomos convidados. No domingo seguinte, dei aos salvacionistas de Hämeenlinna as saudações do Segundo Corpo de Paris. O internacionalismo é um dos tantos lindos aspectos do Exército de Salvação, agora em 121 países, com o início do trabalho neste mês de junho nos Emirados Árabes (Dubai).
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L i n k s:
Não sei se ainda há à venda, mas garanto que os leitores serão igualmente abençoados com a leitura do livro "A Marechala", que conta a vida da filha do fundador do Exército de Salvação, pioneira do trabalho na França. (Editora Betânia). Algo bem interessante: em visita a uma grande livraria evangélica em Oslo, Noruega, vi-o na estante em língua norueguesa. O livro tem sido muito vendido em diferentes igrejas, tal o poderoso testemunho de Catherine Booth e lances corajosos do início do trabalho na França.
Um livro poderoso, imperdível para quem ama, espera e ora constantemente pelo avivamento do Espírito Santo na Igreja!
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- Leia sobre a participação dos salvacionistas franceses na extinção da Ilha do Diabo, onde foi preso o famoso Papillon (e veja foto do albergue-flutuante que o Armée du Salut mantém no rio Sena):
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- Veja também fotos e leia sobre minha recente visita ao Museu do Holocausto Yad-Vashem em Jerusalém (inclusive ao Jardim dos Justos entre as Nações):
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Próxima postagem:
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7. ... Em Paris - Disneyland (para lembrar-me dos netos!)
7. ... Em Paris - Disneyland (para lembrar-me dos netos!)
6 Comments:
Foi muito legal ver suas fotos artísticas. Não duvido se voce não ganhar um prêmio com essas fotos muito bem tiradas. Muito boas e deve ter sido uma maravilhosa ocasião ter visitado aquele lindo país.
Quando estive lá visitei alguns lugares inclusive o Palais de la Femme, o Arco do Triunfo, que é obrigatório, e outros.
Um forte abraço e Brasil, bola pra frente...
ADONIAS SOUZA
By paulofranke, at sábado, junho 26, 2010 6:07:00 PM
Paris é um sonho... adorei as fotos e performance. Tive 2 anos no ginásio aula de francês, era muito gostosa, uma língua fácil de pronunciar, eu amava! Lembro-me das músicas... "Au Clair de la lune, mon petit pierrot". "Alluet jamp Alluet... Alluet ge te plimerre" Olhe, não repare se errei ao escrever mas canto sempre e me lembro bem delas. Meu professor de francês chamava-se Theognis, mas a gente o chamava de Theo, era excelente e nos ensinava com dedicação - que saudade! Eu tinha doze anos, olha qto tempo!
Também no seu blog aproveitei as aulas de francês, pois não sabia como se escrevia Exército de Salvação em francês, "Armée du Salut" e "Sang et Feu".
LUZIA
By paulofranke, at segunda-feira, junho 28, 2010 8:31:00 PM
Muito legal essa postagem, voltada para o lado religioso e relembrando as antigas postagens e histórias, mt bom.
Abraço
By João Guilherme, at terça-feira, junho 29, 2010 5:06:00 AM
como disse passear em Paris com quem curte a beleza da cidade, o "clima" social enfim La vie Parisienne, é uma delicia para mim.
Não é favor acompanhar é um prazer.Passear com alguém que só vem aqui para dizer que veio, o passeio não demora muito. Por isso é que caminhamos bastante e chegávamos em casa cansados mas felizes ! Nossa "reunião ao ar livre" foi ótima ! Curtimos numa boa ! Abraços da "anônima".
By Anônimo, at quinta-feira, julho 01, 2010 7:09:00 PM
Henrique:
Graaaaaande Paulo!
Saudade de vc, amigo.
Andei curtindo as suas fotos perambulando com o netão.
Fiquei feliz, principalmente na cantoria com os ortodoxos...heheheh..muito bom!
Um grande abraço para você e sua família
By paulofranke, at sexta-feira, julho 02, 2010 7:43:00 PM
Recadinho para Luzia:deu para adivinhar :
"alouette gentille alouette,
alouette je te plumerai!...
Imaginem so:" alouette,(um passaro) gentil alouette, eu vou te deplumar! tao horrivel como atirei o pau no gato mas o gato nao morreu etc
as pessoas eram crueis ja, mas as crianças pequeninas nao prestavam atençao às palavras ouf! ainda bem né ? he he "By" uma amizade do Paulo entre mil.
By Anônimo, at segunda-feira, março 14, 2011 1:29:00 AM
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