Paulo Franke

22 janeiro, 2011

A maior ÅVENTURÅ de fé de Paulo Franke!


No início deste ano, com um grande amigo brasileiro que vive atualmente na Alemanha, fiz um cruzeiro Helsinki-Estocolmo. Quando, no meio do trajeto, o navio fez escala em Åland, província finlandesa autônoma de língua sueca, pedi a ele que me tirasse uma foto olhando para uma das ilhas do grande arquipélago.

Nunca mais voltei àquele lugar onde vivemos de julho de 1989 a março de 1993, mas com certa frequência voltam as recordações de uma fase atípica de minha vida e que nesta postagem chamo de A maior åventurå de fé de Paulo Franke. Tempo difícil, mas "aureolado", de muitas conquistas espirituais, não isento, porém, de grandes desafios e de algumas dificuldades. (A letra sueca Å-å tem o som de ô, portanto Åland pronuncia-se "Ôland").

Quando trabalhávamos em um orfanato em Jacutinga, sul de Minas Gerais, logo depois que voltamos dos E.U.A, em 1986, sentimos ambos um chamado para a Finlândia. Nada de estranhar, afinal, pois sendo minha esposa nascida naquele país, simplesmente fazia sentido. Estranho era o fato de que, naquele tempo casados há 13 anos, tal coisa jamais passara pela nossa cabeça: irmos para o seu país de origem!



Escrevemos para o Quartel Nacional oferecendo-nos como "oficiais de reforço" para aquela terra, o que nos foi negado veementemente. Por esse e por outros fatos, minha estrutura salvacionista estava um tanto abalada na época. Mas de surpresa visitou-me um amigo que eu conhecera em Portugal, homem de Deus com quem orara naquele país muitas vezes, até em uma inesquecível reunião de vigília em um castelo medieval. Juntos novamente, orar tornou-se uma constante. E também viajar para mostrar-lhe algo do Brasil (na foto, nas Cataratas do Iguaçu), que ele visitava pela primeira vez.



Viajando com esse amigo para mostrar-lhe o Rio de Janeiro, acedi a um convite de um pastor que conhecera de visitar sua igreja, e o acampamento que realizavam nos dias de carnaval. Após dar meu testemunho do chamado para a Finlândia nesse camp, um homem alto e muito apessoado, membro da igreja, aproximou-se de mim e, interessado, conversamos sobre a Escandinavia, apresentando-se como um dos diretores de uma companhia de navegação que fazia a rota Brasil-Escandinávia. A seu pedido, meu amigo e eu fomos ao seu belo escritório na Urca no dia seguinte e, boquiaberto, recebi dele uma passagem em um navio cargueiro, para toda a família, gratuitamente...

Resumindo... diante da porta aberta para irmos cumprir com o nosso chamado àquele país - e diante da negação veemente de nossa igreja - aceitei a provisão do Senhor com respeito as passagens e desligamo-nos do Exército de Salvação. No tempo de espera para partirmos, fomos hospedados pelo amado irmão pastor, médico e cantor evangélico, Paulo Cezar Brito (foto) no apartamento de hóspedes de sua igreja (Maranata), uma igreja cheia de amor fraternal. O apartamento ficava no bairro do Maracanã, de onde avistávamos o grande estádio.



Chegado o tempo certo, depois de três meses no Rio de Janeiro, despedimo-nos da família em Pelotas e São Paulo e, felizes e entusiasmados, dirigimo-nos ao porto de São Francisco do Sul-SC para tomarmos o navio Laplandia, que nos conduziria a Oslo, na Noruega. Meus ancestrais, tanto portugueses (pareço-me um deles na foto!) quanto alemães haviam feito o mesmo trajeto pelo Atlântico; agora era a minha vez de fazê-lo no sentido contrário, rumo ao norte!




Emigrante? Missionário? Andarilho? Fosse o que fosse, eu estava a caminho da terra de nosso chamado, e isso nos alegrava sobremaneira na viagem marítima que, com exceção de minha esposa, nós quatro fazíamos pela pela primeira vez, recebendo até certificado de termos atravessado a linha do Equador.



17 dias no mar, a bordo de um navio moderno, limpo, lindo, com cabine reservada para o casal e outra para os filhos, com salas de ginástica e esportes, piscina no deck, um navio cargueiro com toda a estrutura para transportar passageiros. "Eu navegarei no oceano do Espírito", cantávamos seguido. E curtimos ao máximo a experiência, que eu identificava como a do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias! (Meu exemplar da Bíblia daquela época - que ainda guardo com carinho - foi sublinhado constantemente em trechos que "batiam" nas experiências tanto do Paulo, o apóstolo, quanto do Paulo, o agora missionário!)




"... é necessário que vamos dar a uma ilha", registra Lucas em Atos 27:27.

Por que a ilha de Åland, um verdadeiro arquipélago entre a Finlândia e Suécia?

Na viagem ao Rio de Janeiro que fizera com meu amigo português, ganhara não somente as passagens para viajar - o que significara uma porta não aberta mas escancarada para cumprir o chamado de Deus - como também um contato na Finlândia através de um outro pastor que eu conhecera pela primeira vez naqueles dias. Ele conhecera em uma conferência alguém da Finlândia e me passava o nome da pessoa e endereco, para quem apressadamente escrevi. Ausente do país há décadas, minha esposa não se sentiu à vontade de simplesmente "bater na porta de parentes". Decidíramos seguir o "mapa de Deus" e irmos totalmente por nossa conta, "para o que desse e viesse", confiados na direção do Senhor.


Fomos recebidos em Oslo por missionários salvacionistas que haviam trabalhado no Brasil, e logo chegávamos à ilha, banhada pelo lindo e ensolarado verão escandinavo, do sol-da-meia-noite. A vimos repleta de turistas (tão popular era o lugar que o filho do presidente John Kennedy, John Kennedy Junior lá havia estado recentemente, contaram-nos).

No entanto, o contato que tínhamos provou-se desde o início ser um contato errado, para não dizer um "pesadelo"... O apóstolo Paulo em suas viagens havia enfrentado "feras", o que fez identificar-me novamente com ele. Resumindo a trágica e sinistra "boas-vindas", enquanto meus filhos estavam em um passeio e minha esposa desembaraçando a bagagem na capital Helsinki, saí daquela casa "hospedeira" atormentado no meu espírito a caminhar a esmo pela ilha, atônito perguntando a Deus a razão pela qual tudo estava dando tão errado, afinal?

Completamente sem direção, fui dar em um templo da Igreja Pentecostal fechado naquele momento. Ali mesmo ajoelhei-me e disse para Deus: "Senhor, todos esses anos tenho ajudado pessoas no Exército de Salvação... agora estou eu aqui precisando como nunca de ajuda!" Logo chegou o zelador da igreja no seu carro e conduziu-me à casa de irmãos pentecostais que nos receberam como hóspedes bem-vindos até conseguirmos uma casa para alugar, no que também fomos ajudados por eles.


Poucos dias após nossa chegada, atordoado por sentir e discernir que o contato na ilha havia sido um contato errado e suspeito, saí a caminhar com minha filha e, de repente, cruzou à nossa frente uma senhora de idade andando de bicicleta. "Olha!", falei-lhe, "como é parecida com a holandesa Corrie ten Boom!". Minha filha concordou, pois já lera também os livros daquela mulher que, por abrigar judeus, fora parar em campos de concentração (link abaixo).


Logo o irmão pentecostal que nos acolhera após sairmos às pressas do "contato errado", levou-me, prestativo, à casa de alguém que tinha uma para alugar. Ao abrir a porta, fui tomado de surpresa: a dona da casa era a mesma senhora que cruzara nosso caminho andando de bicicleta: a "Corrie ten Boom que protegera judeus em sua casa!"

Annie, como se chamava, falava apressadamente o sueco, língua da ilha, que naquela altura eu não entendia. Seu marido fora no passado um missionário do Exército de Salvação na China, e isto bastara para ela: saber que foramos do Exército de Salvação. Assim "Corrie ajudou os judeus em necessidade: nós, no caso!"



Logo fomos ver a casa onde moraríamos, um lindo sobrado branco de madeira, no estilo das casas do lugar. O susto da chegada passara e agora a providência do Senhor nos comovia e nos fazia gratos a Ele diante dessa nova fase de nossas vidas.



Alguns anos depois desenhei Annie e presenteei-o como nosso cartão de aniversário.



Moramos no casarão todos os quase quatro anos em que vivemos na ilha de Åland. Espaçoso, cada filho tinha o seu próprio quarto, cujas janelas davam para a floresta que o circundava, um espetáculo de beleza a cada estação do ano (ver link).



A união destas duas fotos ficou interessante, inclusive para contar que pela primeira vez tínhamos uma casa de jardim. Durante a chegada da primavera, na Páscoa do primeiro ano, a flor amarela típica simplesmente desabrochou no nosso canteiro, causando-me admiração. Quando morreram na chegada do verão, o mesmo canteiro, sem requerer nenhum cuidado - pois nunca fui jardineiro! - encheu-se de lindas tulipas! Tudo era surpresa na nova vida, embora nem tudo fossem flores...



Tínhamos "posto a mão no arado", como diz a Escritura, e não podíamos voltar atrás. Nossos filhos por sua vez avançavam nos estudos na escola do lugar, onde tiravam boas notas mesmo que usando pela primeira vez o idioma sueco. Tinham amigos agora e tenho certeza de que poderiam dar a versão própria, com muitos detalhes, daquele tempo de suas vidas.



Assim que fomos morar no casarão - que ficava em uma floresta no interior da ilha - fez-se necessário comprar um carro. E assim adquirimos um Morris que passei a chamar de "boa índole". Velho, com um vazamento crônico de óleo, sem conseguir trancar as portas, sem a chave sair da ignição (eu colocava uma luva sobre ela para "disfarçar" o problema (mas quem, afinal, o roubaria?)), sem cintos de segurança, ele nunca nos deixou "na mão". Enquanto carros modernos precisavam no inverno aquecer o motor em um dispositivo elétrico durante a noite, para "pegar" na manhã seguinte, o nosso Morris ao girar da chave sempre "pegava" automaticamente e em poucos minutos já estava também aquecido no seu interior.



Prudententemente, por ser um carro velho, eu o dirigia bem devagar, ainda mais quando a neve cobria as estradas que davam para o nosso trabalho. Muitas vezes guardas me mandavam parar e, humilhantemente, eu passava pelo teste do "bafômetro", desconfiados de que dirigia devagar por estar embriagado.



Quase no final de nossa estada na ilha compramos um Toyota. Por ser uma província autônoma da Finlândia, as placas dos carros são exclusivas (a ilha tem bandeira própria, rapazes não prestam o serviço militar, além de outras tantas características do lugar.)




Não mencionado até aqui, naturalmente obtivemos emprego poucas semanas após nossa chegada. Anneli, como cidadã, iniciara a trabalhar logo, enquanto eu aguardei algumas semanas até obter o visto de trabalho. Referindo-me a esse serviço, eu costumava refletir: "Agora que estou encarando esta fase de meu ministério com tanta seriedade, o Senhor no Seu 'senso de humor' me faz trabalhar em uma fábrica de... brinquedos?!"

Anneli trabalhava em um lado do setor de montagem da fábrica enquanto eu imprimia o nome da firma nas rodas e rodinhas dos carrinhos em outro. Eram horas intermináveis, felizmente sentado diante de uma máquina e tendo à frente um janelão que me oferecia a cada estação do ano a respectiva paisagem que dava para uma floresta. Transformei o lugar em um altar onde, "sem precisar levar o cérebro ao trabalho, somente os braços" (como se brincava sobre trabalho braçal de fábrica), eu, tolhido na minha criatividade típica, orava sem cessar e procurava ouvir a voz do Espírito Santo durante a jornada diária.



Hoje em dia, ao olhar propaganda dos mesmíssimos modelos de brinquedos (próprios para serem usados em parques, consultórios etc) em jornais e revistas, não possoa deixar de me lembrar da experiência que de fato muito me valeu, por fazer-me entender como nunca ou "sentir na pele" a experiência primeira de ser um operário, como muitos membros do Exército de Salvação em lugares onde trabalhara no Brasil. Além, naturalmente, de nos prover do "pão nosso de cada dia", que nunca nos faltou.


No rigor do nosso primeiro inverno na ilha, cujas temperaturas chegavam a 25 graus negativos, a lareira de nossa casa nos aquecia e nos fazia economizar na conta do caro sistema de aquecimento. Irmãos na fé muitas vezes nos proveram de lenha, estocada no fundo do casarão. Em cada detalhe, uma experiência de vida totalmente nova.



Outro "combustível", gerador de energia - espiritual - para continuar, era a Bíblia Sagrada, lida diariamente nos nossos cultos domésticos, que era seguido de momentos de louvor em português, inglês e sueco, nossa nova língua. E de muita, muita bön, que significa oração em sueco.


Nossa grande sala e a árvore de Natal decorada com cartões recebidos principalmente do Brasil distante. A casa nos fora alugada mobiliada, "mão na roda" para nós que nunca tivéramos móveis próprios, o que sempre fora providenciado pelo Exército de Salvação aos seus oficiais. Complementando, depois de um tempo um casal da igreja foi para a Tanzânia como missinários e nos doou parte de sua mobília.


Em uma época quando não havia computador, cartas "de papel" e fotos de parentes distantes ajudavam-nos a manter o contato com a família e amigos na terra amada do outro lado do mundo.


Frequentávamos aos domingos, durante um tempo, a Igreja Pentecostal, como também tomávamos o navio para, após 3 horas de viagem pelo Golfo da Finlândia, e mais algum tempo curto dirigindo (nosso "boa índole" viajava no navio conosco), chegarmos à cidade sueca de Uppsala, onde assistíamos às reuniões - e congressos no verão - com mais de duas mil pessoas na Livets Ord (Palavra de Vida), um ministério avivado no qual aprendemos lições espirituais que nos servem até hoje, embora não mais tenhamos contato com aquela igreja.


Na foto superior, Anneli sendo batizada nas águas com centenas de outras pessoas pelo pastor Ulf Ekman, um homem de Deus que ama Israel com paixão e que hoje estende seu ministério até o Rio Grande do Sul, o que soubemos recentemente.



Meus sogros, que moravam no Brasil, visitaram-nos na ilha. Minha sogra gostou de rever a natureza do lugar - que a fazia lembrar-se da juventude na Carélia - e mexer em plantas, uma delas a "kataja", conforme me explicou,
uma planta que nunca quebra, mesmo que tentemos dobrar o seu caule. "Assim são os finlandeses!", acrescentava. "Se é verdade, também virei finlandês", pensei.


Flores e flores! Trouxéramos um vaso que minha mãe nos dera (tipo arandela, palavra que penso ser gaúcha), o que sempre me fazia lembrar dela. Depois de dois anos na ilha, senti fortemente que devia visitá-la no Brasil. Não querendo "mexer" no dinheiro do nosso salário -mínimo, mas com o qual dava para viver muito bem -decidi trabalhar em uma firma de limpeza depois do expediente diário na fábrica. para custear a minha viagem.
.
Nova experiência: fazer faxina em uma grande firma, exausto, após 8 horas de trabalho. A firma ampliara suas dependências e no segundo mês cabia a mim, o único faxineiro, fazer também a limpeza de todos os escritórios extras e agora... de 13 banheiros no total!! E o pagamento não foi "ampliado", mas continuou o mesmo.
.
Em três meses, porém, eu embarquei em um grande Jumbo com destino ao Brasil. Passei dias maravilhosos de férias em companhia de minha mãe, sem saber que estávamos nos despedindo... Ao voltar à ilha, depois de dois meses recebi um telefonema no meio da noite: minha querIDA mãe, que tinha o nome sueco de Ida, havia ido para junto Senhor, após uma breve enfermidade.
.
No dia em que soube de sua morte, decidi ir trabalhar como de costume. Mas como era inverno, trabalhei agasalhado, o que a mim mesmo causou surpresa. Então lembrei-me das crianças de um orfanato que dirigimos antes de vir para a ilha: as que não tinham pais sentiam frio constantemente. Orfandade, penso, não está ligada somente a crianças... é um gosto meio amargo que até adultos sentem, não importa a idade que tenham, pela ausencia dos pais.


Dois gaúchos em Åland em foto que parece uma montagem, mas que era real, idem os "ponches", como dizem os gaúchos, que usávamos às vezes e que para mim traduzem coragem.
Sim, foi uma experiência que chamo de "aventura de fé" e que exigiu coragem de cada um de nós, mas que foi válida em muitos sentidos. Além de todas as bênçãos, cito também a nossa união familiar que foi cimentada grandemente através da vida pelas experiências que todos passamos na ilha.
.
Hoje, ao ver propaganda turística de Åland, recordo-me de que na época em que lá vivemos meus olhos estavam simplesmente cerrados a tudo que se chamasse turismo, o contrário de hoje. É lugar chamado de paradisíaco, embora na época num sentido figurado mas bíblico, tive que lutar contra "feras" e feitiçarias nórdicas.
.
Um certo dia, senti o Espírito Santo falar-me só uma palavra: Helsinki! Deixamos nossos filhos sozinhos na ilha e dirigímo-nos à capital para "ver o que o Senhor tinha para nós na parte continental da Finlândia". Percorremos as ruas por longas horas... Voltei um tanto desapontado com o "alarme falso", pois nada sentira ou encontrara na bela capital. O tempo de Deus ainda não havia chegado...
.
Chamo aquele tempo de "a minha prisão de José" e levaria tempo para explicar todas as razões, citando apenas a experiência de sentir-me só, isolado, "ilhado" e "podado". Mas não é provado que o Senhor se manifesta grandemente no nosso espírito em tais situações e Se mostra suficiente?
.
Depois de cumprida a "minha pena", sentimos o direcionamento do Espírito Santo para voltarmos ao Brasil, especificamente para trabalhar para Ele na minha cidade natal, Pelotas-RS, outra aventura de fé! Passados 9 meses lá pregando o Evangelho, na casa que alugáramos no centro da cidade, na rua Osório, e batendo de porta em porta para orar por pessoas, sentimos o Senhor chamar-nos de volta para o Exército de Salvação, o que a mim causou inicialmente surpresa e à Anneli alegria. Reingressamos na obra no ano de 1994, trabalhando inicialmente em Joinville-SC e depois na sede nacional em São Paulo, trabalho que muito nos agradou, a ambos.
.
Em fevereiro de 1999, enfim abriram-se as portas do Exército de Salvação para virmos para a Finlânda, o que aconteceu em agosto daquele ano. Nossas duas filhas, poucos anos depois, também vieram trabalhar na obra salvacionista neste país do nosso chamado, e agora delas, juntamente com seus maridos brasileiros. A filha mais velha hoje é oficial/pastora do Templo sueco, que foi visitado pelo fundador William Booth e que foi nossa nomeação nos primeiros 6 anos em que vivemos nesta terra, em Helsinki... O sueco que aprendeu em Åland é usado por ela no seu atual ministério que envolve pregar o Evangelho com o seu sotaque aveludado típico da ilha.
.
Ao finalizar esta postagem - do tempo para muitos obscuro em que estivemos fora do Exército de Salvação - acrescento aqui experiências de Paulo, aplicando-as palidamente às que tivemos (pois quem somos nós para nos igualar ao grande apóstolo dos gentios?):
"... em jornadas muitas vezes... em perigo de salteadores... em perigos na cidade... em perigos no deserto... em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias muitas vezes..." (2 Coríntios 11:26)
.
(Com gratidão recordo-me, no entanto, dos bons e prestativos irmãos que tanto nos ajudaram em Åland!)
.
"O caminho do Senhor é perfeito" ( Salmo 18:30).
.
___________________________________________

L i n k s

Da mesma janela de nossa sala em Åland, a foto tirada nas quatro estações daquele mesmo ano:

Livro "O Refúgio Secreto" (Editora Betânia) em finlandês.

Minha visita ao "refúgio secreto", na Holanda, onde Corrie ten Boom e sua família protegeram judeus perseguidos:




________________________________________________

8 Comments:

  • Adorei o post Major! Estou no meu tempo de "prisäo de José" :)

    By Anonymous Tiago, at segunda-feira, janeiro 24, 2011 5:22:00 PM  

  • Amigo Paulo,
    Sua vida daria um bom livro, já pensou nisso?
    Suas experiências são "alavancas" de fé, da certeza de que tudo acontece no tempo de Deus, diferente do nosso tempo.
    Imagino que ao concluir seu post tenha se emocionado, eu me emocionei ao ler, "entrei" na sua história, nas suas lutas, hoje, vc é mais que vencedor, pra honra e gloria de Jesus!
    Que Deus continue os abençoando e nos dando o privilégio de compartilhar seu ministério.
    Receba meu abraço

    By Blogger Gloria Policano, at segunda-feira, janeiro 24, 2011 5:42:00 PM  

  • Difícil comentar sobre suas distintas experiências de vida, e que gentilmente compartilha conosco! Uma coisa é clara e latente, nunca estiveram distantes do Senhor, Ele sempre foi o principal Condutor em todos os momentos, Ele sempre mapeou seu caminho e, mesmo que por alguns poucos momentos você teve a impressão de que havía se equivocado, lá estava o sinal de que o Pai não o abandonou um só minuto!
    Bendito seja você e sua linda familia!
    Orgulho-me em tê-lo como amigo!
    aBRaços
    Yara Mattos

    By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, janeiro 24, 2011 9:40:00 PM  

  • Amigo Pr. Paulo, um pouco de sua "aventura de fé" era de meu conhecimento, hoje passei a conhecer um pouco mais, durante os 9 meses em Pelotas-RS Brasil Deus me oportunizou conhece-los, lembro-me das reuniões de oração ao meio-dia de 4ªfeira, aprendi a dedicar meu intervalo de almoço à Deus, orando na sua sala, que foi transformada em Igreja; Quanto aprendizado, que tempo de Deus na minha vida e para meu ministério, eu não sei se algumas daquelas pessoas tinham o mesmo propósito, mas até hoje lembro de algumas mensagens pregadas naquela que me ajudam e vencer obstáculos no meu minitério, diante de uma dificuldade pedi um conselho seu a resposta foi "Deus esta no controle, o tempo vai dizer quem está com a razão, Deus está forjando um grande ministério em sua vida", compartilhei com vcs. sonhos particular que hoje são realidade na m inha vida, e seu conselho hoje é a Palavra viva de Deus, pois estou exercendo o Chamado de Deus, Liderando o Ministério da Família O Brasil Para Cristo em todo o RS, onde também trabalhamos atendendo agenda em outros estados do Brasil.
    Suas experiências, certamente foram momentos de provas mescladas de aventura, unias a fé, mas o que realmente destaco é que tem sido uma motivação para meu ministério, e eventualmente faço comentários a seu respeito na Igreja que estamos pastoreando na cidade de Guaíba-RS
    Pr. Paulo, você é um exemplo de fé e dedicação para minha vida, Que Deus continue abençoando sua vida e amada família.
    Quando quiser relembrar as travessias do Rio Guaíba de balsa, venha nos visitar, apartir de março de 2011, voltaremos a ter este transporte.
    Grane abraço meu amigo.

    By Anonymous Pr.Joel, at segunda-feira, janeiro 24, 2011 10:43:00 PM  

  • Paulo, que testemunho tao lindo! Renovou a minha coragem!!!

    Que Deus continue te abencoando e usando poderosamente, e nunca cesse de fazer a Sua vontade, meu irmao!

    Um grande abraco.

    Neinha

    By Blogger paulofranke, at terça-feira, janeiro 25, 2011 5:28:00 PM  

  • Maravilha a sua experiência de fé.
    Com esposa e 3 filhos dependentes na ocasião, vejo a Mão e a provisão de Deus através desse testemunho.
    Eu e Fábio não temos experiências internacionais, mas temos nacionais aqui no solo brasileiro e de como Deus nos sutentou e nos sustenta após nossa saída do Exército de Salvação por motivos pessoais.
    Talvez um dia possamos ter coragem (como vocês) e contar tudo... desde a frustração até os dias atuais. Infelizmente não temos notícias para contar de retorno ao Exército porque isso não aconteceu, porém a "fé em Deus é o supera tudo, porque confesso estou EM SUAS MÃOS", como diz o lindo hino salvacionista. Essa sua aventura muito me emocionou e acendeu mais uma chama do chamado e determinação de quem quer SERVIR AO SENHOR com determinação e obediência.
    Major, CONTE-NOS MAIS ... MAIS AVENTURAS... BENÇÃO PURA!

    By Blogger DEDECA, at domingo, janeiro 30, 2011 6:00:00 PM  

  • Ola amigo...
    Nossa, que aventura hein?!
    Imagino o quão dificil foi para você, viver num lugar de costumes e povos desconhecidos, desorientando do que fazer, sem amizades...admiro a sua coragem em enfrentar e superar todos esses problemas, parabéns...graças a Deus !
    Postagem interessante, hehe
    Abraço

    By Blogger João Guilherme, at domingo, janeiro 30, 2011 6:49:00 PM  

  • Grande testemunho do poder de DEUS!
    Franke foste e ainda continuas a ser uma referencia de homem de DEUS e irmão em CRISTO!
    Um grande abraço cheio da presença de JESUS!

    By Blogger José Ribeiro, at terça-feira, fevereiro 10, 2015 1:04:00 AM  

Postar um comentário

<< Home