Paulo Franke

13 dezembro, 2011

Pisca-piscas mil - é o aniversário de Thomas Edison?/Pinhas...

"Pisca-piscas por toda a parte - é o aniversário de Jesus ou de Thomas Edison?"



Li isso no Facebook e gostei. Então a "luzinha" na mente brilhou em forma de decisão de não me limitar a uma postagem semanal no blog, mas - por estar aposentado agora - sempre que sentir vontade ou que me sentir "inspirado", cuidando sempre para que o assunto passe pelo meu coração. Então, o plano de só uma mensagem de Natal este ano mudou, e aqui vai a segunda.




Acreditem ou não, esta pinha é o nosso único enfeite de Natal este ano. Sempre muito ocupados nesta época, visitamos nossos filhos e netos na véspera de Natal e lá, sim, pinheiro enfeitado, enfeites, pisca-piscas, presentes debaixo da árvore e cheiro de boa comida ou doces no ar, misturando-se com cheiro de perfume dos que estão se preparando para a ceia... e muito barulho!





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A bênção maior de visitar a Terra Santa reside no fato de que aqueles lugares foram vistos pelos olhos de Jesus. Sob esse prisma, a estada na terra enche nosso coração de glória e os acontecimentos bíblicos de impressionante atualidade, como se deles fizéssemos parte.



Essa sensibilidade, no entanto, é espiritual, pois cansamo-nos e suamos com as caminhadas, às vezes desviando-nos de pedras pontiagudas do deserto ou doem nossos pés nas ruas da Jerusalém antiga.



Às pessoas têm sido ensinado erradamente ao longo dos séculos que há necessidade de cerimoniais a fim de que se aproximem da presença de Deus. Na mesma idéia, muitos crentes e mesmo carismáticos agem como se somente o emocionalismo seja a porta de entrada à Presença. Se a pessoa mesma não for dominada pela emoção, principalmente com muitas lágrimas, "não valeu" ter ido à casa de Deus, "não valeu" ter-se encerrado no quarto para orar (não descarto, no entanto, tal experiência, prevenindo, sim, do perigo de que se ela não acontecer "não valeu"...). Assim como "Natal sem muitas luzes e pisca-piscas não é Natal genuíno".



Ainda que espiritualmente pessoas possam ajudar-nos, livros, "blogs" etc. devemos sempre lembrar-nos de que o acesso ao Pai é pela fé e que "Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24), palavras de Jesus diante da dúvida da mulher samaritana sobre em que lugar Deus devia ser adorado.



Voltando às pinhas, chegando ao Campo dos Pastores, em Belém, vendo tantos pinheiros no local, colhi algumas pinhas caídas ao chão, guardando-as cuidadosamente para levá-las para casa. No Natal seguinte, ao ornamentarmos a mesa lá estavam as "pinhas de Belém", especiais por serem do lugar tradicionalmente tido como o da aparição da milícia celestial aos pobres pastores. E passou-se um ano e ó nosso próximo Natal foi passado em uma cidadezinha do sul de Minas Gerais e lá, ao fazermos a nossa decoração de Natal, sem perceber, misturei as pinhas de Belém com as que havia em profusão na região mineira. Como fui fazer aquilo, pensei, misturar as pinhas especiais com as comuns? Mas logo tornaram-se todas "preciosidades gerais", as de Minas e as de Belém.



Espiritualmente, a verdade é a mesma: o importante não é o material, ainda que impregnado de valor espiritual - nem a emoção por mais sincera que seja - mas a fé invisível que nos leva a Deus, que é Espírito, e que deseja que Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade. "... São estes que o Pai procura para seus adoradores" (João 4:23).



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A propósito, transcrevo abaixo um texto que uma boa amiga me enviou, coadunando com o tema desta postagem - sem tantas cores - de Natal:




De tirar o fôlego








Eclesiastes 2:1-11


…nenhuma coisa há melhor […] do que comer, beber e alegrar-se; pois isso o acompanhará […] nos dias da vida… —Eclesiastes 8:15


Uma frase popular diz: “A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram o fôlego.” Vejo-a escrita em todo lugar, desde camisetas até em obras de arte. Ela é cativante, mas a acho enganosa.



Se medirmos a vida pelos momentos de tirar o fôlego, perderemos a beleza dos momentos comuns. Comer, dormir e respirar parece “algo comum” porque fazemos essas coisas todos os dias, habitualmente, sem pensar muito nelas. Mas, elas não são comuns. Toda mordida num alimento e toda respiração são milagres. De fato, respirar é mais milagroso do que qualquer coisa que nos tire o fôlego.



O rei Salomão pode ter tido mais momentos de tirar o fôlego do que qualquer outra pessoa. Ele disse: “…nem privei o coração de alegria alguma…” (Eclesiastes 2:10). Mas, expressou cinismo sobre isso, dizendo: “…tudo é vaidade…” (v.17).



A vida de Salomão nos recorda de que é importante encontrar alegria nas coisas “comuns”, porque elas são, realmente, maravilhosas. Nem sempre maior é sinônimo de melhor. Nem sempre mais é um aprimoramento. Estarmos mais ocupados não nos torna mais importantes.



Em vez de buscar significado em momentos de tirar o fôlego, devemos encontrar significado em cada respiração e torná-la significativa.


Respirar é um milagre maior do que qualquer coisa que nos tire o fôlego.



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Todo homem quer ser rei,



todo o rei quer ser deus,




mas Deus quis ser Homem.



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