ISRAEL 2 - Mar Morto - Qumran - Masada - Jericó
Chegando a Jerusalém, um endereço certo: Portão de Jaffa (Jaffa Gate) onde fica o hostel com o mesmo nome, no qual me hospedei no ano passado e repeti a dose este ano.
O modesto mas interessante hostel palestino está bem inserido no contexto da cidade velha de Jerusalém, dentro dos muros, a 5min do Portão; no seu interior tem-se a impressão de que estamos em um labirinto e que os quartos são cavernas, com pedras originais à vista. Ali descansamos após dias de muita caminhada e aventura.
No dia seguinte, unimo-nos a uma turnê em uma van anunciada no hostel em direção ao Mar Morto e arredores. Interessei-me logo pelo fato de, novamente, incluir no seu roteiro lugares que visitei somente na primeira viagem a Israel. E logo que saímos de Jerusalém avistamos as montanhas desérticas típicas, com direito a andar de camelo na primeira parada, o que alguns experimentaram pela primeira vez. Tenho algumas fotos ao lado do animal, sobre ele nenhuma.
Este lugar eu queria visitar novamente, o Parque Nacional de Qumran, e aconteceu. Os essênios estabeleceram-se em Qumran no final do segundo século A.D. Viviam em comunidade e davam grande atenção ao banho ritual de purificação, procurando viver uma vida ascética.
Estudiosos das Escrituras, tinham inclusive seu Scriptorium, o lugar de escrita, com carteiras e tinteiros. Os essênios copiaram as Escrituras em rolos e as esconderam em cavernas do lugar.
Em 1947, um jovem pastor beduíno, em busca de uma cabra perdida, encontrou em uma caverna, preservados pela temperatura seca e em vasos de barro, os primeiros dos chamados Rolos do Mar Morto (Dead Sea Scrolls). Foram encontradas 20 cópias de Gênesis, 34 cópias dos Salmos, 27 cópias de Deuteronômio, 24 cópias de Isaías, além de diversos outros livros, inclusive dos profetas menores, como Habacuque.
Nas diversas outras cavernas foram sendo encontrados novos rolos copiados das Escrituras, comprovada a sua autenticidade por estudiosos e arqueólogos.
Os amigos gaúchos que viajaram comigo exploram o lugar.
Recentemente tenho ouvido que os livros encontrados em Qumran estarão à disposição para os interessados verem através da Internet. O Google poderá prover informações fartas a respeito de Qumran, lugar inegavelmente de suma importância, ainda que nenhum livro ou fragmento do Novo Testamento tenha sido encontrado no lugar (por outro lado, consta que não há menção ao Mar Morto no Novo Testamento).
Próxima parada da turnê: Masada. Como já estivera no topo da imensa montanha antes - o que pode ser feito por cable ou a pé - dispensei a subida e fiquei nas salas da entrada do famoso lugar. Aqui, um raro momento quando a entrada do lugar não estava congestionada de ônibus de turismo.
Os demais companheiros da turnê subiram pelo bondinho ou desceram a pé, ou vice-versa, mas eu simplesmente fotografei a maquete de Masada, cujo topo fica no nível do mar, enquanto a base está situada a 400 metros abaixo do nível do mar, no Mar Morto.
O museu - ou o Google - fornece a história de Masada cujo lance mais impressionante foi o suicídio coletivo dos judeus que lá viviam, para não se renderem aos romanos que os atacaram em massa em 74 A.D. O lugar para os judeus simboliza coragem e lá muitos soldados atualmente fazem seu juramento à bandeira da nação.
Para "provar que estive lá", duas páginas do meu álbum, compartilhado na ocasião com um número pequeno de amigos, em um tempo quando jamais imaginaria que, através da Internet e de um "blog", poderia compartilhar minhas experiências de viagens com milhares de leitores! Viva a modernidade!
E vamos para as margens do Mar Morto (Dead Sea)...
O Mar Morto pode ser contemplado ao longo de toda a viagem (o contorno branco não são ondas, mas puro sal). Mar Salgado - e não Morto - é como o denominam tanto o Antigo Testamento quanto os judeus.
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O Mar merece um estudo dada as suas particularidades exclusivas e interessantíssimas. Muitos SPAs às suas margens divulgam os efeitos curadores de suas águas e de sua lama. Abaixo, minha pesquisa feita após a primeira visita:
Por ter boiado no Mar Morto por duas vezes, dispensei esta. Abaixo, turistas experimentando a façanha típica de não afundar nas suas densas águas.
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Na ocasião da primeira viagem, em 1986, inseri-me no postal, cuidando também de recortar e tirar fora a barriga típica da boa comida americana (vivíamos nos EUA...). Tenho em outra postagem a foto original.
Enquanto meus colegas de turnê banhavam-se no mar, eu conversava com jovens judeus ortodoxos americanos e ingleses no restaurante. Um deles, quando contei que já visitei pelo menos três campos de concentração, contou-me que seus avós morreram no de Auschwitz-Birkenau (a grande maioria dos judeus que vivem em Israel, e mesmo em outros países, tiveram seus ancestrais dizimados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial).
A turnê praticamente terminou, depois de 10 horas, na cidade predominantemente palestina, situada no West Bank, de Jericó, também visitada em ocasião anterior.
À entrada da cidade, chamada de "a cidade das palmeiras" em hebraico, muito bem cuidada, uma parada para vermos e fotografarmos a árvore onde subiu Zaqueu para ver Jesus, o Qual foi convidado pelo homem de baixa estatura para ir à sua casa.
Depois de uma rápida visita ao Monte da Tentação de Jesus, paramos em um restaurante palestino das redondezas, com um nome um tanto blasfemo. Não gostei do nome, não gostei da comida e muito menos do preço... tomei somente um suco de frutas para saciar a sede de tantas horas no deserto.
A bonita entrada às ruínas da velha cidade.
Jericó, o lugar mais inferior da Terra - 400 metros abaixo do nível do mar - com 10.000 anos - Paz da cidade - continuamente habitada - mais antiga do mundo.
... que inclusive passam sobre os muros que ruíram quando invadida por Josué. "Vem com Josué lutar em Jericó, e as muralhas ruirão!"
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L i n k
Minha visita no ano passado, com destaque a Ashdod e En-Gedi
Próxima postagem:
Israel novamente - 3 - Jerusalém - o Muro (Kotel) - O Jardim da Tumba - A sepultura de Oskar Schindler no Monte Sião etc. e Conclusão.
4 Comments:
Viviano:
Parabens pelas lindas fotos em Israel, Franke! Lendo o seu blog e observando essas imagens é como se viajassémos juntos com você ... Louvado seja o santo nome do Senhor Jesus ... graça e paz.
By paulofranke, at domingo, abril 10, 2011 8:09:00 AM
Conocordo com vc, que nome improprio para se dar a um restaurante...faltou respeito. Agora, quanto aos lugares...Masada é uma das histórias mais bonitas de força e união deste povo tão sofrido.
Infelizmente muitas dessas fotos falam de epoca dolorida, mas de momentos de muita fé e devoção. Graças ao Mestre dos Mestres, meu Amado Nosso Senhor Jesus!
Parabéns e que vc continue sendo abençoado com o dom da palavra, da pesquisa e do amor ao Pai.
Grandissimo aBRaço!!!!
By Maria Thereza Freire, at terça-feira, abril 12, 2011 5:40:00 AM
Obrigado pelas fotos, pois nem todos tem a oportunidade de fazer uma viagem como esta. E para mim, que faço pesquisas sobre a Sagrada Escritura, foi uma mão na roda.
By Anônimo, at quinta-feira, novembro 24, 2011 2:10:00 AM
Bom dia,
Gostaria de saber se existe algum registro histórico das pedras que Josué empilhou para deixar em memoria às margens do Rio Jordão. Josué 4 - vs. 1 e 9.
Obrigada, Mabel
By Mabelu, at quinta-feira, dezembro 29, 2011 2:54:00 PM
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