Paulo Franke

22 dezembro, 2011

No Rio de Janeiro, eu vi Indira GANDHI passar...

O dia marcante em que vi Indira passar.


Realmente, esqueci-me do exato mês em que isso aconteceu no ano de 1968, mas do seu olhar marcante nunca me esqueci...


Foto: Sandra Bose

Atraído por um grupo de pessoas diante do Monumento aos Pracinhas, no Rio de Janeiro, aproximei-me para saber o que se comemorava naquele dia quente do ano de 1968. Vi então Indira Gandhi, a Primeira-Ministra da Índia, passar silenciosa e lentamente entre as pessoas e subir as escadarias para depositar flores no túmulo do soldado desconhecido.

Ao passar por mim, talvez porque me assemelho a um homem indiano, Indira olhou-me rápida e profundamente. Seus traços indianos - de muitas mulheres de minha família por parte de mãe - sua beleza morena e seu sorriso sereno impressionaram-me e me são inesquecíveis.



Quando em 1984 seu assassinato tornou-se manchete mundial, lembrei-me daquele breve momento em que a vi de passagem. Odiada ou amada, venerada e pranteada por seu povo, Indira passou para a história. Quando seu filho Rajiv Gandhi, que a sucedeu no governo, também foi assassinado, em 1991, lembrei-me dela e o meu pensamento foi semelhante ao que tive com relação à Jacqueline Kennedy (postagem anterior): "Ela foi poupada de ver seu filho morrer!"

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"Como o ano passou rápido!" - é uma exclamação frequente nesta época. Saudosista que sou por temperamento, não raro estou recordando parentes e amigos que passaram e já não estão entre nós. Não passaram para a história, mas no meu coração são lembrados com carinho e saudade e guardo viva a esperança de um dia reencontrá-los.

(À esta altura quem sabe o leitor está estranhando o verbo passar e o substantivo passagem estarem em negrito. É proposital no contexto desta postagem.)


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De passagem...


Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino. O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco. "Onde estão os seus móveis?" perguntou o turista. O rabino bem depressa perguntou também: "Onde estão os seus?" "Os meus?" respondeu o turista, "mas eu estou aqui de passagem!"


"Eu também", falou o rabino.


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Ao lermos o Novo Testamento, vemos um número sem conta de vezes Jesus passando em uma cidade, entre a multidão, em um grupo de pessoas, diante de um ou mais indivíduos. Lucas 4:2 registra que "todos tinham os olhos fitos nele". Pedro, em sua segunda carta, afirma: "... fomos testemunhas oculares da sua majestade" (1:16). Que privilégio imenso o dos discípulos e de seus contemporâneos terem visto Jesus com seus próprios olhos!


Privilégio também o daqueles a quem Jesus olhou ao passar, quem sabe no fundo dos olhos, serena e amavelmente. 1 Pedro 3:12 diz: "... os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males."


"Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem". Muitos ao testemunharem acerca de sua conversão citam esta afirmação de Jó (42:5).



As cenas que considero mais tocantes
no filme "Ben-Hur"são: aquela em que ele
estava sendo levado como prisioneiro às galeras e,
passando por Nazaré, o jovem Jesus dá-lhe água para
saciar sua imensa sede
- e aquela em que Ben-Hur, retribuindo
sem o saber, tenta dar-lhe água
quando passava em direção ao Calvário.
E há outra cena igualmente tocante, mas
que pode passar despercebida pelos
espectadores: quando Jesus no topo do monte,
antes de pregar ao povo, segue
de longe com Seu olhar e vê Ben-Hur passar e
afastar-se, incrédulo e revoltado.







Este mesmo Jesus - que não passou para a história, mas que está vivo - passou por nós e nos olhou em algum tempo de nossa vida, com Seu maravilhoso olhar de amor e misericórdia. Será que nos apercebemos disso?


Deus revelou-me isso, que Jesus me olhava serena, paciente e cheio de amor quando eu era ainda um menino arteiro, mas sensível a tudo que fosse espiritual. Ele via a alegria com que ia à igreja e ficava olhando os lindos vitrais, sem entender nada do profundo sermão, mas marcando no hinário o próximo hino que a grande congregação iria cantar.


Ele me olhava quando eu ia com meu pai ao cemitério e passava entre as sepulturas de parentes indagando sobre tudo aquilo, mas no fundo sabendo que ali não estava o nosso fim. E quando derramei lágrimas infantis ou mesmo no fim da adolescência quando por um breve momento perdi a fé e passei de largo a tudo o que se dissesse espiritual, passando a frequentar mais o banco dos bares do que o da igreja. Seu olhar me acompanhou mesmo assim, e me seguiu até quando meu olhar bateu no dEle e tudo mudou na minha vida. Esta é a razão por que gosto tanto da imagem e dos dizeres abaixo:






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Nesta passagem de mais um ano, desligue-se de comemorações fugazes e sintonize a eternidade. Esteja atento não tanto ao badalar do relógio marcando meia-noite, mas à passagem de Jesus que convida a que você entregue a Ele o seu coração e a administração de sua vida.


Então você, com sua vida inteiramente transformada, estará incluído nas benditas e eternas palavras:


"O mundo passa, bem como a sua concupisciência; aquele, porém, aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente."


(1 João 2:17)


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Links


Ben-Hur - a história de seu escritor




"O amor de Deus não passa", poema belíssimo na postagem anterior e cantado com a história de seu autor:




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2 Comments:

  • Difícil comentar esta postagem, seu testemunho de salvação dito com emoção me tocou!
    Quantos anos se passaram e esqueci que um dia fui vista, mas SEUS olhos jamais deixaram de me observar!
    Por isso hoje posso dizer também:
    "Seu olhar em mim .... e nunca mais fui o que éra antes"
    Obrigada por mais essa benção, meu Pastor e amigo!

    By Blogger Yara, at quinta-feira, dezembro 29, 2011 7:18:00 PM  

  • A primeira foto desta postagem É de minha autoria, Sandra Bose, que moro na Índia desde 1999 e sou autora do blog INDI(A)GESTÃO www.indiagestao.blogspot.com de onde esta fotografia foi pega sem autorizacao. Por gentileza coloque os créditos ou retire a fotografia de sua postagem.

    By Blogger Indi(a)screet, at segunda-feira, dezembro 21, 2015 4:55:00 AM  

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