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ANTES DE ENTRARMOS NA MOSTRA FILATÉLICA... ALGUNS LEITORES SE LEMBRAM...
- Do tempo quando íamos aos correios levar nossas cartas? Na "mão-de-obra" em que isso implicava: às vezes ficar em uma longa fila, esperar resposta por semanas, quando e se é que chegava?
- Do gosto amargo da cola do envelope ou mesmo do selo?
(E mais tarde de eu conhecer selos com "gosto de menta" no EUA)
- Do vidrinho de goma arábica da agência dos correios, emplastado de cola?
- Da falta de uma pia para lavarmos as mãos após selarmos muitas cartas?
- De quando, afoitos, queríamos abrir logo um envelope para verificarmos que a cola fizera com que o envelope se apegasse à carta, e o trabalhão que dava para tirá-la sem rasgar?
- Da introdução-padrão antiga das cartas, do tempo dos nossos pais ou avós, que consistia em "Pego na pena para escrever estas mal-traçadas linhas..." ?
- Das cartas amarradas com uma fita dentro da gaveta da cômoda de nossas tias?
- E me lembro de, hospedado na casa de uns tios, logo após o falecimento de minha avó paterna, ver surpreso uma caixa, no quarto onde eu dormia, com as cartas que ela escrevera a ele quando fazia faculdade em outra cidade.
- E hoje tenho eu a caixa de cartas que minha saudosa mãe me escreveu, na gaveta abaixo de minha mesa de cabeceira...
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... E AS CURIOSIDADES LIGADAS AO ASSUNTO?
- Minha esposa conta que quando morava em NY certa vez recebeu uma carta de sua mãe - que morava no Rio de Janeiro - postada em um dia e recebida no outro!
- Que outra carta de sua mãe levou um ano para chegar!
- Que certa vez, de Londres, enviou-lhe de presente £ 5 e resolveu colocar a nota dentro do cartão de aniversário e não fechar o envelope, que chegou intacto com o presente dentro.
- Certa vez alguém da Finlândia, também nos anos 60, endereçou um envelope com apenas o nome do Exército de Salvação, Pelastusarmeija... Em NY o envelope, com endereço mais insuficiente impossível, foi entregue inexplicavelmente pelos correios nas mãos da Anneli....
- Nunca me esqueci de duas cartas recebidas, uma quando estudei no ICO em Londres, no envelope escrito em vez de London, "Don Don"... e outro quando trabalhava em Joinville e no envelope o nome da cidade... "João Ervilha".
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SELOS IMPORTANTES, COMEMORATIVOS OU BONITOS DA MINHA COLECÃO
Adianto que nunca fui o tipo de pegar selos com luvas ou com pinça para não danificá-los, assim os selos que mostro nada têm de colecionador profissional, de carona com a do meu pai que já começou de bom tamanho. E igual a muitos adolescentes, entusiasmei-me na época com minha coleção para praticamente abandoná-la por décadas, permanecendo a mesma por anos em algumas caixas abarrotadas, sempre juntando novos selos, no entanto.
Selos de meu pai do centenário do "Olho de Boi", o primeiro selo brasileiro. Tenho a impressão de que alguns amigos que dizem que "já tiveram o olho de boi", foi o do centenário do mesmo.
Acima e abaixo, extraídos do Google, o que me chamou a atenção: o centenário foi no ano em que nasci.
Meus selos acima do tempo em que se escrevia Brasil com Z!

Se o correio aéreo nacional iniciou em 1931, este selo é de após dois anos de sua implantação. Acima, o do cinquentenário do Graff-Zepelim, que também por um tempo transportou correspondência para o Brasil.
Selos da Alemanha, inclusive do tempo do III Reich.
Eu gostava muito dos selos franceses da década de 50!
O Exército de Salvação de quando em quando foi e tem sido homenageado na filatelia de muitos países. Outro selo antigo da VARIG e também o envelope comemorativo da inauguração do voo do seu Constellation unindo o Rio de Janeiro a Nova York.

Selos de variados temas, inclusive de Copas do Mundo de Futebol. No link abaixo poderá ver um da Copa de 1950, quando por ocasião da inauguração do estádio do Maracanã.
Selos retratando Elizabeth II da Inglaterra.
Selos do expoente máximo da música clássica finlandesa, Jean Sibelius e outros do ES/SA finlandês.

Oscarito e Grande Otelo, a dupla famosa da Atlântida, neste selo comemorativo ao centenário do cinema nacional.
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UM POUCO DE HISTÓRIA
1924 - Início do o uso da máquina de franquear correspondências, fabricada pela Universal Postal Frankess, de Londres.
O serviço de Expressos Internacionais começa a ser utilizado.
1925 - Transportada a primeira Mala Aérea internacional pela Compagnie Généraled’ Enterprises Aéronautiques (CGA).
1927 - Início do transporte de correspondência via aérea regular, entre a América do Sul e a Europa. A título de experiência, em 24 de novembro desse ano, foi recebida, no Rio de Janeiro, a primeira mala aérea, vinda de Natal, conduzida pelo avião 606 da CGA.
1929 - Entrada em operação do Graff Zeppelin – dirigível que sobrevoava regularmente os céus do Brasil transportando, entregando e recebendo correspondências.
Das páginas amareladas do exemplar que possuo de Seleções, de maio de 1943, ano em que nasci, uma propaganda da Kodak: "O soldado escreve uma carta numa folha de papel do tamanho habitual. A carta é fotografada em microfilme Kodak e, acompanhada de milhares de outras - 85.000, que pesariam 1.000kgs. ficam reduzidas a 10kgs. quando microfotografadas. Nos EUA a carta é fotografada e restituída ao seu tamanho natural, fechada no envelope e remetida aos parentes e amigos. Foi a Kodak que imaginou e realizou o processo da Mala Aérea V".
¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤¤Minha filha e meu genro em um selo personalizado, possível e válido nos Correios da Finlândia.

Com todo o respeito aos Correios e Telégrafos, que tanto nos beneficiaram ao longo de décadas, hoje usufruimos da Internet, assim mesmo um canto de nossa sala pode ser transformado em nossa agência de correios particular. E nela, a um simples ligar do nosso computador ou laptop temos acesso a qualquer lugar do mundo para nos comunicarmos com antigos ou novos amigos, através do Facebook ou Orkut, e, no meu caso, pelo Skype para acompanhar o crescimento dos meus netos do outro lado do mundo. Viva a modernidade e o quase-milagre de eu, aos 68 anos, graças a Deus, ter passado por toda essa evolução em termos de comunicação durante a minha vida!
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L i n k s:
Selos de diversos países do Reino Unido.