Paulo Franke

06 março, 2018

No dia diferente, entrevistas na escola, TELEFONES etc.

CONVIDADO POR MINHA FILHA MARTTA, ACOMPANHEI-A A UM DIA NA ESCOLA ONDE LECIONA INGLÊS, NA CIDADE DE LOHJA, A 100KM DA CAPITAL HELSINKI, ONDE MORA COM SUA FAMÍLIA.

(e pude testemunhar sua rotina diária, de dirigir 100km para chegar ao trabalho e depois de 8 horas voltar para casa, esteja o tempo chuvoso, bonito ou a rodovia coberta de neve... E se vê no Facebook algo como "na Finlândia trabalha quem quer...")


Martta foi mencionada no jornal local por mais um projeto que está implantando na escola. Criativa desde criança, adiciona sempre algo interessante à matéria de inglês que leciona atualmente na escola Nummi-Pusulan Koulu, escola que abrange desde o primário até o curso secundário.
Assim que houver uma vaga, ela lecionará também o idioma sueco, no qual é fluente e igualmente formada)


Sua sala de aula tem uma linda vista para os campos e florestas da região no sul do país, pintado das cores do outono. Foi a terceira vez em que a acompanhei a uma escola onde leciona: em Oulu, no norte do país, em Estocolmo, Suécia, e agora em Lohja.. E mais ou menos minha participação foi igual... desenhar caricatura dos alunos, ser entrevistado em inglês e fazer uma palestra. Desta vez isto aconteceu em quatro aulas.



No intervalo para almoço, caminhamos até uma loja de segunda-mão para comermos uma pizza e para ela apresentar-me ao seu amigo, de Sri Lanka, o proprietário do restaurante-loja.


Quase chegando, um momento para uma foto junto a um antigo trenó. Como gosto de coisas que lembrem o passado, imaginei meus sogros da Carélia (hoje Rússia) usando um igual para transporte durante o rigoroso inverno.
Mas o que aconteceria logo depois fez-me lembrar em cheio de minha própria família, pais, irmãos, os bons tempos lá de casa...


Enquanto comíamos a deliciosa pizza, percebi à venda um telefone da marca sueca Ericsson, entre as tantas coisas à venda na loja, também de antiguidades. O apetite deu imediatamente lugar à nostalgia e ao saudosismo. Por quê? Gente, por tremenda coincidência, era o mesmo modelo do primeiro telefone a telefônica instalou na nossa casa, nos meados dos anos 50!! Discar um número qualquer e ouvir o mesmíssimo barulhinho como que me "ligou" ao passado imediatamente.


O velho telefone Ericsson carregado de recordações está agora no meu cantinho da net, na nossa grande sala, ao lado de um modelo Spirit of St. Louis. Não que colecione telefones, mas coleciono sim recordações que, aliás, vêm instantaneamente do distante passado: o dia quando nosso primeiro telefone foi instalado, a euforia da família de cinco irmãos todos querendo a vez para falar com seus amigos. Depois, entrando na rotina, sendo usado continuamente... para conversar com amigos e com parentes, ligar para os diversos cinemas da cidade para saber o filme em cartaz... e até para de vez em quando dar um "trote" saudável. Ou quem sabe para ligar para alguma "guria", garota para os gaúchos, e desligar após ouvir a sua doce voz...


Com minha irmã, que ingressou no Exército de Salvação junto comigo, em foto

de quase 10 anos depois diante da casa onde morávamos e onde o telefone Ericsson foi instalado.


Foto que tirei quando passei diante de "nossa casa", há poucos anos. Meu pai e seu irmão, o engenheiro-reponsável, usaram de sua criatividade para construir nossa casa. Imaginem, até hoje, 60 anos depois, uma casa na grande Avenida que atrai a atenção pela sua beleza! Na cerâmica que lembra favos-de-mel, havia um roseiral... as lajotas da esquerda foram compradas em uma cidade gaúcha. E neste hall conversávamos com amigos, não raro sendo chamados para atender... a um telefonema.


Remetendo-me a um tempo ainda mais distante, quem sabe o final dos anos 40, quando eu era da idade do meu netinho na foto,  nas raras vezes em que usávamos um telefone, era um igual a este, do armazém onde fazíamos compras. Aquele não possuia o dial igual ao desta miniatura, mas a telefonista atendia e dizíamos o número que desejávamos (veja no link o imperdível video antigo de Keenan Wynn, e contenha o seu riso... se puder!)


Minha saudosa tia e madrinha quando jovem foi telefonista e eu sentia orgulho dela também por este fato.

1307... 1307...1307...2-1307... 22-1307
o número do nosso telefone

E de volta ao futuro, depois de ter adquirido o aparelho telefônico Ericsson - cujo preço era € 55.00 e que o amigo de minha filha me vendeu por € 35.00 - 
falei aos alunos sobre o tesouro que eu adquirira.


Com o fundo do meu blog, projetado na sala de aula, comparei o telefone de quando eu era da idade deles com o meu celular, na mão esquerda. Novos tempos... Na entrevista que me fizeram os alunos, como parte da aula de inglês, tive que responder às mais variadas perguntas, muitas sobre o Brasil e também outros assuntos da atualidade, como o "aquecimento global".


No final da última aula, Martta convidou os alunos a um jogo interativo super interessante, como ela mesma explica abaixo:

O KAHOOT (www.create.kahoot.it) é um jogo interativo em que primeiramente o professor cria um questionário de múltipla escolha, divertido e ilustrado, da materia que for - marcando as respostas

a resposta correta.

Assim, depois de pronto, o professor projeta o questionario (website) no projetor/smartboard, para todos alunos verem as perguntas.

Cada aluno, por sua vez, abre o website kahoot,it no seu smartphone, e depois de inserir o numero do jogo a se jogar, e criar um apelido pra participacao, está tudo pronto!

O professor então mostra a primeira pergunta, acompanhada de um fundo musical interessante. E cada aluno clica na cor da resposta certa em seu celular.

O jogo registra e pontua tanto as respostas, quanto a velocidade das respostas certas de cada um, até que um vencedor seja identificado.

O Kahoot é um jogo muito legal pra professores e alunos. Uma ótima forma de competir e fixar a matéria aprendida de maneira descontraida. Experimentem!


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Poema de Michel Quoist, do livro "Poemas para Rezar", sobre o 

Telefone

Pronto, desliguei! Mas por que terá telefonado?
Ah! Sim, Senhor... eu já me lembro.

É que falei demais e bem pouco escutei.

Perdão, Senhor, recitei um monólogo e não dialoguei.
Impús minha opinião e não troquei idéias.
Por não ter escutado, eu não aprendi,
Por não ter escutado, nada levei comigo,
Por não ter escutado, eu não interagi.

Perdão, Senhor, eu estava em comunicação
E agora estamos cortados.

(Como uso pouco meu celular, e vejo que as pessoas quase abusam do seu uso, pergunto ao leitor se a experiência do poeta acontece ainda hoje...?)

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Ria com o ator Keenan Wynn em um video imperdível!!


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A história do telefone:


Com este acréscimo:

A marca Ericsson no Brasil
A história no país começou há 118 anos quando Lars Magnus Ericsson encontrau-se com D. Pedro II e demonstrou seu interesse em investir no Brasil. A partir deste encontro, L. M. Ericsson instala seu primeiro equipamento no Brasil em 1891 e funda, em 1924 no estado do Rio de Janeiro, a Sociedade Ericsson do Brasil Ltda. Os investimentos no país tornaram-se tão compensadores que, em 1955, foi inaugurada a fábrica de equipamentos de telecomunicações de São José dos Campos, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A criação do CTT - Centro de Treinamento Técnico, em 1959, já evidenciava o interesse e a valorização da empresa pela Pesquisa e Desenvolvimento, como forma de suprir, naquela época, a carência de escolas e cursos especializados em telefonia. Em 1970 foi inaugurado o Centro Ericsson de São Paulo, que abrigava a administração central, centros de processamento de dados, laboratórios, centro médico, restaurante, clube, além de outros modernos recursos administrativos. O espírito pioneiro e a liderança levam a ERICSSON a inaugurar a Central Telefônica AXE, com 10 mil terminais, em São Paulo. E, em 1992, a empresa assinou, no Rio Grande do Sul, com a CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) o primeiro contrato de telefonia móvel no país. Nos anos seguintes a ERICSSON continuou inovando: em 1996, a operadora Sercomtel instala o primeiro sistema de telefonia celular digital, em Londrina, com tecnologia D-AMPS da empresa; em 1997 inaugura sua primeira fábrica de telefones celulares em São José dos Campos; em 1998, inaugurou a fábrica de estações rádio-base para telefonia móvel analógica e digital; em 1999, demonstrou a tecnologia Bluetooth, em São Paulo, pela primeira vez na América Latina; e; em 2002, realizou a primeira demonstração de MMS (Serviço de Mensagem Multimídia) em uma rede real GSM/GPRS. (Wikipedia)

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